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Feminicídio não é um acontecimento isolado. É resultado de uma cultura que normaliza o controle, valida o ciúme, romantiza a posse e silencia pedidos de ajuda.

Falar sobre feminicídio não é apenas falar de estatísticas.
É falar de histórias interrompidas, de vidas que não deveriam ter sido perdidas e de uma cultura que, muitas vezes, sustenta a violência sem perceber.

Como psicóloga, vejo o impacto emocional dessa realidade na vida de tantas mulheres.
Mas hoje, mais do que acolher essa dor, preciso fazer um convite importante — especialmente aos homens.
Por isso, quando falamos de prevenção, não estamos falando apenas de leis ou números: estamos falando de consciência social.

Muitos acreditam que feminicídio é um episódio extremo e distante. Mas a verdade é que ele começa muito antes: no silêncio diante de uma piada machista, na minimização de um comportamento abusivo, na crença de que “não é problema meu”, na falta de intervenção quando um amigo passa dos limites, na normalização do controle e do ciúme como prova de amor.

A violência que tira vidas é construída por comportamentos que passam despercebidos todos os dias.

E é por isso que vocês, homens, têm um papel essencial. Não como culpados individuais, mas como agentes de transformação dentro dos espaços onde outros homens escutam vocês.

Educar outros homens é um ato de coragem. Interromper piadas, questionar atitudes, acolher mulheres que pedem ajuda, observar sinais de abuso, orientar filhos e adolescentes — tudo isso salva vidas.

Quando vocês se posicionam, a cultura muda.
Quando vocês escutam, a consciência se amplia.
Quando vocês se responsabilizam, a violência perde força.

Porque o silêncio também destrói. E a responsabilidade de construir um mundo mais seguro para as mulheres não é somente delas — é, profundamente, de vocês também, em nome de suas mulheres e de todas!

Se você é homem, reflita sobre o que reproduz, sobre o que ignora, sobre o que permite e sobre o que pode transformar. As mudanças começam em gestos simples, mas consistentes.

E para as mulheres que vivem essa dor ou o medo de chegar a ela, eu quero dizer: você não precisa enfrentar isso sozinha. Procure ajuda. Fale.

Você tem o direito de viver uma vida tranquila, respeitada e segura. Existe ajuda, existe acolhimento e existe caminho.
Eu sigo aqui, com escuta, respeito e responsabilidade.

Sou Joana Santiago – Psicóloga

Um olhar da psicologia para igualdade e reconhecimento da dor histórica

Consciência é sobre presença: eu vejo você, eu escuto você, eu reconheço sua história.

Quando falo sobre consciência, não estou falando apenas de datas comemorativas ou de marcos no calendário. Falo de algo que atravessa nossa forma de viver, de enxergar o mundo e, principalmente, de enxergar o outro.
Como psicóloga, aprendi que consciência é, antes de tudo, escuta — uma escuta que não julga, não apaga e não minimiza a dor de ninguém.

Vivemos em um país onde a população negra carrega uma história marcada por desigualdades, violências e silenciamentos que ainda reverberam no presente. E, quando essas marcas chegam ao consultório, elas não vêm sozinhas: vêm acompanhadas de experiências de exclusão, falta de oportunidades, inseguranças e feridas emocionais que foram profundas demais para cicatrizarem sem cuidado.

Reconhecer essa dor histórica não é sobre culpar indivíduos, mas sobre compreender contextos.
Não é sobre dividir, é sobre humanizar.
E é justamente aí que a psicologia entra como uma ponte.

A psicologia como espaço de acolhimento e dignidade

No processo terapêutico, eu acolho histórias que o mundo muitas vezes insiste em ignorar. Acolho vivências que pedem respeito, validação e segurança. E sei que isso não é neutro; é um posicionamento ético.

Porque falar sobre igualdade não é tratar todo mundo igual.
É compreender que existem trajetórias mais pesadas, caminhos mais longos e barreiras que muitos ainda não reconhecem — justamente porque nunca precisaram enfrentá-las.

Na prática clínica, vejo como a escuta verdadeira pode transformar a forma como uma pessoa se percebe no mundo, e como o reconhecimento da própria narrativa pode trazer de volta algo essencial: a dignidade de existir.

Consciência também é ação

Falar sobre Consciência Negra no contexto da psicologia é assumir que o cuidado emocional precisa considerar raça, história e realidade social.
É entender que não existe saúde mental plena sem enfrentar desigualdades.
É abrir espaço para conversas que, por muito tempo, foram evitadas.

E, quando escolhemos olhar para essas questões com responsabilidade e humanidade, damos um passo importante na construção de um mundo mais justo — dentro e fora do consultório.

O que eu acredito

Acredito na força da empatia, mas não daquela empatia distante e confortável.
Acredito na empatia que nos move, nos ensina e nos faz questionar privilégios, discursos e atitudes.
Acredito no diálogo, na escuta e no reconhecimento.
Acredito que, quando me permito ver o outro em sua profundidade, algo se transforma, em mim e nele.

Porque psicologia também é isso: ver, escutar e acolher para que histórias possam ser reconstruídas com mais respeito, mais verdade e mais consciência.

Que a Consciência Negra nos lembre, todos os dias, da importância de escutar, respeitar e reconhecer histórias que precisam ser vistas com humanidade. Que a gente siga aprendendo, acolhendo e caminhando com mais consciência e empatia.

Sou Joana Santiago Psicóloga

Cada passo emocional é uma conquista — e reconhecer isso é parte do processo de cura.

Às vezes, nos cobramos tanto para “chegar lá” que esquecemos de olhar para os passos que já demos. Cada gesto, por menor que pareça, carrega aprendizado, crescimento e cuidado consigo mesma. Reconhecer essas pequenas vitórias é uma maneira de fortalecer a autoestima e tornar a jornada mais leve e significativa.

Nem sempre o crescimento emocional acontece em grandes saltos. Ele se revela nas pequenas mudanças do cotidiano: respirar antes de reagir, dizer “não” sem culpa, ou se permitir descansar sem sentir que está falhando. Celebrar essas vitórias é entender que amadurecer emocionalmente não é sobre ser perfeito, mas sobre se tornar mais consciente, gentil e verdadeiro consigo mesma.

Por muito tempo, fomos ensinadas a olhar apenas para resultados: a nota mais alta, o corpo ideal, a promoção no trabalho. Mas o que sustenta o crescimento real é o processo — o esforço silencioso de continuar tentando mesmo quando ninguém está vendo.

Eu acredito que a autocompaixão nasce desse olhar. Quando reconhecemos as pequenas conquistas, abrimos espaço para gratidão, leveza e amor próprio.

  • Conseguir dizer “não” sem se sentir culpada.
  • Fazer uma pausa em um dia cheio, apenas para respirar.
  • Pedir ajuda quando antes você se calava.
  • Dormir melhor porque aprendeu a se desligar do que não controla.
  • Escolher se acolher em vez de se criticar.

Esses pequenos gestos emocionais constroem algo muito maior: autonomia, consciência e amor-próprio.

Como reconhecer e celebrar suas pequenas vitórias

Reconhecer o próprio progresso é um exercício de presença. Escrever sobre o que já conquistou, celebrar com algo simples, dividir alegrias com pessoas próximas ou apenas observar como você lida melhor com situações que antes te afetavam, tudo isso ajuda a perceber que há crescimento acontecendo.

Esses momentos de consciência são o que alimentam uma mentalidade de crescimento: a compreensão de que mudar é possível quando há paciência, persistência e gentileza consigo.

Por que celebrar o progresso é tão importante?

Reconhecer as pequenas vitórias não é sobre conformismo, e sim sobre respeitar o processo.
Cada passo dado, mesmo que lento, ativa a sensação de satisfação e estimula a liberação de dopamina, o chamado hormônio do bem-estar.
Isso cria um ciclo positivo: quanto mais você reconhece seu avanço, mais motivada se sente para continuar.

Além disso, celebrar o progresso ajuda a:

  • Reduzir a autocobrança e o perfeccionismo.
  • Reforçar a autoconfiança e a motivação.
  • Tornar o caminho mais prazeroso e possível.
  • Criar uma relação mais leve com suas próprias metas.

Celebrar pequenas vitórias é um exercício de presença. É uma forma de lembrar que, mesmo entre altos e baixos, seguimos construindo uma versão mais inteira de nós mesmas, com coragem, gentileza e verdade.

Se você quiser, pode começar hoje: perceba uma pequena conquista e reconheça o quanto ela é importante. Cada passo dado é um motivo para celebrar.

A terapia pode ser um espaço seguro para enxergar e celebrar essas conquistas, aprendendo a respeitar o seu tempo, acolher as pausas e valorizar o que já floresceu em você.

Sou Joana Santiago – Psicóloga

Cada encontro nosso é um lembrete do porquê escolhi ser psicóloga: acreditar no poder da escuta, no acolhimento e no cuidado contínuo da saúde mental.

Ser psicóloga é um dos maiores privilégios da minha vida. Escolhi essa profissão porque acredito profundamente que cada pessoa merece um espaço para ser ouvida com respeito, carinho e atenção verdadeira. Cada encontro no consultório me lembra do porquê eu amo o que faço: ver alguém se fortalecer, reencontrar a si mesmo e descobrir novas formas de viver com mais leveza.

A saúde mental não pode ser lembrada apenas em um mês do ano. Ela precisa ser cultivada diariamente, no autocuidado, no descanso, no silêncio, na pausa. Prevenir é cuidar de si antes que a dor se torne insuportável. E a terapia é esse espaço de prevenção e acolhimento, onde podemos olhar para nossas emoções com mais gentileza.

Para mim, a psicoterapia não é apenas para os momentos de crise. Ela é como regar uma planta: um cuidado constante que nos ajuda a florescer. A cada sessão, vejo a beleza de quem se permite esse olhar para dentro, e isso me enche de propósito e gratidão.

Ser psicóloga é caminhar junto, oferecer escuta e acreditar na capacidade de cada pessoa de se transformar. E é por isso que sempre digo: cuidar de si é o maior ato de amor próprio que você pode praticar.

Sou Joana Santiago – Psicóloga

Entre polêmicas, debates e viralizações, fica a pergunta que ecoa: o que esse bebê realmente preenche? Um colo, um vazio, uma memória, ou a possibilidade de viver o afeto sem o comprometimento real que uma criança de verdade nos pediria?

Nas últimas semanas, os bebês reborn – bonecos hiper-realistas feitas à mão para parecerem bebês de verdade – ganharam destaque nas redes sociais e na mídia. Embora essa prática exista há décadas, viralizou recentemente após influenciadoras compartilharem suas rotinas com esses bonecos, gerando não só curiosidade, mas também polêmicas, discussões jurídicas e até projetos de lei no Congresso.

Mas o que de fato está em jogo aqui? O que esse movimento escancara sobre nossas relações emocionais, nossas faltas e os vazios que, muitas vezes, tentamos preencher?

Brincar é coisa de criança… ou não?

Do ponto de vista do desenvolvimento emocional, o brincar tem um papel essencial desde a infância. Segundo os fundamentos que compreendemos na psicologia, autores como Piaget, Melanie Klein e Winnicott mostram que o ato de brincar é, na infância, uma ponte entre a fantasia e a realidade. É no brincar que a criança experimenta, elabora emoções, aprende, organiza seus afetos e dá sentido ao mundo.

Mas essa capacidade não desaparece na vida adulta. Na verdade, o brincar – entendido aqui como qualquer atividade simbólica, criativa e expressiva – continua sendo uma ferramenta psíquica que oferece alívio, prazer, segurança emocional e, muitas vezes, funciona como espaço de resgate da própria história.

Quando o brincar vira fuga?

O problema começa quando esse espaço simbólico, que deveria ser uma pausa saudável na vida adulta, passa a ocupar o lugar de fuga da realidade ou do enfrentamento de dores emocionais não elaboradas.

Winnicott nos ensina que objetos podem se tornar “objetos transicionais” – elementos que ajudam no processo de amadurecimento emocional, especialmente nos momentos de separação, ausência ou construção de autonomia. Mas quando esse objeto deixa de ser ponte e passa a ser destino, há um risco: o objeto não apenas simboliza, mas começa a substituir vínculos, afetos e experiências reais.

Por isso, é fundamental se perguntar:

  • Isso está me ajudando ou me aprisionando?
  • Estou encontrando alívio saudável ou fugindo daquilo que preciso elaborar?
  • Minha vida social, profissional ou afetiva está sendo prejudicada?

Quando a boneca deixa de ser hobby e começa a ser usada como única fonte de preenchimento emocional, isso pode sinalizar que existe algo não elaborado internamente.

O que esse bebê reborn representa?

Do ponto de vista da psicanálise, especialmente na visão de Melanie Klein, o brincar também é uma forma de elaborar fantasias inconscientes, angústias, medos e desejos. Através do brincar, reorganizamos nossa realidade psíquica e encontramos modos de lidar com nossas dores e faltas.

Na vida adulta, essa função simbólica continua presente. O bebê pode representar cuidado, afeto, proteção ou até servir como elaboração de experiências que, por alguma razão, não foram vividas ou foram interrompidas – como lutos, perdas, relações não concretizadas ou traumas emocionais.

Mas é importante compreender: objetos não curam. Eles são suportes simbólicos, importantes e até terapêuticos, desde que estejam integrados a um processo consciente, com clareza emocional e, muitas vezes, acompanhados por psicoterapia.

Entre a fantasia e a realidade: qual é o limite?

Aqui entra um ponto crucial que Piaget ajuda a compreender: a diferenciação entre fantasia e realidade faz parte de um desenvolvimento saudável. Na infância, essa fronteira é mais flexível, mas com o amadurecimento, espera-se que o sujeito consiga transitar entre esses dois mundos sem perder a noção do que é simbólico e do que é real.

Quando o brincar ocupa a vida de forma isolada e começa a gerar prejuízo – como afastamento social, dificuldades no trabalho, isolamento afetivo ou dependência emocional daquele objeto – acende-se um alerta.

O limite saudável é quando esse hobby é parte da vida, não quando se torna a vida inteira.

O que, de fato, estamos tentando cuidar?

No fundo, o convite aqui não é um julgamento sobre quem coleciona bebês reborn, mas sim um convite à reflexão profunda:
O que essa bebê simboliza pra você?
Ela representa criatividade, cuidado, conexão com a sua história?
Ou ela está sendo usada para preencher dores, vazios ou ausências emocionais que ainda não foram olhadas com a profundidade que merecem?

A resposta nunca está no objeto em si, mas na relação que você estabelece com ele – e, principalmente, na relação que você tem consigo mesma.

Porque, no fim das contas, o que está em jogo não é a boneca. É sua história. Sua dor. Sua busca. E, quem sabe, a oportunidade de transformar tudo isso em cuidado de si.

Sou Joana Santiago | Psicóloga

A saúde mental está ON, mas quem aperta o botão é você!

Ei, você aí, que vive nesse turbilhão de pensamentos, listas de tarefas e notificações intermináveis: já deu um tempinho pra sua saúde mental hoje? Não? Então bora refletir, porque tá na hora de colocar a cabeça em modo “prioridade máxima”.

A saúde mental vai muito além de “não estar triste” ou “ficar positivo”. É sobre entender que tudo na nossa vida passa pelo filtro da mente: nossas relações, o passado que carregamos, as escolhas que fazemos e até os sonhos que queremos alcançar. E, spoiler: se esse filtro está sujo ou sobrecarregado, a vida vai parecer confusa, pesada e cheia de “erro 404: paz de espírito não encontrada”.

Então, como priorizar a mente sem pirar ainda mais? Aqui vão umas dicas com uma pitada de psicologia e bom humor:

  • Aceite que nem sempre está tudo bem – e tá tudo bem com isso! Entender e acolher as próprias emoções é um ato de coragem. Tá com medo? Tá cansado? Tá com vontade de sumir por 15 minutos (ou 15 dias)? Respeite isso.
  • Passe a régua no passado (ou pelo menos tente). Ninguém está aqui pra viver preso no que já foi. A terapia é um GPS excelente pra te guiar por esses becos sem saída.
  • Desapegue do “tem que”. Quem disse que você precisa ser perfeito o tempo todo? Spoiler: ninguém. Redefina suas expectativas e descubra o prazer em fazer o possível.
  • Cerque-se de gente que soma, não que drena. Relacionamentos tóxicos são como wi-fi ruim: deixam você lento e frustrado. Escolha conexões mais saudáveis!
  • Aprenda a dizer ‘não’. Inclusive para você mesmo, quando começar a acumular mais projetos, promessas e dietas malucas do que consegue cumprir.

E, por fim, lembre-se: saúde mental é como carregar o celular. Se você nunca dá pausa para recarregar, uma hora a bateria acaba, e ninguém funciona no modo avião por muito tempo.

Que tal começar hoje? A saúde mental está ON, mas quem aperta o botão é você!

Sou Joana Santiago – Psicóloga

Neste Natal, desacelere, acolha suas emoções e reacenda a esperança que transforma vidas.

No corre-corre do dia a dia, o Natal chega como um lembrete de que é possível desacelerar, respirar fundo e olhar para dentro de nós mesmos. É um tempo para refletir, acolher nossas emoções e exercitar a empatia, tanto por nós quanto por quem nos cerca.

Mais do que uma data no calendário, o Natal é um convite para ressignificar os desafios enfrentados, estar perto de quem amamos, valorizar as pequenas alegrias que muitas vezes passam despercebidas e reacender a chama da esperança em nossos corações. É uma pausa para enxergar o que realmente importa é encontrar força nos gestos simples de amor e cuidado.

Que neste Natal você descubra dentro de si a força para transformar o que precisa ser renovado, o amor para compartilhar momentos especiais e a serenidade para recomeçar com leveza. Porque cuidar de si mesmo também é celebrar a vida e espalhar amor ao mundo.

Sou Joana Santiago Psicóloga

Por trás de cada medalha conquistada e recorde quebrado, existe uma componente crucial que muitas vezes não é visível para o público: a psicologia.

A psicologia esportiva desempenha um papel fundamental no desempenho dos atletas olímpicos. Não se trata apenas de treinar o corpo, mas também de preparar a mente para enfrentar os desafios que vêm com a competição de alto nível. Os atletas precisam lidar com a pressão intensa, expectativas elevadas e a ansiedade que acompanha a busca pelo ouro.

Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 serão um marco para o Brasil nesse tema, com a delegação brasileira contando com uma equipe de cinco psicólogos e um psiquiatra, que darão suporte aos atletas brasileiros durante as Olimpíadas.

Os psicólogos do esporte trabalham com atletas, treinadores, equipes esportivas e indivíduos envolvidos em atividades físicas, oferecendo suporte psicológico em diversas áreas:

Técnicas Psicológicas Utilizadas pelos Atletas

1. Visualização

Uma das técnicas mais utilizadas é a visualização. Atletas são treinados para imaginar suas performances em detalhes, desde o momento em que entram no estádio até a execução perfeita de suas habilidades. Essa prática ajuda a construir confiança e a preparar a mente para o sucesso.

2. Mindfulness e Meditação

Práticas de mindfulness e meditação são cada vez mais comuns entre os atletas. Essas técnicas ajudam a melhorar a concentração, reduzir a ansiedade e aumentar a resiliência mental. Estar presente no momento pode fazer a diferença entre ganhar e perder.

3. Estabelecimento de Metas

O estabelecimento de metas é uma estratégia psicológica essencial. Atletas trabalham com seus treinadores e psicólogos para definir objetivos claros e alcançáveis, tanto a curto quanto a longo prazo. Isso proporciona uma direção e um propósito, além de ajudar na manutenção da motivação.

Lidando com a Pressão e o Estresse

A pressão para ganhar pode ser esmagadora. A psicologia esportiva oferece ferramentas para ajudar os atletas a gerenciar o estresse e a manter o foco. Técnicas de respiração, exercícios de relaxamento e suporte emocional são componentes vitais do treinamento psicológico.

Casos de Sucesso

Michael Phelps

Michael Phelps, o nadador olímpico mais condecorado de todos os tempos, é um exemplo notável do impacto da psicologia esportiva. Ele trabalhou extensivamente com um psicólogo para desenvolver técnicas de visualização e meditação, o que foi crucial para seu sucesso nas piscinas.

Simone Biles

A ginasta Simone Biles também destacou a importância da saúde mental. Ao se afastar de algumas competições nas Olimpíadas de Tóquio para cuidar de sua saúde mental, ela trouxe à luz a necessidade de uma abordagem equilibrada que valorize tanto o bem-estar psicológico quanto o desempenho físico.

Jade Barbosa

Essa foi a terceira participação de Jade Barbosa em Olimpíadas (disputou Pequim 2008 e Rio 2016) e a primeira medalha. A ginasta entrou para a equipe permanente da ginástica brasileira aos 13 anos e viveu diferentes momentos da equipe que vive seu auge em Paris 2024. A Jade é gigante e conta com a uma grande força psicológica para sempre seguir em frente.

Conclusão

Os Jogos Olímpicos são mais do que uma competição física; são um teste de força mental e resiliência. A psicologia por trás dos atletas olímpicos é um componente vital para seu sucesso, permitindo que eles superem limites e alcancem seus sonhos. Com o apoio psicológico adequado, esses atletas podem enfrentar desafios, lidar com a pressão e alcançar a grandeza no maior palco do esporte mundial.

Sou Joana Santiago Psicóloga

A espiritualidade está ligada ao entendimento e aperfeiçoamento do próprio indivíduo

Inúmeros estudos têm apontado que a espiritualidade traz benefícios para a saúde física e mental. Trata-se de conjunto de valores morais, mentais e emocionais que norteiam pensamentos, comportamentos e atitudes, e que podem ter conexão com algo transcendente, ou mesmo a fé.

Os bons sentimentos elevam a frequência de emoções positivas, com reflexos na qualidade de vida e também no tratamento de doenças.

A espiritualidade proporciona sentimentos como perdão, gratidão, empatia e otimismo, que produzem e liberam substâncias anti-estresse, como serotoninas e endorfinas, que são benéficas à saúde vascular. Por outro lado, a raiva, o pessimismo e o medo liberam hormônios do estresse, como adrenalina e cortisol.

Não existe uma fórmula ou manual que desperte sua espiritualidade. Essa é uma questão de prática e concentração no seu propósito e pode funcionar de formas distintas para cada pessoa.

Ficar quieto e aprender a acalmar sua mente é uma das coisas mais simples e poderosas que você pode fazer para se sentir em contato com sua verdadeira natureza.

Antes de continuar a falar sobre esse tema, quero dizer que espiritualidade e religião não são a mesma coisa. Embora esses dois conceitos tenham uma inter-relação, não são iguais.

A religiosidade é a conexão que temos com uma determinada religião, o que significa ligar-se aos preceitos, às crenças e às práticas que ela propaga e defende. Cada religião tem os seus mandamentos, digamos assim.

Qual é a diferença entre religião e espiritualidade?

É muito comum a associação da espiritualidade com a religião, no entanto é muito importante saber que elas não estão, necessariamente, ligadas. Isso porque as práticas e os rituais religiosos podem ser meios para atingir a espiritualidade, e não o objetivo final.

Religião, por definição, é um conjunto pessoal ou sistema institucionalizado de atitudes, crenças e práticas religiosas; o serviço e adoração a Deus ou ao sobrenatural.

Já a espiritualidade, por outro lado, conota uma experiência de conexão com algo maior do que você; viver a vida cotidiana de maneira reverente e sagrada.

Em outras palavras, o que vale na espiritualidade é o propósito ou intenção por trás da ação, às vezes ela está pautada em relacionamentos, prática de alguma atividade, contato com a natureza e até mesmo na arte.

Espiritualidade e seus efeitos positivos

A espiritualidade (e a religiosidade também) contribui muito para a saúde mental, porque nos ajuda a lidar com as situações difíceis da vida, trazendo conforto nesses momentos complicados, fortalecendo o nosso bem-estar, principalmente o psicológico. Também incentiva a autorreflexão e a busca de uma vida mais significativa a cada um de nós. Isso é essencial quando falamos em saúde mental.

Como praticar a espiritualidade no dia a dia?

– Contemple aquilo que te faz bem e que te desacelera.
Pode ser ouvir uma música, admirar uma paisagem, ler um livro, revisitar memórias felizes, praticar o amor e estar presente.

– Pratique a meditação.
Aquietar a mente e se concentrar no aqui e agora pode ajudar na busca pela paz interior e a se conectar mais com a vida.

– Saia do piloto automático e se torne a pessoa que deseja ser.
Desperte para o seu propósito de vida, trace metas e foque em algo que seja importante e que te proporcione mais sentido.

– Valorize o que é realmente importante.
Reconheça que a felicidade não está nas coisas. Reconheça que é possível encontrar a felicidade além do material e do imediatismo.


Ter espiritualidade é se guiar pelo amor e respeito. É acreditar que fazer o bem é poderoso e reconhecer que estar aqui, neste momento, é o suficiente para sermos gratos pela oportunidade da vida. Sinta a potência que é poder respirar e fazer a diferença para si e para o próximo. Cultive as coisas boas dentro de si e veja o florescer transcender além de você.

Então, pratique!

Sou Joana Santiago – Psicóloga

Cuidar da saúde mental é uma orientação que parte desde o cuidado com a saúde do cérebro até a modificação de padrões de comportamento e estilo de vida.

Você é dessas pessoas que fazem metas de final de ano? Ou que se sentem mais motivadas para mudanças com a chegada de um novo ano?
Provavelmente a maioria responderá sim! Então quero te falar sobre como se manter em equilíbrio para realizar suas resoluções e manter a saúde mental em dia, sem se cobrar tanto e sem maiores frustrações.

Já comentei aqui no blog que saúde mental pode afetar a saúde física, a vida diária e os relacionamentos. Portanto, cuidar da mente ajuda a preservar a capacidade de aproveitar a vida e se relacionar com os outros. Essa manutenção envolve um delicado equilíbrio de vários elementos da vida que operam juntos para que a mente continue saudável ou não.

Sendo assim, manter uma boa saúde mental permite:

  • A realização de objetivos e sonhos;
  • Lidar com as tensões normais da vida;
  • Trabalhar de forma produtiva e se fazer útil;
  • Fazer contribuições significativas para a comunidade.

É por isso que é fundamental saber como cuidar da saúde mental e emocional ao longo de toda a vida.
Veja algumas dicas de como se cuidar:

1. Faça psicoterapia

A psicoterapia ajuda muito no autoconhecimento e, se conhecer melhor, já pode eliminar muitos sofrimentos comuns da vida, como, por exemplo, escolher uma profissão. 

Os problemas que podem ser ajudados por meio da psicoterapia, entre outros, incluem:

  • dificuldades em lidar com a vida diária;
  • superação de traumas;
  • transtornos mentais específicos, como ansiedade e depressão;
  • lidar com o luto.

2. Pratique exercícios físicos regularmente

Uma das recomendações mais bem estabelecidas de como manter a saúde mental é a prática regular de exercícios físicos. Numerosos estudos mostraram que o exercício melhora a saúde mental, reduzindo a ansiedade e a depressão, assim como melhora também a autoestima e a função cognitiva. Apenas trinta minutos de exercício de intensidade moderada já são suficientes para esses benefícios à saúde mental.

3. Tenha um tempo só para você

Com frequência, algumas pessoas tendem a cuidar somente de outras e esquecem de cuidar de si. No entanto, é fundamental reservar um tempo para cuidar de si mesmo também. O autocuidado é sobre propiciar uma atenção adequada ao seu próprio bem-estar psicológico e emocional.

4. Cuide do seu sono

Não dormir o suficiente distorce a capacidade de regular as emoções e, a longo prazo, pode aumentar o risco de desenvolvimento de transtornos mentais. Cada estágio do sono desempenha um papel na saúde cerebral, permitindo mais eficiência de aprendizado, humor e memória.  

5. Pratique meditação

Embora pareça simples, meditar é um grande desafio para a grande maioria das pessoas. No entanto, numerosos estudos sugerem que a prática meditativa pode melhorar a saúde mental, propiciando a diminuição de doenças psiquiátricas. Isso se deve a uma diversidade de fatores envolvidos na meditação que promovem mudanças fisiológicas na química cerebral e no comportamento diante de problemas.

6. Cuide da sua microbiota intestinal

Nos últimos anos, as relações entre nutrição e saúde mental angariaram um considerável interesse. De fato, pesquisas observaram que a adesão a padrões alimentares saudáveis está associada a um risco reduzido de transtornos mentais, como depressão e ansiedade. Uma explicação sobre como a alimentação pode afetar o bem-estar mental é o efeito da dieta no microbioma intestinal.

7. Inclua fontes de vitaminas do complexo B na dieta

A alimentação rica em fontes de vitamina B pode atuar como um recurso alternativo ou adjuvante ao tratamento padrão destinado a otimizar o humor por meio da modulação de neurotransmissores. Isso significa que essa vitamina pode ser um bom suplemento para ansiedade. Busque o apoio de um nutricionista em caso de dúvidas sobre sua alimentação e descubra quais alimentos podem fazer diferença em sua dieta.

8. Mantenha o contato com amigos e familiares

Se relacionar socialmente é um elemento crucial para proteger a saúde mental, inclusive, de pessoas mais introvertidas. Amigos e familiares podem ajudar a colocar certos elementos da vida em perspectiva além de ajudarem a gerenciar problemas. O contato com os outros libera toda uma cascata de neurotransmissores e, um simples apertar de mãos ou um abraço, já é o suficiente para liberar ocitocina e reduzir os níveis de cortisol.

9. Inclua fontes de magnésio na sua alimentação

Vários estudos têm demonstrado sua utilidade em doenças neurológicas e psiquiátricas. Parece que os níveis de magnésio são reduzidos no curso de vários transtornos mentais. Os estudos mostram que, em níveis adequados, esse mineral pode contribuir em casos de insônia, ansiedade, dor e outros distúrbios neuropsiquiátricos.

10. Organize a sua rotina 

O ser humano é uma criatura de hábitos e ter uma rotina oferece saúde e bem-estar. De fato, saber “o que esperar” é fruto de uma rotina estruturada – e isso facilita o gerenciamento das emoções e expectativas. Por isso, as rotinas são poderosas para a saúde mental e, inclusive, já foram positivamente associadas a uma série de condições, como depressão, TDAH e transtorno bipolar.

11. Disponha um tempo para auto reflexão

Voltar-se para dentro e refletir sobre os próprios pensamentos e sentimentos é um grande desafio em meio a correria da vida diária. No entanto, momentos de introspecção podem ser fundamentais para desencadear insights que podem alterar a maneira de encarar o mundo ao redor.

 12. Desconecte de vez em quando

Sabe quando o modem da internet para de funcionar e precisa ser desconectado da tomada por alguns segundos? Por vezes, essa atitude de desconectar também funciona para os humanos! Se desconectar da rotina de e-mail, Whatsapp e redes sociais de vez em quando pode ser essencial para manter a saúde mental.

Inclusive, diversos estudos já associaram as redes sociais a alguns transtornos psiquiátricos, como depressão, ansiedade e baixa autoestima. Portanto, é importante lembrar que a existência na vida real é muito mais preciosa do que aquela vida da internet e, desconectar, pode sim, melhorar a saúde mental.

Desconectar permite a interação com a vida real e essa é uma valiosa dica de como cuidar da saúde mental.

Que tal colocar em prática ao menos uma dessas dicas hoje mesmo?

Sou Joana Santiago – Psicóloga