Quero abrir essa conversa: você já pensou sobre a menopausa de verdade?

Por muito tempo, falar sobre menopausa era quase um tabu. Talvez porque nossas avós e bisavós não chegassem a viver tanto — e quando chegavam, pouco se falava sobre o que sentiam. Mas hoje, com a expectativa de vida maior e as mulheres aos 50 anos ativas, produtivas e cheias de vida, esse tema deixou de ser “coisa de idade” e passou a ser um capítulo importante do autocuidado feminino.

Tecnicamente, a menopausa é marcada por 12 meses sem menstruar, mas antes dela existe a perimenopausa, e é aí que muitos sintomas começam a aparecer, às vezes sem que a gente entenda de imediato o que está acontecendo.

E os sintomas vão muito além dos famosos “fogachos”. A ciência já identificou mais de 70 sintomas possíveis: dormência, tontura, cansaço, perda de cabelo, esquecimentos, irritabilidade, insônia, ansiedade, até depressão. Tudo isso acontece porque, com a perda da função dos ovários, os níveis de estrogênio, progesterona e testosterona caem, e essa flutuação hormonal bagunça o corpo e a mente.

A Dra. Olivieri (@dra.olivieri) médica especialista, sempre reforça a importância de não ignorar esses sinais em suas edes sociais:

Muitas mulheres deixam de se movimentar, negligenciam os exames e demoram a buscar ajuda, quando a reposição hormonal e o acompanhamento correto poderiam devolver qualidade de vida”.

Dra. Dra. Juliana Olivieri – Ginecologia Endócrina

A boa notícia é que hoje sabemos muito mais. A psicologia ajuda a compreender essas mudanças, acolher as emoções, fortalecer a autoestima e cuidar da saúde mental nesse processo. E, junto ao acompanhamento médico, a reposição hormonal pode ser uma aliada importante em muitos casos.

E os parceiros? Eles também têm um papel fundamental: entender, acolher e caminhar junto. Esse é um momento que pede diálogo, paciência e parceria.

Eu gosto de olhar para a menopausa não como o fim de uma fase, mas como o começo de uma versão mais consciente e dona de si mesma. É um convite para se reconectar com o corpo, com as emoções e com a vida que segue pulsando — porque ela continua, linda e cheia de possibilidades.

E você, já conversou abertamente sobre isso com alguém?

Sou Joana Santiago – Psicóloga