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Em um ataque normal de raiva a pessoa sente vontade de acabar com a situação que provocou aquele sentimento, mas rapidamente este impulso é freado. No transtorno explosivo intermitente, os momentos de raiva são mais frequentes e semanais.

A principal diferença entre um ataque de raiva e o Transtorno Explosivo Intermitente (TEI), popularmente como Síndrome de Hulk, está na frequência e intensidade da raiva.
É importante saber que esse sentimento é normal, sendo uma resposta emocional a situações em que a pessoa se sente ameaçada, injustiçada, magoada ou frustrada. Muitas vezes, no ataque de raiva, a vontade é atacar a pessoa ou acabar com a situação que a está fazendo mal, porém, em fração de segundos, este impulso é freado.

Já no Transtorno Explosivo Intermitente (TEI), são gerados na pessoa ataques de ira de forma descontrolada e agressividade repentina, podendo ser acompanhados de agressões verbais e físicas que duram cerca de 30 minutos e que podem prejudicar as pessoas que estão ao seu redor.

Antes de ter um ataque de raiva podem ser notados sintomas como dor de cabeça, tontura, náuseas e alterações da consciência. Depois é comum que a pessoa sinta remorso, culpa e vergonha. Esse transtorno é normalmente acompanhado por outros, como abuso de substâncias, depressão, TOC e fobia social.

Caso a pessoa seja realmente diagnosticada com TEI, o tratamento envolve sessões de psicoterapia para que ela possa identificar os principais gatilhos que levam aos ataques de raiva e conseguir se controlar. Além disso, também pode ser prescrito algum medicamento que aumente o nível de serotonina no sistema nervoso central. Ao seguir o tratamento corretamente, o transtorno é controlado, podendo voltar em alguns momentos, mas não com a mesma intensidade que antes. Por isso, não deixe de buscar ajuda.

Principais sintomas

É comum sentir raiva em situação de estresse como batidas de carro ou birra dos filhos, esse sentimento é normal desde que se tenha consciência e controle sobre ele, não havendo alterações bruscas para um estado de fúria e comportamento agressivo, no qual pode colocar em risco o próprio bem-estar e a segurança de outras pessoas.

No entanto, quando a agressividade é desproporcional à situação que desencadeou a raiva, pode ser um sinal do tratamento do transtorno explosivo intermitente, que pode ser caracterizado por:

. Falta de controle sobre o impulso agressivo;
. Quebrar os próprios pertences ou os dos outros;
. Suor, formigamento e tremores musculares;
. Aumento dos batimentos cardíacos;
. Ameaças verbais ou agressividade física a outra pessoa;
. Sentimento de culpa e vergonha após os ataques.

O diagnóstico dessa síndrome é feito por um médico psiquiatra com base no histórico pessoal e relato de amigos e familiares, pois esse transtorno só é confirmado quando há repetição do comportamento agressivo por vários meses, o que sugere que esta é uma doença crônica.
Além disso, é preciso descartar a possibilidade de outras alterações do comportamento, como o Transtorno da Personalidade Antissocial e o Transtorno da Personalidade Borderline. Entenda melhor o que é o transtorno de personalidade boderline.

Causas do ataque de raiva

Não se conhece a causa exata do ataque raiva, no entanto acredita-se que possa estar relacionado com fatores como familiares que possuem comportamento mais agressivo e impulsivo, alterações nos neurotransmissores e alterações na região do cérebro responsável pelo controle do impulso.
Além disso, é comum que as pessoas com esse transtorno costumam ter um histórico de abuso físico e/ou sexual durante a infância e exposição a situações traumáticas, como acidentes graves ou desastres.

Como é feito o tratamento

Quando os ataques de raiva são frequentes e saem do controle, é recomendado que o psicólogo seja consultado para que sejam feitas sessões de terapia individual e/ ou em grupo, podendo ser aplicada a terapia cognitivo-comportamental para aprender não só a controlar a ira, mas, também, identificar as situações que podem provocar uma resposta mais agressiva.
Além da psicoterapia, pode ser necessário nesse transtorno o uso de medicamentos antidepressivos e anticonvulsivantes, que ajudam no controle das emoções, diminuindo, assim, a agressividade.
Você sente que possui crises de raiva no dia a dia? A raiva pode ser sintoma não só de transtorno explosivo intermitente, mas também de que algo não está bem na sua vida. Por isso, se você sente esse sentimento com frequência, o ideal é procurar um especialista em saúde mental para te avaliar de maneira individual.

Sou Joana Santiago – Psicóloga

A insegurança de um colega de trabalho ou até do chefe, aparece como estopim para uma traição.

Ainda falando sobre traição, vamos abordar uma outra forma que não é a conjugal,  mas sim a interpessoal, como traição de um colega de trabalho e até do chefe! Já passou por isso no seu ambiente de trabalho? Como lidar com essa situação?

Esse tema é ainda mais delicado, enquanto em nossos relacionamentos pessoais podemos escolher as pessoas com quem vamos nos relacionar no mundo corporativo, não temos essa liberdade de escolha, mas independente de ter ou não afinidade com os nossos colegas de trabalho, precisamos interagir com eles e buscar uma convivência harmônica.

Trabalhar em equipe e de forma transparente são comportamentos cada vez mais cobrados dentro das organizações. Mesmo assim, os golpes baixos e as puxadas de tapete continuam a ocorrer em relacionamentos profissionais. Descobrir que um amigo/colega “confiável” fala mal de você é o jogo sujo mais comum no ambiente de trabalho.

Uma trapaça típica do profissional desatualizado é roubar ideias como uma ferramenta de competição. No mundo corporativo existe uma disputa de poder constante, o que leva algumas pessoas a crer que abusar de atitudes antiéticas em prol do próprio sucesso é um comportamento aceitável. Tal ideia é ultrapassada e está ligada à concepção de que o mundo é dos espertos!

Os motivos que levam a essa conduta variam da insegurança à desonestidade, passando pela leviandade dos envolvidos. Os golpes podem vir de colegas competitivos e inseguros ou de chefes arrogantes… sim chefes, alguns gestores acham que somente eles podem aparecer, atingir resultados e propor ideias. Uma situação muito comum é ser demitido para que o chefe coloque uma pessoa da confiança dele no lugar. Esse tipo de politicagem desleal ainda ocorre nas organizações, apesar de toda a evolução na gestão corporativa.

Em geral, isso ocorre quando um gestor inseguro ou desleal prefere ter a seu lado alguém que possa controlar, ou quando deseja deliberadamente beneficiar um amigo. A insegurança do chefe também aparece como estopim para uma traição.

Quando um funcionário começa a apresentar metas elevadas o chefe ou um colega de trabalho, ao invés de ficar satisfeito e feliz, pode se sentir ameaçado. Nesse momento, surgem outras formas de puxadas de tapete, como excluir o profissional de um projeto sem maiores explicações e impedi-lo de exibir seu trabalho ou fazer com que ele não tenha acesso aos níveis superiores. Um sintoma desse tipo de atitude é a exclusão. Marginalizar um subordinado é uma das armas tradicionais.

Você faz todo o trabalho e seu chefe não lhe dá crédito pelo resultado.

Pare e reflita: isso acontece só com você ou com outras pessoas também? Se é apenas com você, tem de conversar com o chefe. De maneira aberta e direta, discuta sua contribuição individual em relação aos resultados da área. Se possível, atrele a conversa a seu plano de desenvolvimento pessoal e busque apoio do RH.

Descobriu que um colega está falando mal de você?

Analise com calma a situação e indague pessoalmente, em tom de conciliação, o suposto detrator. Verifique se há mal-entendidos. Se a conversa não for suficiente, procure também o gestor. Com o chefe, seja claro e direto, citando dados, fatos e exemplos para ilustrar o quanto o comportamento da pessoa prejudica seu trabalho.

Você é excluído de um projeto sem justificativa.

Pergunte ao chefe o motivo de sua exclusão. Deixe claro que sua intenção é continuar fazendo parte do time nos próximos projetos, mas tenha em mente que podem existir muitas razões para a exclusão.

Como superar essas situações

Acima de tudo, evite entrar no jogo desleal, principalmente quando for provocado ou agredido. Não diga sim para tudo, imponha limites morais e éticos.

Manter a pontualidade no dia a dia, não se atrasar para reuniões e cumprir prazos em projetos. Se apresentar sempre de forma positiva e confiante. Manter a boa imagem profissional. Mostrar equilíbrio e liderança. Ser proativo em suas atividades, metas e, principalmente, vender suas ideias em reuniões de forma clara e convicta.

Apresente-se para seu novo gestor como profissional (histórico, experiências, passagens por outras companhias) e, o mais importante: não seja bajulador e não acredite em tudo que transita na rádio-peão, pois em momentos de mudanças o que não falta são informações desprovidas de fontes. Portanto, seja você mesmo e siga seu instinto.

Caso seja muito difícil encontrar uma solução, é possível fazer terapia para descobrir a opção menos agressiva para a sua saúde mental.


Sou Joana Santiago – Psicóloga

Apesar de ser pouco falado, pesquisas indicam que a traição é mais recorrente nos relacionamentos do que se imagina.

A traição acontece quando alguém nos decepciona, quebrando uma expectativa ou regra estabelecida em relacionamentos amorosos. Além de prejudicar a relação, essa quebra de confiança pode trazer sentimentos negativos como raiva, tristeza, culpa e baixa autoestima.

A traição é uma perda. E, assim como o luto, há um processo psicológico de pesar que todos precisam passar para seguir em frente.

As experiências traumáticas de separação, traição e culpa são diferentes para cada pessoa. Seja como for, no momento em que há uma ruptura brusca da confiança, projetos, expectativas e sonhos são violentamente alterados. Isso faz com que o equilíbrio emocional e psicológico fique vulnerável a danos de médio a longo prazo.

A mente de quem é traído

Quando a traição acontece (e todos nós estamos sujeitos ou propensos a isso), tendemos a nos sentir TRAÍDOS, mas no sentido amplo da palavra, não só pela questão sexual, mas, principalmente, pela confiança e potencial destruição de projetos de vida elaborados em conjunto. Ou seja, por todos os bons momentos vividos ao longo da relação. Os estudos têm apontado (e tenho verificado isso diariamente no meu consultório) que quem é traído fica muito mais magoado pela descoberta da capacidade que o outro teve de arriscar todo um projeto de vida feito a “dois” por uma aventura qualquer. Mais ainda, por subestimar suas habilidades ao ponto de achar que nada daquilo seria descoberto. A pessoa traída costuma se sentir um lixo. Isso afeta toda sua vida, pois desconstrói todo um passado vivido. Detona toda a expectativa de futuro e dias melhores, mesmo que a relação siga em frente. Toda essa desconstrução causada pela traição dói exacerbadamente. Isso ocorre, pois, devido a decepção você passa a perceber que não conhecia seu companheiro tão bem como pensava. A partir daí você passa a sentir raiva não só de quem lhe traiu, mas também passa a sentir raiva de si e pode até considerar que – de alguma forma – você também é responsável por isso.

“A pessoa traída pode responder à traição de diversas maneiras. A sua forma de enxergar a situação depende do sentimento nutrido pelo parceiro e do estado do relacionamento. No entanto, mesmo que esteja péssimo, saber que foi traído nunca é fácil.”

A traição simboliza quebra de confiança e ausência de respeito com o próximo. Afinal, existem maneiras de melhorar o relacionamento e de terminá-lo sem causar tamanho sofrimento emocional ao próximo. Então, por que o parceiro escolheu machucá-lo dessa forma?

Quando a infidelidade acontece, o traído passa por um período de luto. Como algo muito importante é perdido, o pesar é semelhante ao de quando alguém amado morre. As emoções são tão intensas que podem causar um trauma emocional. 

Além disso, as crenças da pessoa traída em relação aos relacionamentos podem sofrer mudanças radicais. Ela pode passar a desacreditar no amor, não ver mais sentido no casamento ou em relacionamentos longos, ou crer que é impossível confiar em alguém de verdade. Seus sonhos, planos para o futuro e expectativas também são danificadas bruscamente. 

A mente de quem trai

A infidelidade geralmente é vista como coisa de pessoas imorais, más, insensíveis. Mas estudos têm mostrado que a verdade por trás de traições é mais complexa do que pode parecer. Para começar, traição não envolve só sexo. Quando se trata de infidelidade puramente sexual, a ocorrência média observada em estudos é de cerca de 20% dos casais. No entanto, a taxa aumenta para cerca de um terço dos casais quando se inclui infidelidade emocional. Muitos infiéis usam o sexo para satisfazer suas necessidades emocionais que não são atendidas. É por isso que se refugiam em uma situação onde acreditam que irão resolver essa necessidade, quando, na verdade, isso não acontece. Só aumentam a frustração e o desconforto.

Por sentirem desejo por outras pessoas, por monotonia ou por falta de paixão no próprio relacionamento, essas pessoas procuram por novas sensações. Elas decidem trapacear sem expressar essa necessidade aos seus parceiros. Porém, há algumas características que se encaixam na maioria dos casos de infidelidade:

Ciúme frequente:  É uma contradição, mas isto ocorre. Os infiéis sentem que cometeram um erro e que o comportamento deles não foi correto. Eles mentem para os seus parceiros, e isso produz neles uma espécie de medo de que seu parceiro faça o mesmo, o que pode levar a um ciúme doentio. Algo que só existe na imaginação dos infiéis pela consciência culpada que os atormenta.

Emoções instáveis:  As emoções passam a ser instáveis, muito extremas. O infiel facilmente se torna agressivo, controlador, inventa coisas que não existem. Isso só mostra o conflito mental que o infiel tem em sua cabeça e acaba por expressar emocionalmente.

Necessidade de dependência:  O infiel, de repente, passa a depender de que sua parceira lhe diga o quanto ela precisa dele, o quanto ela o ama. Isto cria uma grande dificuldade na relação, causando estranheza. A parceira ou parceiro poderá começar a se sentir oprimido e desconfiado.

Ideias contraditórias sobre o amor: A infidelidade tende a mudar o conceito do que era, até então, estabelecido como amor. A pessoa começa a ter ideias para reviver a paixão sexual com seu parceiro, talvez experimentar coisas novas. O infiel começará, provavelmente, a mudar a maneira de ver as relações e começa a considerar a possibilidade de um relacionamento aberto ou de alguma outra forma. Preste atenção a estes sinais!

Apego e busca de companhia: Se a relação é quebrada pela infidelidade, o infiel, fervorosamente, sai à procura de outro parceiro. Há pessoas que precisam ter uma companhia para poderem ser infiéis.

Essas pessoas não procuram relações liberais. As consequências, novamente, serão o ciúme, a traição e o mesmo círculo vicioso de antes. Este tipo de relação não é nada saudável.

É possível perdoar um parceiro infiel? 

O processo de superação da traição tende a ser longo para a maioria das pessoas. Dependendo das reações da pessoa traída, pode ser menos dolorido e demorado. Porém, dificilmente é feito sem, pelo menos, um pouco de dor emocional. 

Como  mencionei, são várias as razões que motivam as pessoas a serem infiéis. Apesar de termos o desejo de ver quem trai com maus olhos, é preciso lembrar que todos nós somos passíveis de cometer erros. Nem sempre a pessoa que trai quer arruinar a vida do parceiro ou fazê-lo sofrer. 

São muitas as perguntas que rodeiam a infidelidade nos relacionamentos. 

A verdade é que não existe uma resposta universal, capaz de satisfazer todas as pessoas que já foram traídas. Aceitar ou não que foi traído bem como perdoar ou não o parceiro são decisões que devem ser analisadas com calma, levando em consideração as emoções e os planos para a relação. 

Perdoar não é o mesmo que conceder permissão ao parceiro para trair ou aceitá-lo de volta em sua vida. O perdão beneficia quem foi traído porque promove a libertação de emoções e de sentimentos desagradáveis, os quais fortalecem o apego da pessoa à situação dolorosa.

Além disso, quem perdoa o parceiro infiel tem todo o direito de expressar as suas preocupações e fazer mudanças (sensatas) na dinâmica do relacionamento até que a ferida seja curada. 

Apenas não é legal aceitar o parceiro de volta e torturá-lo emocionalmente, fazendo-o sofrer por ter escolhido trair. É preciso ser honesto tanto consigo mesmo quanto com o outro ao perdoar. A vingança pode soar atraente na hora, mas não é o caminho certo para reconstruir a confiança perdida.

Se ambos os parceiros não têm essa intenção, a melhor decisão pode ser terminar o relacionamento. Ser traído certamente não diminui as oportunidades de reencontrar o amor de ninguém.

Agora, se quem traiu foi você, pedir perdão por ter causado sofrimento e conversar com sinceridade com o parceiro ou a parceira é a atitude mais honrosa nessa situação.

Caso seja muito difícil encontrar uma solução, é possível fazer terapia para descobrir a opção menos agressiva para a sua saúde mental. Conversar com um psicólogo também pode fazê-lo se sentir melhor, seja você o traído ou quem traiu.

O que você pensa sobre a infidelidade? Você pode acrescentar algo mais a este artigo sobre infidelidade? Esperamos as suas respostas e as suas opiniões sobre o tema.

Sou Joana Santiago – Psicóloga

As 7 emoções básicas e seu efeito no comportamento humano

 

Às vezes nos sentimos tristes, melancólicos, e apesar de não sabermos o motivo, acabamos deixando o nosso dia cinzento. Outras vezes, acordamos estressados e tudo parece dar errado. Por outro lado, quando estamos apaixonados, cheios de energia e felizes, tudo parece fluir na maior harmonia.

Não é fácil, né? As emoções parecem dominar nossas vidas diárias! E para não ser controlado por elas, é preciso conhecer e entender como cada emoção se manifesta no seu corpo e na sua mente.

Emoções Básicas:

Durante a década de 1970, o psicólogo Paul Eckman constatou em suas pesquisas que seis emoções básicas eram as mesmas a toda espécie humana, independente da cultura: alegria, tristeza, medo, nojo, surpresa e raiva. Apenas nos anos 80 Ekman adicionou a emoção desprezo à lista das emoções básicas e universais.

Vamos dar uma olhada nos sete tipos básicos de emoções e explorar o impacto que eles têm no comportamento humano:

1. Alegria

A alegria é, de todas as emoções básicas, talvez a mais positiva: está associada de forma direta com o prazer e a felicidade. Ela aparece, por exemplo, em resposta à conquista de alguma meta pessoal ou frente à atenuação de um estado de mal-estar.

Enquanto alegria é considerada uma das emoções humanas básicas, as coisas que acreditamos trazer felicidade tendem a ser fortemente influenciadas pela cultura. Por exemplo, as influências da cultura pop tendem a enfatizar que a obtenção de certas coisas, como comprar uma casa ou ter um emprego bem remunerado, resultará em felicidade. Na realidade, os fatores que contribuem para a felicidade são muito mais complexos e altamente individuais.

2. Tristeza

Essa emoção caracteriza-se por uma queda de ânimo e uma redução significativa no nível de atividade cognitiva e de conduta. Apesar da má fama que essa emoção tem, ela cumpre funções iguais ou mais importantes que as demais emoções básicas. Em alguns casos, as pessoas podem experimentar períodos prolongados e graves de tristeza que podem se transformar em depressão.

A função da tristeza é atuar em situações onde o indivíduo se encontra impotente ou não pode dar continuidade a nenhuma ação direta para solucionar o que lhe traz sofrimento, como o falecimento de uma pessoa querida. Além disso, e o mais importante, instiga a busca do apoio social que facilite a fuga de uma situação depressora.

3. Medo

É a emoção mais estudada nos animais e no ser humano. O medo é um estado emocional negativo ou aversivo com uma ativação muito elevada que incita o ato de evitar e de escapar de situações perigosas. A vivência dessa emoção provoca uma sensação de grande tensão em paralelo a uma preocupação pela própria segurança e saúde.

O medo é a resposta emocional a uma ameaça imediata e, é claro que nem todos experimentam o medo da mesma maneira. Algumas pessoas podem ser mais sensíveis ao medo e certas situações ou objetos podem ser mais propensos a desencadear essa emoção, como no caso de pessoas que sentem medo de altura e outras que gostam de praticar esportes radicais.

4. Nojo

O nojo é uma das emoções básicas conhecidas desde os trabalhos de Darwin sobre a emoção animal. A função adaptadora que o nojo cumpre é rejeitar todos os estímulos que podem provocar uma intoxicação. As náuseas e o mal-estar contribuem para evitar qualquer ingestão danosa para o corpo. Além disso, com o tempo, essa emoção tem ganhado um caráter social de rejeitar os estímulos sociais tóxicos para nós.

Essa sensação de repulsa pode se originar de várias coisas, incluindo um sabor desagradável, visão ou cheiro. Pesquisadores acreditam que essa emoção evoluiu como uma reação a alimentos que podem ser prejudiciais ou fatais. As pessoas também podem experimentar nojo moral, quando observam os outros envolvidos em comportamentos que eles consideram desagradáveis, imorais ou ruins.

5. Surpresa

A surpresa pode ser definida como uma reação causada por algo imprevisto, inédito ou estranho. Ou seja, quando aparece um estímulo que o sujeito não contemplava em suas previsões ou esquemas. A vivência subjetiva que a acompanha é uma sensação de incerteza junto a sensação de ter a mente em branco.

Esse tipo de emoção pode ser positivo, negativo ou neutro. Uma surpresa desagradável, por exemplo, pode ser alguém pulando de trás de uma árvore e assustando você enquanto caminha numa rua escura. Um exemplo de surpresa agradável seria chegar em casa e descobrir que seus amigos mais queridos organizaram uma festa surpresa no seu aniversário.

6. Raiva

Enquanto a raiva é frequentemente vista como uma emoção negativa, às vezes pode ser uma coisa boa. Pode ser construtivo e te ajudar a esclarecer suas necessidades em um relacionamento, e também pode motivá-lo a agir e encontrar soluções para as coisas que estão incomodando.

A raiva pode se tornar um problema, no entanto, quando ela é excessiva ou expressa de maneiras que não sejam saudáveis, perigosas ou prejudiciais para si e os outros. A raiva descontrolada pode se transformar rapidamente em agressão, abuso ou violência e também dificultar a tomada de decisões racionais, podendo até impactar a saúde física e mental.

7. Desprezo

O desprezo é a emoção mais recente considerada pela comunidade científica como a sétima emoção básica humana, passando a pertencer ao grupo de sentimentos que descrevi anteriormente.

A função do desprezo é afirmar status, prioridade e autoridade, por isso, é comum que pessoas inseguras experimentem sentimentos decorrentes dessa emoção. Devido à essas características é considerada uma emoção negativa. Quem sente desprezo pelo outro, desconsidera todas as capacidades e sentimentos desta outra pessoa, e na maioria das vezes, nem sequer se esforça em voltar-se contra ela. No entanto, algo ainda mais intenso pode ocorrer quando sentimos desprezo ou nojo de uma pessoa: a desumanização.

Como a psicoterapia pode ajudar?

As emoções básicas têm como função a defesa de nossa sobrevivência física e emocional. Ou seja, são absolutamente necessárias. O que pode acontecer e fazer tudo dar errado é o acúmulo energético que a emoção (algo que dura apenas alguns minutos) produz em nosso corpo físico e emocional, criando os bloqueios que se transformam em problemas do nosso dia a dia, inclusive, doenças crônicas.

A ciência e a psicologia têm criado métodos e terapias muito eficazes como as terapias para liberar emoções negativas, traumas, compulsões e medos. E essas técnicas também podem atuar, positivamente, melhorando o desempenho nos esportes, concentração, autoconfiança, prosperidade. E também na busca do autoconhecimento e desenvolvimento emocional!

Você consegue lembrar de alguma situação com você ou com alguém que tem dificuldades em lidar com as emoções? Que tal compartilhar esse artigo com essa pessoa? Técnicas de psicoterapia podem ajudá-la!