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Imagine que você é um atleta de alto rendimento. Treina várias horas por dia, se alimenta regradamente sob orientação de profissionais, tem acompanhamento físico sete dias por semana, entre vários outros cuidados e obrigações. Seu corpo está totalmente preparado para os desafios do esporte. Mas e sua mente? Não é tão importante para o sucesso quanto o desempenho físico?

É aí que entra a Psicologia do Esporte, uma ciência que vem contribuindo para a otimização da performance de atletas e equipes. Segundo Benno Becker Jr, presidente da Sociedade Brasileira de Psicologia do Esporte, a ciência tem por finalidade investigar e intervir em todas as variáveis que estejam ligadas a praticantes de modalidades esportivas e seu desempenho.

E, assim como qualquer ser humano, não faltam variáveis que possam comprometer o desempenho e a vida de atletas de alto nível. Nomes como os dos jogadores de futebol Jobson, do nadador Ian Thorpe, do surfista Andy Irons, entre vários outros, tiveram carreiras encurtadas ou comprometidas por desordens psicológicas. As causas variam muito de caso para caso, como por exemplo, ansiedade e depressão.

Em sua autobiografia, o goleiro italiano Gianluigi Buffon revela: “Não estava satisfeito com minha vida e com o futebol e, portanto, com o meu trabalho. Minhas pernas tremiam. Conheci um buraco negro na alma durante seis meses. Caí em depressão e fui atendido por um psicólogo”.

Qual seria o motivo para um dos goleiros mais bem pagos e vitoriosos do mundo cair em depressão? É por isso que a Psicologia do Esporte tem ganhado cada vez mais espaço no meio. Ela visa compreender melhor as demandas do esporte para assim ajudar o atleta a se conhecer melhor, identificar seus próprios mecanismos psicológicos e crescer.

Você concorda que o lado psicológico é tão importante quanto o lado físico?

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