Diante da tragédia que aconteceu na escola Estadual Thomazia Montoro na última segunda-feira, como fica a cabeça das pessoas envolvidas e principalmente dos pais.

A escola deve ser um local seguro para socializar e cultivar a formação intelectual, moral e ética do aluno. Por isso, presume-se que esse lugar seja munido de proteção e segurança. Mas o atual cenário brasileiro, com o acontecido na última segunda-feira, nos dá uma realidade de desrespeito e violência. 

Atualmente situações de violência ganham cada vez mais destaque nas mídias e pesquisas, nas agressões nem sempre são físicas. Casos de violência psicológica são bem mais comuns e menosprezados, pois constantemente são julgados como brincadeira.

O aumento da violência nas escolas, faz com que seja criada uma atmosfera de medo e vulnerabilidade, tanto para professores quanto para alunos e pais. Vítimas presentes nesse índice são propensas a desenvolverem problemas sérios de saúde tanto físicos quanto mentais.

Causas e consequências da violência em âmbito escolar

Assim como ocorre em nossa sociedade, a escola não está protegida e isenta de violência social. Inclusive, acaba sendo um espelho da nossa realidade.

A reproduções de ambientes violentos, como por exemplo: presença de discussões familiares, ausência dos pais ou responsáveis, falta de afeto, desemprego, pobreza, falta das políticas públicas, violência presentes nos meios de comunicação, violência sexual, falta de empatia, entre outros, são formas que encontram de manifestar, uma vez que as crianças reproduzem o que veem ou o que lhes é ensinado, pois o agressor por vezes vem de convívios familiares perturbados e/ou desestruturados, e é frequente que tenha sido submetido à violência doméstica. Com isso, acaba reproduzindo na escola o uso de forças e da intimidação, sob a qual é sujeitado em seu meio familiar.

Por outro lado, quando os alunos não se sentem representados, não gostam das aulas e/ou presenciam abusos de poder por parte dos docentes e do setor pedagógico, tendem a encontrar maneiras de implicar com os mesmos, fazendo com que os professores se sintam constantemente atacados por parte dos estudantes, levando ao desânimo e até mesmo problemas psicológicos, já que vivem em constante estado de alerta, com medo de serem alvos.  

A violência dentro do contexto escolar se manifesta entre os estudantes pelas agressões físicas, verbais, materiais, cyberbullying, social e psicológica, essas comumente são ações que perpetuam o bullying.

Como combater a violência na escola

A primeira forma de combater a violência na escola é envolvendo os alunos para pensarem sobre esse fato. Assim, colocar questões como abaixo, pode ajudar os alunos a entenderem o tema e refletir melhor.

  1. O que é violência?
  2. Quais os tipos de agressão?
  3. Em que contextos históricos temos violência?
  4. Quais desses tipos de violência ocorrem no país, na cidade e na escola?
  5. Existem casos em que a violência é tida como legítima?
  6. Por meio de quais instituições dá para combatê-la?
  7. Como as artes e o esporte ajudam a lidar com a violência?
  8. Quais leis nos protegem?

Além de motivar o pensamento crítico, o jovem também tem a chance de intervir sobre as manifestações que o afetam. É nessa hora que entra um segundo ponto que deve ser feito em todas as fases da vida: como mediar conflitos.

Dá para explorar ainda ações que fomentem o protagonismo estudantil, com o objetivo de ensinar como gerir as muitas situações de forma democrática e justa. Alguns exemplos são:

  • Assembleias que envolvem os pais, alunos e docentes;
  • Criar um grêmio estudantil;
  • Fazer campanhas de conscientização;
  • Manifestação pública em redes sociais.

Papel dos pais no combate à violência na escola

A negligência dos pais e responsáveis pode ter uma certa influência na conduta do discente, tendo em vista que a família é a base da educação. Sendo assim, se a família não age de forma paralela com a escola, o aluno não entende que seus atos têm uma consequência real.

No caso em que os pais suspeitam que seu filho é agredido ou vítima de bullying, não lhe diga que resolva seus próprios problemas. É extremamente positivo que estabeleça um canal de comunicação de confiança com seu filho para que ele se sinta à vontade em falar contigo sobre tudo de bom ou de mal que esteja vivendo.

Se seu filho é uma vítima, fale com ele, e se comprometa em ajudá-lo a resolver este problema. Diga-lhe que ele não é culpado desta situação. Não o faça sentir-se culpado nem o abandone. Tente sempre algo mais.

Junto ao seu filho, fale do assunto. Faça-o sentir-se protegido, sem estimular a dependência. Envolva quanta gente seja possível e siga esses conselhos:

1- Investigue em detalhe o que está ocorrendo. Escute seu filho e não o interrompa. Deixe que desabafe sua dor.

2- Coloque-se em contato com o professor do seu filho, com a direção do colégio e com o coordenador de estudos para alertá-los sobre o que ocorre, e peça sua cooperação na investigação e na resolução do acontecido.

3- Não estimule seu filho que seja agressivo ou se vingue. Pioraria mais a situação.

4- Discuta alternativas seguras para responder aos agressores e pratique respostas com seu filho.

5- Caso a agressão continue, prepare-se para colocar-se em contato com um advogado.

6- Dependendo do grau de ansiedade e de medo que esteja envolvido o seu filho, busque um psicólogo para ajudá-lo a superar este trauma. Mas jamais se esqueça que a melhor ajuda, nesses casos, é a da família.

7- Mantenha a calma e não demonstre tanta preocupação. Demonstre determinação e otimismo.



Quando seu filho é o agressor é muito difícil para muitos pais reconhecerem algo negativo na conduta de seus filhos, por isso é muito importante, quando se detecta o caso, que eles trabalhem diretamente com a escola para resolver este problema, de uma forma imediata, já que normalmente o problema de uma má conduta pode crescer como uma bola de neve. O que jamais devem fazer os pais do agressor é usar de violência para resolver o problema. Podem ser acusados de maus tratos ao seu filho.

Melhor seguir alguns conselhos:

1- Investigue o porquê do seu filho ser um agressor.

2- Fale com os professores, peça-lhes ajuda, e escute todas as críticas sobre seu filho.

3- Aproxime-se mais dos amigos do seu filho e observe que atividades realizam.

4- Estabeleça um canal de comunicação e confiança com seu filho. As crianças necessitam sentir que seus pais os escutam.

5- Tome cuidado para que não culpe aos demais pela má conduta do seu filho.

6- Colabore com o colégio dando seguimento ao caso e registrando as melhoras.

7- Canalize a conduta agressiva de seu filho até algum esporte de competição, por exemplo.

8- Deixe claro ao seu filho que a conduta de agressão não é permitida na família.

9- Deixe claro o que ocorrerá se a agressão continuar.

10- Ensine-o a praticar boas condutas.

11- Não ignore a situação. Mantenha a calma e procure saber como ajudar o seu filho.

12- Incentive seu filho a manifestar suas insatisfações e frustrações sem agressão.

13- Demonstre ao seu filho que continua amando-o tanto quanto antes, mas que desaprova seu comportamento.

14- Anime-o para que reconheça seu erro e que peça perdão à vítima. Elogie suas boas ações.

Se você estiver vivenciando a presença dos primeiros sintomas no seu filho(a) ou amigo, entre eles: desânimo, choro repentino, sensação de pânico ou até mesmo autodepreciação, depressão, ansiedade, mudanças de comportamento, aflição e tristeza, procure ajuda profissional.

Sou Joana Santiago – Psicóloga

A música que você escuta contribui com diferentes benefícios para a saúde mental, melhorando quadros de ansiedade, humor, socialização e autoestima.


São inúmeras as evidências científicas que relacionam o bem-estar e a saúde emocional à saúde física. Dentro desse conceito, a música e sua influência positiva ajudam a manter o bem-estar e a saúde do indivíduo. Além de viabilizar relações interpessoais mesmo à distância, ouvir música e dançar auxilia na produção de hormônios que promovem sensação de bem-estar.

Pessoas que sofrem de Transtorno de Ansiedade Generalizada, por exemplo,  tendem a ser mais aceleradas. Uma das características que elas possuem é o pensamento focado no futuro. Ao dançar, a pessoa libera serotonina, o “hormônio da felicidade”. Ao se conectar com a música e focar nos próprios movimentos, os pensamentos se voltam para o presente, além de gerar o sentimento de prazer e alegria, auxiliando na diminuição do estresse. 

Pensamentos ansiosos causam sentimentos de angústia, receio e medo do futuro, por exemplo. Quando a pessoa começa a cuidar do físico, psíquico e psicomotricidade, volta a ter uma maior estabilidade e controle emocional. A partir do momento em que a dança ou outro exercício desperta prazer, emoção e sentimento de satisfação.

No que diz respeito a baixa autoestima, praticar a modalidade também promove o bem-estar e a recuperação desse sentimento que gera no indivíduo um valor de insuficiência e insegurança na interação com outras pessoas. Nesse caso, a dança é uma forte aliada para afastar esse tipo de sofrimento. Ao se conectar com o próprio corpo, automaticamente desenvolvemos autocontrole. E, à medida que existe o aprendizado de novos passos e coreografias, a autoconfiança cresce.

Os principais benefícios da dança e da música para a saúde mental:
. Reduz o estresse e ansiedade
. Melhora o humor
. Eleva a autoestima
. Fortalece a memória


O som está presente na vida da humanidade desde os primórdios da história. É por meio do som que conseguimos nos comunicar. Para ouvir música e dançar não precisamos de técnicas avançadas, como nas demais artes. Pelo contrário. É necessário apenas espontaneidade e movimento. A partir da acústica, o ser humano é capaz de criar. Criar significados, sentimentos, territórios.

Dito isso, percebe-se que a musicoterapia se torna um momento de expressão de sentimentos e de gestos. Ela se torna um diferencial no tratamento em saúde mental, aliada à psicoterapia e às medicações. Teste, experimente, liberte-se a cada movimento e sinta o benefício diretamente em seu corpo.

Você que já pratica a dança e gosta de música, pode me contar um pouco sobre sua experiência? 

Sou Joana Santiago – Psicóloga

O espaço terapêutico precisa ser agradável e acolhedor, transmitindo uma sensação agradável às pessoas que estão no local.


O intuito da terapia é tratar problemas emocionais, comportamentais e psicológicos. No tratamento, o psicólogo ajuda o paciente a refletir sobre seus problemas, encontrando novos meios de lidar com eles. Com isso, o indivíduo pode promover mudanças profundas no seu modo de pensar, e melhorar sua vida significativamente.

Para que uma relação terapêutica seja satisfatória, o profissional deve adotar uma imagem não-punitiva e  aceitar as individualidades de cada paciente. Isso porque quem busca a terapia normalmente está sofrendo por algum motivo, e muito possivelmente está recebendo algum tipo de punição em algum contexto da sua vida.

A aceitação incondicional por parte do terapeuta mostra ao paciente que ele pode ser ele mesmo, falar o que precisa sem ser punido. Isso resulta em uma relação de confiança, e faz com que cada vez mais os comportamentos punidos apareçam.

A proximidade da relação terapêutica possui vários propósitos: Proporciona um local seguro para os pacientes relevarem a si mesmos, oferecendo-lhes a experiência de serem aceitos e compreendidos após uma profunda exposição, ensina aptidões sociais e por fim ensina que a intimidade é possivelmente alcançável. Uma vez atingido esse objetivo, podem-se construir relacionamentos semelhantes fora da terapia.

A importância da relação terapêutica na prática clínica:

. Promove autoconhecimento

Um dos benefícios da terapia é dar ao paciente a capacidade de compreender melhor a si mesmo, bem como seus valores e objetivos pessoais. A terapia permite que o indivíduo possa dominar e administrar melhor os seus sentimentos.

No tratamento terapêutico, o autoconhecimento é estimulado na identificação de falhas contínuas na vida da pessoa. Desse modo, ela fica mais preparada para lidar com ideias negativas e emoções adversas. O autoconhecimento ainda promove o fortalecimento da autoestima.

. Ajuda a encontrar motivação

A motivação funciona como um impulso para atingir uma finalidade. Parte sempre de dentro da pessoa e, sem ela, torna-se extremamente difícil conquistar um objetivo pessoal ou profissional. A falta de motivação pode estar relacionada à depressão, dentre outros problemas.

O suporte profissional em uma terapia ajuda a levar à tona o que origina a falta de motivação do paciente. Uma pessoa desmotivada tem problemas recorrentes na sua vida pessoal e profissional, já que se sente inibida a executar certas ações. Por meio de tratamento, pode-se ajudar o paciente a impulsionar seus próprios motivos.

. Melhora os relacionamentos interpessoais

Para ter uma vida plena e satisfatória é muito importante saber se relacionar bem com o próximo. As relações interpessoais fazem parte do cotidiano do ser humano e podem ser observadas em interações do dia a dia, como as estabelecidas no ambiente de trabalho com colegas, em casa com a família ou no contato com amigos.

A terapia promove o desenvolvimento de habilidades sociais com o intuito de melhorar os relacionamentos interpessoais. O tratamento é útil para os que têm dificuldades em se relacionar com outras pessoas, o que consequentemente evita o isolamento social.


Sou Joana Santiago – Psicóloga