Posts

Sentimentos e Emoções

Por incrível que pareça, não, sentimentos e emoções não são a mesma coisa. Geralmente, as pessoas acreditam que sejam uma espécie de sinônimo. No dicionário, as duas palavras até encontram significados muito próximos. Mas, na realidade, são as emoções que dão origem aos sentimentos. Enquanto as primeiras se referem a uma reação instintiva, uma resposta neural para os estímulos externos, tal como o choro ou o riso, os sentimentos, em geral, refletem como a gente se sente frente a uma emoção. São duradouros e muitas vezes fáceis de esconder. Se um está ligado ao corpo, ao exterior, o outro faz parte do universo da mente, do interior.

Segundo o neurocientista português António Damásio, professor de neurociência na Universidade da Califórnia e autor de vários livros sobre o assunto, define como:

“Os sentimentos são experiências mentais dos estados do corpo, que surgem quando o cérebro interpreta emoções, estados físicos que surgem das respostas do corpo aos estímulos externos. (A ordem de tais eventos é: eu sou ameaçado, sinto medo e sinto horror.)”

A emoção é um programa de ações, um conjunto das respostas motoras que o cérebro faz aparecer no corpo como resposta a algum evento. “É uma espécie de concerto de ações. Não tem nada a ver com o que se passa na mente”, explicou Damásio, em entrevista à Revista Galileu. De acordo com os estudos dele, existe uma cadeia complexa de acontecimentos no organismo que começa na emoção e termina no sentimento. Uma parte do processo se torna pública (emoção) e outra sempre se mantém privada (sentimento).

A Dra. Sarah Mckay, neurocientista e autor do blog Your Brain Health, explica isso da seguinte forma:

“As emoções ocorrem no teatro do corpo. Os sentimentos ocorrem no teatro da mente.”

A relação muitas vezes envolve centésimos de segundos. É fácil perceber a emoção quando o coração acelera, os músculos se contraem ou o ar parece faltar dos pulmões, por exemplo. “Você pode me ver tendo uma emoção, não vê tudo, mas vê uma parte. Pode ver o que se passa na minha cara, a pele pode mudar, os movimentos que eu faço. Mas o sentimento você não pode ver”, explica ela.

Os sentimentos são aquelas sensações que vão lá no fundo e que, se você não quiser, ninguém jamais vai saber. Quem passa por uma profunda tristeza, por exemplo, pode perfeitamente comportar-se como se estivesse alegre, pode até tentar enganar a si mesmo. Não é das questões mais fáceis e requer uma dose absurda de energia, mas é possível. A dor e o prazer são ingredientes essenciais dos sentimentos. E para controlar diferentes sentimentos, há sistemas cerebrais diferentes.

Quando um bebê sorri, grita ou chora, ele está expressando uma comunicação, uma emoção, em busca de uma resposta adequada à necessidade daquele momento. Medo, raiva, tristeza ou alegria, por exemplo. Falar dos sentimentos é sempre um dos caminhos para se autoconhecer. Eles fazem parte de processos duradouros, menos tempestivos.

Distinguindo conscientemente estes dois fenômenos e compreendendo as raízes e fatores que os influenciam, podemos criar um controle maior sobre nossa própria vida. Obviamente, esse processo é muito difícil e somente com muito tempo, reflexões, questionamentos e tentativas, muitas vezes frustradas, conseguimos mudar nossas avaliações, pensamentos e reações.

No espaço entre emoção, sentimento e ação, todos nós temos o poder de mudar e direcionar nossas vidas para melhor. Ao compreender as emoções e gerenciar os sentimentos com o pensamento consciente, temos uma ferramenta poderosa para viver de forma mais livre.

Quer conversar sobre seus sentimentos?

Marque uma consulta e veja as formas de atendimento disponíveis!

aplicativos para cuidar da psique

A tecnologia pode facilitar sua vida de várias formas. Seja para ter mais facilidade no seu dia a dia, na hora de falar com seus amigos, de viajar, de comer, entre milhares de outras possibilidades. São tantas funções e opções que até aplicativos para monitorar sua saúde mental estão disponíveis em todas as plataformas de smartphones.

Saúde mental: 3 aplicativos para cuidar da psiquê

Aplicativos como o Be Okay, que ajuda pessoas com síndrome do pânico ou em estado de ansiedade intensa bem na hora da crise.

Como ele faz isso?

Oferecendo um tutorial para controlar sua respiração, inserindo fotos que te tragam conforto ou possibilitando uma chamada telefônica para pessoas de sua confiança que possam ajudar na hora da crise.

Ou o aplicativo Cogni, que registra seus sentimentos marcantes e variações de humor. Dessa forma, você pode perceber, ao longo do tempo, o que te deixa feliz ou triste, podendo trabalhar maneiras de dosar as sensações ruins e ir em busca da sua felicidade.

Já o aplicativo Daylio permite que você mantenha um diário privado registrando seus momentos. Ele agrupa tudo o que você fez e como você se sentiu para criar estatísticas e ajudar você a entender melhor seus hábitos e humores. É de graça, mas possui uma versão premium paga com mais funcionalidades.

E ainda existem várias outras opções para os mais diversos tipos de problemas emocionais. Contudo, elas nunca irão substituir o julgamento clínico. A função deles é auxiliar o tratamento, oferecendo uma pequena ajuda a qualquer momento direto no seu smartphone.

Caso você esteja precisando de ajuda psicológica, eu posso ajudar de várias formas. Autorizada pelo Conselho de Psicologia para prestar serviços como Psicoterapia, Avaliação Psicológica e Orientação Profissional também à distância, não só presencialmente.

E você? Usa algum tipo de aplicativo que monitora sua saúde mental? Gostaria de experimentar? Deixe seu comentário.
Uma nova pesquisa, publicada na revista JAMA Psychiatry, descobriu que níveis mais altos de atividade física aumentam os níveis de humor e energia. Os benefícios foram particularmente notados em pessoas com transtorno bipolar.

 

Transtorno bipolar e atividades física

Ser fisicamente ativo pode ajudar pessoas com transtorno bipolar a combater os sintomas depressivos.

 

Nos Brasil, quase 4% dos adultos foram diagnosticados com transtorno bipolar no ano passado. A depressão prevalece ainda mais, tanto no Brasil quanto no mundo. De fato, cerca de 8% das pessoas com mais de 20 anos de idade no Brasil sofrem de depressão, de acordo com a Associação Brasileira de Transtorno Bipolar (ABTB).

Com 300 milhões de pessoas vivendo com depressão, a Organização Mundial de Saúde (OMS) descreve-a como a “principal causa de incapacidade em todo o mundo”.

Novas pesquisas podem ajudar a aliviar os sintomas depressivos, particularmente em pessoas com transtorno bipolar.

Uma equipe liderada por Vadim Zipunnikov, Ph.D. – Um professor assistente do Departamento de Bioestatística da Escola Bloomberg de Saúde Pública Johns Hopkins, em Baltimore, MD – descobriu que o aumento da atividade física melhora o humor e os níveis de energia para aqueles que vivem com o transtorno.

Como a atividade física afeta o humor

Zipunnikov e seus colegas pediram que 242 participantes, com idades entre 15 e 84 anos, usassem dispositivos de rastreamento de atividade e mantivessem diários eletrônicos de seu humor e energia ao longo de duas semanas.

Os participantes, dos quais 150 eram mulheres, usaram o diário quatro vezes por dia para avaliar sua percepção de energia e humor usando uma escala de sete pontos que variava de “muito cansado” a “muito energético” e de “muito feliz” a “muito triste.”

Os pesquisadores contabilizaram as rotinas diárias de cada indivíduo e designaram quatro períodos ao longo do dia: um na manhã, um no almoço, um na hora do jantar e um na hora de dormir.

No geral, o estudo constatou que a atividade física mais alta em qualquer um desses períodos de tempo se correlacionou com melhor humor e níveis mais altos de energia no próximo período de tempo ao longo do dia.

As correlações também funcionaram ao contrário, o que significa que os níveis mais altos de energia em um ponto do dia foram associados a níveis mais altos de atividade física no próximo momento.

Esses efeitos benéficos foram mais fortes em um subgrupo de 54 participantes do estudo com transtorno bipolar.

Além disso, a nova pesquisa descobriu que mais atividade física estava associada a uma duração menor do sono naquela noite, porém, mais sono correlacionava-se com menos atividade física no dia seguinte.

Como os autores explicam, examinar o sono, a atividade física, o humor e a energia ao mesmo tempo é muito importante para as pessoas com transtorno bipolar, porque tanto o sono quanto a atividade influenciam o bem-estar psicológico dos participantes.

De acordo com Zipunnikov, “os sistemas que regulam o sono, a atividade motora e o humor são tipicamente estudados de forma independente. Esse trabalho demonstra a importância de examinar esses sistemas em conjunto e não isoladamente”.

Ele acrescenta que o estudo “exemplifica o potencial para combinar o uso de rastreadores de atividade física e diários eletrônicos para entender melhor as complexas interrelações dinâmicas entre sistemas múltiplos em um contexto em tempo real e na vida real”.

Zipunnikov e seus colegas concluem: “Estes resultados sugerem que as intervenções focadas na atividade motora e energia podem ter maior eficácia do que as abordagens atuais que visam o humor deprimido”.

Você já tinha percebido que exercícios físicos e hábitos saudáveis afetam o humor? Você apresenta os sintomas ou conhece alguém que possa sofrer desse transtorno? Entre em contato comigo!

Uso excessivo das redes sociais pode causar depressão

Uso excessivo das redes sociais pode causar depressão?

A maioria de nós está familiarizada com sites de redes sociais como o Facebook, Twitter e Instagram. É fácil sermos pegos por horas nas redes sociais, não é mesmo? Você pode se sentir conectado instantaneamente com pessoas com quem não fala há anos. Horas do nosso tempo podem ser passadas presenciando as férias em família de nossos amigos, ocasiões importantes para crianças, aniversários, casamentos e até transições difíceis na vida, como divórcio, doenças e mortes.

Estes relacionamentos de redes sociais podem ter um efeito emocional positivo. No entanto, numerosos estudos foram realizados e artigos escritos ligando as redes sociais à depressão e isolamento social, provocando sentimentos de inveja, insegurança e baixa auto-estima. Pelo contrário, outros estudos indicam que os sites de mídias sociais podem ser positivos para pessoas que sofrem de ansiedade social e depressão.

Com todos esses relatórios conflitantes, pode ser sábio entender nossas próprias razões pessoais para usar sites de redes sociais. Podemos avaliar se o uso desses sites está ajudando ou repelindo interações e prejudicando a saúde emocional geral. Uma vez compreendida nossa motivação para o uso dessas redes, podemos ajustar nossas expectativas em relação a elas.

Por exemplo, se estivermos usando esses sites para criar amizades, é importante estar ciente de suas limitações para evitar decepções. Quando lemos histórias ou vemos fotos na timeline de nossos amigos e nos sentimos excluídos, inadequados ou invejosos, podemos supor que nossas relações virtuais não satisfazem nossas necessidades emocionais.

Visualizar as fotos e postagens de férias de um amigo não será tão gratificante quanto ter a chance de conversar com ele sobre pessoalmente ou até mesmo durante uma conversa por telefone. Afinal, a maioria dos usuários de redes sociais não publicará fotos e histórias de férias que transmitam os momentos difíceis que podem ter ocorrido. Ter uma perspectiva equilibrada e expectativas realistas sobre redes de mídia social pode evitar sentimentos de ciúme, inadequação, depressão e comparações sociais.

Também é importante avaliar a qualidade de nossas relações não virtuais. Isso pode ser feito dando uma boa olhada na quantidade de tempo real que passamos com as pessoas que são importantes para nós. É difícil, senão impossível, substituir os sentimentos de conexão que se manifestam por ter relações pessoais e genuínas. Isso não quer dizer que as redes sociais sejam ruins ou que nossos relacionamentos via sites não sejam verdadeiros.

Abaixo estão algumas dicas para ajudá-lo a equilibrar relacionamentos virtuais e relacionamentos “reais”:

  • Pergunte a si mesmo porque você está usando sites de redes sociais.
    É para construir relacionamentos, para fins profissionais, conectar-se a velhos amigos ou ficar mais próximo daqueles que moram longe?
  • Limite seu tempo em sites de redes sociais.
    Isso ajudará a controlar a quantidade de tempo que você está gastando no mundo virtual.
  • Envie textos ou mensagens privadas.
    Se as redes sociais fizeram com que você se sinta desconectado, deprimido ou solitário, considere aumentar suas interações com as pessoas, enviando-lhes uma mensagem privada ou algum tipo de contato direto. Esse nível de comunicação virtual é mais pessoal e íntimo do que a comunicação em um fórum aberto.
  • Certifique-se de separar tempo para ver seus amigos e familiares além do mundo virtual.
    Ter relacionamentos positivos e seguros está fortemente associado a altos níveis de autoestima e resiliência. Promover sentimentos de conexão auxilia a diminuir a depressão e a ansiedade.

Como a psicologia pode ajudar?

A busca por um tratamento psicológico traz resultados positivos, pois o psicólogo pode lhe auxiliar a entender o que está acontecendo e o que o levou à necessidade tão grande de estar sempre conectado.

Seja por uma fuga da realidade, por dificuldade de relacionamentos reais ou até a busca pela perfeição – que muitas vezes se alcança apenas nas redes sociais. Descobrindo o motivo fica mais fácil tratar e solucionar o problema.

A psicoterapia fortalece os mecanismos de autocontrole para gerar um equilíbrio no uso das redes sociais, bem como trará a percepção de que nem tudo que se vê no Facebook ou Instagram é real. Cada um deve ser feliz da sua maneira, sem uma fórmula definida.

Quer saber mais sobre como a psicoterapia pode te ajudar?
Deixe sua mensagem e entrarei em contato!

A importância da saúde mental

A conscientização sobre a saúde é um assunto importante que sempre esteve em pauta. Cuidar da alimentação, zelar pelo corpo e prezar pela saúde física são temas que estão em pauta rotineiramente.

Mas e sobre nossa saúde mental?

Nunca tivemos o hábito de falar e debater sobre a saúde de nossa mente como falamos da saúde física, mesmo sabendo que ambas estão intimamente ligadas. Existe um certo tabu cultural ligado a problemas mentais, onde muitos ainda pensam que para procurar ajuda de um psicólogo é somente para quem já não consegue lidar com uma situação, chegou num ponto extremo ou depois de ter feito todos exames clínicos e não ter apresentado nenhuma alteração. Na maioria dos casos somente assim a pessoa procura a psicologia.

Precisamos entender que nossas emoções, comportamentos e linhas de raciocínio estão totalmente ligados a nossa saúde mental, essa relação está presente em diferentes situações do nosso cotidiano. E nossa mente, assim como outras formas de saúde, é muito importante em todas as fases da nossa vida, desde a infância até a fase adulta.

Manter nossa mente saudável é necessário para que tenhamos boa saúde física, por isso, em todos os aspectos sociais devemos buscar um equilíbrio do humor e autoestima.

A sensação de estar com uma boa saúde mental é de confiança, autoestima e bem-estar, o que nos permite desfrutar de momentos, curtir com outras pessoas, apreciar nosso dia-a-dia e o meio ambiente.

A mente saudável propicia:

  • Formar relações positivas
  • Lidar com desafios da vida
  • Usar habilidades para alcançar o que desejamos
  • Criar ambientes favoráveis

Mas como podemos melhorar nossa saúde mental?
Podemos citar algumas dicas para termos uma mente positiva e saudável,  são elas:

  • Expressar seus sentimentos
  • Exercitar-se fisicamente sempre
  • Alimentar-se de forma saudável
  • Dormir bem
  • Conviver com amigos
  • Curtir seus hobbies favoritos
  • Relaxar
  • Definir objetivos e metas reais

A psicologia trabalha com a saúde da mente, algo que todos nós possuímos, por isso é necessário nos conscientizarmos da importância no cuidado e prevenção de nossa saúde psicológica. Fale com um profissional da área, saiba mais sobre o assunto e cuide de sua saúde mental.