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Como se manter equilibrada diante dos desafios e superações das mães na quarentena

Ser mãe é essencialmente saber amar. Significa dar afeto, estimar, proteger, cuidar e esta função maternal não se esgota na relação com os filhos, mas pode ser exercida em relação a todas as pessoas com quem assumimos este papel cuidador e afetivo.

É muito comum encontrarmos mulheres que se questionam se estão sendo boas mães, uma dúvida que traz consigo alguma dose de angústia e de sofrimento. O desempenho de vários papéis em simultâneos por parte da mulher, tais como de mãe, esposa, profissional, filha, dona de casa, pode trazer uma pressão psicológica excessiva que acaba por gerar sentimentos de falha e culpa.

Agora acrescente nessa mistura a pandemia, com confinamento há mais de um ano com os filhos, trabalho, rotina da casa… tudo junto e misturado! Desafiador, né?

Tanto para a mãe que tem ajuda como para a que não tem é difícil trabalhar, cuidar da casa, das crianças, dos animais de estimação e fazer diversas outras tarefas, neste período de quarentena, onde todos têm que ficar o máximo possível dentro de casa. Muitas estão esgotadas fisicamente e emocionalmente, e esse esgotamento, junto com o medo e a incerteza do que vai acontecer, podem ocasionar um surto. 

Dicas para reduzir o estresse em casa

Antes desse período, quando uma pessoa estava prestes a ter uma crise, o recomendado era para que ela se afastasse, saísse para caminhar, etc., e só voltasse quando estivesse se sentindo melhor. No atual cenário isso não é recomendado e muitas mães não têm com quem deixar os filhos nem para ir ao mercado, quem dirá para caminhar. Sendo assim, essa mãe terá que se acalmar dentro de casa, procurar um local calmo e avisar para as crianças que precisa se afastar um pouco.

Beba bastante água e respire profundamente por dois minutos, coloque uma música que te deixe relaxada, reflita sobre o que aconteceu e volte para perto das crianças quando estiver mais calma.

Permita-se parar, faça essa “pausa obrigatória”. A vantagem de ter seu filho a poucos passos de distância,  permite abraçá-lo sempre que tiver vontade, ver sua alegria em pequenas coisas e escutar sua risada por toda a casa. Para que esses dias sejam mais leves e você possa aproveitar com as crianças, compartilhe com eles algumas tarefas da casa, ensine e peça ajuda. Eles vão se divertir com uma simples atividade de fazer a cama ou preparar o café da manhã e você vai poder relaxar um pouco. 

E não esqueça, a culpa é um sentimento muito comum entre as mães que, acertando ou errando, permanece nela. Pegue leve com você mesma, não se cobre tanto e aceite que não precisa dar conta de tudo! 

Cuide da sua saúde emocional e se precisar peça apoio profissional, pois só quando estamos bem é que conseguimos cuidar do próximo.

Sou Joana Santiago – Psicóloga