O transtorno opositor desafiador (TOD) é um distúrbio que ocorre na infância e adolescência e provoca sintomas como comportamento desafiador e impulsivo, dificuldade de lidar com frustrações, teimosia, entre outros. Ele geralmente surge antes dos 8 anos de idade, mas também pode ser diagnosticado em crianças mais velhas ou adolescentes.
É preciso atenção para saber diferenciar os sinais do transtorno de comportamentos comuns nessa faixa etária. Durante o desenvolvimento, é normal observar certos comportamentos desafiadores nas crianças – como as chamadas “birras”, por exemplo. O que, então, indica que a criança pode ter um transtorno?
O comportamento opositor e desafiador é comum em crianças em determinados estágios do desenvolvimento, como na adolescência, e em algumas situações estressantes, como conflitos familiares ou dificuldades escolares; ele também pode ser causado por outros fatores, como transtornos de ansiedade, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) ou transtorno de conduta.No entanto, o TOD é caracterizado por um padrão persistente de comportamento desafiador, que é mais severo, frequente e duradouro do que o comportamento observado na maioria das crianças na mesma faixa etária. O diagnóstico é baseado em uma avaliação cuidadosa da história do comportamento da criança, que inclui informações sobre a duração e gravidade do comportamento desafiador, bem como as circunstâncias em que ocorre.
Como lidar com as situações desafiadoras
Na psicologia, o tratamento do TOD foca em ajudar a criança ou adolescente a desenvolver habilidades para regular suas emoções e melhorar sua interação com os outros. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é frequentemente utilizada para ensinar estratégias de manejo da raiva, resolução de problemas e desenvolvimento da empatia. Além disso, o envolvimento dos pais e cuidadores no processo terapêutico é fundamental, já que eles aprendem técnicas de comunicação eficaz e disciplina positiva para lidar com os comportamentos desafiadores de maneira construtiva.
Como é feito o diagnóstico e o tratamento do transtorno opositor desafiador
O diagnóstico do Transtorno Opositivo Desafiador (TOD) é realizado por um neurologista infantil, psiquiatra ou psicólogo, após uma avaliação completa da criança, que pode incluir entrevistas e testes de comportamento. O tratamento adequado e precoce pode trazer uma melhora significativa, sendo essencial entender que esses comportamentos não são simples “birras”, mas parte de um transtorno que exige atenção. A terapia comportamental e familiar, junto com o possível uso de medicação, é eficaz no manejo do TOD, e o envolvimento dos pais é crucial para o sucesso do tratamento.
Sou Joana Santiago – Psicóloga