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O cérebro não consegue mais raciocinar, solucionar problemas e visualizar coisas boas. Ele precisa, de fato, descansar!

Talvez uma das maiores dificuldades atuais seja aliar saúde e alto desempenho profissional. Afinal, com o ritmo frenético de atividades realizadas, a sobrecarga passa a fazer parte da rotina e é aí que os problemas começam.

As horas de expediente nunca parecem dar conta de todos os problemas que precisam ser resolvidos. Fora do trabalho, você procura ser o marido ou a esposa modelo, o pai ou a mãe do ano, o amigo ou a amiga de todas as horas.

Ah! E ainda tem que resolver todas as suas questões pessoais….ufa, não há ser humano que consiga dar conta disso tudo sem, ao final do dia, estar com aquela sensação de que precisa de férias imediatas para hibernar!

Mente cansada

O cansaço mental é um processo de desgaste, que ocorre, principalmente, em função do estresse e do excesso de informações que o nosso cérebro recebe. Em tempos de redes sociais, notificações e multi-telas, o ser humano vive soterrado de informações que invadem os sentidos diariamente e, nem sempre, são informações imprescindíveis.

Mesmo que não sejam importantes, essas informações desgastam a nossa atenção por termos que lidar com vários estímulos diários. Então, é notório o aumento de casos de estresse e transtornos de ansiedade em função do modo de vida que o ser humano está tendo, sempre sobrecarregado.

Uma hipótese é a de que esse processo de desgaste está ligado, sobretudo, ao nosso estoque de energia mental. Ao longo do dia, nos baseamos em um limite de recursos que nos fazem ter o que chamamos de “força de vontade” e “autocontrole”. Ou seja, disponibilizamos determinada energia para realizar nossas tarefas e metas. Quando esgotamos esse recurso, nos sentimos cansados.

Se temos energia disponível para realizarmos as tarefas, qual o motivo de nos sentimos tão exaustos no fim do dia? A resposta pode estar na tensão que é criada quando, sobrecarregados, perdemos o interesse em realizar as atividades.

Mas você sabe a diferença entre cansaço mental, fadiga e Burnout?

Esses termos estão aparecendo regularmente e, às vezes, indistintamente. No entanto, eles não significam a mesma coisa. Pensamos em aproveitar a oportunidade para definir cada um em relação ao local de trabalho, pois eles impactam nossa saúde mental de maneiras diferentes. Pode ser difícil diferenciar cansaço, fadiga e esgotamento, mas um bom indicador é a rapidez com que a recuperação leva. 

Uma boa noite de sono, uma refeição nutritiva e um banho quente costumam aliviar o cansaço. Férias de uma a duas semanas ou licença do trabalho com foco em desligar, desestressar e recarregar podem aliviar o cansaço. A fadiga requer um esforço mais consistente para lidar com o estilo de vida subjacente, os fatores de bem-estar e pode levar vários meses para ser superada. 

O Burnout é mais difícil de tratar, pois depende da intensidade e da duração do burnout, da qualidade da recuperação e da situação geral da pessoa que o vivencia. Para alguns, um plano conjunto elaborado entre eles e seu gerente pode ser o suficiente para começar a se sentir no topo das coisas novamente. Outros podem precisar mudar completamente de empresa ou carreira e começar do zero. Alguns podem precisar de aconselhamento adicional ou para desenvolver novos mecanismos de enfrentamento, como uma prática regular de meditação, uma rotina de relaxamento e até mesmo novos hobbies. 

Respeite os sinais do seu corpo

Tanto a fadiga quanto o esgotamento podem terminar em uma sensação de exaustão física e mental; a fadiga pode ser causada por uma variedade de fatores, desde o estilo de vida até o ambiente, enquanto o esgotamento é causado por períodos prolongados de estresse emocional e frustração. Já no caso de Burnout, você precisa de ajuda terapêutica psicológica. Só ela apresenta muitos benefícios e proporciona ferramentas eficazes para compreender a natureza destes males.

Entender sobre o que acaba com a nossa energia mental importa, pois quando estamos mentalmente exaustos, tendemos a estar mais dispersos e descuidados. Ainda, quanto mais aprendermos sobre a fadiga, mais chances temos de construir uma rotina equilibrada e prazerosa, inclusive no trabalho.

Sou Joana Santiago – Psicóloga

É comum que as pessoas vivam crises existências em algum momento das suas vidas.

Quase todo mundo, em algum momento da vida, vai passar (ou já passou) por uma crise existencial. Essa sensação de perda do sentido e o constante questionamento sobre a própria existência traz ao indivíduo uma enorme angústia, que pode até desencadear ansiedade e atrapalhar o convívio social.

Existem cinco principais preocupações existenciais que vamos nos deparar em algum momento da vida: morte, significado da vida, isolamento, identidade e liberdade. Todas elas resultam do embate entre nossas motivações humanas básicas e a realidade ambígua que vivemos.

Mas afinal, o que nos faz passar por uma crise existencial? Que tipo de acontecimentos desencadeiam esse sentimento de dúvida e todos os conflitos internos que vivenciamos?

Uma crise existencial se refere a sentimentos de mal-estar sobre o significado, a escolha e a liberdade na vida. Quer seja referida como uma crise existencial ou ansiedade existencial, as principais preocupações são as mesmas: que a ideia é que a vida é inerentemente sem sentido, que nossa existência não tem sentido porque há limites ou fronteiras nela, e que todos devemos morrer algum dia.

A ansiedade existencial tende a surgir durante as transições e reflete a dificuldade de adaptação, muitas vezes relacionada à perda de proteção e segurança. Por exemplo, um estudante universitário que está se mudando de casa ou uma pessoa adulta passando por um divórcio difícil pode sentir que o alicerce sobre o qual sua vida foi construída está desmoronando. Isso pode levar a questionar o significado de sua existência.

Para os existencialistas, uma crise existencial é considerada uma jornada, uma tomada consciência, uma experiência necessária e um fenômeno complexo. Surge de uma consciência de suas próprias liberdades e como a vida vai acabar para você um dia.

Reconhecendo uma crise existencial  

Uma crise existencial tende a surgir a partir de algum acontecimento impactante e traumático. Porém, cada pessoa sente e age de forma muito particular e distinta diante dessas situações e, por isso, os sintomas, principalmente os de fundo emocional, podem variar bastante de acordo com as experiências de cada um e com momentos da vida. Portanto nesse momento, buscar ajuda profissional de um psicólogo é fundamental!

Ainda assim, certos sinais recorrentes apontam para o surgimento da crise existencial, sendo os mais comuns:

  • estafa mental
  • ansiedade
  • necessidade de isolamento
  • desânimo constante
  • pessimismo e insatisfação
  • alterações no apetite
  • sono desregulado
  • sentimento de incapacidade
  • ausência de objetivos e incertezas sobre o futuro
  • dúvidas e questionamentos sobre a própria personalidade

A crise de meia-idade

O termo crise da meia idade foi formulado por Elliott Jaques, um médico canadense, que descreveu as dificuldades emocionais que algumas pessoas costumam passar entre os 45 e 55 anos. Essa fase da vida pode ocasionar insegurança, ansiedade e baixa autoestima.

Essas dificuldades, que podem gerar uma crise existencial, são desencadeadas por diversos fatores:

  • alterações hormonais
  • crises profissionais
  • casos extraconjugais
  • síndrome do ninho vazio
  • morte de parentes ou amigos próximos

De qualquer modo, a crise da meia-idade se origina na mesma fonte da crise existencial,
o questionamento. Só que neste caso, a crise apenas aparece como o produto de um acúmulo de estresse e cobranças ao longo de anos, geralmente inseridos em um projeto pessoal de casamento, sucesso profissional ou comodismo.

Quando tudo isso é associado às expectativas concentradas sobre uma única pessoa, ou seja,  o(a) “provedor(a)” da casa, essa pressão pode levar inclusive a um desgaste mental profundo (burnout).

Como superar a crise existencial?

Algumas pessoas podem ter dificuldades de lidar com os sentimentos que essa fase desperta e com as questões que a envolvem. Diante dessa dificuldade, pode ser necessário buscar apoio psicológico através de psicoterapia. O trabalho do psicólogo, que é um profissional capacitado para orientar sobre a forma de lidar com os sentimentos e adversidades, ajudará a resolver problemas que parecem não ter solução.

De todo modo, é importante que a pessoa que se vê diante dos dilemas existenciais entenda que nunca será possível ter todas as respostas para todas as dúvidas e que não há problema nisso!

É fundamental entender as razões de todos os sentimentos conflitantes despertados na crise. A partir de disso se dá o primeiro passo rumo à solução de boa parte dos questionamentos e do reencontro com o equilíbrio emocional que ficou abalado em algum momento.

Sou Joana Santiago – Psicóloga