Mudanças de emoções e sentimentos são comuns na transição da pré-adolescência para a adolescência devido às flutuações hormonais que influenciam o humor, a felicidade, a tristeza e o estresse. Esses hormônios incluem endorfina, dopamina, serotonina e ocitocina.
Além disso, os adolescentes enfrentam transformações corporais que podem afetar sua autoestima, autoconfiança, interação social e desempenho escolar.
Nesse período, eles também começam a sentir pressão social sobre seu futuro. Muitas vezes, essa pressão é interna, baseada na crença de que precisam fazer tudo certo para serem bem-sucedidos. Pensamentos sobre o que pais, colegas e professores irão pensar tornam-se frequentes.
Além disso, na adolescência, começam a questionar quem são, qual é seu papel no mundo e como a sociedade funciona, ou seja, iniciam a descoberta de sua própria identidade.
Para que possam se sentir mais confiantes, focados em seu futuro e passar por essa fase de maneira mais tranquila, os estudantes precisam aprender a gerenciar suas emoções. Desenvolver habilidades socioemocionais é essencial para que se tornem adultos funcionais, equilibrados, competentes e éticos.
Encare suas emoções
São muitas coisas que podem ser feitas quando as emoções estão atrapalhando a vida, mas é importante colocar as emoções em um contexto construtivo. Cada uma delas tem uma função, comunicam e motivam, ajudam a identificar quando algo significativo está acontecendo, ativam e dão energia ao indivíduo para fazer as mudanças necessárias.
Mesmo as emoções mais incômodas e dolorosas têm sentido de existirem e as pessoas precisam conhecê-las e aprender a escutar a informação que elas trazem. A sugestão para isso é observar qual é a experiência pela qual os sentimentos estão respondendo e consultar, sem julgamento, antes de decidir como agir. Mas é claro, com a ajuda de um especialista.
O autocontrole promove imensos benefícios, e aprender a lidar com o desequilíbrio emocional e aumentar a empatia pode ajudar os adolescentes a ficarem mais aptos em suas habilidades de autorregulação.
https://joanasantiago.com.br/wp-content/uploads/2024/06/25.08-destaque.png334513Joana Santiagohttps://joanasantiago.com.br/wp-content/uploads/2016/04/JOANA-SANTIAGO-LOGO-300x120.jpgJoana Santiago2024-06-21 16:28:492024-06-21 16:28:51Emoções e sentimentos na adolescência
Na maioria das vezes, a insegurança está ligada a uma dificuldade da pessoa em acreditar em si e no seu potencial. Por isso, muitas vezes, existem crenças ligadas ao medo de não ser capaz, medo de não obter sucesso ou de ter a sua vulnerabilidade exposta de alguma maneira.
“Não sou tão bom quanto fulano”
“Não consigo me destacar no trabalho”
“Tenho medo de tomar a decisão errada”
“Será que não serei criticado por minha atitude?”
Frases como essas representam o sentimento de incapacidade e de não merecimento, que pode levar a pessoa insegura a desenvolver problemas relacionados a sua autoestima (como é vista pelos outros) e autoimagem (como ela própria se vê).
Todos nós podemos sentir insegurança em algum momento da vida e em intensidades diferentes. O que separa, no entanto, uma insegurança funcional (que te prepara para a situação), de uma insegurança disfuncional é o sofrimento emocional e prejuízo em geral que te causa.
Ou seja, o nível de sofrimento e a paralisação de desejos e projetos diante da insegurança é o que vai predizer a necessidade de buscar ajuda para lidar com os prejuízos que a acompanham.
A insegurança é um sentimento caracterizado pelo mal-estar generalizado, ansiedade ou nervosismo associado à percepção negativa de si mesmo. A pessoa insegura se enxerga como inexperiente, inábil, vulnerável e fraca. Ela acredita não ser capaz de encarar os desafios da vida com a cabeça erguida, recorrendo a mecanismos de defesa para mascarar a sua falta de segurança.
Essa autoimagem negativa acarreta muito sofrimento ao longo da vida. A pessoa insegura pode desistir de oportunidades bacanas ou de sonhos em virtude da insegurança. Também pode encontrar dificuldades para formar laços de amizade, se destacar profissionalmente e ter um relacionamento sério.
Esse sentimento destruidor de autoestima não possui fundamento. Todas as pessoas possuem atributos fortes e fracos, performando com excelência em certos campos de atuação e faltando com habilidade em outros.
Em contrapartida, é interessante pensarmos que a insegurança é algo inerente ao ser humano e, quando em níveis normais, pode ser muito útil, pois o ligeiro aumento no nível de ansiedade e a agitação fazem com que a pessoa automaticamente encontre meios e ferramentas para enfrentar a situação e seguir adiante. Portanto, nesse nível a insegurança e suas emoções decorrentes exercem um papel protetor. O problema está quando a ansiedade e agitação decorrentes dessa insegurança são muito elevados a ponto de prejudicar a pessoa.
Vejamos um exemplo simples: imagine que uma pessoa foi incumbida pelo chefe para conduzir um importante projeto na empresa, sendo uma grande oportunidade para aquela pessoa aumentar sua exposição e mostrar seu trabalho. Ela tem potencial técnico para executar a tarefa, porém sente-se demasiadamente insegura ao ponto de que sua ansiedade subiu para níveis muito superiores, fazendo com que ela não se sinta capaz de executar a tarefa.
O medo acaba tomando conta e a pessoa não consegue raciocinar para fazer um bom trabalho. Ou seja, a insegurança excessiva acabou atrapalhando a vida daquela pessoa.
Como lidar com a insegurança?
Uma dica importante para lidar com a insegurança emocional é procurar suporte psicológico. Com apoio profissional, é possível identificar fatores que colaboram com o desenvolvimento do problema.
Traumas de infância, vivências recorrentes e outras situações podem ser trabalhadas, visando superar as barreiras mentais que impedem seu desenvolvimento pessoal e profissional. Porém, existem outras medidas que ajudam nessa trajetória e podem ser feitas com apoio terapêutico:
1. Praticar o autoconhecimento
O autoconhecimento consiste em refletir e avaliar a história da sua vida, pontos fortes e fracos, maneiras de se relacionar com as pessoas e agir diante de diferentes situações, entre outros fatores. A partir disso, você terá a possibilidade de encontrar as inseguranças existentes, as principais causas e medos relacionados. Identificando as origens do problema, é mais fácil procurar soluções.
2. Elevar a autoestima
A insegurança emocional tem bastante relação com a autoestima, então é essencial trabalhá-la para combater o problema. Sabemos que essa não é uma tarefa simples, mas existem dicas que podem ajudar nesse caminho. Confira:
trabalhe uma postura mais positiva sobre você;
evite comparações com outras pessoas;
reduza o uso de redes sociais;
seja compassivo com seus erros;
avalie o que funciona na sua rotina;
não generalize suas experiências — novas oportunidades podem mudá-las.
3. Avaliar crenças limitantes e objetivos pessoais
Você sabe o que são crenças limitantes? Elas são questões que impedem você de realizar determinadas tarefas ou objetivos por não acreditar em si. Portanto, é necessário fazer reflexões para entender quais se aplicam em sua vida, relacionando-as com seus objetivos pessoais.
Dessa maneira, você pode trazer maior racionalidade para cada questão e combater as crenças limitantes, criando caminhos e estratégias específicas que ajudarão nas conquistas, mostrando que isso é realmente possível.
Agora que você sabe o que é insegurança e como lidar com o problema, tenha atenção aos sintomas e procure apoio profissional. Seguir essas dicas sozinho não é tarefa simples! Isso ajudará a melhorar a autoestima e ter mais qualidade de vida.
Depois de dois anos de uma pandemia intensa e de reclusão social, todos nós estamos retornando aos ambientes escolares e de trabalho. E voltam todos enfrentando as consequências do isolamento nas relações sociais e na saúde emocional nesse período, e com questões que precisam ser avaliadas e superadas, além da atenção às novas formas de ensino e trabalho que surgiram nos últimos anos.
O Brasil foi o país que manteve escolas fechadas por mais tempo durante a pandemia. E além de trazer mudanças significativas para a rotina de crianças, adolescentes e suas famílias, esse fato também chamou atenção para a importância de se falar sobre saúde mental dos mais novos. Tristeza, medo, angústia, crises de choro: mais da metade dos jovens brasileiros disse ter sentido um ou vários desses sintomas ao longo dos últimos 18 meses.
Os casos de transtornos mentais nesse período subiram, de acordo com um levantamento feito pela Unicef, e as sequelas nesses grupos podem reverberar por muitos anos. Por isso, a entidade faz um apelo para que governos, educadores e familiares criem uma cultura de escutá-los com mais empatia.
Os mais novos foram prejudicados pelo tempo que ficaram longe da escola e dos espaços de convivência, e, no Brasil, muitos não tiveram nem a tecnologia como aliada para manter os estudos e a troca social em dia.
Crianças e adolescentes viram a renda familiar sendo diminuída, sentiram insegurança alimentar e o luto de perder alguém próximo. Passaram, então, a ter dificuldade de planejar o futuro.
Como acolher crianças e adolescentes
Vale dizer que a saúde mental dos jovens já era um problema global antes da pandemia. O suicídio é uma das principais causas de morte na adolescência no mundo. O isolamento só deixou essas questões mais a mostra.
Somos uma sociedade centrada no adulto, que dá pouco valor à fala da criança e do adolescente. Precisamos ouvi-las de forma mais empática e sem julgamentos. Precisamos mais do que nunca de acolhê-los.
Ansiedade e mudanças de comportamento
Entre os principais transtornos mentais, estudos apontam que a ansiedade tem sido mais recorrente entre crianças nesse período de pandemia.
Os principais sintomas das crianças ansiosas são, ainda, preocupações excessivas e expectativas descoladas da realidade, fixação em ideias negativas e dificuldade de memória e atenção.
Se os sintomas são persistentes e atrapalham a qualidade de vida da criança, o ideal é procurar ajuda.
Falar é difícil, mas ajuda
Muitos pais classificam certos comportamentos como naturais e decorrentes de fases da vida da criança ou jovem. Os desafios que os jovens encaram quando sentem necessidade de entender sua personalidade e individualidade para além da estrutura familiar, levam a uma internalização e a busca por mais contato com o grupo e menos com a família. Porém, o alerta para os pais deve soar quando há prejuízos grandes na interação, no sono, na alimentação ou um abuso de substâncias.
Saber se doar e escutar a criança e o adolescente, é essencial para o equilíbrio de uma vida familiar mais saudável.
Você já se pegou em dúvida, pensando dali, pensando daqui, com dificuldade em fazer escolhas, perguntando a opinião de várias pessoas e só resolve mesmo no último minuto? E até culpa seu signo por isso? Se você se identificou, comece a ler o texto, ele é para você!
O medo de errar, de não conseguir arcar com as consequências da escolha e se sentir culpado por isso, podem nos paralisar, nos deixar ansiosos e com uma sensação de incapacidade, não é mesmo? No entanto, vale lembrar que a não decisão também é uma decisão e não isenta ninguém de sua responsabilidade, pelo contrário. Há males imensos que decorrem da falta de decisão.
Mas não é só de decisões importantes que a vida é feita. Muitas são rotineiras como a roupa que vamos vestir, a comida que faremos no jantar, ler um livro ou ver uma série na televisão, sair ou ficar em casa no fim de semana. Embora a maioria de nós tire de letra essas pequenas escolhas do dia a dia, há quem se sinta dividido entre elas. Existem alguns motivos para isso: insegurança, excesso de perfeccionismo e hábito de procrastinar.
Nem sempre existe certo e errado na hora de tomar uma decisão. Muitas vezes são apenas possibilidades que podem nos levar para diferentes caminhos. Ainda assim, errar é o maior temor de muitas pessoas e por esse motivo elas relutam em arriscar. Mas não deveriam porque essa é uma das melhores formas de vencer a indefinição. Arriscar pode ser um modo de enfrentar o medo da escolha. Não é fácil porque significa ganhar ou perder, acertar ou errar. Mas é importante aprender lidar com os erros. Nessas horas vale fazer psicoterapia, ouvir a opinião de especialistas e pedir conselhos para pessoas próximas, mesmo sabendo que a decisão final será sua.
Nem todas as decisões requerem uma divagação aprofundada. Na verdade, a maioria das escolhas é simples e pontual, necessárias somente para nos ajudar a progredir de uma situação para outra.
Para ajudá-lo a determinar quão indeciso você é, confira mais alguns comportamentos de pessoas que não conseguem se decidir:
Pedir a opinião de pessoas queridas ou de conhecidos antes de tomar uma decisão;
Refletir longamente sobre os prós e contras de uma situação, mesmo que não apresentem grandes consequências;
Passar o dia remoendo a dúvida sobre ter tomado a decisão correta ou não;
Ficar ansioso a cada nova decisão ou enquanto espera as consequências das mesmas;
Não conseguir se decidir quando recebe muitas opções;
Ter medo de desagradar os outros com suas escolhas;
Sentir-se incomodado quando é obrigado a fazer uma escolha, permitindo que outra pessoa faça;
Falar “pra mim tanto faz” ou “pra mim pode ser” com muita frequência;
Imaginar o cenário que se desenrolaria se você tivesse tomado outra decisão; e
Sentir-se desanimado e frustrado consigo mesmo após demorar para se decidir.
Algumas técnicas para te ajudar a decidir com mais facilidade
Decida com um propósito
Quais são as metas de longo prazo que eu estou almejando? Muitas vezes tendemos a ignorar nossas metas de longo prazo, nossos valores e tomamos decisões que evitarão um desconforto em curto prazo.
Não existem decisões perfeitas
Às vezes nos sentimos paralisados pelo desejo de decidir certo. Queremos tomar decisões perfeitas que tenham resultados perfeitos, sem incertezas e que não representem uma possibilidade de arrependimento.
Rejeite a certeza como um objetivo
Às vezes não precisamos da certeza perfeita ou de resultados perfeitos, precisamos dar tempo ao tempo. Ter dúvidas, não ter perfeição, conviver com a incerteza – todos esses são ingredientes da vida.
Quanta informação é suficiente?
É importante que você saiba quantas informações suficientes são satisfatórias, pois por muitas vezes colhemos tantas informações que só ficamos mais indecisos e negativos.
Encare as decisões como experimentos
Às vezes encaramos nossas decisões como exame final em que poderíamos passar ou ser reprovados. Ao começar a encarar o processo de tomada de decisão como um experimento, estamos colhendo informações e aprendendo com os resultados.
Através da psicoterapia, é possível conquistar segurança para decidir por sua vontade própria e benefício individual. A escolha de uma faculdade, decisões sobre relacionamentos, mudanças de cidade ou início de projetos são temas que podem ser levados à psicoterapia e discutidos em conjunto com o psicólogo, por exemplo.
Ele te ajudará a perceber todas as questões que envolvem sua escolha, as consequências, seus desejos e também a compatibilidade da ideia com os seus planos de vida e personalidade. Vale a pena!
https://joanasantiago.com.br/wp-content/uploads/2022/02/02.02-destaque.png334513Joana Santiagohttps://joanasantiago.com.br/wp-content/uploads/2016/04/JOANA-SANTIAGO-LOGO-300x120.jpgJoana Santiago2022-02-03 17:17:512022-02-03 17:17:53FAÇA SUAS ESCOLHAS SEM MEDO
Construir autoconfiança e autoestima é um processo que demanda esforço, coragem e muita paciência. A autoconfiança se baseia na autoestima, dignidade e na percepção da própria capacidade.
Muitas vezes estamos mais preocupados com o que os outros pensam de nós do que com o que pensamos de nós mesmos. William Becker, um padre e escritor de meados do século XX, alertou seus leitores:
“Nunca preste atenção ao que as pessoas pensam de você. Afinal, elas podem superestimar ou subestimar você! Até que eles determinem seu verdadeiro valor, seu sucesso depende principalmente do que você pensa sobre si mesmo e se você acredita em si mesmo. Você pode ter sucesso mesmo quando ninguém acredita nisso, mas você nunca terá sucesso se não acreditar em si mesmo.”
Autoconfiança significa que uma pessoa é capaz de lidar com várias tarefas e problemas que a confrontam. A pessoa se mantém segura e confiante em meio a outras pessoas e está consciente sobre isto. Tendo confiança em si mesma, ela atinge seus objetivos, confia em suas habilidades e age energicamente.
Já para uma pessoa insegura, é difícil alcançar o que realmente quer. Quando constantemente se tem dúvidas do tipo: “eu posso fazer isso?” ou “É uma tarefa grande demais para mim mesma?”, é difícil se decidir e começar agir. Muitas vezes, essa pessoa nem sabe o que realmente precisa. De fato, o sucesso depende de quão autoconfiante a pessoa é, e secundariamente, da disponibilidade de habilidades e talentos.
É por isso que vale a pena o esforço e o tempo para desenvolver as habilidades que são importantes para a vida.
Sim, sim, você leu certo, para desenvolvê-las. Afinal, a autoconfiança é uma habilidade. E, como qualquer outra habilidade, pode e deve ser desenvolvida! Cada pessoa pode ter confiança em si mesma e em suas habilidades. Requer apenas um pouco de trabalho e mudança de hábitos — pare de se preocupar e de se culpar. E comece a respeitar suas necessidades e desejos.
Como você pode ver, desenvolver a autoconfiança é um trabalho complexo e de longo prazo. Para fazer este tipo de trabalho, é necessário um motivo interno muito forte – um desejo quase irresistível de alcançar a mudança.
Não sem razão, a maioria das pessoas chega à psicoterapia apenas em um estado de crise aguda — quando a vida já se torna insuportável.
Mas, com a atitude certa, esse trabalho nos transforma de uma maneira fascinante, que compensa todo o esforço. Afinal, em essência, o desenvolvimento da autoconfiança é a busca e compreensão dos próprios sonhos e objetivos.
Então, se você luta para desenvolver um senso forte e saudável de si mesmo, você não está sozinho, e não há nada para se envergonhar. De fato, você poderia muito bem se beneficiar da psicoterapia e se tornar mais uma história de sucesso. Você pode entrar em contato para consultas presenciais ou online a qualquer momento e mudar sua vida hoje!
https://joanasantiago.com.br/wp-content/uploads/2019/05/22-destaque.jpg334513Joana Santiagohttps://joanasantiago.com.br/wp-content/uploads/2016/04/JOANA-SANTIAGO-LOGO-300x120.jpgJoana Santiago2019-05-22 12:24:542019-05-22 12:26:39Autoconfiança e autoestima: por que você precisa dessas habilidades?
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