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Setembro Amarelo marca a campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. Durante todo o mês, a iniciativa tem como objetivo chamar a atenção para a importância de discutir e promover ações a respeito do suicídio.

Setembro Amarelo é um mês dedicado à conscientização e prevenção do suicídio. É um período em que a importância de saber ouvir e praticar a empatia com as pessoas ganha destaque. Em um mundo que muitas vezes parece estar cada vez mais isolado e estressante, demonstrar cuidado e compreensão pelos sentimentos e desafios dos outros é fundamental.

Este mês, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, realiza no Brasil a campanha Setembro Amarelo® desde 2014. O lema escolhido para a campanha deste ano é “Se precisar, peça ajuda!”.

A campanha busca disseminar informações e quebrar tabus em torno das questões relacionadas à saúde mental e o estigma direcionado a pessoas que sofrem de transtornos mentais e os profissionais que lidam com estes casos. A campanha visa incentivar o apoio às pessoas e prevenir casos de suicídio.

O Brasil é um dos países com as maiores taxas de diagnósticos de transtornos de ansiedade e depressão. Estes transtornos são os principais fatores de risco associados ao suicídio. Registramos aproximadamente 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia.

A importância do saber ouvir!

A empatia nos permite entrar no mundo emocional de alguém, compreender suas dores e lutas, e oferecer apoio genuíno. Saber ouvir é uma das formas mais poderosas de expressar empatia. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ter alguém disposto a escutar, sem julgamento, sem soluções prontas, apenas um ombro amigo e um ouvido atento.

Neste Setembro Amarelo, lembro a vocês que nossas ações e palavras podem fazer uma diferença significativa na vida daqueles que estão enfrentando momentos difíceis. Ao praticar a empatia e estar disposto a ouvir, podemos ajudar a quebrar o estigma em torno da saúde mental e, mais importante ainda, salvar vidas.

Sou Joana Santiago – Psicóloga

A música que você escuta contribui com diferentes benefícios para a saúde mental, melhorando quadros de ansiedade, humor, socialização e autoestima.


São inúmeras as evidências científicas que relacionam o bem-estar e a saúde emocional à saúde física. Dentro desse conceito, a música e sua influência positiva ajudam a manter o bem-estar e a saúde do indivíduo. Além de viabilizar relações interpessoais mesmo à distância, ouvir música e dançar auxilia na produção de hormônios que promovem sensação de bem-estar.

Pessoas que sofrem de Transtorno de Ansiedade Generalizada, por exemplo,  tendem a ser mais aceleradas. Uma das características que elas possuem é o pensamento focado no futuro. Ao dançar, a pessoa libera serotonina, o “hormônio da felicidade”. Ao se conectar com a música e focar nos próprios movimentos, os pensamentos se voltam para o presente, além de gerar o sentimento de prazer e alegria, auxiliando na diminuição do estresse. 

Pensamentos ansiosos causam sentimentos de angústia, receio e medo do futuro, por exemplo. Quando a pessoa começa a cuidar do físico, psíquico e psicomotricidade, volta a ter uma maior estabilidade e controle emocional. A partir do momento em que a dança ou outro exercício desperta prazer, emoção e sentimento de satisfação.

No que diz respeito a baixa autoestima, praticar a modalidade também promove o bem-estar e a recuperação desse sentimento que gera no indivíduo um valor de insuficiência e insegurança na interação com outras pessoas. Nesse caso, a dança é uma forte aliada para afastar esse tipo de sofrimento. Ao se conectar com o próprio corpo, automaticamente desenvolvemos autocontrole. E, à medida que existe o aprendizado de novos passos e coreografias, a autoconfiança cresce.

Os principais benefícios da dança e da música para a saúde mental:
. Reduz o estresse e ansiedade
. Melhora o humor
. Eleva a autoestima
. Fortalece a memória


O som está presente na vida da humanidade desde os primórdios da história. É por meio do som que conseguimos nos comunicar. Para ouvir música e dançar não precisamos de técnicas avançadas, como nas demais artes. Pelo contrário. É necessário apenas espontaneidade e movimento. A partir da acústica, o ser humano é capaz de criar. Criar significados, sentimentos, territórios.

Dito isso, percebe-se que a musicoterapia se torna um momento de expressão de sentimentos e de gestos. Ela se torna um diferencial no tratamento em saúde mental, aliada à psicoterapia e às medicações. Teste, experimente, liberte-se a cada movimento e sinta o benefício diretamente em seu corpo.

Você que já pratica a dança e gosta de música, pode me contar um pouco sobre sua experiência? 

Sou Joana Santiago – Psicóloga

As doenças psicossomáticas ou emocionais atingem a saúde mental e a física simultaneamente.

Você já deve ter ouvido falar que, quando não estamos bem emocionalmente, nosso corpo começa a responder com sintomas físicos.
Acredite: é verdade. Elas são como sinais para avisar que algo não está certo conosco, uma forma do corpo e a mente pedirem uma pausa.

O estresse, a raiva, a tristeza, a preocupação e o nervosismo são algumas das emoções que causam essas doenças. Os pensamentos também são responsáveis, em parte, por seu surgimento. Afinal, é através deles que nós alimentamos sentimentos e emoções.

A mente e o corpo estão mais interligados do que imaginamos. É importante prestar atenção no seu comportamento, hábitos e palavras, especialmente os que se manifestam inconscientemente, bem como nas emoções por trás deles.

O que são doenças psicossomáticas?

Também conhecida como somatização ou transtorno somatoforme, as doenças psicossomáticas são desordens emocionais ou psiquiátricas que afetam também o funcionamento dos órgãos do corpo. Esses desajustes provocam múltiplas queixas físicas, e que podem surgir em diferentes partes do corpo.

O termo somatização é utilizado para definir doenças que se manifestam sem nenhuma origem orgânica: não há nenhum fator em que o próprio corpo esteja desenvolvendo a condição por meio de uma infecção ou inflamação, por exemplo. Dessa forma, é identificado que o sintoma físico é apenas reflexo de uma saúde emocional abalada.

Ou seja, quando não cuidamos bem da saúde da mente, pode ocorrer uma sobrecarga no estado emocional, desencadeando problemas de pele e estômago, entre outros. Além disso, as doenças psicossomáticas podem reduzir drasticamente a produtividade e ainda causar desmotivação.

O termo psicossomático surgiu justamente para designar doenças desse tipo e nos mostrar que está tudo interligado. Não é possível cuidar apenas de uma coisa só: mente e corpo funcionam em conjunto.

As principais doenças psicossomáticas

As doenças psicossomáticas podem se manifestar fisicamente em quase todos os órgãos, além de piorar condições de saúde existentes. Algumas são bastante conhecidas, pois acometem uma grande quantidade de pessoas. As patologias mais comuns:

  1. Cabeça: dor de cabeça, enxaqueca ou cefaléia, visão turva, alterações no equilíbrio e na motricidade;
  2. Pele: alergias, coceira, acne, ardência ou formigamentos;
  3. Garganta: infecções mais constantes e sensação de nó na garganta;
  4. Coração e circulação: dores no peito, palpitações, pressão alta e aumento das chances de infarto;
  5. Pulmões: falta de ar e sensações de sufocamento;
  6. Estômago: náusea, azia, gastrites e úlceras gástricas;
  7. Intestino: diarreia ou prisão de ventre;
  8. Rins e bexiga: sensação de dor ou dificuldade para urinar que se assemelham a doenças urológicas;
  9. Órgãos sexuais: impotência sexual, diminuição do apetite sexual, dificuldade para engravidar e alterações no ciclo menstrual;
  10. Músculos e articulações: tensão, formigamentos e dores musculares inexplicáveis.

Causas das doenças psicossomáticas

Não há uma regra, mas os fatores psicológicos podem ser um dos motivos para alguém desenvolver uma dessas doenças. 

Mas em geral, mudanças significativas que passamos em nossa vidas podem influenciar nisso, conheça algumas:

  • Problemas profissionais: seja por excesso de trabalho ou pela falta dele, o lado profissional mexe muito com o psicológico de todos nós. Além disso, a transição de carreira ou problemas no trabalho são comuns nesses casos;
  • Traumas e eventos marcantes: problemas familiares, perda de entes queridos e traumas de infância podem nos deixar mais ansiosos e desmotivados com a vida;
  • Violência psicológica: abuso e conflitos nos amorosos, bullying na escola e violência doméstica, também são fatores a serem considerados;
  • Ansiedade e tristeza: muitas pessoas não controlam esses sentimentos e buscam se isolar ao invés de tratar o problema.

Além desses pontos, é importante prestar atenção no histórico familiar de transtornos psicossomáticos ou relacionados à ansiedade e depressão. 

De fato, outros fatores sociais também precisam ser avaliados quando sintomas físicos aparecem. Por exemplo, pressões de trabalho, dificuldades financeiras, desemprego, histórico de prisões e processos judiciais 

Portanto, muitos são os fatores que fornecem contexto para os sintomas somáticos.

Como identificar uma doença psicossomática

Se você não obtiver nenhum diagnóstico após consultar um médico e realizar os exames necessários para descobrir a origem do desconforto físico, é provável que a doença seja de origem emocional ou psicológica. Um psicólogo pode confirmar um diagnóstico após algumas consultas assim como definir um tratamento.

Se já existe algum elemento que está causando incômodo em sua vida, fica mais fácil identificar a causa dos sintomas. Caso contrário, talvez seja necessário refletir sobre o seu modo de vida e as suas emoções.

Como posso me prevenir das doenças psicossomáticas?

Existem algumas práticas que você pode fazer para que você passe bem longe de uma somatização.
Primeiramente, cuide da sua saúde emocional: quando zelamos por nossa mente e entendemos o que pode nos fazer mal, fica muito mais claro como lidar com diversas situações. Por exemplo: é interessante procurar uma terapia com uma abordagem terapêutica que agrade você e lhe faça bem. Conversar com profissionais capacitados sobre nossos problemas cotidianos pode evitar diversos problemas futuros e traz mais leveza e qualidade de vida.

Coloque-se em primeiro lugar: algumas vezes, deixamos de cuidar de nós mesmos por inúmeros fatores. Quando você pratica o autoconhecimento, consegue identificar sobretudo suas fraquezas. Assim, fica mais fácil trabalhá-las e lidar com as situações cotidianas. Isso faz com que você se sinta mais tranquilo consigo mesmo.

Dedique mais tempo para a sua saúde mental: Há um remédio muito simples para a saúde mental perturbada: o autocuidado, ou seja, dar atenção a você mesmo. Faça o que você gosta, converse com quem você ama e escolha apenas o que lhe faz bem. Ser verdadeiro consigo mesmo é um método de prevenção excelente contra transtornos mentais e perturbações emocionais.

Por fim, saiba que as doenças psicossomáticas podem atingir qualquer pessoa e não há nenhum critério para isso. Por isso, independentemente de como seja o seu dia a dia, lembre-se do quão importante é cuidar da saúde em um panorama geral, não focando em apenas um ponto ou outro. A psicoterapia promove o autoconhecimento, o bem-estar, a saúde mental e o amor-próprio tudo junto!

Agora que você já sabe um pouco mais sobre o que são essas doenças e como é possível se prevenir, vamos colocar em prática?

Sou Joana Santiago – Psicóloga

Cuidar da saúde mental é uma orientação que parte desde o cuidado com a saúde do cérebro até a modificação de padrões de comportamento e estilo de vida.

Você é dessas pessoas que fazem metas de final de ano? Ou que se sentem mais motivadas para mudanças com a chegada de um novo ano?
Provavelmente a maioria responderá sim! Então quero te falar sobre como se manter em equilíbrio para realizar suas resoluções e manter a saúde mental em dia, sem se cobrar tanto e sem maiores frustrações.

Já comentei aqui no blog que saúde mental pode afetar a saúde física, a vida diária e os relacionamentos. Portanto, cuidar da mente ajuda a preservar a capacidade de aproveitar a vida e se relacionar com os outros. Essa manutenção envolve um delicado equilíbrio de vários elementos da vida que operam juntos para que a mente continue saudável ou não.

Sendo assim, manter uma boa saúde mental permite:

  • A realização de objetivos e sonhos;
  • Lidar com as tensões normais da vida;
  • Trabalhar de forma produtiva e se fazer útil;
  • Fazer contribuições significativas para a comunidade.

É por isso que é fundamental saber como cuidar da saúde mental e emocional ao longo de toda a vida.
Veja algumas dicas de como se cuidar:

1. Faça psicoterapia

A psicoterapia ajuda muito no autoconhecimento e, se conhecer melhor, já pode eliminar muitos sofrimentos comuns da vida, como, por exemplo, escolher uma profissão. 

Os problemas que podem ser ajudados por meio da psicoterapia, entre outros, incluem:

  • dificuldades em lidar com a vida diária;
  • superação de traumas;
  • transtornos mentais específicos, como ansiedade e depressão;
  • lidar com o luto.

2. Pratique exercícios físicos regularmente

Uma das recomendações mais bem estabelecidas de como manter a saúde mental é a prática regular de exercícios físicos. Numerosos estudos mostraram que o exercício melhora a saúde mental, reduzindo a ansiedade e a depressão, assim como melhora também a autoestima e a função cognitiva. Apenas trinta minutos de exercício de intensidade moderada já são suficientes para esses benefícios à saúde mental.

3. Tenha um tempo só para você

Com frequência, algumas pessoas tendem a cuidar somente de outras e esquecem de cuidar de si. No entanto, é fundamental reservar um tempo para cuidar de si mesmo também. O autocuidado é sobre propiciar uma atenção adequada ao seu próprio bem-estar psicológico e emocional.

4. Cuide do seu sono

Não dormir o suficiente distorce a capacidade de regular as emoções e, a longo prazo, pode aumentar o risco de desenvolvimento de transtornos mentais. Cada estágio do sono desempenha um papel na saúde cerebral, permitindo mais eficiência de aprendizado, humor e memória.  

5. Pratique meditação

Embora pareça simples, meditar é um grande desafio para a grande maioria das pessoas. No entanto, numerosos estudos sugerem que a prática meditativa pode melhorar a saúde mental, propiciando a diminuição de doenças psiquiátricas. Isso se deve a uma diversidade de fatores envolvidos na meditação que promovem mudanças fisiológicas na química cerebral e no comportamento diante de problemas.

6. Cuide da sua microbiota intestinal

Nos últimos anos, as relações entre nutrição e saúde mental angariaram um considerável interesse. De fato, pesquisas observaram que a adesão a padrões alimentares saudáveis está associada a um risco reduzido de transtornos mentais, como depressão e ansiedade. Uma explicação sobre como a alimentação pode afetar o bem-estar mental é o efeito da dieta no microbioma intestinal.

7. Inclua fontes de vitaminas do complexo B na dieta

A alimentação rica em fontes de vitamina B pode atuar como um recurso alternativo ou adjuvante ao tratamento padrão destinado a otimizar o humor por meio da modulação de neurotransmissores. Isso significa que essa vitamina pode ser um bom suplemento para ansiedade. Busque o apoio de um nutricionista em caso de dúvidas sobre sua alimentação e descubra quais alimentos podem fazer diferença em sua dieta.

8. Mantenha o contato com amigos e familiares

Se relacionar socialmente é um elemento crucial para proteger a saúde mental, inclusive, de pessoas mais introvertidas. Amigos e familiares podem ajudar a colocar certos elementos da vida em perspectiva além de ajudarem a gerenciar problemas. O contato com os outros libera toda uma cascata de neurotransmissores e, um simples apertar de mãos ou um abraço, já é o suficiente para liberar ocitocina e reduzir os níveis de cortisol.

9. Inclua fontes de magnésio na sua alimentação

Vários estudos têm demonstrado sua utilidade em doenças neurológicas e psiquiátricas. Parece que os níveis de magnésio são reduzidos no curso de vários transtornos mentais. Os estudos mostram que, em níveis adequados, esse mineral pode contribuir em casos de insônia, ansiedade, dor e outros distúrbios neuropsiquiátricos.

10. Organize a sua rotina 

O ser humano é uma criatura de hábitos e ter uma rotina oferece saúde e bem-estar. De fato, saber “o que esperar” é fruto de uma rotina estruturada – e isso facilita o gerenciamento das emoções e expectativas. Por isso, as rotinas são poderosas para a saúde mental e, inclusive, já foram positivamente associadas a uma série de condições, como depressão, TDAH e transtorno bipolar.

11. Disponha um tempo para auto reflexão

Voltar-se para dentro e refletir sobre os próprios pensamentos e sentimentos é um grande desafio em meio a correria da vida diária. No entanto, momentos de introspecção podem ser fundamentais para desencadear insights que podem alterar a maneira de encarar o mundo ao redor.

 12. Desconecte de vez em quando

Sabe quando o modem da internet para de funcionar e precisa ser desconectado da tomada por alguns segundos? Por vezes, essa atitude de desconectar também funciona para os humanos! Se desconectar da rotina de e-mail, Whatsapp e redes sociais de vez em quando pode ser essencial para manter a saúde mental.

Inclusive, diversos estudos já associaram as redes sociais a alguns transtornos psiquiátricos, como depressão, ansiedade e baixa autoestima. Portanto, é importante lembrar que a existência na vida real é muito mais preciosa do que aquela vida da internet e, desconectar, pode sim, melhorar a saúde mental.

Desconectar permite a interação com a vida real e essa é uma valiosa dica de como cuidar da saúde mental.

Que tal colocar em prática ao menos uma dessas dicas hoje mesmo?

Sou Joana Santiago – Psicóloga

Desejo a você um ano novo onde você tenha sabedoria, discernimento e força de vontade para enfrentar o que for preciso.

Estão preparados para mudanças e renovações? Após vivenciar as festividades natalinas, como falei no texto O Natal e nossas emoções, a última semana do ano é invadida por retrospectivas, sejam elas iniciadas pelos canais de televisão ou pela internet, que nos inundam de diversos sentimentos intensos e difíceis de serem nomeados.

Quanto mais nos aproximamos do dia 31, mais reflexões dominam o nosso mundo consciente e inconsciente. É comum relembrar e quantificar os pontos positivos e negativos do ano que está acabando. É tempo de muitos conflitos internos, de maior apropriação das conquistas e das frustrações dos desejos que não foram realizados.

Tudo o que vivenciamos é resultado de uma intencionalidade, se nada aconteceu da forma que esperávamos em 2022, não foi por simples acaso, e sim porque precisávamos enfrentar o não programado.

Livrar-se de um “ano velho” é paralelamente conviver com o luto e com o nascimento do novo, situações que nem sempre estamos psiquicamente fortalecidos para enfrentar. Tal fato nos faz pensar que é preciso respeitar a pontinha de tristeza que vivenciamos nas vésperas da finalização deste ciclo, sendo assim, simbolicamente vivenciamos a morte de uma parte da nossa história de vida que não voltará.

Precisamos aprender a conviver com as nossas tristezas, para então, dar espaço as surpresas boas que a vida pode nos oferecer. Finalizar um ciclo é doloroso, mas quando temos consciência de que é necessário para dar lugar ao novo, os últimos dias do ano se tornam menos tempestuosos psiquicamente.

Que a renovação do ano nos impulsione para a renovação da própria vida, ressignificando, perdoando e respeitando o que somos no aqui agora. Que a maior expectativa para 2023 não seja o ano novo, mas um posicionamento novo sobre o melhor que possamos ser para com o outro e principalmente para conosco!

Obrigada leitores do blog e seguidores das minhas redes sociais e a todos os pacientes que depositaram e depositam total confiança em meu trabalho. Vocês dão real sentido a minha vida profissional e me fortalecem para um novo ciclo em 2023!

Sou Joana Santiago – Psicóloga

O Natal é uma época para nos entendermos e buscarmos uma forma de nos cuidarmos da melhor maneira possível.

Conforme o mês de dezembro vai se aproximando podemos ver como as ruas vão sendo decoradas e como vai se formando um ambiente festivo. Recebemos mensagens de amigos e pessoas queridas, começamos a planejar os detalhes dos encontros que teremos com eles e buscamos formas de expressar o nosso carinho. É uma época de reencontros e, mais do que dar e receber, é um momento para compartilhar.

Apesar de muitos considerarem que esta é uma época feliz, familiar e divertida, há pessoas que a vivem de uma forma diferente, com nostalgia, tristeza, frustração, estresse e até dor.

Muito além de como as percebemos, pode ser porque as datas sejam o momento do ano em que mais experimentamos diferentes emoções, e estas estão diretamente relacionadas com as experiências que vivemos.

De acordo com a psicologia é importante que nesses momentos do ano, possamos nos dedicar a identificar o que sentimos e refletir sobre o que está nos fazendo sentir dessa forma. Sentimos alegria? Ou nos sentimos tristes, melancólicos e irritados?

É importante e necessário compreendermos as nossas emoções, permitir-nos senti-las e fazer o que estiver em nossas mãos para gerenciá-las e vivê-las de uma maneira saudável e de acordo com o que acontece ao nosso redor.

Não devemos nos pressionar com a ideia de que todo mundo deve estar feliz durante o Natal, e que se não estivermos, precisamos nos esforçar para nos sentirmos assim. Na realidade, devemos aceitar o nosso humor, ao mesmo tempo em que procuramos nos adaptar à situação da melhor maneira possível.

É importante cuidarmos e utilizarmos os nossos pensamentos de uma maneira positiva, sem nos deixarmos levar pelas ideias que nos fazem mal. Para fazer isso, devemos tentar relativizar o Natal, transformá-lo em algo mais neutro, que torne as coisas mais fáceis na hora de vivê-lo. 

Podemos apreciar a companhia da família e dos amigos assim como fazemos em qualquer outra data. Sem pressão, sem a obrigação de ser feliz, e sem fazer mal a nós mesmos com pensamentos negativos.

Desejo um Natal repleto de emoções positivas para todos nós!

Sou Joana Santiago – Psicóloga

Depois de dois anos dentro de casa por conta da pandemia, é natural que os jovens não estejam com a saúde mental em dia.

Depois de dois anos de uma pandemia intensa e de reclusão social, todos nós estamos retornando aos ambientes escolares e de trabalho. E voltam todos enfrentando as consequências do isolamento nas relações sociais e na saúde emocional nesse período, e com questões que precisam ser avaliadas e superadas, além da atenção às novas formas de ensino e trabalho que surgiram nos últimos anos.

O Brasil foi o país que manteve escolas fechadas por mais tempo durante a pandemia. E além de trazer mudanças significativas para a rotina de crianças, adolescentes e suas famílias, esse fato também chamou atenção para a importância de se falar sobre saúde mental dos mais novos. Tristeza, medo, angústia, crises de choro: mais da metade dos jovens brasileiros disse ter sentido um ou vários desses sintomas ao longo dos últimos 18 meses.

Os casos de transtornos mentais nesse período subiram, de acordo com um levantamento feito pela Unicef, e as sequelas nesses grupos podem reverberar por muitos anos. Por isso, a entidade faz um apelo para que governos, educadores e familiares criem uma cultura de escutá-los com mais empatia. 

Os mais novos foram prejudicados pelo tempo que ficaram longe da escola e dos espaços de convivência, e, no Brasil, muitos não tiveram nem a tecnologia como aliada para manter os estudos e a troca social em dia.

Crianças e adolescentes viram a renda familiar sendo diminuída, sentiram insegurança alimentar e o luto de perder alguém próximo. Passaram, então, a ter dificuldade de planejar o futuro.

Como acolher crianças e adolescentes

Vale dizer que a saúde mental dos jovens já era um problema global antes da pandemia. O suicídio é uma das principais causas de morte na adolescência no mundo. O isolamento só deixou essas questões mais a mostra.

Somos uma sociedade centrada no adulto, que dá pouco valor à fala da criança e do adolescente. Precisamos ouvi-las de forma mais empática e sem julgamentos. Precisamos mais do que nunca de acolhê-los.

Ansiedade e mudanças de comportamento

Entre os principais transtornos mentais, estudos apontam que a ansiedade tem sido mais recorrente entre crianças nesse período de pandemia.

Os principais sintomas das crianças ansiosas são, ainda, preocupações excessivas e expectativas descoladas da realidade, fixação em ideias negativas e dificuldade de memória e atenção.

Se os sintomas são persistentes e atrapalham a qualidade de vida da criança, o ideal é procurar ajuda.

Falar é difícil, mas ajuda

Muitos pais classificam certos comportamentos como naturais e decorrentes de fases da vida da criança ou jovem. Os desafios que os jovens encaram quando sentem necessidade de entender sua personalidade e individualidade para além da estrutura familiar, levam a uma internalização e a busca por mais contato com o grupo e menos com a família. Porém, o alerta para os pais deve soar quando há prejuízos grandes na interação, no sono, na alimentação ou um abuso de substâncias. 

Saber se doar e escutar a criança e o adolescente, é essencial para o equilíbrio de uma vida familiar mais saudável.

Sou Joana Santiago – Psicóloga

O Ano Novo simboliza o momento de escrever uma nova história.

Chegamos ao final de ano, momento que nos remete às avaliações sobre nossa vida, nossas conquistas e objetivos alcançados. É uma época que nos permite olhar para trás e rever tudo o que realizamos, tanto de positivo quanto de, digamos, não positivo. Nesse momento surgem sentimentos de alegria, realização, conquista, coragem, arrependimento, frustração, tristeza, enfim, tudo aquilo que vivenciamos durante o ano.

No ano de 2021 não realizamos todos os nossos objetivos, pelo menos não da forma que havíamos planejado. Tivemos a oportunidade de grandes aprendizados, mas não foi na escola e nem no trabalho, da maneira tradicional. Aprendemos, sofremos, choramos, perdemos, ganhamos, tudo isso ora de dentro de nossas casas, ora de fora….

Mas ele chegou ao fim! E este ano com muito mais significado. Esperamos e aguardamos ansiosamente por 2022, por um ano novo, que terá um significado de recomeço, de nova fase, de, provavelmente, encerramento de um ciclo difícil… e que assim seja!!

Ter a oportunidade de encerrar esse ano e iniciar um outro nos faz reacender a chama da esperança de uma vida diferente da que tivemos recentemente.

Abre-nos horizontes, nos dá chances de recomeçar, de reconstruir, de construir. O ano novo simboliza momento de escrever uma nova história, deixando para trás o que não deu certo e apostando em novas formas de desenhar o futuro, em um cenário novinho em folha, folha esta que se apresenta em branco, sem nenhum rabisco, para que possamos, ao nosso modo, projetar aquilo que desejamos, com tudo o que temos direito. Quando fazemos isso, assumimos um compromisso conosco e podemos vislumbrar um horizonte com realizações, planos a serem executados e a vida sendo vivida com significado e intensidade.

Desejo um 2022 com muitas páginas em sua história!

Sou Joana Santiago – Psicóloga

Que a paz, o respeito, o amor e a solidariedade que tanto expressamos nessa época possam ser colocados em prática a cada dia de nossas vidas! Feliz Natal!

O Natal é uma época maravilhosa, uma ocasião especial, em que nos reunimos com a família e as pessoas que amamos. Esta época estimula a procura por reforçar os laços afetivos com quem se ama. É um momento que aflora o verdadeiro espírito do Natal: partilha, compaixão, generosidade e respeito.

Por estas e outras razões que o Natal é uma época de felicidade, de pensar com carinho nas pessoas que amamos, de passar um tempo agradável com quem está perto de nós e de pensar como podemos estar mais atentos ao próximo.

Durante o mês de Natal refletimos sobre as nossas vivências ao longo do ano. Não importa se temos ou não uma família convencional. Um Natal em família é reviver e redescobrir entre todos, o verdadeiro motivo pelo qual o comemoramos. É sinónimo de família, amor, união e alegria. Acredito que seja uma data para passarmos com as pessoas que amamos, seja família de sangue ou família de coração. O importante é que seja com aqueles que escolhemos para fazer parte de nossas vidas. Esteja em família e mostre que o espírito de Natal vive no amor e partilha de afetos. Entregue-se a esta magia. Afinal de contas, já é Natal!

Sou Joana Santiago – Psicóloga

Veja o que fazer quando sua mente tende a perder o foco.


No mundo sempre conectado de hoje, as diversões estão a apenas um clique de distância. Mesmo durante os momentos de silêncio, a distração está literalmente ao seu alcance, várias abas abertas, minutos se passam e de repente, você se dá conta que estava sonhando acordado e nem sabe dizer há quanto tempo estava assim. Ter concentração é uma dificuldade para você? 

A capacidade de se concentrar em algo em seu ambiente e direcionar o esforço mental para isso é fundamental para aprender coisas novas, atingir metas e ter um bom desempenho em uma ampla variedade de situações. 

Esteja tentando terminar um relatório no trabalho ou estudando para uma prova, sua capacidade de foco pode significar a diferença entre o sucesso e o fracasso.

Para quem tem transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) que gera desatenção e agitação, a capacidade de concentração requer um esforço maior. É importante dizer que o TDAH não é uma doença, portanto, não existe uma cura para solucioná-lo e sim um tratamento para lidar melhor com ele. Se esse for o seu caso, procure ajuda profissional!

Felizmente, o foco é muito parecido com um músculo mental. Quanto mais você trabalha na construção, mais forte fica.

A concentração mental consiste em um processo psíquico capaz de voltar toda a atenção a determinada atividade. É uma característica fundamental, pois nos ajuda na aquisição de conhecimento, nos estudos e na produtividade do trabalho.

Por isso, melhore sua produtividade com essas atividades para concentração!

Trabalhe em um ambiente apropriado

Trabalhar com muito barulho ao redor não é para qualquer um. Nessa situação, a mente tende a se dispersar facilmente, prejudicando nosso fluxo de trabalho. Caso seja impossível sair de um ambiente barulhento, invista em um protetor de ouvido capaz de bloquear o som.

Seguindo o mesmo pensamento, qualquer outra coisa que cause sensações desagradáveis, como frio ou calor em excesso, também costuma nos prejudicar. Para essas adversidades, uma blusa comprida ou um simples ventilador são boas alternativas. A questão é eliminar todas as distrações possíveis, de modo a colaborar com sua atenção.

Mantenha a organização

Querer fazer muitas coisas ao mesmo tempo não é nada produtivo. Ao tentar isso, nosso cérebro se cansa e a consequência é a mente vaguear. 

Defina a sequência e os horários para cada atividade. Tire um tempo para responder e-mails, depois evite deixar essa aba aberta. Tenha momentos certos para as refeições. Estabeleça pequenos instantes para os bate-papos com os colegas. No momento da produção, realize o trabalho por etapas.

Por falar em organização, a mesa bem arrumada também influencia positivamente a concentração. Jogue fora todos os papéis velhos e deixe sobre ela apenas o essencial.

Crie metas e objetivos realistas

Todos precisamos de metas diárias, pois elas guiam nosso trabalho. Ainda que o trabalho tenha um prazo grande, defina a quantidade de produção para cada dia. Contudo, tais metas precisam ser realistas, pois, do contrário, a tendência é a procrastinação.

Além disso, ao trabalhar com pequenos objetivos e vê-los sendo alcançados, temos mais inclinação à motivação. Com isso, ficamos mais empenhados a continuar.

Resumindo: a palavra-chave aqui é planejamento. Ele torna tudo mais prático e ainda nos ajuda a perceber quando dizer “não” para aquele projeto que chegou em cima da hora e nos deixaria noites sem dormir para dar conta de entregar tudo.

Faça uma pequena pausa

Você já tentou se concentrar na mesma coisa por um longo período de tempo? Depois de um tempo, seu foco começa a falhar e se torna cada vez mais difícil voltar seus recursos mentais à tarefa. Não só isso, mas seu desempenho acaba sofrendo como resultado.

Explicações tradicionais em psicologia sugeriram que isso se deve ao esgotamento dos recursos atencionais, mas alguns pesquisadores acreditam que isso tem mais a ver com a tendência do cérebro de ignorar as fontes de estimulação constante.

Portanto, da próxima vez que você estiver trabalhando em uma tarefa prolongada, como fazer seu orçamento mensal ou estudar para uma prova, certifique-se de dar a si mesmo uma pausa mental ocasional.

Mude sua atenção para algo não relacionado à tarefa em questão, mesmo que seja apenas por alguns momentos. Esses breves momentos de descanso podem significar que você é capaz de manter seu foco mental aguçado e seu desempenho alto quando realmente precisa.

Procure ajuda profissional

Às vezes, passamos por fases da vida em que precisamos de ajuda profissional para lidar com as dificuldades. Casos como ansiedade grave, depressão e TDAH não podem ser tapados com a peneira. Assim, se sentir que precisa, procure por um psicólogo. Com uma saúde mental prejudicada, não há como ter produtividade boa.

Enfim, é normal ter um dia ou outro com dificuldade na concentração. Porém, ao colocar em prática essas dicas dadas e buscar aprimorá-las, é possível desfrutar de momentos mais eficientes.

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Sou Joana Santiago – Psicóloga.