Estão preparados para mudanças e renovações? Após vivenciar as festividades natalinas, como falei no texto O Natal e nossas emoções, a última semana do ano é invadida por retrospectivas, sejam elas iniciadas pelos canais de televisão ou pela internet, que nos inundam de diversos sentimentos intensos e difíceis de serem nomeados.
Quanto mais nos aproximamos do dia 31, mais reflexões dominam o nosso mundo consciente e inconsciente. É comum relembrar e quantificar os pontos positivos e negativos do ano que está acabando. É tempo de muitos conflitos internos, de maior apropriação das conquistas e das frustrações dos desejos que não foram realizados.
Livrar-se de um “ano velho” é paralelamente conviver com o luto e com o nascimento do novo, situações que nem sempre estamos psiquicamente fortalecidos para enfrentar. Tal fato nos faz pensar que é preciso respeitar a pontinha de tristeza que vivenciamos nas vésperas da finalização deste ciclo, sendo assim, simbolicamente vivenciamos a morte de uma parte da nossa história de vida que não voltará.
Precisamos aprender a conviver com as nossas tristezas, para então, dar espaço as surpresas boas que a vida pode nos oferecer. Finalizar um ciclo é doloroso, mas quando temos consciência de que é necessário para dar lugar ao novo, os últimos dias do ano se tornam menos tempestuosos psiquicamente.
Que a renovação do ano nos impulsione para a renovação da própria vida, ressignificando, perdoando e respeitando o que somos no aqui agora. Que a maior expectativa para 2023 não seja o ano novo, mas um posicionamento novo sobre o melhor que possamos ser para com o outro e principalmente para conosco!
Obrigada leitores do blog e seguidores das minhas redes sociais e a todos os pacientes que depositaram e depositam total confiança em meu trabalho. Vocês dão real sentido a minha vida profissional e me fortalecem para um novo ciclo em 2023!
https://joanasantiago.com.br/wp-content/uploads/2022/12/25.08-destaque-3.png334513Joana Santiagohttps://joanasantiago.com.br/wp-content/uploads/2016/04/JOANA-SANTIAGO-LOGO-300x120.jpgJoana Santiago2022-12-30 16:31:372022-12-30 16:31:39É tempo de renovação!
Conforme o mês de dezembro vai se aproximando podemos ver como as ruas vão sendo decoradas e como vai se formando um ambiente festivo. Recebemos mensagens de amigos e pessoas queridas, começamos a planejar os detalhes dos encontros que teremos com eles e buscamos formas de expressar o nosso carinho. É uma época de reencontros e, mais do que dar e receber, é um momento para compartilhar.
Apesar de muitos considerarem que esta é uma época feliz, familiar e divertida, há pessoas que a vivem de uma forma diferente, com nostalgia, tristeza, frustração, estresse e até dor.
Muito além de como as percebemos, pode ser porque as datas sejam o momento do ano em que mais experimentamos diferentes emoções, e estas estão diretamente relacionadas com as experiências que vivemos.
De acordo com a psicologia é importante que nesses momentos do ano, possamos nos dedicar a identificar o que sentimos e refletir sobre o que está nos fazendo sentir dessa forma. Sentimos alegria? Ou nos sentimos tristes, melancólicos e irritados?
É importante e necessário compreendermos as nossas emoções, permitir-nos senti-las e fazer o que estiver em nossas mãos para gerenciá-las e vivê-las de uma maneira saudável e de acordo com o que acontece ao nosso redor.
Não devemos nos pressionar com a ideia de que todo mundo deve estar feliz durante o Natal, e que se não estivermos, precisamos nos esforçar para nos sentirmos assim. Na realidade, devemos aceitar o nosso humor, ao mesmo tempo em que procuramos nos adaptar à situação da melhor maneira possível.
É importante cuidarmos e utilizarmos os nossos pensamentos de uma maneira positiva, sem nos deixarmos levar pelas ideias que nos fazem mal. Para fazer isso, devemos tentar relativizar o Natal, transformá-lo em algo mais neutro, que torne as coisas mais fáceis na hora de vivê-lo.
Podemos apreciar a companhia da família e dos amigos assim como fazemos em qualquer outra data. Sem pressão, sem a obrigação de ser feliz, e sem fazer mal a nós mesmos com pensamentos negativos.
Desejo um Natal repleto de emoções positivas para todos nós!
Muitas vezes, a rotina e os problemas em família (filhos, finanças, trabalho…), somados à falta de compreensão e de respeito pela individualidade do outro, fazem com que os companheiros percam a capacidade de diálogo. Divergências de pensamento e diferentes visões de mundo, quando muito acentuadas, podem acabar levando uma relação à crise.
Aquelas longas conversas, que comumente acabam em brigas e acusações, são facilitadas através da psicoterapia. O psicólogo, então, passa a fazer o papel de mediador, e de forma cuidadosa, elabora questionamentos e induz à reflexão, permitindo que o casal saia da zona de conflito e parta para a busca de soluções.
As sessões costumam ocorrer semanalmente, mas dependendo do caso e das limitações do casal – sejam elas financeiras, profissionais ou familiares – , também pode ser que os encontros ocorram quinzenalmente.
– Mas, e quando o casal já atingiu um nível de desentendimento que não cessa nem durante a psicoterapia?
Nesse caso, o terapeuta pode sugerir que algumas sessões sejam realizadas individualmente, para tratar questões pontuais e, só depois, voltar a reunir o casal para dar continuidade à psicoterapia em conjunto. De todo modo, a psicoterapia de casal é uma oportunidade de perceber que, diferente do que se pensa, nem sempre há falta de comunicação, mas um jeito equivocado de se comunicar.
Psicoterapia de casal e suas técnicas
Este é um ponto importante sobre a dinâmica da psicoterapia a dois: a tentativa de desenvolvimento de um diálogo construtivo, com uma linguagem clara e respeitosa, com a percepção de escolha do melhor momento e lugar para a conversa, do tom de voz certo e, principalmente, com uma escuta atenta e jamais deslegitimando o sentimento e as falas do outro.
Infelizmente, o conceito de comunicação não-violenta ainda não está plenamente desenvolvido e, sequer, sua prática. E é muito comum entre casais essa violência verbal, que é onde, geralmente, todo o conflito se inicia. Por isso, a psicoterapia se faz necessária para mostrar que é possível comunicar-se positivamente, já que este é um dos alicerces mais importantes do relacionamento.
A psicoterapia só serve para casados?
A psicoterapia serve tanto para casais em união estável, namorados que moram juntos, ou, de fato, casados. Não é necessário ter uma formalização civil para fazer o acompanhamento. Trata-se de uma forma saudável e madura de tentar lidar com as diferenças e buscar um maior companheirismo na relação, ou mesmo trabalhar com um possível processo de separação/divórcio de forma amigável.
Casais separados que têm filhos podem fazer psicoterapia em conjunto. Contudo, nesses casos, o objetivo não será mais trabalhar as insatisfações e questões do relacionamento a dois. Mas sim, será uma psicoterapia parental ou familiar, onde os objetivos se voltam mais para a orientação dos pais em relação à educação dos filhos.
Como saber quando é hora de procurar ajuda?
A psicoterapia de casalé recomendada quando o relacionamento conjugal está passando por conflitos, em que ambos os parceiros não estão conseguindo administrar sozinhos e que, por conta disso, outros setores da vida vêm sendo afetados significativamente, prejudicando o bem estar e a qualidade de vida dos envolvidos.
O ideal é que o casal procure pela psicoterapia ainda no início do conflito. Quando os dois percebem que os problemas vêm se tornando repetitivos, assim como quando buscamos a psicoterapia individual. A psicoterapia de casal evita agravantes como a mágoa e o ressentimento, além de sintomas e doenças nos próprios parceiros e até nos filhos.
A psicoterapia de casal oferece acolhimento e ambiente propício para o casal desabafar, colocar as questões que afligem cada um e buscar, juntos, saídas para os seus problemas e sofrimentos.
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