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Quando se trata de relacionamento a dois, conhecer dicas para melhorar a comunicação no relacionamento é como um farol, iluminando o caminho para uma conexão mais profunda e duradoura com seu par.

No texto anterior, falei de como os relacionamentos são a essência da nossa existência, e que para ter um relacionamento saudável requer um compromisso contínuo com o crescimento e a evolução pessoal e interpessoal, mas que para isso é importante ter uma comunicação saudável com o outro.

Em meio ao turbilhão da vida cotidiana, compreender como se comunicar eficazmente e resolver conflitos de forma saudável pode fazer toda a diferença na qualidade do relacionamento. Aqui estão algumas dicas para melhorar a comunicação e lidar com conflitos de forma construtiva:

1. Pratique a Escuta Ativa: Preste atenção total ao que seu parceiro está dizendo, sem interromper ou pensar em sua resposta enquanto ele fala. Isso demonstra respeito e ajuda a evitar mal-entendidos.

2. Comunique-se de forma clara e direta: Evite suposições e ambiguidades. Seja claro sobre seus sentimentos, necessidades e expectativas, de modo que seu parceiro possa compreendê-lo melhor.

3. Use “Eu” em vez de “Você”: Em vez de culpar ou acusar, fale sobre seus próprios sentimentos e experiências usando declarações como “eu me sinto…” em vez de “você sempre…” Isso reduz a defensividade e promove uma comunicação mais aberta.

4. Resolva problemas juntos: Em vez de encarar o conflito como uma competição para ver quem está certo ou errado, trabalhe em equipe para encontrar soluções que satisfaçam ambos os lados.

5. Mantenha o controle emocional: Respire fundo e mantenha a calma durante uma discussão. Se você se sentir muito emotivo, tire um tempo para se acalmar antes de continuar a conversa.

4. Pratique a empatia: Tente entender os sentimentos e perspectivas do seu parceiro. Isso ajuda a construir conexões mais fortes e a resolver os conflitos de maneira mais eficaz.

6. Escolha o momento adequado: Evite discutir assuntos importantes quando um ou ambos estiverem estressados, cansados ou com fome. Escolha um momento em que ambos estejam calmos e disponíveis para uma conversa significativa.

7. Seja flexível: Esteja aberto a compromissos e soluções alternativas. Nem sempre é possível alcançar uma solução que satisfaça completamente as duas partes, então esteja disposto a ceder em alguns pontos.

8. Reconheça e aprecie: Reconheça os esforços do seu parceiro para se comunicar e resolver problemas. Apreciar as qualidades e ações positivas fortalece o relacionamento e cria um ambiente de apoio mútuo.

9. Busque ajuda profissional se necessário: Se vocês estão tendo dificuldades persistentes em se comunicar ou resolver conflitos, considerem procurar aconselhamento de um terapeuta de casal. Um profissional pode fornecer ferramentas e técnicas adicionais para melhorar a comunicação e fortalecer o relacionamento.

Lembre-se de que a prática constante é fundamental para melhorar a comunicação e resolver conflitos de forma saudável. Esteja disposto a investir tempo e esforço em seu relacionamento para colher os benefícios de uma conexão mais profunda e satisfatória com seu parceiro.

Sou Joana Santiago Psicóloga

Os relacionamentos são a essência da nossa existência. Um relacionamento saudável, estimula o bem-estar
e habilidades interpessoais, promovendo amor e convívio agradável.

Os relacionamentos são a essência da nossa existência. Desde os laços familiares até as amizades mais profundas e os romances apaixonados, as conexões interpessoais desempenham um papel fundamental em nossas vidas. No entanto, nem todos os relacionamentos são iguais. Alguns são nutritivos e fortalecedores, enquanto outros podem ser tóxicos e desgastantes. Do ponto de vista da psicologia, um relacionamento saudável é aquele que promove o bem-estar emocional, a autoestima e o crescimento pessoal para todos os envolvidos.

Tudo isso não significa que uma relação boa não tenha problemas. É natural que aconteçam desentendimentos e ciúmes, porém, essas situações costumam ser resolvidas com diálogo e muita compreensão, que são características resultantes de uma boa conexão entre o casal.

Segredos para um relacionamento amoroso saudável

Um dos grandes aspectos que garantem uma relação sadia não está ligado, diretamente, ao casal. Na verdade, ele tem a ver com o autoconhecimento. Ter plena consciência de quem você é e reconhecer suas virtudes, fragilidades e sentimentos é importante para conseguir se relacionar com outra pessoa.

Além disso, é necessário respeitar as individualidades e reconhecer o outro pelo que ele é e não pelo que desejamos que ele seja. Encontrar liberdade para ser verdadeiro dentro de um envolvimento amoroso é primordial.

Ouvir e ser ouvido também são indispensáveis, afinal, o diálogo faz com que todos os sentimentos sejam esclarecidos e o parceiro entenda o que o outro pensa para conseguir se colocar em seu lugar e sentir empatia.

5 sinais de que um relacionamento é saudável

  1. Vocês se comunicam: a comunicação é uma das importantes bases para um relacionamento e, por isso, precisa acontecer com frequência e de maneira respeitosa para manter a conexão entre o casal;
  2. Existe respeito: para existir um relacionamento, são necessárias pelo menos duas pessoas que, em grande maioria, são diferentes. E respeitar essas diferenças é primordial para que a relação seja saudável;
  3. Os problemas são resolvidos: é comum que, a longo prazo, os relacionamentos comecem a passar por problemas, mas resolvê-los de maneira respeitosa e sincera são características de boas relações;
  4. Tem limites: todo relacionamento saudável precisa respeitar os limites que distinguem uma pessoa de outra, garantir sua privacidade e respeitar as diferentes opiniões, perspectivas e sentimentos;
  5. Faz despertar o melhor do outro: de maneira natural, a dinâmica dentro da relação faz com que o “lado bom” de cada pessoa seja aflorado. Juntos, tiram o melhor “eu” de cada um e, assim, crescem juntos.

Relacionamento saudável e a terapia de casal

Por fim, um relacionamento saudável requer um compromisso contínuo com o crescimento e a evolução pessoal e interpessoal. Isso envolve estar aberto ao aprendizado, à mudança e ao perdão. Reconhecer e aceitar as imperfeições do parceiro, assim como as próprias – autoconhecimento, é fundamental para nutrir um vínculo duradouro e significativo.
A terapia de casal é uma ótima alternativa para manter a relação sadia, desenvolvendo as habilidades de boa comunicação, escuta efetiva e administração de conflitos.

Sou Joana Santiago Psicóloga

A espiritualidade está ligada ao entendimento e aperfeiçoamento do próprio indivíduo

Inúmeros estudos têm apontado que a espiritualidade traz benefícios para a saúde física e mental. Trata-se de conjunto de valores morais, mentais e emocionais que norteiam pensamentos, comportamentos e atitudes, e que podem ter conexão com algo transcendente, ou mesmo a fé.

Os bons sentimentos elevam a frequência de emoções positivas, com reflexos na qualidade de vida e também no tratamento de doenças.

A espiritualidade proporciona sentimentos como perdão, gratidão, empatia e otimismo, que produzem e liberam substâncias anti-estresse, como serotoninas e endorfinas, que são benéficas à saúde vascular. Por outro lado, a raiva, o pessimismo e o medo liberam hormônios do estresse, como adrenalina e cortisol.

Não existe uma fórmula ou manual que desperte sua espiritualidade. Essa é uma questão de prática e concentração no seu propósito e pode funcionar de formas distintas para cada pessoa.

Ficar quieto e aprender a acalmar sua mente é uma das coisas mais simples e poderosas que você pode fazer para se sentir em contato com sua verdadeira natureza.

Antes de continuar a falar sobre esse tema, quero dizer que espiritualidade e religião não são a mesma coisa. Embora esses dois conceitos tenham uma inter-relação, não são iguais.

A religiosidade é a conexão que temos com uma determinada religião, o que significa ligar-se aos preceitos, às crenças e às práticas que ela propaga e defende. Cada religião tem os seus mandamentos, digamos assim.

Qual é a diferença entre religião e espiritualidade?

É muito comum a associação da espiritualidade com a religião, no entanto é muito importante saber que elas não estão, necessariamente, ligadas. Isso porque as práticas e os rituais religiosos podem ser meios para atingir a espiritualidade, e não o objetivo final.

Religião, por definição, é um conjunto pessoal ou sistema institucionalizado de atitudes, crenças e práticas religiosas; o serviço e adoração a Deus ou ao sobrenatural.

Já a espiritualidade, por outro lado, conota uma experiência de conexão com algo maior do que você; viver a vida cotidiana de maneira reverente e sagrada.

Em outras palavras, o que vale na espiritualidade é o propósito ou intenção por trás da ação, às vezes ela está pautada em relacionamentos, prática de alguma atividade, contato com a natureza e até mesmo na arte.

Espiritualidade e seus efeitos positivos

A espiritualidade (e a religiosidade também) contribui muito para a saúde mental, porque nos ajuda a lidar com as situações difíceis da vida, trazendo conforto nesses momentos complicados, fortalecendo o nosso bem-estar, principalmente o psicológico. Também incentiva a autorreflexão e a busca de uma vida mais significativa a cada um de nós. Isso é essencial quando falamos em saúde mental.

Como praticar a espiritualidade no dia a dia?

– Contemple aquilo que te faz bem e que te desacelera.
Pode ser ouvir uma música, admirar uma paisagem, ler um livro, revisitar memórias felizes, praticar o amor e estar presente.

– Pratique a meditação.
Aquietar a mente e se concentrar no aqui e agora pode ajudar na busca pela paz interior e a se conectar mais com a vida.

– Saia do piloto automático e se torne a pessoa que deseja ser.
Desperte para o seu propósito de vida, trace metas e foque em algo que seja importante e que te proporcione mais sentido.

– Valorize o que é realmente importante.
Reconheça que a felicidade não está nas coisas. Reconheça que é possível encontrar a felicidade além do material e do imediatismo.


Ter espiritualidade é se guiar pelo amor e respeito. É acreditar que fazer o bem é poderoso e reconhecer que estar aqui, neste momento, é o suficiente para sermos gratos pela oportunidade da vida. Sinta a potência que é poder respirar e fazer a diferença para si e para o próximo. Cultive as coisas boas dentro de si e veja o florescer transcender além de você.

Então, pratique!

Sou Joana Santiago – Psicóloga

As doenças psicossomáticas ou emocionais atingem a saúde mental e a física simultaneamente.

Você já deve ter ouvido falar que, quando não estamos bem emocionalmente, nosso corpo começa a responder com sintomas físicos.
Acredite: é verdade. Elas são como sinais para avisar que algo não está certo conosco, uma forma do corpo e a mente pedirem uma pausa.

O estresse, a raiva, a tristeza, a preocupação e o nervosismo são algumas das emoções que causam essas doenças. Os pensamentos também são responsáveis, em parte, por seu surgimento. Afinal, é através deles que nós alimentamos sentimentos e emoções.

A mente e o corpo estão mais interligados do que imaginamos. É importante prestar atenção no seu comportamento, hábitos e palavras, especialmente os que se manifestam inconscientemente, bem como nas emoções por trás deles.

O que são doenças psicossomáticas?

Também conhecida como somatização ou transtorno somatoforme, as doenças psicossomáticas são desordens emocionais ou psiquiátricas que afetam também o funcionamento dos órgãos do corpo. Esses desajustes provocam múltiplas queixas físicas, e que podem surgir em diferentes partes do corpo.

O termo somatização é utilizado para definir doenças que se manifestam sem nenhuma origem orgânica: não há nenhum fator em que o próprio corpo esteja desenvolvendo a condição por meio de uma infecção ou inflamação, por exemplo. Dessa forma, é identificado que o sintoma físico é apenas reflexo de uma saúde emocional abalada.

Ou seja, quando não cuidamos bem da saúde da mente, pode ocorrer uma sobrecarga no estado emocional, desencadeando problemas de pele e estômago, entre outros. Além disso, as doenças psicossomáticas podem reduzir drasticamente a produtividade e ainda causar desmotivação.

O termo psicossomático surgiu justamente para designar doenças desse tipo e nos mostrar que está tudo interligado. Não é possível cuidar apenas de uma coisa só: mente e corpo funcionam em conjunto.

As principais doenças psicossomáticas

As doenças psicossomáticas podem se manifestar fisicamente em quase todos os órgãos, além de piorar condições de saúde existentes. Algumas são bastante conhecidas, pois acometem uma grande quantidade de pessoas. As patologias mais comuns:

  1. Cabeça: dor de cabeça, enxaqueca ou cefaléia, visão turva, alterações no equilíbrio e na motricidade;
  2. Pele: alergias, coceira, acne, ardência ou formigamentos;
  3. Garganta: infecções mais constantes e sensação de nó na garganta;
  4. Coração e circulação: dores no peito, palpitações, pressão alta e aumento das chances de infarto;
  5. Pulmões: falta de ar e sensações de sufocamento;
  6. Estômago: náusea, azia, gastrites e úlceras gástricas;
  7. Intestino: diarreia ou prisão de ventre;
  8. Rins e bexiga: sensação de dor ou dificuldade para urinar que se assemelham a doenças urológicas;
  9. Órgãos sexuais: impotência sexual, diminuição do apetite sexual, dificuldade para engravidar e alterações no ciclo menstrual;
  10. Músculos e articulações: tensão, formigamentos e dores musculares inexplicáveis.

Causas das doenças psicossomáticas

Não há uma regra, mas os fatores psicológicos podem ser um dos motivos para alguém desenvolver uma dessas doenças. 

Mas em geral, mudanças significativas que passamos em nossa vidas podem influenciar nisso, conheça algumas:

  • Problemas profissionais: seja por excesso de trabalho ou pela falta dele, o lado profissional mexe muito com o psicológico de todos nós. Além disso, a transição de carreira ou problemas no trabalho são comuns nesses casos;
  • Traumas e eventos marcantes: problemas familiares, perda de entes queridos e traumas de infância podem nos deixar mais ansiosos e desmotivados com a vida;
  • Violência psicológica: abuso e conflitos nos amorosos, bullying na escola e violência doméstica, também são fatores a serem considerados;
  • Ansiedade e tristeza: muitas pessoas não controlam esses sentimentos e buscam se isolar ao invés de tratar o problema.

Além desses pontos, é importante prestar atenção no histórico familiar de transtornos psicossomáticos ou relacionados à ansiedade e depressão. 

De fato, outros fatores sociais também precisam ser avaliados quando sintomas físicos aparecem. Por exemplo, pressões de trabalho, dificuldades financeiras, desemprego, histórico de prisões e processos judiciais 

Portanto, muitos são os fatores que fornecem contexto para os sintomas somáticos.

Como identificar uma doença psicossomática

Se você não obtiver nenhum diagnóstico após consultar um médico e realizar os exames necessários para descobrir a origem do desconforto físico, é provável que a doença seja de origem emocional ou psicológica. Um psicólogo pode confirmar um diagnóstico após algumas consultas assim como definir um tratamento.

Se já existe algum elemento que está causando incômodo em sua vida, fica mais fácil identificar a causa dos sintomas. Caso contrário, talvez seja necessário refletir sobre o seu modo de vida e as suas emoções.

Como posso me prevenir das doenças psicossomáticas?

Existem algumas práticas que você pode fazer para que você passe bem longe de uma somatização.
Primeiramente, cuide da sua saúde emocional: quando zelamos por nossa mente e entendemos o que pode nos fazer mal, fica muito mais claro como lidar com diversas situações. Por exemplo: é interessante procurar uma terapia com uma abordagem terapêutica que agrade você e lhe faça bem. Conversar com profissionais capacitados sobre nossos problemas cotidianos pode evitar diversos problemas futuros e traz mais leveza e qualidade de vida.

Coloque-se em primeiro lugar: algumas vezes, deixamos de cuidar de nós mesmos por inúmeros fatores. Quando você pratica o autoconhecimento, consegue identificar sobretudo suas fraquezas. Assim, fica mais fácil trabalhá-las e lidar com as situações cotidianas. Isso faz com que você se sinta mais tranquilo consigo mesmo.

Dedique mais tempo para a sua saúde mental: Há um remédio muito simples para a saúde mental perturbada: o autocuidado, ou seja, dar atenção a você mesmo. Faça o que você gosta, converse com quem você ama e escolha apenas o que lhe faz bem. Ser verdadeiro consigo mesmo é um método de prevenção excelente contra transtornos mentais e perturbações emocionais.

Por fim, saiba que as doenças psicossomáticas podem atingir qualquer pessoa e não há nenhum critério para isso. Por isso, independentemente de como seja o seu dia a dia, lembre-se do quão importante é cuidar da saúde em um panorama geral, não focando em apenas um ponto ou outro. A psicoterapia promove o autoconhecimento, o bem-estar, a saúde mental e o amor-próprio tudo junto!

Agora que você já sabe um pouco mais sobre o que são essas doenças e como é possível se prevenir, vamos colocar em prática?

Sou Joana Santiago – Psicóloga

A insegurança de um colega de trabalho ou até do chefe, aparece como estopim para uma traição.

Ainda falando sobre traição, vamos abordar uma outra forma que não é a conjugal,  mas sim a interpessoal, como traição de um colega de trabalho e até do chefe! Já passou por isso no seu ambiente de trabalho? Como lidar com essa situação?

Esse tema é ainda mais delicado, enquanto em nossos relacionamentos pessoais podemos escolher as pessoas com quem vamos nos relacionar no mundo corporativo, não temos essa liberdade de escolha, mas independente de ter ou não afinidade com os nossos colegas de trabalho, precisamos interagir com eles e buscar uma convivência harmônica.

Trabalhar em equipe e de forma transparente são comportamentos cada vez mais cobrados dentro das organizações. Mesmo assim, os golpes baixos e as puxadas de tapete continuam a ocorrer em relacionamentos profissionais. Descobrir que um amigo/colega “confiável” fala mal de você é o jogo sujo mais comum no ambiente de trabalho.

Uma trapaça típica do profissional desatualizado é roubar ideias como uma ferramenta de competição. No mundo corporativo existe uma disputa de poder constante, o que leva algumas pessoas a crer que abusar de atitudes antiéticas em prol do próprio sucesso é um comportamento aceitável. Tal ideia é ultrapassada e está ligada à concepção de que o mundo é dos espertos!

Os motivos que levam a essa conduta variam da insegurança à desonestidade, passando pela leviandade dos envolvidos. Os golpes podem vir de colegas competitivos e inseguros ou de chefes arrogantes… sim chefes, alguns gestores acham que somente eles podem aparecer, atingir resultados e propor ideias. Uma situação muito comum é ser demitido para que o chefe coloque uma pessoa da confiança dele no lugar. Esse tipo de politicagem desleal ainda ocorre nas organizações, apesar de toda a evolução na gestão corporativa.

Em geral, isso ocorre quando um gestor inseguro ou desleal prefere ter a seu lado alguém que possa controlar, ou quando deseja deliberadamente beneficiar um amigo. A insegurança do chefe também aparece como estopim para uma traição.

Quando um funcionário começa a apresentar metas elevadas o chefe ou um colega de trabalho, ao invés de ficar satisfeito e feliz, pode se sentir ameaçado. Nesse momento, surgem outras formas de puxadas de tapete, como excluir o profissional de um projeto sem maiores explicações e impedi-lo de exibir seu trabalho ou fazer com que ele não tenha acesso aos níveis superiores. Um sintoma desse tipo de atitude é a exclusão. Marginalizar um subordinado é uma das armas tradicionais.

Você faz todo o trabalho e seu chefe não lhe dá crédito pelo resultado.

Pare e reflita: isso acontece só com você ou com outras pessoas também? Se é apenas com você, tem de conversar com o chefe. De maneira aberta e direta, discuta sua contribuição individual em relação aos resultados da área. Se possível, atrele a conversa a seu plano de desenvolvimento pessoal e busque apoio do RH.

Descobriu que um colega está falando mal de você?

Analise com calma a situação e indague pessoalmente, em tom de conciliação, o suposto detrator. Verifique se há mal-entendidos. Se a conversa não for suficiente, procure também o gestor. Com o chefe, seja claro e direto, citando dados, fatos e exemplos para ilustrar o quanto o comportamento da pessoa prejudica seu trabalho.

Você é excluído de um projeto sem justificativa.

Pergunte ao chefe o motivo de sua exclusão. Deixe claro que sua intenção é continuar fazendo parte do time nos próximos projetos, mas tenha em mente que podem existir muitas razões para a exclusão.

Como superar essas situações

Acima de tudo, evite entrar no jogo desleal, principalmente quando for provocado ou agredido. Não diga sim para tudo, imponha limites morais e éticos.

Manter a pontualidade no dia a dia, não se atrasar para reuniões e cumprir prazos em projetos. Se apresentar sempre de forma positiva e confiante. Manter a boa imagem profissional. Mostrar equilíbrio e liderança. Ser proativo em suas atividades, metas e, principalmente, vender suas ideias em reuniões de forma clara e convicta.

Apresente-se para seu novo gestor como profissional (histórico, experiências, passagens por outras companhias) e, o mais importante: não seja bajulador e não acredite em tudo que transita na rádio-peão, pois em momentos de mudanças o que não falta são informações desprovidas de fontes. Portanto, seja você mesmo e siga seu instinto.

Caso seja muito difícil encontrar uma solução, é possível fazer terapia para descobrir a opção menos agressiva para a sua saúde mental.


Sou Joana Santiago – Psicóloga

Apesar de ser pouco falado, pesquisas indicam que a traição é mais recorrente nos relacionamentos do que se imagina.

A traição acontece quando alguém nos decepciona, quebrando uma expectativa ou regra estabelecida em relacionamentos amorosos. Além de prejudicar a relação, essa quebra de confiança pode trazer sentimentos negativos como raiva, tristeza, culpa e baixa autoestima.

A traição é uma perda. E, assim como o luto, há um processo psicológico de pesar que todos precisam passar para seguir em frente.

As experiências traumáticas de separação, traição e culpa são diferentes para cada pessoa. Seja como for, no momento em que há uma ruptura brusca da confiança, projetos, expectativas e sonhos são violentamente alterados. Isso faz com que o equilíbrio emocional e psicológico fique vulnerável a danos de médio a longo prazo.

A mente de quem é traído

Quando a traição acontece (e todos nós estamos sujeitos ou propensos a isso), tendemos a nos sentir TRAÍDOS, mas no sentido amplo da palavra, não só pela questão sexual, mas, principalmente, pela confiança e potencial destruição de projetos de vida elaborados em conjunto. Ou seja, por todos os bons momentos vividos ao longo da relação. Os estudos têm apontado (e tenho verificado isso diariamente no meu consultório) que quem é traído fica muito mais magoado pela descoberta da capacidade que o outro teve de arriscar todo um projeto de vida feito a “dois” por uma aventura qualquer. Mais ainda, por subestimar suas habilidades ao ponto de achar que nada daquilo seria descoberto. A pessoa traída costuma se sentir um lixo. Isso afeta toda sua vida, pois desconstrói todo um passado vivido. Detona toda a expectativa de futuro e dias melhores, mesmo que a relação siga em frente. Toda essa desconstrução causada pela traição dói exacerbadamente. Isso ocorre, pois, devido a decepção você passa a perceber que não conhecia seu companheiro tão bem como pensava. A partir daí você passa a sentir raiva não só de quem lhe traiu, mas também passa a sentir raiva de si e pode até considerar que – de alguma forma – você também é responsável por isso.

“A pessoa traída pode responder à traição de diversas maneiras. A sua forma de enxergar a situação depende do sentimento nutrido pelo parceiro e do estado do relacionamento. No entanto, mesmo que esteja péssimo, saber que foi traído nunca é fácil.”

A traição simboliza quebra de confiança e ausência de respeito com o próximo. Afinal, existem maneiras de melhorar o relacionamento e de terminá-lo sem causar tamanho sofrimento emocional ao próximo. Então, por que o parceiro escolheu machucá-lo dessa forma?

Quando a infidelidade acontece, o traído passa por um período de luto. Como algo muito importante é perdido, o pesar é semelhante ao de quando alguém amado morre. As emoções são tão intensas que podem causar um trauma emocional. 

Além disso, as crenças da pessoa traída em relação aos relacionamentos podem sofrer mudanças radicais. Ela pode passar a desacreditar no amor, não ver mais sentido no casamento ou em relacionamentos longos, ou crer que é impossível confiar em alguém de verdade. Seus sonhos, planos para o futuro e expectativas também são danificadas bruscamente. 

A mente de quem trai

A infidelidade geralmente é vista como coisa de pessoas imorais, más, insensíveis. Mas estudos têm mostrado que a verdade por trás de traições é mais complexa do que pode parecer. Para começar, traição não envolve só sexo. Quando se trata de infidelidade puramente sexual, a ocorrência média observada em estudos é de cerca de 20% dos casais. No entanto, a taxa aumenta para cerca de um terço dos casais quando se inclui infidelidade emocional. Muitos infiéis usam o sexo para satisfazer suas necessidades emocionais que não são atendidas. É por isso que se refugiam em uma situação onde acreditam que irão resolver essa necessidade, quando, na verdade, isso não acontece. Só aumentam a frustração e o desconforto.

Por sentirem desejo por outras pessoas, por monotonia ou por falta de paixão no próprio relacionamento, essas pessoas procuram por novas sensações. Elas decidem trapacear sem expressar essa necessidade aos seus parceiros. Porém, há algumas características que se encaixam na maioria dos casos de infidelidade:

Ciúme frequente:  É uma contradição, mas isto ocorre. Os infiéis sentem que cometeram um erro e que o comportamento deles não foi correto. Eles mentem para os seus parceiros, e isso produz neles uma espécie de medo de que seu parceiro faça o mesmo, o que pode levar a um ciúme doentio. Algo que só existe na imaginação dos infiéis pela consciência culpada que os atormenta.

Emoções instáveis:  As emoções passam a ser instáveis, muito extremas. O infiel facilmente se torna agressivo, controlador, inventa coisas que não existem. Isso só mostra o conflito mental que o infiel tem em sua cabeça e acaba por expressar emocionalmente.

Necessidade de dependência:  O infiel, de repente, passa a depender de que sua parceira lhe diga o quanto ela precisa dele, o quanto ela o ama. Isto cria uma grande dificuldade na relação, causando estranheza. A parceira ou parceiro poderá começar a se sentir oprimido e desconfiado.

Ideias contraditórias sobre o amor: A infidelidade tende a mudar o conceito do que era, até então, estabelecido como amor. A pessoa começa a ter ideias para reviver a paixão sexual com seu parceiro, talvez experimentar coisas novas. O infiel começará, provavelmente, a mudar a maneira de ver as relações e começa a considerar a possibilidade de um relacionamento aberto ou de alguma outra forma. Preste atenção a estes sinais!

Apego e busca de companhia: Se a relação é quebrada pela infidelidade, o infiel, fervorosamente, sai à procura de outro parceiro. Há pessoas que precisam ter uma companhia para poderem ser infiéis.

Essas pessoas não procuram relações liberais. As consequências, novamente, serão o ciúme, a traição e o mesmo círculo vicioso de antes. Este tipo de relação não é nada saudável.

É possível perdoar um parceiro infiel? 

O processo de superação da traição tende a ser longo para a maioria das pessoas. Dependendo das reações da pessoa traída, pode ser menos dolorido e demorado. Porém, dificilmente é feito sem, pelo menos, um pouco de dor emocional. 

Como  mencionei, são várias as razões que motivam as pessoas a serem infiéis. Apesar de termos o desejo de ver quem trai com maus olhos, é preciso lembrar que todos nós somos passíveis de cometer erros. Nem sempre a pessoa que trai quer arruinar a vida do parceiro ou fazê-lo sofrer. 

São muitas as perguntas que rodeiam a infidelidade nos relacionamentos. 

A verdade é que não existe uma resposta universal, capaz de satisfazer todas as pessoas que já foram traídas. Aceitar ou não que foi traído bem como perdoar ou não o parceiro são decisões que devem ser analisadas com calma, levando em consideração as emoções e os planos para a relação. 

Perdoar não é o mesmo que conceder permissão ao parceiro para trair ou aceitá-lo de volta em sua vida. O perdão beneficia quem foi traído porque promove a libertação de emoções e de sentimentos desagradáveis, os quais fortalecem o apego da pessoa à situação dolorosa.

Além disso, quem perdoa o parceiro infiel tem todo o direito de expressar as suas preocupações e fazer mudanças (sensatas) na dinâmica do relacionamento até que a ferida seja curada. 

Apenas não é legal aceitar o parceiro de volta e torturá-lo emocionalmente, fazendo-o sofrer por ter escolhido trair. É preciso ser honesto tanto consigo mesmo quanto com o outro ao perdoar. A vingança pode soar atraente na hora, mas não é o caminho certo para reconstruir a confiança perdida.

Se ambos os parceiros não têm essa intenção, a melhor decisão pode ser terminar o relacionamento. Ser traído certamente não diminui as oportunidades de reencontrar o amor de ninguém.

Agora, se quem traiu foi você, pedir perdão por ter causado sofrimento e conversar com sinceridade com o parceiro ou a parceira é a atitude mais honrosa nessa situação.

Caso seja muito difícil encontrar uma solução, é possível fazer terapia para descobrir a opção menos agressiva para a sua saúde mental. Conversar com um psicólogo também pode fazê-lo se sentir melhor, seja você o traído ou quem traiu.

O que você pensa sobre a infidelidade? Você pode acrescentar algo mais a este artigo sobre infidelidade? Esperamos as suas respostas e as suas opiniões sobre o tema.

Sou Joana Santiago – Psicóloga

Para evitar constrangimentos, recomendo pensar antes de falar, respirar e prestar atenção aos sinais não verbais do ouvinte.

Todos nós conhecemos uma pessoa que fala demais. Uma pessoa que fala tanto e que não dá espaço para outras pessoas falarem e participarem do assunto. Essas pessoas tagarelas geralmente têm dificuldade de ouvir o outro, sempre têm um caso para contar e com frequência repetem suas histórias. Elas misturam todos os assuntos, muitas vezes abordam temas que constrangem e dificultam a conversa ao impedir que outros falem. Estar em um mesmo ambiente com indivíduos assim pode ser enfadonho, por isso é preciso aprender a lidar com pessoas que falam demais.

E quando o ambiente é o trabalho, a convivência pode complicar ainda mais. Pessoas tagarelas podem afetar diretamente a concentração de colaboradores próximos e isso pode impactar na produtividade. Além disso, é preciso muita paciência para evitar conflitos, já que o humor nem sempre resiste a uma atitude desagradável.

É preciso avaliar também que o ato de falar demais é um escudo poderoso para pessoas com certa fobia social. Com medo da interação com o colega, o indivíduo fala sem parar evitando a empatia, emendando um assunto no outro, o que, com o passar do tempo acaba virando um escudo social. Então, são pessoas que provavelmente estão passando ou que desenvolveram uma desestrutura emocional, que tem provocado reações em seu comportamento.

Veja algumas das características de pessoas que falam demais

  • Sujeito repetitivo:  a pessoa tagarela se torna repetitiva e até utiliza o mesmo argumento em várias situações diferentes;
  • Mania de interromper: esta é uma característica presente na pessoa que fala muito, que acaba não permitindo a conclusão do raciocínio da outra parte;
  • Falta de empatia: pessoas assim não se preocupam com a voz e o argumento de terceiros, fazendo com que a interação e a empatia sejam inviáveis, afetando o relacionamento;
  • Isolamento: quem fala demais tem a tendência a desgastar os relacionamentos ao seu redor, pois são indivíduos que acabam se tornando inconvenientes e afastam as pessoas do seu círculo de convivência.

5 passos para conviver com quem fala demais

Para não tornar o ambiente ainda mais constrangedor, é possível adotar algumas técnicas para lidar com colegas de trabalho que falam demais:

  1. Corte o assunto: pessoas que falam demais geralmente estão em busca de atenção. Portanto, não tenha peso na consciência e corte o assunto sinalizando para o tagarela, de maneira gentil e educada, que você precisa fazer outra coisa;
  2. Faça questão de falar: se você esperar que o tagarela lhe dê espaço para falar, muito provavelmente você não vai conseguir. Então a dica é peça para falar e se for interrompido insista para concluir o assunto.
  3. Seja monossilábico: caso também não deseje estender o papo, faça mão das expressões da nossa língua portuguesa para diminuir o assunto. Responda apenas o básico para não ser mal educado. Não prolongue a discussão e aos poucos o tema vai se esvaindo.
  4. Mude o seu foco: não é porque a pessoa é inconveniente ao falar que ela só tem defeitos. Então tente enxergar as qualidades do amigo tagarela e desvie o foco para essas características.
  5. Afaste-se para ajudar: quando nos afastamos de alguém e esta pessoa percebe o afastamento ela se mostra mais aberta a entender os motivos e então é possível colocar nossa percepção de forma clara e educada levando a pessoa a uma reflexão.

Quando o tagarela é você

De repente, ao ler esta matéria, você acaba se deparando com o fato de que você talvez seja o colega inconveniente que fala demais. E como é possível reverter isso?

Além de receber com humildade o feedback dos colegas mais próximos, o mais importante é buscar o autoconhecimento. O que está te levando a ter um comportamento excessivo? O que pode estar por trás dessa necessidade de falar o tempo todo? Uma das maneiras de descobrir é através de treinamentos de competências emocionais.

Estar atento às reações de desconforto ou desinteresse das outras pessoas quando fala demais também pode ajudar, bem como pedir a alguém próximo para lhe dar algum sinal quando já se está a exceder na conversa.

Sou Joana Santiago – Psicóloga

A meditação pode ser usada para desenvolver a regulação da atenção, das emoções e para o crescimento pessoal.

Durante as últimas duas décadas, mais e mais cientistas estudam a atenção plena, um conjunto de práticas que nos ajuda a cultivar a consciência de nós mesmos e de nosso meio ambiente a cada momento. Suas primeiras descobertas desencadearam um enorme entusiasmo pela meditação. A prática pode ser usada para desenvolver a regulação da atenção, das emoções e para o crescimento pessoal. Ela pode ser relacionada com diferentes processos cognitivos, tais como a memória e a imaginação, e pode estar focada no próprio corpo, em outras pessoas ou conceitos abstratos.

Surgiu como uma prática de cunho religioso há cerca de 3 mil anos antes de Cristo. Porém, com o passar dos anos, foi se popularizando até chegar ao ocidente e ser alvo de diversos estudos sobre seus benefícios tanto para a saúde, o envelhecimento e até a produtividade.

Um dos estudos foi conduzido pelo Dr. Hebert Benson, que em 1967 descobriu que pessoas em estado meditativo usavam cerca de 17% menos oxigênio. Além disso, apresentavam menor pressão sanguínea e aumento na produção de ondas cerebrais. Ao invés de focar apenas no desenvolvimento espiritual, a meditação passou a ser utilizada como ferramenta para promover o relaxamento, obter mais saúde e afiar a mente.

O que realmente é meditação?

A meditação é um exercício de foco e concentração que promove relaxamento físico e equilíbrio mental de quem pratica.

Algumas linhas de meditação usam mantras como instrumento para entrar no estado de flow, enquanto outras focam em apenas observar a respiração.

Existem alguns tipos de meditação e um dos mais estudados atualmente é o da atenção plena, conhecido como mindfulness. Este tipo separou a parte mística e religiosa da prática vinda do Oriente, focando somente nas descobertas científicas sobre os benefícios da meditação. O foco está em prestar atenção às sensações do corpo, em especial à respiração para, assim, interromper a bagunça de pensamentos desordenados.

Existem vários tipos de meditação, mas, principalmente para quem está começando, somente alguns minutos, lugar tranquilo e silencioso e concentração na respiração serão necessários.

E principalmente: esqueça o conceito de meditação pelo esvaziamento da mente, simplesmente porque é impossível, pois não conseguimos interromper 100% o fluxo de pensamentos, mas sim direcioná-los.

Benefícios da meditação

Manter a mente concentrada e focada é pré-requisito para quem deseja atingir o máximo de resultados. A mente desfocada pula de um pensamento para outro. Além disso, mistura lembranças do passado com idealizações de futuro e, principalmente, nos tira do momento presente.

Você vive o ontem e o amanhã, mas o hoje fica esquecido, dando espaço para procrastinação. E se você sofre com esse problema, sabe o quanto pode ser frustrante viver deixando planos importantes para amanhã.

A meditação centraliza o nosso ser em um único ponto. Com isso, deixamos de nos preocupar com o que vem amanhã e focamos no agora. A prática se torna vital ao controle da ansiedade, condensando nossa consciência em momentos reais

Além de proporcionar uma mente atenta, um dos benefícios da meditação é a estimulação da criatividade e da capacidade de inovar.

A melhor coisa da prática é que ela é acessível a todos. Por isso, convido você a fazer um teste. Durante uma semana, separe 10 minutos de sua manhã para entrar em contato com sua respiração, observar o movimento desta no seu corpo e relaxar profundamente.

Faça o teste. Não tomará muito do seu tempo e os benefícios poderão ser sentidos logo nos primeiros dias. Vale a pena usar um pouquinho da sua paciência e força de vontade para começar. Você não irá se arrepender!

Sou Joana Santiago – Psicóloga

É comum que as pessoas vivam crises existências em algum momento das suas vidas.

Quase todo mundo, em algum momento da vida, vai passar (ou já passou) por uma crise existencial. Essa sensação de perda do sentido e o constante questionamento sobre a própria existência traz ao indivíduo uma enorme angústia, que pode até desencadear ansiedade e atrapalhar o convívio social.

Existem cinco principais preocupações existenciais que vamos nos deparar em algum momento da vida: morte, significado da vida, isolamento, identidade e liberdade. Todas elas resultam do embate entre nossas motivações humanas básicas e a realidade ambígua que vivemos.

Mas afinal, o que nos faz passar por uma crise existencial? Que tipo de acontecimentos desencadeiam esse sentimento de dúvida e todos os conflitos internos que vivenciamos?

Uma crise existencial se refere a sentimentos de mal-estar sobre o significado, a escolha e a liberdade na vida. Quer seja referida como uma crise existencial ou ansiedade existencial, as principais preocupações são as mesmas: que a ideia é que a vida é inerentemente sem sentido, que nossa existência não tem sentido porque há limites ou fronteiras nela, e que todos devemos morrer algum dia.

A ansiedade existencial tende a surgir durante as transições e reflete a dificuldade de adaptação, muitas vezes relacionada à perda de proteção e segurança. Por exemplo, um estudante universitário que está se mudando de casa ou uma pessoa adulta passando por um divórcio difícil pode sentir que o alicerce sobre o qual sua vida foi construída está desmoronando. Isso pode levar a questionar o significado de sua existência.

Para os existencialistas, uma crise existencial é considerada uma jornada, uma tomada consciência, uma experiência necessária e um fenômeno complexo. Surge de uma consciência de suas próprias liberdades e como a vida vai acabar para você um dia.

Reconhecendo uma crise existencial  

Uma crise existencial tende a surgir a partir de algum acontecimento impactante e traumático. Porém, cada pessoa sente e age de forma muito particular e distinta diante dessas situações e, por isso, os sintomas, principalmente os de fundo emocional, podem variar bastante de acordo com as experiências de cada um e com momentos da vida. Portanto nesse momento, buscar ajuda profissional de um psicólogo é fundamental!

Ainda assim, certos sinais recorrentes apontam para o surgimento da crise existencial, sendo os mais comuns:

  • estafa mental
  • ansiedade
  • necessidade de isolamento
  • desânimo constante
  • pessimismo e insatisfação
  • alterações no apetite
  • sono desregulado
  • sentimento de incapacidade
  • ausência de objetivos e incertezas sobre o futuro
  • dúvidas e questionamentos sobre a própria personalidade

A crise de meia-idade

O termo crise da meia idade foi formulado por Elliott Jaques, um médico canadense, que descreveu as dificuldades emocionais que algumas pessoas costumam passar entre os 45 e 55 anos. Essa fase da vida pode ocasionar insegurança, ansiedade e baixa autoestima.

Essas dificuldades, que podem gerar uma crise existencial, são desencadeadas por diversos fatores:

  • alterações hormonais
  • crises profissionais
  • casos extraconjugais
  • síndrome do ninho vazio
  • morte de parentes ou amigos próximos

De qualquer modo, a crise da meia-idade se origina na mesma fonte da crise existencial,
o questionamento. Só que neste caso, a crise apenas aparece como o produto de um acúmulo de estresse e cobranças ao longo de anos, geralmente inseridos em um projeto pessoal de casamento, sucesso profissional ou comodismo.

Quando tudo isso é associado às expectativas concentradas sobre uma única pessoa, ou seja,  o(a) “provedor(a)” da casa, essa pressão pode levar inclusive a um desgaste mental profundo (burnout).

Como superar a crise existencial?

Algumas pessoas podem ter dificuldades de lidar com os sentimentos que essa fase desperta e com as questões que a envolvem. Diante dessa dificuldade, pode ser necessário buscar apoio psicológico através de psicoterapia. O trabalho do psicólogo, que é um profissional capacitado para orientar sobre a forma de lidar com os sentimentos e adversidades, ajudará a resolver problemas que parecem não ter solução.

De todo modo, é importante que a pessoa que se vê diante dos dilemas existenciais entenda que nunca será possível ter todas as respostas para todas as dúvidas e que não há problema nisso!

É fundamental entender as razões de todos os sentimentos conflitantes despertados na crise. A partir de disso se dá o primeiro passo rumo à solução de boa parte dos questionamentos e do reencontro com o equilíbrio emocional que ficou abalado em algum momento.

Sou Joana Santiago – Psicóloga

Apesar de não entendermos bem as emoções e, por vezes, parecerem misteriosas, elas exercem grande efeito sobre a vida.

As emoções fazem parte do nosso dia a dia e de quem somos. Convivemos com elas o tempo todo e são desencadeadas tão rapidamente em nosso cérebro que acabamos não entendendo o que acontece e por que reagimos de determinada maneira.

Uma reação rápida e impulsiva diante de uma emoção pode tanto salvar, quanto arruinar uma situação. Daí a importância do autoconhecimento, de saber como agir identificando suas emoções.

Mas antes de entendermos um pouco mais sobre o assunto, é importante ter clareza de que sentimentos e emoções são coisas diferentes. É muito comum as pessoas considerarem sinônimos, mas na realidade não são.

Basicamente, a emoção é um conjunto de respostas químicas e neurais que surgem quando o cérebro sofre um estímulo ambiental. Já o sentimento é uma resposta à emoção, ou seja, se trata de como a pessoa se sente diante de tal emoção. Portanto, apesar de distintos, emoção e sentimento estão intimamente conectados.

Para ficar um pouco mais claro, entenda que quando você é exposto a algum tipo de situação, o cérebro libera hormônios que alteram o seu estado emocional. Podem até ocorrer algumas reações físicas, como choro ou suor, por exemplo, ou o medo pode parecer um nó no estômago ou um aperto na garganta; o embaraço pode fazer com que você sinta o rosto quente. Vale ressaltar que diante de algum acontecimento, cada pessoa tem uma emoção diferente e ela costuma ser mais passageira.

Por outro lado, o sentimento pode durar muito tempo. Os sentimentos negativos persistentes podem ocasionar doenças como depressão. Alguns exemplos de sentimentos são o ódio, a compaixão, o amor, a decepção e a inveja.

Identificando suas emoções

Podemos apontar sete emoções básicas: felicidade, tristeza, ansiedade, raiva, medo, nojo e desprezo. Para identificar suas emoções, você precisa conhecer aquilo que está sentindo.
Veja o texto no blog, que falo das sete emoções básicas e seu efeito no comportamento humano.

Para isso, o primeiro passo é se perguntar, com sinceridade, o que está realmente se passando contigo.

  • Ansiedade – Caracterizada por sentimentos de medo em relação ao futuro, o que traz, inclusive, reações físicas como batimentos cardíacos acelerados e contração da face.
  • TristezaCansaço, sensação de peso nos ombros, vontade de chorar e dificuldade de concentração são sentimentos que denotam a tristeza.
  • Raiva – Pensamentos de que foi atacado de alguma maneira, também com reações físicas como aceleração do coração e aumento da pressão, relacionam-se à emoção de raiva.
  • Felicidade – Calma, alegria, euforia e confiança são sentimentos ligados à felicidade.

Quando soubermos a resposta para nossos sentimentos, poderemos identificar e separar as emoções para enfrentar as situações que surgem diariamente.

Gerenciando Emoção

Compreender suas emoções torna possível gerenciá-las de modo que trabalhem a seu favor e não contra você. Por exemplo, se a sua tristeza (ou raiva, ou ansiedade, etc.) normalmente o influenciaria a agir de uma forma que poderia prejudicar a si mesmo ou a outra pessoa, tornar-se consciente dessa emoção pode permitir que você tome medidas para não agir de forma destrutiva.

Gerenciando ativamente suas emoções, você está dando passos para se tornar uma pessoa com maior inteligência emocional. Isso porque ao desenvolvê-la, você aprenderá a reconhecer as suas emoções e ser capaz de lidar com elas; entenderá como se manter motivado diante de frustrações; desenvolverá a empatia e habilidades interpessoais.

Às vezes, não conseguimos nos conhecer ao ponto de controlarmos as emoções. Quando essas emoções passam a “ter o controle sobre nós” é o momento de procurar a ajuda de um psicólogo.

Na próxima semana, vou explicar e exemplificar melhor como o cérebro influencia em nossas sensações físicas.

Sou Joana Santiago – Psicóloga