Quais as causas quando alguém que parece ter tudo tira a própria vida?
Robin Williams, Aviici, Chester Bennington, Chris Cornell, Anthony Bourdain, Kate Spade, Dolores O’Riordan, Heath Ledger, Cory Monteith. O que esses famosos têm em comum além do talento em suas respectivas profissões? Todos eles se suicidaram.É comum se perguntar: por que pessoas como eles, ricos e famosos, teriam motivos para tirar a própria vida? A resposta é pertinente: a depressão.
No post anterior, revelamos que, segundo uma pesquisa realizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), as maiores causas do suicídio são a depressão, transtorno afetivo bipolar, dependência química, esquizofrenia e transtornos da personalidade. A maior causa continua sendo a depressão, com 30% dos casos.
Para piorar, o risco de pessoas comuns copiarem famosos que se suicidaram já é conhecido e discutido pelas autoridades de saúde pública. A revista científica norte americana PLOS One revelou que, de acordo com um levantamento realizado, cinco meses depois do suicídio do ator Robin Williams houve 10% mais casos que o esperado para o período. E uma das causas pode ser a exposição errada e excessiva da mídia na cobertura do acontecimento. Tanto que a Organização Mundial da Saúde (OMS) e vários manuais de imprensa, aconselham veículos de comunicação a não entrarem em detalhes sobre os métodos usados pelas pessoas que se suicidaram. No caso do Robin Williams, pesquisadores afirmam que foram encontradas “evidências substanciais” de que vários veículos violaram essa diretriz.
“Quanto mais pessoas ficarem sabendo de detalhes específicos, haverá, potencialmente, mais casos de identificação (com a decisão de se suicidar).” É o que afirma David Fink da Escola de Saúde Pública da Universidade de Columbia. E a melhor forma de evitar que isso aconteça é através da informação.
No Brasil, o CVV, Centro de Valorização à Vida, presta desde 1962 um serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo e anonimato.
Uma das voluntárias, Eliane Mota, afirma que “O suicídio mata pelo menos 1 brasileiro a cada 45 minutos. É um problema sério e pouco falado, pois é cercado de tabus. É importante falarmos abertamente sobre o assunto, sem preconceitos, seja dentro de nossos lares, no ambiente de trabalho, nas escolas, igrejas e roda de amigos”.
O atendimento do CVV pode ser feito pelo telefone 188 (sem custo e 24 horas), pelos postos de atendimento físicos ou pelo chat do site www.cvv.org.br. São realizados mais de 2 milhões de atendimentos anuais, por aproximadamente 2.400 voluntários, localizados em 19 estados mais o Distrito Federal.
Você saberia identificar sinais de depressão em seus amigos e familiares? Fale comigo!