Quando se trata de relacionamento a dois, conhecer dicas para melhorar a comunicação no relacionamento é como um farol, iluminando o caminho para uma conexão mais profunda e duradoura com seu par.

No texto anterior, falei de como os relacionamentos são a essência da nossa existência, e que para ter um relacionamento saudável requer um compromisso contínuo com o crescimento e a evolução pessoal e interpessoal, mas que para isso é importante ter uma comunicação saudável com o outro.

Em meio ao turbilhão da vida cotidiana, compreender como se comunicar eficazmente e resolver conflitos de forma saudável pode fazer toda a diferença na qualidade do relacionamento. Aqui estão algumas dicas para melhorar a comunicação e lidar com conflitos de forma construtiva:

1. Pratique a Escuta Ativa: Preste atenção total ao que seu parceiro está dizendo, sem interromper ou pensar em sua resposta enquanto ele fala. Isso demonstra respeito e ajuda a evitar mal-entendidos.

2. Comunique-se de forma clara e direta: Evite suposições e ambiguidades. Seja claro sobre seus sentimentos, necessidades e expectativas, de modo que seu parceiro possa compreendê-lo melhor.

3. Use “Eu” em vez de “Você”: Em vez de culpar ou acusar, fale sobre seus próprios sentimentos e experiências usando declarações como “eu me sinto…” em vez de “você sempre…” Isso reduz a defensividade e promove uma comunicação mais aberta.

4. Resolva problemas juntos: Em vez de encarar o conflito como uma competição para ver quem está certo ou errado, trabalhe em equipe para encontrar soluções que satisfaçam ambos os lados.

5. Mantenha o controle emocional: Respire fundo e mantenha a calma durante uma discussão. Se você se sentir muito emotivo, tire um tempo para se acalmar antes de continuar a conversa.

4. Pratique a empatia: Tente entender os sentimentos e perspectivas do seu parceiro. Isso ajuda a construir conexões mais fortes e a resolver os conflitos de maneira mais eficaz.

6. Escolha o momento adequado: Evite discutir assuntos importantes quando um ou ambos estiverem estressados, cansados ou com fome. Escolha um momento em que ambos estejam calmos e disponíveis para uma conversa significativa.

7. Seja flexível: Esteja aberto a compromissos e soluções alternativas. Nem sempre é possível alcançar uma solução que satisfaça completamente as duas partes, então esteja disposto a ceder em alguns pontos.

8. Reconheça e aprecie: Reconheça os esforços do seu parceiro para se comunicar e resolver problemas. Apreciar as qualidades e ações positivas fortalece o relacionamento e cria um ambiente de apoio mútuo.

9. Busque ajuda profissional se necessário: Se vocês estão tendo dificuldades persistentes em se comunicar ou resolver conflitos, considerem procurar aconselhamento de um terapeuta de casal. Um profissional pode fornecer ferramentas e técnicas adicionais para melhorar a comunicação e fortalecer o relacionamento.

Lembre-se de que a prática constante é fundamental para melhorar a comunicação e resolver conflitos de forma saudável. Esteja disposto a investir tempo e esforço em seu relacionamento para colher os benefícios de uma conexão mais profunda e satisfatória com seu parceiro.

Sou Joana Santiago Psicóloga

Os relacionamentos são a essência da nossa existência. Um relacionamento saudável, estimula o bem-estar
e habilidades interpessoais, promovendo amor e convívio agradável.

Os relacionamentos são a essência da nossa existência. Desde os laços familiares até as amizades mais profundas e os romances apaixonados, as conexões interpessoais desempenham um papel fundamental em nossas vidas. No entanto, nem todos os relacionamentos são iguais. Alguns são nutritivos e fortalecedores, enquanto outros podem ser tóxicos e desgastantes. Do ponto de vista da psicologia, um relacionamento saudável é aquele que promove o bem-estar emocional, a autoestima e o crescimento pessoal para todos os envolvidos.

Tudo isso não significa que uma relação boa não tenha problemas. É natural que aconteçam desentendimentos e ciúmes, porém, essas situações costumam ser resolvidas com diálogo e muita compreensão, que são características resultantes de uma boa conexão entre o casal.

Segredos para um relacionamento amoroso saudável

Um dos grandes aspectos que garantem uma relação sadia não está ligado, diretamente, ao casal. Na verdade, ele tem a ver com o autoconhecimento. Ter plena consciência de quem você é e reconhecer suas virtudes, fragilidades e sentimentos é importante para conseguir se relacionar com outra pessoa.

Além disso, é necessário respeitar as individualidades e reconhecer o outro pelo que ele é e não pelo que desejamos que ele seja. Encontrar liberdade para ser verdadeiro dentro de um envolvimento amoroso é primordial.

Ouvir e ser ouvido também são indispensáveis, afinal, o diálogo faz com que todos os sentimentos sejam esclarecidos e o parceiro entenda o que o outro pensa para conseguir se colocar em seu lugar e sentir empatia.

5 sinais de que um relacionamento é saudável

  1. Vocês se comunicam: a comunicação é uma das importantes bases para um relacionamento e, por isso, precisa acontecer com frequência e de maneira respeitosa para manter a conexão entre o casal;
  2. Existe respeito: para existir um relacionamento, são necessárias pelo menos duas pessoas que, em grande maioria, são diferentes. E respeitar essas diferenças é primordial para que a relação seja saudável;
  3. Os problemas são resolvidos: é comum que, a longo prazo, os relacionamentos comecem a passar por problemas, mas resolvê-los de maneira respeitosa e sincera são características de boas relações;
  4. Tem limites: todo relacionamento saudável precisa respeitar os limites que distinguem uma pessoa de outra, garantir sua privacidade e respeitar as diferentes opiniões, perspectivas e sentimentos;
  5. Faz despertar o melhor do outro: de maneira natural, a dinâmica dentro da relação faz com que o “lado bom” de cada pessoa seja aflorado. Juntos, tiram o melhor “eu” de cada um e, assim, crescem juntos.

Relacionamento saudável e a terapia de casal

Por fim, um relacionamento saudável requer um compromisso contínuo com o crescimento e a evolução pessoal e interpessoal. Isso envolve estar aberto ao aprendizado, à mudança e ao perdão. Reconhecer e aceitar as imperfeições do parceiro, assim como as próprias – autoconhecimento, é fundamental para nutrir um vínculo duradouro e significativo.
A terapia de casal é uma ótima alternativa para manter a relação sadia, desenvolvendo as habilidades de boa comunicação, escuta efetiva e administração de conflitos.

Sou Joana Santiago Psicóloga

A psicologia positiva, é um campo que examina como pessoas comuns podem se tornar mais felizes e mais satisfeitas.

Todo mundo sabe como é difícil lidar com nossos sentimentos e emoções, ainda mais quando elas são negativas. Mas e se focarmos em eventos e influências positivas da vida como propõe a psicologia positiva? Será que isso ajudaria?  

Bom, é isso o que ela nos ensina: como a mudança de foco nos ajuda a florescer e ter uma vida melhor. É uma linha de pensamento que se dedica a olhar para tudo o que é enriquecedor em nossas vidas.

Sei que em meio à agitação diária, muitas vezes negligenciamos o poder de cultivar uma mentalidade positiva. A psicologia positiva vai além da busca constante pela felicidade; trata-se de construir resiliência, cultivar relacionamentos saudáveis e encontrar significado em cada experiência. Neste espaço, exploraremos o brilhante espectro da psicologia, mostrando como pequenas mudanças na perspectiva podem criar ondas de positividade em todas as áreas da vida.

Benefícios da Psicologia Positiva

A psicologia positiva foi criada por Martin Seligman – psicólogo, educador e escritor inglês – no final dos anos 90. 

A sua criação teve como objetivo estudar e entender pensamentos e sentimentos humanos, com foco nas virtudes de cada indivíduo. Ou seja, ela se concentra no positivo da mente humana (o que traz felicidade e bem-estar) e não no que há de errado com as pessoas.

Ao contrário do que a psicologia clássica estuda – como o tratamento de doenças e distúrbios – a psicologia positiva ajuda as pessoas a descobrirem maneiras de serem mais felizes. 

Ao abraçar os princípios da psicologia positiva, você não apenas fortalece sua saúde mental, mas também abre as portas para um bem-estar duradouro. A prática regular da gratidão, o cultivo de emoções positivas e o reconhecimento e desenvolvimento de seus pontos fortes pessoais são algumas das ferramentas valiosas que a psicologia positiva oferece. Ao concentrar-se no que está certo em vez do que está errado, você constrói uma base sólida para uma vida mais significativa e realizada, onde o florescimento pessoal é o foco.

Vamos praticar?

Sou Joana Santiago Psicóloga

A virada do ano é uma oportunidade para estabelecer metas e transformar hábitos ao visualizar os 365 dias como uma tela em branco pronta para ser preenchida com realizações.

Todo fim de ano é a mesma coisa: pensamos que o ano passou voando. Essa sensação fica cada vez mais recorrente conforme o tempo passa e, tal fenômeno, pode ser explicado pela psicologia e pela neurociência.

É que, mesmo que o tempo seja o mesmo para todo mundo, cada qual percebe sua passagem de forma diferente. Existem diversas explicações para isso, seja a própria idade, a rotina maçante ou o uso desenfreado dos aparatos tecnológicos. Todos esses aspectos intensificam a sensação de o tempo passar mais rápido.

Mas, dando adeus ao ano que passou e dando as boas-vindas ao novo capítulo que se desenha diante de nós! Enquanto nos preparamos para traçar nossas metas para o ano que se inicia, é obrigatório manter uma perspectiva equilibrada e realista. A promessa de conquistar grandes feitos pode ser tentadora, mas precisamos lembrar que nossas metas devem inspirar, e não se tornar fontes de pressão desnecessária, que causa ansiedade e cobranças.

Ao contemplar nossos objetivos para o novo ano, consideremos a arte de estabelecer metas alcançáveis. Em vez de nos lançarmos em um frenesi de expectativas impossíveis, convidemos a paciência e o realismo para guiar nossas aspirações. Que cada resolução seja uma bússola gentil, apontando-nos na direção do progresso sustentável, onde cada passo adiante é motivo de celebração. 

Em 2024, proponhamo-nos a celebrar as pequenas vitórias e a aprender com os desafios que certamente surgirão. Que nossas resoluções sejam como velhos amigos, incentivando-nos a crescer e a prosperar. Assim, podemos encarar o novo ano não como uma corrida contra o tempo, mas como uma jornada repleta de descobertas enriquecedoras.
Que este ano seja uma tela em branco, pronta para ser preenchida com experiências significativas e, é claro, alguns momentos leves e divertidos ao longo do caminho.

Feliz Ano Novo!

Sou Joana Santiago Psicóloga

Nervosismo pode começar no início de novembro e terminar somente na primeira semana de janeiro, aponta o presidente do International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR). No último mês do ano a tensão aumenta 75% segundo estudo.

O período natalino e o final de ano, embora repletos de alegria e celebração para muitos, podem também desencadear altos níveis de estresse em algumas pessoas. A pressão social, as expectativas familiares e a corrida contra o tempo para cumprir metas pessoais podem resultar em uma carga emocional intensa. A psicologia nos lembra da importância de reconhecer e respeitar as diferentes reações de cada indivíduo diante desse contexto, promovendo empatia e compreensão.

O estresse durante o Natal muitas vezes está relacionado a uma busca incessante pela perfeição, seja na organização de eventos familiares ou na escolha dos presentes ideais. É importante lembrar que aceitar que a imperfeição faz parte da experiência humana pode aliviar a pressão auto imposta. Estabelecer limites realistas e focar nas conexões emocionais genuínas pode contribuir para uma abordagem mais saudável e equilibrada neste período desafiador.

“O que causa o aumento de estresse é que existe uma sobrecarga adicional nessa época do ano, incluindo trabalho, vida pessoal e família. Natal é mais propenso a tristeza, depressão e culpa. No Ano Novo a gente pode pensar mais em ansiedade”

Conclusão da pesquisa realizada pelo International Stress Management Association no Brasil.

Na pesquisa da International Stress Management Association no Brasil, feita em 2019, foram entrevistadas 678 pessoas com idade entre 25 e 55 anos. Veja as respostas sobre como se sentiam no fim de ano:

  • 75% ficam mais irritadas 😡
  • 70% mais ansiosas 😰
  • 80% sentem a tensão no corpo 😬
  • 38% têm problemas para dormir 👀


Em média, 82% de nível de estresse afetando as mulheres contra 75% relacionado aos homens. Na verdade as mulheres acumulam mais responsabilidades e por isso o aumento maior.

Encerrar o ano de forma consciente é fundamental. Em vez de apenas refletir sobre metas não alcançadas, é benéfico reconhecer os sucessos pessoais, mesmo os pequenos. O autocuidado ganha destaque, incentivando a busca por momentos de tranquilidade e a valorização das relações interpessoais significativas. O entendimento de que o final de ano pode representar diferentes desafios para cada indivíduo possibilita uma abordagem mais compassiva, contribuindo para a construção de um ambiente emocionalmente saudável e positivo. Que este período seja marcado não apenas pela pressão, mas também pela compreensão e aceitação, promovendo o bem-estar psicológico de todos.

Sou Joana Santiago Psicóloga

Não é assunto só de adulto: infelizmente, o transtorno alimentar infantil também é uma realidade.

Os transtornos alimentares em crianças e adolescentes representam um desafio significativo para profissionais de saúde e familiares, pois podem afetar não apenas a saúde física, mas também o bem-estar emocional e psicológico desses jovens. 

Muitas vezes associada a problemas de autoestima e ansiedade, a compulsão alimentar pode aparecer ainda na infância. As principais características são o consumo de grandes quantidades de alimento em pouco tempo (principalmente doces e carboidratos simples), o sentimento de culpa em relação à comida e o costume de comer escondido. Depois de comer muito, é comum que a criança ou adolescente se sinta estufada, desconfortável. Além disso, ela pode manifestar tristeza ou vergonha depois de ter comido tanto.

Um dos transtornos mais comuns nessa faixa etária é a anorexia nervosa, caracterizada por uma preocupação excessiva com o peso e uma restrição extrema de alimentos. Esse comportamento pode levar à sérias complicações de saúde, como desnutrição, comprometimento do crescimento e distúrbios hormonais.

Além disso, é outra condição preocupante. Nesse transtorno, os jovens alternam períodos de compulsão alimentar, em que consomem grandes quantidades de comida em um curto espaço de tempo, com episódios de purgação, como vômitos ou uso excessivo de laxantes. Esses comportamentos podem resultar em problemas gastrointestinais, desequilíbrios eletrolíticos e danos ao esmalte dentário. É crucial que os profissionais de saúde estejam atentos a sinais precoces desses transtornos para intervir rapidamente e fornecer o suporte necessário.

Distúrbio alimentar infantil é diferente de transtorno alimentar:
Apesar de muitas vezes serem usados como sinônimos, os distúrbios alimentares estão mais ligados a questões fisiológicas do que psicológicas. Ou seja, podem estar associados a questões do sistema nervoso central – como a hipersensibilidade, comum em pessoas com autismo.

Os fatores que contribuem para o desenvolvimento de transtornos alimentares em crianças e adolescentes são complexos e multifacetados. Pressões socioculturais, padrões irrealistas de beleza, bullying e questões familiares podem desempenhar papéis significativos. Promover uma imagem corporal positiva, incentivar hábitos alimentares saudáveis e manter uma comunicação aberta com os jovens são estratégias importantes na prevenção desses transtornos. O envolvimento ativo dos pais e educadores na promoção de uma cultura de aceitação e respeito pelas diferenças individuais também desempenha um papel crucial na prevenção e tratamento dessas condições.

Como tratar o transtorno alimentar infantil?

O tratamento dos transtornos alimentares em crianças e adolescentes geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar, com a colaboração de médicos, psicólogos, nutricionistas e outros profissionais de saúde mental. A terapia cognitivo-comportamental é frequentemente empregada para modificar padrões de pensamento disfuncionais relacionados à alimentação e à imagem corporal. Além disso, o apoio emocional e a educação dos pais são fundamentais para fortalecer o suporte social e familiar, contribuindo para a recuperação desses jovens e a promoção de um relacionamento saudável com a alimentação e o corpo.

Sou Joana Santiago Psicóloga

A Ayahuasca, uma bebida psicoativa feita a partir de plantas da região amazônica, tem sido usada como uma ferramenta para explorar questões espirituais e existenciais.

O chá de ayahuasca, também conhecido como Santo Daime, é uma bebida feita a partir da infusão de duas plantas amazônicas: o cipó-jagube e o arbusto-chacrona. A palavra ayahuasca tem origem indígena e pode ser traduzida como “vinho dos mortos”.

Conhecida também como “Hoasca” ou “Daime”, a ayahuasca contém DMT, harmalina e harmina, substâncias que agem no sistema nervoso central, e causam euforia e visões psicodélicas. É por isso que muitos usuários acreditam que o uso da droga proporciona experiências místicas e transcendentais.

O uso da ayahuasca pode causar alguns efeitos colaterais, como vômitos, náuseas e diarreia. Além disso, a ayahuasca não é recomendada em algumas situações, como esquizofrenia e bipolaridade e, por isso, deve ser usada somente de forma controlada, em ambientes médicos ou religiosos regulamentados.

Efeitos da ayahuasca

Os efeitos da ayahuasca no organismo variam de pessoa para pessoa e podem incluir visões, como divindades, paisagens e pessoas, que podem ser observadas com olhos abertos ou fechados e estarem relacionadas com emoções e experiências individuais, por exemplo.

Na parte física incluir vômitos, náuseas, sensação de frio ou calor e diarreia, são reações físicas que podem surgir logo após beber o chá ou algumas horas depois. Outros efeitos relatados incluem ainda suores excessivos, tremores, aumento da pressão arterial e aumento dos batimentos cardíacos.

Por possuir efeitos enteógenos, a ayahuasca também promove alterações no estado de consciência, atuando como um instrumento espiritual. Por isso, a ayahuasca é usada principalmente para fins religiosos, permitindo a conexão com o divino.

Quando não é indicada

A ayahuasca não deve ser usada juntamente com bebidas alcoólicas, assim como esse chá não é recomendado para pessoas que estejam usando remédios inibidores da monoamina oxidase, como isocarboxazida, moclobemida, fenelzina, selegilina e tranilcipromina.

Além disso, a ayahuasca também é contraindicada para pessoas com transtorno bipolar, Parkinson, psicose ou esquizofrenia. Por isso, o uso da ayahuasca deve ser feito somente de forma controlada, em ambientes médicos ou religiosos regulamentados.

Existem mais riscos do que benefícios

Tenho muita preocupação com o uso indiscriminado da ayahuasca e, que, apesar de haver algumas pesquisas associando a bebida à melhora de casos de depressão resistente à medicação, ela tem mais riscos que benefícios, pois pode provocar reações não só no cérebro, mas também reflexos em todo organismo.

É uma substância que tem grande ação central, difunde em várias áreas cerebrais vinculadas a sintomas psiquiátricos, mas também pelo corpo mexendo com toda a função metabólica e isso tem uma consequência no estado clínico, por isso algumas pessoas passam mal, vomitam, podem ter parada cardiorrespiratória, entre outros sintomas.

Além do fato de ser uma substância alucinógena, o perigo do consumo da bebida, são as variáveis que isso envolve, que vão desde não ter controle de quais substâncias são usadas na sua composição, a quantidade de cada uma delas, até a segurança do local onde ela vai ser consumida.

Outra reação pouco comentada sobre quem consome a ayahuasca, que pode vir a longo prazo, chamamos de transtorno de percepção persistente ou flashback, e pode ocorrer meses após o consumo da bebida, mesmo que tenha sido apenas uma vez.

É importante notar que o uso da Ayahuasca pode ser controverso. Além disso, as experiências com Ayahuasca podem variar significativamente entre indivíduos, e os efeitos psicológicos nem sempre são previsíveis. Portanto, qualquer pesquisa ou uso da Ayahuasca deve ser conduzida com cuidado e sob a supervisão adequada de profissionais qualificados.

Sou Joana Santiago – Psicóloga

Medicamento para sedar animais gera onda de overdoses nos EUA.


A natureza da dependência química

A dependência química é uma doença crônica que está presente em diferentes classes ou contextos sociais, direta ou indiretamente. Quando um indivíduo usa uma droga, em geral, está de alguma forma em busca da sensação de prazer. Esta sensação é determinada pelo sistema de recompensa que existe em todos os seres humanos, devido à grande liberação de neurotransmissores, como a dopamina. Para experimentar novamente a sensação, a pessoa usa a droga novamente.

Com base no que foi mencionado acima e no meu post anterior sobre Dependência Química, gostaria de compartilhar uma matéria que saiu em 29/09/23 no O Globo.com, que mostra vídeos de pessoas em estado “zumbi” e o aumento da onda de mortes por overdose nas ruas de São Francisco, Califórnia.

A matéria fala do uso da xilazina, um medicamento de uso veterinário, de baixo custo, usado para sedar animais como cavalos, bois e outros mamíferos. Traficantes têm misturado o fármaco a outras drogas letais, como o fentanil, nos Estados Unidos, visando aumentar os lucros. O governo americano classificou a xilazina como uma “ameaça emergente” à saúde pública, sendo o opioide 50 vezes mais forte que a heroína. O consumo indiscriminado de xilazina é mais difícil de ser tratado do que o de outras drogas, pois nunca foi aprovado para uso humano.

Desafios atuais e reflexões sobre dependência química

Ao contrário do que muitos ainda pensam, drogas não se restringem apenas a substâncias ilegais / ilícitas. Também são consideradas drogas substâncias lícitas, por exemplo: cigarro; álcool; as prescritas por médicos (como remédio para emagrecer, ou até mesmo antidepressivos); ou aquelas que podem ser compradas em mercados ou lojas (como solventes, cola de sapateiro, etc). Cada vez mais, usuários e dependentes descobrem uma nova droga, e a cada descoberta de uma substância que pode causar o prazer esperado, estes divulgam a outros, através do “boca a boca”, esta nova “descoberta”.

Vale muito nossa reflexão sobre o assunto que além de ser considerada uma questão de saúde pública tem o olhar da psicologia para que cada um, a seu modo, possa encontrar maneiras de colaborar na questão da prevenção ou reabilitação do uso de drogas; tendo a consciência, despida de preconceitos, de que a melhor forma de compreender o fenômeno é através de uma perspectiva sistêmica e não linear.

Levando sempre em conta a função dos sintomas, o que estes querem dizer e para onde estão apontando. Lembrando sempre que o indivíduo, no caso o usuário de droga, não é isolado, mas que pertence a vários sistemas; e que o tempo todo afeta e é afetado por estes. Desta forma, o fenômeno do uso de drogas é dinâmico, muito complexo e jamais pode ser visto isoladamente.

Vejo também a importância de adotarmos uma perspectiva social nesta reflexão e nos questionarmos sobre as razões de tantas pessoas buscarem as drogas. O que está ocorrendo no mundo que faz com que tantos precisem de um recurso para sentir prazer? Será que já não é possível lidar com as questões atuais e estamos tentando nos anestesiar? Uma reação de fuga da vida ou uma real busca pelo prazer? 

A dependência química é uma doença totalmente passível de tratamento, porém o primeiro passo é reconhecer tal necessidade.

Sou Joana Santiago – Psicóloga

Transtorno alimentar é uma condição de saúde mental que afeta os hábitos alimentares e a autoimagem.

Transtornos alimentares ou distúrbios alimentares são alterações nos hábitos alimentares associados a conflitos emocionais. Embora nem todos os casos sejam graves, essas condições podem afetar o funcionamento físico, psicológico e social na ausência de tratamento adequado.

Junto aos transtornos alimentares, ainda há a associação de pensamentos e emoções de angústia.

Se contabilizarmos todos os tipos de transtornos alimentares, é possível concluir que uma grande parcela da população convive com eles.

Um estudo científico publicado no International Journal of Eating Disorders, constatou que houve um aumento de 48% nas internações por conta dos transtornos alimentares na pandemia. 

Existe uma incidência maior em pessoas do sexo feminino, mas isso não quer dizer que homens também não sofrem com essa condição. 

Geralmente, os TAs são associados com preocupações acerca da comida, peso e forma do corpo.

Tudo isso pode ser intensificado com o padrão de corpo perfeito que é imposto nos dias atuais. Vale destacar que há algum tipo de preocupação das marcas em desconstruir esse padrão, mas nada ainda é definitivo.

Alguns dos principais sintomas dos transtornos alimentares são:

  • ansiedade;
  • baixa autoestima;
  • compulsão alimentar;
  • purgação por vômito;
  • uso de laxantes;
  • exercícios físicos compulsivos;
  • comer com restrição.

Tipos de distúrbios alimentares

Entre os principais tipos de distúrbios alimentares podemos encontrar:

  • Anorexia nervosa;
  • Bulimia;
  • Transtorno de Compulsão Alimentar (TCA);
  • Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica (TCAP);
  • Vigorexia.

Causas dos transtornos alimentares

Comer compulsivamente ou perder a fome a ponto desse comportamento comprometer seriamente a saúde pode ter uma série de causas.

A comida é refúgio para aquelas pessoas que apresentam dificuldade de verbalizar seus problemas, seja por medo ou por timidez. Problemas como depressão, ansiedade e situações de violência também podem desencadear quadros de transtorno alimentar.

Fortes impactos emocionais, como falecimento de um ente querido, separação, decepções amorosas ou perda de emprego, também podem desencadear problemas relacionados com transtornos alimentares.


O Manual de Diagnóstico e Estatística das Doenças Mentais (DSM) incluiu os transtornos alimentares em sua lista em 1994. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) 4,7% da população brasileira apresenta algum tipo de transtorno deste tipo, como anorexia, bulimia e compulsão. Este problema atinge mais os jovens com idades entre 14 e 18 anos.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico dos transtornos alimentares é feito pelo psicólogo ou médico psiquiatra.

São analisados os hábitos alimentares, as crenças pessoais e o impacto dos hábitos na saúde física do indivíduo.

No caso de crianças e adolescentes, as observações dos pais são fundamentais para chegar a uma conclusão. Pacientes nessas faixas etárias possuem dificuldade para compreender o significado de seus comportamentos e relatar o que está incomodando ao profissional.

A perda significativa e rápida de peso em crianças e adolescentes pode trazer graves consequências para a saúde. Por essa razão, assim que os pais identificarem algo atípico nos hábitos alimentares e na maneira como os filhos se referem a si mesmos, já podem consultar um profissional.

O diagnóstico precoce favorece o tratamento e reduz os riscos à saúde como um todo.

O tratamento

O tratamento é multidisciplinar, envolve Nutricionista, Endocrinologista, Psicólogo e Psiquiatra. A equipe precisa acompanhar o paciente e sua evolução constantemente.

Embora os sintomas dos transtornos alimentares sejam físicos, muitos deles são causados por problemas psicológicos, a partir de traumas e pensamentos negativos sobre o próprio corpo.

Por esse motivo, além do acompanhamento com médicos e nutricionistas, a psicoterapia é fundamental para a melhora de uma pessoa nessas condições.

O psicólogo é capaz de entender quais são os motivos pelos quais essas pessoas possuem baixa autoestima e, então, busca trabalhar essas questões, a fim de ressignificar esse sentimento e estimular a autoaceitação.


Sou Joana Santiago – Psicóloga

Setembro Amarelo marca a campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. Durante todo o mês, a iniciativa tem como objetivo chamar a atenção para a importância de discutir e promover ações a respeito do suicídio.

Setembro Amarelo é um mês dedicado à conscientização e prevenção do suicídio. É um período em que a importância de saber ouvir e praticar a empatia com as pessoas ganha destaque. Em um mundo que muitas vezes parece estar cada vez mais isolado e estressante, demonstrar cuidado e compreensão pelos sentimentos e desafios dos outros é fundamental.

Este mês, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, realiza no Brasil a campanha Setembro Amarelo® desde 2014. O lema escolhido para a campanha deste ano é “Se precisar, peça ajuda!”.

A campanha busca disseminar informações e quebrar tabus em torno das questões relacionadas à saúde mental e o estigma direcionado a pessoas que sofrem de transtornos mentais e os profissionais que lidam com estes casos. A campanha visa incentivar o apoio às pessoas e prevenir casos de suicídio.

O Brasil é um dos países com as maiores taxas de diagnósticos de transtornos de ansiedade e depressão. Estes transtornos são os principais fatores de risco associados ao suicídio. Registramos aproximadamente 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia.

A importância do saber ouvir!

A empatia nos permite entrar no mundo emocional de alguém, compreender suas dores e lutas, e oferecer apoio genuíno. Saber ouvir é uma das formas mais poderosas de expressar empatia. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ter alguém disposto a escutar, sem julgamento, sem soluções prontas, apenas um ombro amigo e um ouvido atento.

Neste Setembro Amarelo, lembro a vocês que nossas ações e palavras podem fazer uma diferença significativa na vida daqueles que estão enfrentando momentos difíceis. Ao praticar a empatia e estar disposto a ouvir, podemos ajudar a quebrar o estigma em torno da saúde mental e, mais importante ainda, salvar vidas.

Sou Joana Santiago – Psicóloga