Tirar a própria vida é a atitude mais extrema que alguém pode tomar. Mas você sabia que grande parte dos casos de suicídio está ligada a transtornos mentais? Antes de mais nada, transtorno mental não significa loucura. Este tipo de distúrbio é detectado por um profissional de saúde mental através de padrões comportamentais. Esses transtornos causam sofrimento e incapacidade de agir de forma saudável no cotidiano.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 90% dos casos de suicídio está relacionado a problemas como transtornos de humor, dependência alcoólica, esquizofrenia e transtornos de personalidade.
“Muitos acreditam que o suicídio resulta de uma escolha livre, como um exercício da liberdade entre escolher a vida ou a morte. Mas, na verdade, em quase 100% dos casos ele está associado a uma doença mental. Os dados da OMS mostram, por exemplo, que em apenas 3,2% dos casos não foi possível identificar um diagnóstico preciso entre as vítimas. Esses transtornos mentais alteram a percepção da realidade e podem interferir no livre-arbítrio”. É o que afirma o José Alberto Del Porto, pós-doutor pela University of Illinois at Chicago (EUA) e professor-titular da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Os principais tipos de transtornos mentais relacionados ao suicídio são:
- Depressão e Transtorno afetivo bipolar (36% dos casos*)
- Transtorno relacionado ao alcoolismo e substâncias (23% dos casos*)
- Esquizofrenia (14% dos casos*)
- Transtornos de personalidade (10% dos casos*)
*Segundo pesquisa realizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) (disponível em inglês)
Todos nós podemos ajudar a combater o suicídio. As discussões sobre o suicídio e suas possíveis causas vêm ganhando cada vez mais espaço na sociedade. Foi assim que, em 2014, surgiu o Setembro Amarelo, um mês inteiro para desmistificar e tratar o assunto com lucidez. Afinal, a melhor forma de combate é a informação.
Você sabe como poderia ajudar alguém nessa situação? Tire suas dúvidas!