Os transtornos mentais e do comportamento são problemas clinicamente significativos que se caracterizam por uma alteração de modos de agir, de lidar com o outro, de humor e/ou uma alteração de funções mentais.
A família é nossa base e a primeira referência de proteção e socialização de qualquer indivíduo. É ela que nos orienta sobre os primeiros passos nas relações sociais e afetivas. A presença do transtorno mental no ambiente familiar é um choque que causa mudanças nos hábitos e rotinas da família, visto que, junto com o diagnóstico podem surgir outros fatores relacionados, como o preconceito e a exclusão da pessoa em questão.
Além do baque com o diagnóstico, todos na família passarão por um período de adaptação, o que pode produzir sobrecarga, dúvidas, conflitos, medo e insegurança, acarretando em desgaste físico e mental.
O convívio com um familiar com transtorno mental propicia mais situações de:
⦁ Problemas de relacionamento
⦁ Estresse
⦁ Dependência
⦁ Recaídas
⦁ Extremismos comportamentais
A importância familiar nos casos de transtorno mental, vai além do cuidado e apoio ao paciente. A família se torna parte do tratamento, ajudando através de atitudes e gestos no convívio social, sanando dúvidas, acolhendo e até acompanhando o diagnosticado nas consultas ao psicólogo e/ou psiquiatra.
Um ambiente inadequado pode ser nocivo a quem tem sofrimento psicológico, intensificando os conflitos internos e, com isso, dificultando cada vez mais o progresso do tratamento.
O suporte da família é a base para uma boa condição emocional do paciente, tanto para prevenir crises repentinas, quanto para sua total recuperação. Agindo da forma correta, a família se torna o pilar de uma nova vida, colaborando na adequação ao tratamento e sua melhora. É válido ressaltar que, em diversos casos, parentes do indivíduo diagnosticado com transtorno mental também necessitam de apoio psicológico, pois é na psicoterapia que irão lidar com seus sentimentos e aprenderão a lidar com os problemas de relacionamento e estresse do dia a dia. Assim, não há sobrecarga para os familiares e nem para o paciente.
Cuide de si para cuidar do próximo!