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Importância da presença familiar na terceira idade

O apoio familiar torna a fase mais saudável e ativa.

O provérbio mente sã, corpo são traz consigo a mensagem de que quando a mente está saudável, o corpo também estará e isso é válido em todas as fases da vida, mas existe uma em que essa expressão requer apoio especial da família: a terceira idade. Nesta etapa a presença dos familiares torna-se ainda mais importante e necessária, em que é preciso manter o idoso ativo e saudável proporcionando-o bem-estar.

Terceira idade é uma fase em que isolamentos não são aconselháveis e a companhia da família é indispensável. A transição do estado adulto para a velhice é um processo que provoca grandes alterações na autoestima e autoimagem destas pessoas. Os principais problemas no idoso consistem no isolamento social e em sentimentos de solidão.

Quando se sente amado e protegido o idoso se mantém ativo e fortalece o vínculo familiar em que vive, interagindo e participando das atividades do dia a dia. Além disso, quando considerado uma referência de conhecimento e experiências, principalmente no contato com as gerações mais novas, a família demonstra seu respeito e admiração. Ser um avô ou avó participante, no seio da família, representa uma fonte de gratificação para o idoso e um importante laço estruturante na educação dos mais novos.

Quando o idoso se sente amado e protegido, ele se mantém ativo e fortalece o vínculo familiar em que vive.

As atividades que exercitam a mente e o físico do idoso os ajudam a ter uma velhice mais saudável e um convívio mais fortalecido com sua família. É importante que seus familiares o incentive a participar de grupos, cursos e aulas em que possa conviver com outros idosos. Outro fator importante é preservar a sua saúde, atentando para sua qualidade de vida, acompanhando-o em consultas médicas sempre que necessário e ajudando-o com medicamentos.

Em caso de doença, estas necessidades encontram-se acentuadas e a presença da família é determinante para o acompanhamento e qualidade de vida do idoso. A família representa a resposta mais adequada para o cuidado ao idoso, respeitando e dando muito amor.

De que forma o atendimento psicológico pode ajudar?

Ser um familiar que cuida de um idoso não é ruim, nem causa apenas desprazer. Afinal, ver um parente querido e bem tratado em um momento de maior fragilidade em sua vida, é algo muito positivo. A psicoterapia pode ter grande contribuição na manutenção de um estado mental e emocional saudável para aqueles que cuidam de um idoso, principalmente quando são membros da família, ou seja, são emocionalmente ligados aos idosos.

Buscar ajuda psicológica profissional certamente diminuirá o estresse e manterá a empatia de quem precisa cuidar de idosos. E essa troca possibilitará, também, que o ato de cuidar possa ser mais leve e mais consciente. Para cuidar bem do outro, é necessário cuidar de si mesmo!

A NOVA TERCEIRA IDADE

Chegar aos 60, 70 anos bem e ultrapassar os 80 com saúde e qualidade de vida é uma situação cada vez mais comum nos dias de hoje. A pirâmide etária mudou, tanto no Brasil quanto em grande parte do mundo. As pessoas se casam mais tarde e têm menos filhos. Em paralelo, a prevenção e o avanço da ciência contribuem para essa nova realidade da terceira idade.

Esse novo perfil se deve a fatores como diminuição da mortalidade infantil e adulta e queda da natalidade. A partir de 2040 os únicos grupos populacionais que vão crescer serão os de pessoas com 55 anos de idade ou mais.

Mas ter vida longa, com plenitude, depende muito de escolhas.

Com a chegada dos 60 anos as pessoas passam por mudanças fisiológicas, da mesma maneira que acontecem transformações das crianças que se tornam adolescentes e depois adultos. É o ritmo natural da vida e ignorar essa realidade é uma irresponsabilidade, tanto do idoso quanto de sua família.

Mudanças sociais na terceira idade

A família também mudou. Elas eram numerosas e, quando adultos, os filhos cuidavam dos pais. Hoje os adultos em idade produtiva não têm tanto tempo para dar o cuidado de que seus pais e avós precisam. Esses, que agora são idosos e têm limitações, não conseguem acompanhar o ritmo frenético que a sociedade impõe aos seus filhos e netos.

Diante desse turbilhão a família se depara muitas vezes com o idoso sozinho, sem participação ativa e isolado. A depressão e o risco de uma queda ou diversas patologias são grandes – ainda mais se a pessoa tiver perda auditiva, e a família percebe que precisa tomar uma atitude. 

Em resumo, não se trata apenas de mais anos de vida, mas sobretudo de mais VIDA nos anos. No futuro não fará mais sentido compartimentar as fases da vida, assim como hoje em dia não tem cabimento você falar em concluir os estudos, por exemplo, porque num mundo em constante mutação você deverá estudar sempre. E com isso acaba a vida separada em fases estanques.

É preciso entender que ninguém veste o pijama e passa a tomar sopa no dia seguinte aos 60 anos. Aposentadoria vem de aposento, mas algumas pessoas não querem ficar trancafiadas num aposento. Elas continuam ativas, física e intelectualmente, querem contribuir com o mundo e se sentir úteis. Querem continuar tendo protagonismo, amando, fazendo sexo, tendo sonhos, projetos de futuro, ou seja, vivendo.

Estar presente na vida do idoso, motivá-lo a querer uma vida sadia e com qualidade é fundamental. Mostrar a eles que todos estão à sua disposição e que o importante não é ter uma vida longa, mas uma vida boa.

E se você estiver com dúvidas como motivar um parente idoso, entre em contato.