A palavra depressão está sendo muito utilizada atualmente. Os diagnósticos de depressão aumentam a cada dia, em pessoas com problemas pessoais, diante do fim de uma relação, da insatisfação no trabalho, da perda de um parente, ou de outros acontecimentos. A depressão é uma doença grave que afeta também os mais jovens.
A criança dificilmente sabe e consegue externar que está deprimida. Para ela é complicado entender as próprias emoções e descrevê-las, por isso é preciso a ajuda de um adulto para ajudá-la a entender melhor a situação, dimensionando se o que ela sente é tristeza, angústia, ansiedade e/ou outros sentimentos. Sem esse apoio a criança pode somatizar sua aflição e se queixar até de problemas físicos, por ser mais simples de explicar do que um sofrimento de caráter emocional.
Em alguns pontos, o comportamento da criança traz aspectos que podem externar que a depressão existe. O estado natural da criança é de brincar, estar em atividade, mexendo e querendo descobrir tudo a sua volta. Se a criança diminui isso, fica mais retraída e perde o desejo de exploração do ambiente é um indício. É preciso estar sempre atento a esses momentos para poder reparar se ela está muito quieta, parada demais, se sente muito medo de se afastar de suas pessoas referenciais (pai e mãe por exemplo).
Outro fator que pode revelar a doença em crianças é a qualidade do sono, pois muda bastante em quadros de depressão infantil. O sono muitas vezes interrompido por pesadelos ou o medo de ficar só na hora de dormir, fazendo com que a criança chore e reclame muito disso, também podem ser indicativos da manifestação da doença. Claro que deve-se considerar a frequência e permanência destes comportamentos para diferenciá-los de sentimentos de tristeza, medo ou outros, que ocorrem pontualmente.
Os estudos sobre a depressão infantil nos últimos anos mostram que são vários sintomas associados que caracterizam a doença. Sintomas que vão além de uma ansiedade de separação, por exemplo, quando a criança começa a ir à escola, como também o “medo” de comer e a seletividade na escolha de alimentos.
Portanto é importante observar se a criança está dando sinais de depressão quando a tal ansiedade de separação persistir e/ou ela reclamar a todo momento de dor de cabeça, dor de barriga, demonstrando estar sempre com alguns males.
Ao notar alguma manifestação indicativa da doença, procure um profissional habilitado para avaliar e diagnosticar a criança. Lembre-se que cada caso é diferente do outro, por isso é muito importante a avaliação e tratamento com profissional qualificado.