Redes sociais, haters e o aumento de suicídios.
Redes sociais, haters e o aumento de suicídios.

A internet potencializou a propagação de informação. Vivemos em um mundo inundado por notícias, de diferentes opiniões onde, nem sempre, nos deparamos com comentários positivos e bondosos, pelo contrário, muitas pessoas usam essa ferramenta para destilarem suas frustrações em cima de outras, e não fazem ideia de como seus comentários são recebidos,  principalmente por uma pessoa com depressão.

Haters Gonna hate!

O indivíduo que vive atacando nas redes recebe o nome de hater, termo atribuído à pessoas que fazem uso da internet com intuito de fazer críticas, desde as mais leves, até as mais severas. Tal prática tem acarretado consequências severas, como o suicídio. O caso mais recente foi o de Alinne Araújo, estudante e influenciadora digital (em nosso post anterior comentamos o quadro de Alinne, que apresentava ansiedade e depressão). A estudante já estava com o casamento marcado, no entanto seu noivo mandou uma mensagem um dia antes cancelando tudo. Como tudo já estava pago, assim como a chegada de familiares, a jovem decidiu casar-se consigo mesma, o que acarretou um bombardeio de críticas em sua rede social.

A ação dos chamados haters podem servir de gatilho para atitudes intempestivas de pessoas depressivas. As redes sociais potencializam a perversão e o perverso tem prazer em ferir. Para as ciências da psiquê, a perversão vive no limite com a psicopatia e ambos encontram terreno nas redes sociais. Facebook, WhatsApp e Instagram aumentam a exposição ao cyberbullying, assim como o compartilhamento de comportamentos disfuncionais, como divulgação de métodos de suicídio e minimização dos perigos da anorexia.

Outra via que acentua a depressão na internet, principalmente com adolescentes, é a questão da comparação. O depressivo já está se sentindo menosprezado, ele começa a olhar o que os outros têm e essa comparação o adoece ainda mais.

A crítica pela crítica

Os haters são pessoas com dores não resolvidas ou que sentem prazer em machucar os outros. Quando a gente não gosta de uma coisa, simplesmente para de ver, não precisa denegrir.

No caso da Alinne foram milhares de pessoas caindo em cima e isso pode ser devastador. Muitas pessoas criticam para se sentirem bem diante de uma vida insatisfatória. Tudo na internet é muito rápido e ela deve ter entrado em pânico. 

Resumindo, pensamentos e comportamentos suicidas começam quando indivíduos fragilizados se deparam com eventos estressantes. Eles ficam sobrecarregados com a situação e decidem, com base no seu modo de pensar tendencioso, que o suicídio é a única maneira razoável de parar a dor que estão sentindo. Determinar o que torna os eventos estressantes é difícil, porque todos lidam de maneiras diferentes e têm perspectivas diferentes. O que pode parecer bastante sem sentido para uma pessoa pode parecer devastador ou insuportável para outra. 

Quando sentir que não tem forças para lidar com uma situação estressante, procure ajuda!