O período natalino e o final de ano, embora repletos de alegria e celebração para muitos, podem também desencadear altos níveis de estresse em algumas pessoas. A pressão social, as expectativas familiares e a corrida contra o tempo para cumprir metas pessoais podem resultar em uma carga emocional intensa. A psicologia nos lembra da importância de reconhecer e respeitar as diferentes reações de cada indivíduo diante desse contexto, promovendo empatia e compreensão.
O estresse durante o Natal muitas vezes está relacionado a uma busca incessante pela perfeição, seja na organização de eventos familiares ou na escolha dos presentes ideais. É importante lembrar que aceitar que a imperfeição faz parte da experiência humana pode aliviar a pressão auto imposta. Estabelecer limites realistas e focar nas conexões emocionais genuínas pode contribuir para uma abordagem mais saudável e equilibrada neste período desafiador.
“O que causa o aumento de estresse é que existe uma sobrecarga adicional nessa época do ano, incluindo trabalho, vida pessoal e família. Natal é mais propenso a tristeza, depressão e culpa. No Ano Novo a gente pode pensar mais em ansiedade”
Conclusão da pesquisa realizada pelo International Stress Management Association no Brasil.
Na pesquisa da International Stress Management Association no Brasil, feita em 2019, foram entrevistadas 678 pessoas com idade entre 25 e 55 anos. Veja as respostas sobre como se sentiam no fim de ano:
- 75% ficam mais irritadas 😡
- 70% mais ansiosas 😰
- 80% sentem a tensão no corpo 😬
- 38% têm problemas para dormir 👀
Em média, 82% de nível de estresse afetando as mulheres contra 75% relacionado aos homens. Na verdade as mulheres acumulam mais responsabilidades e por isso o aumento maior.
Encerrar o ano de forma consciente é fundamental. Em vez de apenas refletir sobre metas não alcançadas, é benéfico reconhecer os sucessos pessoais, mesmo os pequenos. O autocuidado ganha destaque, incentivando a busca por momentos de tranquilidade e a valorização das relações interpessoais significativas. O entendimento de que o final de ano pode representar diferentes desafios para cada indivíduo possibilita uma abordagem mais compassiva, contribuindo para a construção de um ambiente emocionalmente saudável e positivo. Que este período seja marcado não apenas pela pressão, mas também pela compreensão e aceitação, promovendo o bem-estar psicológico de todos.
Sou Joana Santiago Psicóloga
Os transtornos alimentares em crianças e adolescentes representam um desafio significativo para profissionais de saúde e familiares, pois podem afetar não apenas a saúde física, mas também o bem-estar emocional e psicológico desses jovens.
Muitas vezes associada a problemas de autoestima e ansiedade, a compulsão alimentar pode aparecer ainda na infância. As principais características são o consumo de grandes quantidades de alimento em pouco tempo (principalmente doces e carboidratos simples), o sentimento de culpa em relação à comida e o costume de comer escondido. Depois de comer muito, é comum que a criança ou adolescente se sinta estufada, desconfortável. Além disso, ela pode manifestar tristeza ou vergonha depois de ter comido tanto.
Um dos transtornos mais comuns nessa faixa etária é a anorexia nervosa, caracterizada por uma preocupação excessiva com o peso e uma restrição extrema de alimentos. Esse comportamento pode levar à sérias complicações de saúde, como desnutrição, comprometimento do crescimento e distúrbios hormonais.
Além disso, é outra condição preocupante. Nesse transtorno, os jovens alternam períodos de compulsão alimentar, em que consomem grandes quantidades de comida em um curto espaço de tempo, com episódios de purgação, como vômitos ou uso excessivo de laxantes. Esses comportamentos podem resultar em problemas gastrointestinais, desequilíbrios eletrolíticos e danos ao esmalte dentário. É crucial que os profissionais de saúde estejam atentos a sinais precoces desses transtornos para intervir rapidamente e fornecer o suporte necessário.
Distúrbio alimentar infantil é diferente de transtorno alimentar:
Apesar de muitas vezes serem usados como sinônimos, os distúrbios alimentares estão mais ligados a questões fisiológicas do que psicológicas. Ou seja, podem estar associados a questões do sistema nervoso central – como a hipersensibilidade, comum em pessoas com autismo.
Os fatores que contribuem para o desenvolvimento de transtornos alimentares em crianças e adolescentes são complexos e multifacetados. Pressões socioculturais, padrões irrealistas de beleza, bullying e questões familiares podem desempenhar papéis significativos. Promover uma imagem corporal positiva, incentivar hábitos alimentares saudáveis e manter uma comunicação aberta com os jovens são estratégias importantes na prevenção desses transtornos. O envolvimento ativo dos pais e educadores na promoção de uma cultura de aceitação e respeito pelas diferenças individuais também desempenha um papel crucial na prevenção e tratamento dessas condições.
Como tratar o transtorno alimentar infantil?
O tratamento dos transtornos alimentares em crianças e adolescentes geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar, com a colaboração de médicos, psicólogos, nutricionistas e outros profissionais de saúde mental. A terapia cognitivo-comportamental é frequentemente empregada para modificar padrões de pensamento disfuncionais relacionados à alimentação e à imagem corporal. Além disso, o apoio emocional e a educação dos pais são fundamentais para fortalecer o suporte social e familiar, contribuindo para a recuperação desses jovens e a promoção de um relacionamento saudável com a alimentação e o corpo.
Sou Joana Santiago Psicóloga