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Nervosismo pode começar no início de novembro e terminar somente na primeira semana de janeiro, aponta o presidente do International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR). No último mês do ano a tensão aumenta 75% segundo estudo.

O período natalino e o final de ano, embora repletos de alegria e celebração para muitos, podem também desencadear altos níveis de estresse em algumas pessoas. A pressão social, as expectativas familiares e a corrida contra o tempo para cumprir metas pessoais podem resultar em uma carga emocional intensa. A psicologia nos lembra da importância de reconhecer e respeitar as diferentes reações de cada indivíduo diante desse contexto, promovendo empatia e compreensão.

O estresse durante o Natal muitas vezes está relacionado a uma busca incessante pela perfeição, seja na organização de eventos familiares ou na escolha dos presentes ideais. É importante lembrar que aceitar que a imperfeição faz parte da experiência humana pode aliviar a pressão auto imposta. Estabelecer limites realistas e focar nas conexões emocionais genuínas pode contribuir para uma abordagem mais saudável e equilibrada neste período desafiador.

“O que causa o aumento de estresse é que existe uma sobrecarga adicional nessa época do ano, incluindo trabalho, vida pessoal e família. Natal é mais propenso a tristeza, depressão e culpa. No Ano Novo a gente pode pensar mais em ansiedade”

Conclusão da pesquisa realizada pelo International Stress Management Association no Brasil.

Na pesquisa da International Stress Management Association no Brasil, feita em 2019, foram entrevistadas 678 pessoas com idade entre 25 e 55 anos. Veja as respostas sobre como se sentiam no fim de ano:

  • 75% ficam mais irritadas 😡
  • 70% mais ansiosas 😰
  • 80% sentem a tensão no corpo 😬
  • 38% têm problemas para dormir 👀


Em média, 82% de nível de estresse afetando as mulheres contra 75% relacionado aos homens. Na verdade as mulheres acumulam mais responsabilidades e por isso o aumento maior.

Encerrar o ano de forma consciente é fundamental. Em vez de apenas refletir sobre metas não alcançadas, é benéfico reconhecer os sucessos pessoais, mesmo os pequenos. O autocuidado ganha destaque, incentivando a busca por momentos de tranquilidade e a valorização das relações interpessoais significativas. O entendimento de que o final de ano pode representar diferentes desafios para cada indivíduo possibilita uma abordagem mais compassiva, contribuindo para a construção de um ambiente emocionalmente saudável e positivo. Que este período seja marcado não apenas pela pressão, mas também pela compreensão e aceitação, promovendo o bem-estar psicológico de todos.

Sou Joana Santiago Psicóloga

Festas de fim de ano: alegria ou depressão?

É dezembro e já chegamos no final do ano, mês de festas, alegria, confraternizações, reuniões familiares, momento de fazer um balanço da vida e pensar em novos projetos. Nesta época, as pessoas ficam mais solidárias, fraternas, sensíveis, trocam presentes e buscam estímulo para um novo recomeço.

Porém, esse período não é a época mais feliz para muitas pessoas e pode aflorar tristeza, depressão, com sentimento de desânimo, angústia, ansiedade e desamparo. Para essas pessoas, essas datas comemorativas trazem lembranças tristes, como perdas de entes queridos, doenças, separações, desemprego, preocupações. Para as pessoas que já estão sofrendo de depressão, essa fase de festas costuma agravar o problema.

Pessoas de todas as idades podem sofrer de depressão: crianças, adolescentes, adultos e idosos. Em torno de 15% da população tem ou já teve algum episódio depressivo. É preciso sempre identificar se os sentimentos de tristeza e depressão são apenas passageiros e comuns nesta época, sendo apenas uma melancolia de final de ano, ou se os mesmos já estavam acontecendo e persistem ao longo do tempo.

Para superar uma fase difícil na época de festas de final de ano é necessário que a pessoa não fique isolada e insista em interagir socialmente, ficando junto com a família ou amigos, mesmo que não esteja com bom humor para festejar. É importante se distrair, sair para caminhadas, fazer atividades físicas, conversar com as pessoas, lembrar de bons acontecimentos, ter alguma atividade de lazer que lhe traga um pouco de satisfação. Assim a pessoa não se torna vítima dos sentimentos depressivos e consegue diminuir o impacto de pensamentos negativos em sua vida.

É muito importante que a família fique atenta a algum familiar mais isolado ou extremamente triste, podendo em casos extremos chegar ao suicídio, com pessoas que sofrem de depressão. A família deve sempre tentar interagir com a pessoa que pode estar deprimida e tentar integrá-la ao grupo familiar. É importante procurar tratamento adequado, quando necessário.

E você? Como se sente nas festas de fim de ano? Caso precise de ajuda psicológica, entre em contato comigo. Podemos reverter as dificuldades juntos.