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O Ano Novo simboliza o momento de escrever uma nova história.

Chegamos ao final de ano, momento que nos remete às avaliações sobre nossa vida, nossas conquistas e objetivos alcançados. É uma época que nos permite olhar para trás e rever tudo o que realizamos, tanto de positivo quanto de, digamos, não positivo. Nesse momento surgem sentimentos de alegria, realização, conquista, coragem, arrependimento, frustração, tristeza, enfim, tudo aquilo que vivenciamos durante o ano.

No ano de 2021 não realizamos todos os nossos objetivos, pelo menos não da forma que havíamos planejado. Tivemos a oportunidade de grandes aprendizados, mas não foi na escola e nem no trabalho, da maneira tradicional. Aprendemos, sofremos, choramos, perdemos, ganhamos, tudo isso ora de dentro de nossas casas, ora de fora….

Mas ele chegou ao fim! E este ano com muito mais significado. Esperamos e aguardamos ansiosamente por 2022, por um ano novo, que terá um significado de recomeço, de nova fase, de, provavelmente, encerramento de um ciclo difícil… e que assim seja!!

Ter a oportunidade de encerrar esse ano e iniciar um outro nos faz reacender a chama da esperança de uma vida diferente da que tivemos recentemente.

Abre-nos horizontes, nos dá chances de recomeçar, de reconstruir, de construir. O ano novo simboliza momento de escrever uma nova história, deixando para trás o que não deu certo e apostando em novas formas de desenhar o futuro, em um cenário novinho em folha, folha esta que se apresenta em branco, sem nenhum rabisco, para que possamos, ao nosso modo, projetar aquilo que desejamos, com tudo o que temos direito. Quando fazemos isso, assumimos um compromisso conosco e podemos vislumbrar um horizonte com realizações, planos a serem executados e a vida sendo vivida com significado e intensidade.

Desejo um 2022 com muitas páginas em sua história!

Sou Joana Santiago – Psicóloga

Que a paz, o respeito, o amor e a solidariedade que tanto expressamos nessa época possam ser colocados em prática a cada dia de nossas vidas! Feliz Natal!

O Natal é uma época maravilhosa, uma ocasião especial, em que nos reunimos com a família e as pessoas que amamos. Esta época estimula a procura por reforçar os laços afetivos com quem se ama. É um momento que aflora o verdadeiro espírito do Natal: partilha, compaixão, generosidade e respeito.

Por estas e outras razões que o Natal é uma época de felicidade, de pensar com carinho nas pessoas que amamos, de passar um tempo agradável com quem está perto de nós e de pensar como podemos estar mais atentos ao próximo.

Durante o mês de Natal refletimos sobre as nossas vivências ao longo do ano. Não importa se temos ou não uma família convencional. Um Natal em família é reviver e redescobrir entre todos, o verdadeiro motivo pelo qual o comemoramos. É sinónimo de família, amor, união e alegria. Acredito que seja uma data para passarmos com as pessoas que amamos, seja família de sangue ou família de coração. O importante é que seja com aqueles que escolhemos para fazer parte de nossas vidas. Esteja em família e mostre que o espírito de Natal vive no amor e partilha de afetos. Entregue-se a esta magia. Afinal de contas, já é Natal!

Sou Joana Santiago – Psicóloga

Veja o que fazer quando sua mente tende a perder o foco.


No mundo sempre conectado de hoje, as diversões estão a apenas um clique de distância. Mesmo durante os momentos de silêncio, a distração está literalmente ao seu alcance, várias abas abertas, minutos se passam e de repente, você se dá conta que estava sonhando acordado e nem sabe dizer há quanto tempo estava assim. Ter concentração é uma dificuldade para você? 

A capacidade de se concentrar em algo em seu ambiente e direcionar o esforço mental para isso é fundamental para aprender coisas novas, atingir metas e ter um bom desempenho em uma ampla variedade de situações. 

Esteja tentando terminar um relatório no trabalho ou estudando para uma prova, sua capacidade de foco pode significar a diferença entre o sucesso e o fracasso.

Para quem tem transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) que gera desatenção e agitação, a capacidade de concentração requer um esforço maior. É importante dizer que o TDAH não é uma doença, portanto, não existe uma cura para solucioná-lo e sim um tratamento para lidar melhor com ele. Se esse for o seu caso, procure ajuda profissional!

Felizmente, o foco é muito parecido com um músculo mental. Quanto mais você trabalha na construção, mais forte fica.

A concentração mental consiste em um processo psíquico capaz de voltar toda a atenção a determinada atividade. É uma característica fundamental, pois nos ajuda na aquisição de conhecimento, nos estudos e na produtividade do trabalho.

Por isso, melhore sua produtividade com essas atividades para concentração!

Trabalhe em um ambiente apropriado

Trabalhar com muito barulho ao redor não é para qualquer um. Nessa situação, a mente tende a se dispersar facilmente, prejudicando nosso fluxo de trabalho. Caso seja impossível sair de um ambiente barulhento, invista em um protetor de ouvido capaz de bloquear o som.

Seguindo o mesmo pensamento, qualquer outra coisa que cause sensações desagradáveis, como frio ou calor em excesso, também costuma nos prejudicar. Para essas adversidades, uma blusa comprida ou um simples ventilador são boas alternativas. A questão é eliminar todas as distrações possíveis, de modo a colaborar com sua atenção.

Mantenha a organização

Querer fazer muitas coisas ao mesmo tempo não é nada produtivo. Ao tentar isso, nosso cérebro se cansa e a consequência é a mente vaguear. 

Defina a sequência e os horários para cada atividade. Tire um tempo para responder e-mails, depois evite deixar essa aba aberta. Tenha momentos certos para as refeições. Estabeleça pequenos instantes para os bate-papos com os colegas. No momento da produção, realize o trabalho por etapas.

Por falar em organização, a mesa bem arrumada também influencia positivamente a concentração. Jogue fora todos os papéis velhos e deixe sobre ela apenas o essencial.

Crie metas e objetivos realistas

Todos precisamos de metas diárias, pois elas guiam nosso trabalho. Ainda que o trabalho tenha um prazo grande, defina a quantidade de produção para cada dia. Contudo, tais metas precisam ser realistas, pois, do contrário, a tendência é a procrastinação.

Além disso, ao trabalhar com pequenos objetivos e vê-los sendo alcançados, temos mais inclinação à motivação. Com isso, ficamos mais empenhados a continuar.

Resumindo: a palavra-chave aqui é planejamento. Ele torna tudo mais prático e ainda nos ajuda a perceber quando dizer “não” para aquele projeto que chegou em cima da hora e nos deixaria noites sem dormir para dar conta de entregar tudo.

Faça uma pequena pausa

Você já tentou se concentrar na mesma coisa por um longo período de tempo? Depois de um tempo, seu foco começa a falhar e se torna cada vez mais difícil voltar seus recursos mentais à tarefa. Não só isso, mas seu desempenho acaba sofrendo como resultado.

Explicações tradicionais em psicologia sugeriram que isso se deve ao esgotamento dos recursos atencionais, mas alguns pesquisadores acreditam que isso tem mais a ver com a tendência do cérebro de ignorar as fontes de estimulação constante.

Portanto, da próxima vez que você estiver trabalhando em uma tarefa prolongada, como fazer seu orçamento mensal ou estudar para uma prova, certifique-se de dar a si mesmo uma pausa mental ocasional.

Mude sua atenção para algo não relacionado à tarefa em questão, mesmo que seja apenas por alguns momentos. Esses breves momentos de descanso podem significar que você é capaz de manter seu foco mental aguçado e seu desempenho alto quando realmente precisa.

Procure ajuda profissional

Às vezes, passamos por fases da vida em que precisamos de ajuda profissional para lidar com as dificuldades. Casos como ansiedade grave, depressão e TDAH não podem ser tapados com a peneira. Assim, se sentir que precisa, procure por um psicólogo. Com uma saúde mental prejudicada, não há como ter produtividade boa.

Enfim, é normal ter um dia ou outro com dificuldade na concentração. Porém, ao colocar em prática essas dicas dadas e buscar aprimorá-las, é possível desfrutar de momentos mais eficientes.

Gostou do artigo sobre foco e concentração? Deixe seu comentário abaixo!

Sou Joana Santiago – Psicóloga.

Certamente a virada do ano 2019 para 2020 foi mais promissora do que esta. Afinal, com a pandemia do novo coronavírus em curso (e em ritmo acelerado!), é difícil celebrar e acreditar que 2021 será diferente, quiçá melhor.

A verdade é que a nossa esperança, que o ditado diz ser a última que morre, parece ter se esvaído um pouco com as vítimas da Covid-19. Enfraqueceu, também, todas as vezes que o fim do distanciamento social foi adiado, adiando planos e sonhos.

Mas há motivos para crer que o próximo ano será menos amargo. Você conhece o poder do otimismo? Sabe que é papel do psicólogo te ajudar? Continue lendo e veja todos os benefícios que os pensamentos e atitudes otimistas podem trazer para a sua vida!

Pensamentos bons nos fazem sentir bem

Para entender o poder do pensamento positivo e a força do otimismo é só fazer a seguinte experiência: Pense em algo muito bacana, que você tem vontade de fazer. Por exemplo, uma viagem para um lugar paradisíaco. Logo que você começa a imaginar a cena já te vem uma sensação de satisfação, um anseio bom, por ver uma situação prazerosa em sua mente. Ao contrário disso, quando pensamos em algo ruim e começamos a imaginar o pior, nosso coração dispara, nossa adrenalina aumenta e vem o estresse, prejudicando nossa saúde.

Conclusão: o otimismo faz bem para a mente, o coração, a respiração, as emoções e para a saúde.

Pensar positivo e ter otimismo é bom, mas é preciso ter atitude

Logicamente, só pensar positivo e acreditar em coisas boas não é construtivo para nosso crescimento, pois sem atitude e proatividade, vamos ficar pensando no melhor, sem fazer o que precisa ser feito para torná-lo realidade. Pessoas otimistas e positivas que tornaram realidade seus objetivos agiram para isso.

Motivos para ter um olhar mais positivo em 2021

A vacina contra o corona vírus não é mais um sonho distante. A imunização começou em diversos países do mundo, como Inglaterra e Estados Unidos. No Brasil, a expectativa é de que as primeiras doses sejam distribuídas logo nos primeiros meses de 2021. Você pode até não ter a oportunidade de tomar a vacina em 2021, haja visto que existem grupos prioritários. No entanto, todos nós dormiremos mais tranquilos ao saber que familiares e amigos da categoria de risco estão imunizados, diminuindo a intensidade da transmissão do vírus.

Após um ano extremamente difícil e atípico (trabalho em casa, isolamento social, normas de higiene…), estamos todos mais adaptáveis e, portanto, mais capazes de lidar com adversidades. Essa habilidade adquirida ao longo de 2020 tem potencial para tornar a nossa caminhada em 2021 menos penosa.

A pandemia nos ensinou que quem não está doente, não tem ninguém da família hospitalizado e está empregado tem motivos de sobra para comemorar. Aprendemos a dar valor aquilo que nos traz nutrição emocional e propósito, além de reconhecermos mais o valor do autocuidado em suas mais diversas formas. Esses ensinamentos são capazes de tornar a vida de todos mais leve emocionalmente, não apenas neste ano de 2021.

Desejo que neste ano que se inicia, a gente continue cultivando bons sentimentos e perseguindo os sonhos que ainda não foram alcançados com uma dose extra de motivação!

Feliz 2021!

Sou Joana Santiago – Psicóloga

Cuidado nas confraternizações de final de ano é essencial para não proliferar o coronavírus.


Depois de quase um ano de isolamento social e perdas dolorosas, muitas pessoas estão preocupadas com as comemorações ou, pelo menos, os encontros com os familiares e amigos no Natal deste ano. O que pode ser feito? Como proteger a si mesmo e as pessoas queridas? Como controlar a ansiedade e os receios que estão desestruturando muitas pessoas em todo o mundo? 

As festas de Natal e Ano Novo serão diferentes esse ano. Isso, é claro, se você seguir todos os cuidados para evitar a contaminação pelo coronavírus. O mais seguro, inclusive, seria que as famílias e amigos não se encontrassem neste ano. A indicação é da própria OMS (Organização Mundial da Saúde).

Os especialistas na área da saúde seguem a mesma orientação. Isso vale especialmente para núcleos familiares que não moram na mesma casa. Para famílias que já estão em convívio diário, a confraternização pode ser realizada seguindo os cuidados de higienização ao voltar da rua, por exemplo, adotados desde o início da pandemia.

É importante considerar algumas coisas na hora de planejar a reunião familiar. Dicas como: poucas pessoas. Preferencialmente as pessoas que já moram na mesma casa. Usar máscara, se vier alguma pessoa que não é do seu convívio diário. Tirar os sapatos na entrada. Ambientes abertos, com renovação de ar, são preferíveis, reforçando ainda que qualquer pessoa com sinais de resfriado ou gripe deve se ausentar desses eventos. Abusar do álcool em gel e lavar as mãos. Não compartilhar objetos pessoais como copos, pratos e talheres. Para famílias muito grandes, recomenda-se também dividir os membros em dois grupos e realizar dois encontros na véspera e no dia de Natal.

Na parte psicológica, sou favorável que as reuniões familiares de final de ano aconteçam, mas ressalto a importância de seguir os protocolos sanitários. Apesar da pandemia é melhor estarmos entre os nossos entes queridos, com os devidos cuidados, do que passarmos sozinhos por este período de fim de ano, que muitas vezes pode levar à melancolia, principalmente na situação que estamos vivendo.

É preciso estar com pessoas, valorizar aquilo que importa. Este movimento positivo ajuda a enfrentar as adversidades, mas fazer um balanço consigo próprio sobre o que é importante, o que é essencial,  quem são as pessoas essenciais para você estar perto e considerar que familiares saudáveis poderão viver este e várias comemorações pela frente, são aspectos que entram nesta conta. 

Quem prefere manter o isolamento social de forma nenhuma está errado, mas para superar a sua solidão e a do ente querido, pela ausência de contato, é muito importante que mensagens sejam enviadas.

Se você não puder estar presente, mande um abraço pelo WhatsApp ou faça uma chamada de vídeo. O importante é não se desconectar, não perder de vista nossas comunidades de referência porque elas são também fonte para nossa saúde mental.

Desejo um Feliz Natal. Que encontremos instantes de alegria em meio a pandemia.
Muito amor, paz e saúde.

Depois me conte como foi o seu Natal 😉

Sou Joana Santiago – Psicóloga

Nosso cérebro não está voando sozinho; nossas emoções também entram em ação quando estamos interagindo com o mundo.

Falei anteriormente sobre como o corpo reage às nossas emoções e como desenvolver autoconhecimento e inteligência emocional ajudam a lidar com situações do dia a dia.
Hoje vou falar sobre a parte fisiológica da emoção, como ela se estabelece no cérebro e desencadeia em nosso corpo.

Podemos perceber as emoções no corpo começando pela face, que tende a empalidecer de medo ou avermelhar de vergonha. Além disso, na mudança da face pode ser observada a expressão facial ao refletir diferentes emoções como raiva, tristeza, repugnância, surpresa. Nos olhos, a pupila se dilata para captar o máximo de estímulos para enfrentar o perigo iminente. A boca fica seca. A respiração acelera para levar oxigênio aos músculos das extremidades do corpo. O coração dispara a fim de transportar o oxigênio o mais rapidamente possível. Essas ocorrências são mais facilmente sentidas por nós, porque são perceptíveis. 

Mas também, existem ocorrências operando no corpo sem que o indivíduo esteja percebendo. Onde e como a emoção começa é o problema. Há muitas perguntas e poucas respostas. As conclusões a respeito da operação das emoções sobre o cérebro mudaram muito no último século e são bastantes complexas. É exatamente por essa razão que os sentimentos ou emoções são automáticos.

A mente influencia diretamente no nosso sistema imunológico, na produção das enzimas, anticorpos, hormônios e neurotransmissores. Toda essa química determina nosso bem-estar. Pressões psicológicas podem agir em algo muito simples como um resfriado ou influenciar as doenças crônicas.

A Neurociência

Quimicamente falando, os neurotransmissores são substâncias capazes de conduzir e transmitir informações entre os neurônios, atuando no cérebro como mensageiros que estimulam impulsos e reações no indivíduo.

Na prática, os neurotransmissores podem ser considerados como os nossos mensageiros químicos relacionados ao humor, sono, atração, atenção, sensações de prazer, entre outros. Com função vital do nosso corpo e para a nossa dinâmica de SER humano, ou seja, sentir e reagir aos impulsos, devemos considerá-los como uma das maiores descobertas no campo de como funciona o nosso corpo.

Hormônios e neurotransmissores

Com função semelhante, os dois tipos de mensageiros químicos se diferenciam pelo órgão onde ocorre sua liberação e pela distribuição de seus efeitos.

Os hormônios são geralmente liberados por glândulas e lançados na circulação sanguínea, podendo se ligar a receptores de células de qualquer parte do corpo. Isso significa que seu efeito é mais difuso. Alguns exemplos são a adrenalina, a insulina e a grelina. 

Já os neurotransmissores são liberados por neurônios na fenda sináptica e se ligam a receptores de uma outra célula muito próxima. Sua distribuição é mais localizada. Aqui temos a dopamina, serotonina, glutamato, entre outros.

Neurotransmissores que controlam nossas emoções

• OCITOCINA: Neurotransmissor do amor

Hormônio transmitido no leite no momento da amamentação, devido à sucção do bebê, e na contração do útero no momento do parto, também é conhecido como hormônio do amor em função do seu papel social e emocional: melhora o humor, diminui a ansiedade, auxilia na percepção das expressões emocionais e da sensibilidade, diminui a sensação de estresse, melhora a o prazer e o interesse no momento do contato íntimo, deixa as pessoas mais generosas e amáveis, sendo liberado no momento de um abraço ou na prática de boas ações.

• SEROTONINA: Neurotransmissor do bem-estar

Neurotransmissor responsável em nosso cérebro por regular o sono, humor, temperatura do corpo, ritmo cardíaco, apetite, entre outros. Se encontrado em pequena quantidade no organismo pode ocasionar em mal humor, sonolência diurna, distúrbios de memória e concentração, irritabilidade, inibição do desejo sexual e compulsão por comidas e doces, principalmente. Uma forma de aumentar a serotonina, além da prática de esportes, é consumindo alimentos ricos em triptofano: castanhas do Pará, vinho tinto, chocolate preto, banana, abacaxi, carnes magras, leites e derivados, cereais integrais e tomate.

• DOPAMINA: Neurotransmissor do prazer e do vício

A vilã do consumo desenfreado é liberada após cada nova compra e dura até 10 minutos em nosso organismo estimulando nosso circuito de recompensa de prazer do cérebro. Gera a mesma sensação em viciados por jogos de azar, prática de esportes físicos ou usuários de cocaína. Produzida no hipotálamo, é extremamente benéfica se liberada sem excessos, pois é o neurotransmissor fundamental para a motivação, foco e produtividade. Pode ser gratuitamente liberada em ações como gratidão, cumprimento de metas ou de listas de afazeres diários e alimentos ricos em tirosina: cacau, feijão, amêndoas, sementes de abóbora, ameixas, mirtilo, chá verde, melancia, maçãs, beterrabas, etc. Distúrbios em sua produção podem ocasionar Mal de Parkinson, esquizofrenia e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

• ENDORFINA:

É um neuro-hormônio que tem uma potente ação analgésica estimulando a sensação de bem-estar, conforto, alegria e melhora do estado de humor. Liberada durante e depois da prática do exercício físico.

• ADRENALINA: Neurotransmissor das emoções intensas

Hormônio liberado no sangue quando nosso cérebro percebe que estamos numa situação de perigo ou tensão que demande determinado esforço físico. Normalmente são reflexos desse hormônio a sudorese, dilatação das pupilas e brônquios, aumento dos batimentos cardíacos e vasoconstrição. Este último acontece para que o sangue chegue mais rápido aos órgãos principais (coração e cérebro) e dessa forma, melhora nossa atenção e auxilia no aprimoramento de habilidades físicas e cognitivas. No entanto, se produzido em excesso, esse hormônio pode gerar estresse, transtornos de ansiedade, diabetes e hipertensão.

• MELATONINA:

Hormônio ligado ao ciclo circadiano, produzido pelo corpo para a indução ao sono e do metabolismo ao longo do dia. Responsável pela fixação das memórias de curta duração no hipocampo, para que virem memórias de longa duração, durante o sono. Acredita-se que ela tenha contribuição nas funções de regeneração celular e auxilie o corpo a combater inflamações no organismo.

• CORTISOL:

Não tem “INA” no nome mas não poderia finalizar sem falar dele, afinal, é o excesso dele no organismo que gera o estresses, lapsos de memória, aumento de peso, diminuição da libido, perda de massa muscular e doenças ocasionadas pelo excesso de estresse. Produzido na quantidade adequada, ajuda o organismo a controlar o estresse, reduzir inflamações, contribuindo para o correto funcionamento do sistema imune. Também é responsável por manter os níveis de açúcar no sangue e pressão arterial constantes.

Para finalizar, a maneira como sua vida está hoje é resultado direto das suas ações e pensamentos, não é necessário uma mudança radical na sua forma de ser, apenas o comprometimento consigo mesmo de lidar com o momento presente de uma forma mais tranquila, desenvolvendo o amor próprio e sua paciência.

Sou Joana Santiago – Psicóloga

Apesar de não entendermos bem as emoções e, por vezes, parecerem misteriosas, elas exercem grande efeito sobre a vida.

As emoções fazem parte do nosso dia a dia e de quem somos. Convivemos com elas o tempo todo e são desencadeadas tão rapidamente em nosso cérebro que acabamos não entendendo o que acontece e por que reagimos de determinada maneira.

Uma reação rápida e impulsiva diante de uma emoção pode tanto salvar, quanto arruinar uma situação. Daí a importância do autoconhecimento, de saber como agir identificando suas emoções.

Mas antes de entendermos um pouco mais sobre o assunto, é importante ter clareza de que sentimentos e emoções são coisas diferentes. É muito comum as pessoas considerarem sinônimos, mas na realidade não são.

Basicamente, a emoção é um conjunto de respostas químicas e neurais que surgem quando o cérebro sofre um estímulo ambiental. Já o sentimento é uma resposta à emoção, ou seja, se trata de como a pessoa se sente diante de tal emoção. Portanto, apesar de distintos, emoção e sentimento estão intimamente conectados.

Para ficar um pouco mais claro, entenda que quando você é exposto a algum tipo de situação, o cérebro libera hormônios que alteram o seu estado emocional. Podem até ocorrer algumas reações físicas, como choro ou suor, por exemplo, ou o medo pode parecer um nó no estômago ou um aperto na garganta; o embaraço pode fazer com que você sinta o rosto quente. Vale ressaltar que diante de algum acontecimento, cada pessoa tem uma emoção diferente e ela costuma ser mais passageira.

Por outro lado, o sentimento pode durar muito tempo. Os sentimentos negativos persistentes podem ocasionar doenças como depressão. Alguns exemplos de sentimentos são o ódio, a compaixão, o amor, a decepção e a inveja.

Identificando suas emoções

Podemos apontar sete emoções básicas: felicidade, tristeza, ansiedade, raiva, medo, nojo e desprezo. Para identificar suas emoções, você precisa conhecer aquilo que está sentindo.
Veja o texto no blog, que falo das sete emoções básicas e seu efeito no comportamento humano.

Para isso, o primeiro passo é se perguntar, com sinceridade, o que está realmente se passando contigo.

  • Ansiedade – Caracterizada por sentimentos de medo em relação ao futuro, o que traz, inclusive, reações físicas como batimentos cardíacos acelerados e contração da face.
  • TristezaCansaço, sensação de peso nos ombros, vontade de chorar e dificuldade de concentração são sentimentos que denotam a tristeza.
  • Raiva – Pensamentos de que foi atacado de alguma maneira, também com reações físicas como aceleração do coração e aumento da pressão, relacionam-se à emoção de raiva.
  • Felicidade – Calma, alegria, euforia e confiança são sentimentos ligados à felicidade.

Quando soubermos a resposta para nossos sentimentos, poderemos identificar e separar as emoções para enfrentar as situações que surgem diariamente.

Gerenciando Emoção

Compreender suas emoções torna possível gerenciá-las de modo que trabalhem a seu favor e não contra você. Por exemplo, se a sua tristeza (ou raiva, ou ansiedade, etc.) normalmente o influenciaria a agir de uma forma que poderia prejudicar a si mesmo ou a outra pessoa, tornar-se consciente dessa emoção pode permitir que você tome medidas para não agir de forma destrutiva.

Gerenciando ativamente suas emoções, você está dando passos para se tornar uma pessoa com maior inteligência emocional. Isso porque ao desenvolvê-la, você aprenderá a reconhecer as suas emoções e ser capaz de lidar com elas; entenderá como se manter motivado diante de frustrações; desenvolverá a empatia e habilidades interpessoais.

Às vezes, não conseguimos nos conhecer ao ponto de controlarmos as emoções. Quando essas emoções passam a “ter o controle sobre nós” é o momento de procurar a ajuda de um psicólogo.

Na próxima semana, vou explicar e exemplificar melhor como o cérebro influencia em nossas sensações físicas.

Sou Joana Santiago – Psicóloga

A pandemia matou a crença em muitos setores de que home office não funciona. Mas como vamos lidar com os efeitos psicológicos desse isolamento em casa/trabalho.

A maioria das empresas exigiu que os funcionários trabalhassem em casa para impedir a propagação do Covid-19. Embora os benefícios imediatos para a saúde de evitar espaços de trabalho comuns sejam óbvios diante de uma pandemia assustadora, é importante considerar as consequências para a saúde mental que podem advir do trabalho remoto.

De fato, a situação está deixando muitas pessoas se sentindo estressadas, solitárias, exaustas e, a grande maioria, sobrecarregadas.

Síndrome do home office

O home office gera estresse e inquietação significativos devido à confusão de fronteiras entre o trabalho e a vida pessoal. Um funcionário em casa muitas vezes está dividindo o tempo entre a tarefa de trabalho que precisa ser concluída, interrupções freqüentes do cônjuge e dos filhos, um cachorro que precisa passear e o reparo da casa, questão que surge de repente, por exemplo.

Dificuldades no home office:

  • Dificuldade em estabelecer uma estrutura e um horário razoáveis para o trabalho em casa, com períodos diferentes designados para o trabalho, a família e o relaxamento.
  • Falta de rotina, resultando em horas de trabalho prolongadas em casa, que avançam facilmente no tempo pessoal.

Além do estresse da síndrome do escritório em casa, existem os desafios únicos colocados pela atual pandemia viral, incluindo:

  • Incerteza geral sobre o impacto final do COVID-19 na saúde pessoal e familiar, na renda e nos planos de curto prazo.
  • Sentimentos de solidão promovidos pelo confinamento ordenado pelo governo e perda de relações sociais com colegas no escritório ou com amigos e outros membros da família.

Um primeiro passo fundamental para esse bem-estar, a antítese da síndrome do home office, é a atenção às necessidades fisiológicas, ou seja, reservar um tempo para comer nutritivamente (não apenas lanche); dormir o suficiente, de preferência sete a oito horas; e exercitar-se diariamente. Em 1943, o psicólogo Abraham Maslow criou um modelo que define uma hierarquia de necessidades humanas – com comida, água, abrigo, sono e segurança sendo os mais básicos. Até que esses princípios sejam cumpridos, disse Maslow, um indivíduo não pode alcançar a auto-atualização – encontrando verdadeiro significado no trabalho e na vida. 

Comer, dormir e se exercitar também ajudam a estabelecer limites, dividindo o dia em “fases” entre o tempo de trabalho e a vida pessoal. Sem essas “fases”, o trabalhador em casa está mais apto a pular os itens essenciais por causa de expectativas irreais de trabalho, foco excessivo e obsessão pelo desempenho no trabalho. O exercício tem a vantagem de ser um ótimo alívio do estresse e um contrapeso às longas e sedentárias horas de trabalho de uma cadeira em frente ao computador.

Como monitorar a saúde mental em home office

Nesse cenário de isolamento social, algumas empresas criaram programas que mostram a importância de manter uma rotina para seus funcionários. Como mudanças de benefícios e maior flexibilidade de tarefas e horários. Outras optaram por fornecer cadeiras e protetores de tela, por exemplo, para minimizar os impactos do trabalho remoto. Vale-transporte, locação de carros e custeio a cursos presenciais estão sendo substituídos por vale-alimentação, auxílio à internet e terapia online. Muitas dessas iniciativas estão ligadas a prevenção.

É o que aponta um levantamento realizado pelo PageGroup, consultoria em recrutamento executivo especializado. De acordo com dados coletados pelos consultores do grupo, metade das companhias já efetuou a troca no pacote de benefícios dos trabalhadores ou está em processo de substituição.

Após esses dias de home office, os funcionários começam a se preocupar com o retorno ao escritório. E as empresas começam a viver a fase 4, lidar com estresse pós-traumático de alguns funcionários que perderam parentes por Covid-19.

É de extrema importância que as empresas, além de elaborarem um plano estratégico para o retorno, também apresentarem estratégias para acompanhar a saúde mental dos funcionários na pós pandemia. Os líderes têm que estar muito mais próximos de suas equipes nesse momento.

De acordo com a revista Você S/A, pesquisas indicam que “poderemos ter casos de depressão e estresse pós-traumático por três anos”. Diante do fato de que antes mesmo da pandemia, a perda da produtividade nesta década ligada à explosão de casos de depressão no mundo já era apontada por organizações como a OMS (Organização Mundial da Saúde) e o Fórum Econômico Mundial, a atenção à saúde mental é cada vez mais importante. “Vivemos num sistema que causa muito sofrimento psíquico, a pandemia disparou uma série de questões que já estavam aí”, diz o psicanalista Francisco Nogueira, membro do Instituto Sedes Sapientiae e fundador da consultoria de desenvolvimento humano Relações Simplificadas.

Uma coisa é certa: neste momento de incerteza, a saúde mental do trabalhador deve ser uma prioridade para os empregadores.

Joana Santiago – Psicóloga

Saúde mental e quarentena
O descontrole emocional provoca descargas de hormônios que alteram o funcionamento do corpo e afetam a nossa imunidade.

À medida que a pandemia de coronavírus (COVID-19) varre o mundo, ela causa preocupação, medo e estresse generalizados, reações naturais e normais às mudanças e incertezas em que todos se encontram. A questão é, como cada um de nós enfrenta é como gerenciamos e reagimos à situação estressante que se desenvolve tão rapidamente em nossas vidas e comunidades.

A saúde emocional pede atenção em momentos de crise, principalmente, àqueles que já apresentavam um quadro emocional instável, que podem desencadear ansiedade e depressão. O stress pós-traumático pode acometer com qualquer pessoa, quando submetidos a uma situação como a que vivemos agora, e principalmente os profissionais da saúde que estão diretamente ligados a doença. Quem tem perfil obsessivo-compulsivo pode exacerbar os pensamentos e os rituais característicos. Além disso, agressividade, irritabilidade, insônia, uso abusivo de bebidas alcóolicas, inapetência ou comer compulsivamente são alguns dos quadros que também podem ocorrer.

Infelizmente essas são as respostas de nossa mente para a tão temida pandemia que se desenha no cenário mundial. Como estamos recebendo uma enxurrada de notícias, as pessoas se sentem inseguras e sem ter muita certeza do que pode realmente ser real, a sensação mais comum é a falta de controle, incerteza com os dias futuros e uma instabilidade relativa a tudo e a todos. Pessoas infectadas ou com suspeita podem, pelo desespero, apresentar comportamentos impulsivos e até evidenciar tendências suicidas.

Cuide da sua saúde mental

Divulgar nossos sentimentos nos ajuda a gerenciá-los, pois falar em voz alta diminui seu impacto sobre nós. Essa atitude também nos ajuda a nos conectar a compartilhar com outras pessoas que estão se sentindo da mesma maneira. Isso normaliza nossos sentimentos e nos ajuda a ter mais apoio. Neste momento, precisamos ser autênticos e gerenciar nossas próprias emoções. 

Enquanto pessoas infectadas estão de quarentena, muitos de nós, estamos em distanciamento social e ficaremos sozinhos mais do que estamos acostumados. Esse é um bom momento para conversar com parentes e aquele amigo com quem você não conversa há muito tempo. WhatsApp, ou melhor ainda, ligar e ouvir a voz das pessoas. Isso ajuda a quebrar a sensação de isolamento e de estar sozinho. Outras atividades, como ler um livro, escrever ou aprender um idioma podem ajudar. Além disso, considere a meditação para liberar a tensão. Nosso sistema imunológico agradece.

É certo que, vencemos o medo e a insegurança quando trabalhamos a nossa inteligência emocional a favor da razão. Esta fará com que você ultrapasse os obstáculos. Se estiver consciente dos cuidados e precauções, municiado de informações corretas, com toda certeza, você poderá encarar essa situação da maneira mais tranquila, sem pânico e sem desespero. E, o mais importante: sem contribuir para a disseminação das falsas notícias que só trazem angústia e alimentam os transtornos psíquicos de toda uma população.

Precisando de ajuda, entre em contato.

Se você tem TDAH, certamente vai reconhecer esses padrões na sua vida.

Se você tiver TDAH, poderá notar certos padrões se repetindo na sua vida.
Prazos são um exemplo. Muitas vezes o processo é algo assim:

  1. Você recebe um prazo. Esse prazo parece abstrato e num futuro distante. Definitivamente não é algo que você precisa se preocupar agora.
  1. Você começa ter pensamentos de, talvez, trabalhar naquilo que tem um prazo final. Mas toda vez que entra a ideia em sua mente, a motivação simplesmente não está lá. E é claro, você tem muitas outras coisas mais agradáveis que poderia estar fazendo.
  2. Você chega ao ponto em que, se quiser cumprir seu prazo de forma razoável, que não seja de maneira caótica, é melhor começar já. Mas você simplesmente não faz.
  1. Você chega ao ponto em que, se você não começar neste exato segundo, você estará absolutamente em maus lençóis – e ainda estaria um pouco complicado, mesmo que começasse agora. Visualize: na noite antes do prazo final de um grande projeto, ou no dia do prazo de um projeto menor. Neste ponto, o seu cérebro entra em ação e você vai de 0 a 100 em uma corrida cheia de pânico enquanto o relógio corre.

Para pessoas com TDAH, há algo nesses momentos finais do prazo que finalmente nos faz disparar com força total. Muitas vezes, precisamos chegar a um ponto em que esperar por mais tempo simplesmente não seja uma opção, antes de encontrarmos a motivação para encarar qualquer tarefa ou projeto que seja urgente.

Isso faz parte do déficit de motivação que vem com o TDAH. Antes de chegarmos ao ponto de total urgência, sabemos em teoria que devemos começar a trabalhar para cumprir o prazo, mas no lugar do autocontrole e da decolagem inicial, direcionamos nossa energia para outra tarefa, e surgem muitas ideias sobre outras coisas que seriam mais interessantes.

Não existe uma solução perfeita

Você pode reconhecer essa tendência e tentar estar ciente desses padrões conforme eles surgem e se repetem na sua vida. Você também pode buscar ambientes onde tudo esteja em um prazo curto, de modo que sua propensão para um trabalho no último segundo não seja uma desvantagem.

Tal como acontece com muitos aspectos do TDAH, o melhor que você pode fazer é reconhecer que esse é um padrão relacionado ao TDAH e, na medida do possível, estruturar sua vida para acomodar as características da sua relação pessoal com os prazos.