Que a paz, o respeito, o amor e a solidariedade que tanto expressamos nessa época possam ser colocados em prática a cada dia de nossas vidas! Feliz Natal!

O Natal é uma época maravilhosa, uma ocasião especial, em que nos reunimos com a família e as pessoas que amamos. Esta época estimula a procura por reforçar os laços afetivos com quem se ama. É um momento que aflora o verdadeiro espírito do Natal: partilha, compaixão, generosidade e respeito.

Por estas e outras razões que o Natal é uma época de felicidade, de pensar com carinho nas pessoas que amamos, de passar um tempo agradável com quem está perto de nós e de pensar como podemos estar mais atentos ao próximo.

Durante o mês de Natal refletimos sobre as nossas vivências ao longo do ano. Não importa se temos ou não uma família convencional. Um Natal em família é reviver e redescobrir entre todos, o verdadeiro motivo pelo qual o comemoramos. É sinónimo de família, amor, união e alegria. Acredito que seja uma data para passarmos com as pessoas que amamos, seja família de sangue ou família de coração. O importante é que seja com aqueles que escolhemos para fazer parte de nossas vidas. Esteja em família e mostre que o espírito de Natal vive no amor e partilha de afetos. Entregue-se a esta magia. Afinal de contas, já é Natal!

Sou Joana Santiago – Psicóloga

A internet e seus recursos afetam nosso humor e comportamento na atualidade
A internet é um recurso de grande importância na atualidade e que remodelou ações,  estilo de vida e comportamentos.

A presença das redes sociais é cada vez mais crescente em nossas vidas. Naturalmente, essa influência repercute em nossos comportamentos e até em mudanças de humor acentuadas.

O imediatismo, as questões do feedback e aceitação, entre “amigos” virtuais, bem como a problemática da privacidade online, faz com que as redes sociais possam afetar negativamente ou até positivamente seu dia-a-dia. Mas até que ponto essa influência é positiva e até recomendada?

Agora, vamos ser sinceros, ver seu post cheio de likes é muito legal. Muita gente sente o mesmo. Quando recebemos uma curtida, nosso cérebro gera uma descarga de dopamina, mesmo neurotransmissor produzido quando comemos chocolate, fazemos sexo ou ganhamos dinheiro, guardadas as devidas proporções. Na prática, Facebook e Instagram nos dão prazer. E, ao que parece, estamos ficando “viciados”.

De maneira geral, o que significa receber um like em uma foto ou conteúdo postado? O like atribui uma reação positiva do outro mediante uma expressão minha. Ou seja, pode ir ao encontro das necessidades de afeto, empatia, proteção, validação, compreensão, aceitação social. Ao olharmos sob esse prisma, seria errado ficarmos felizes quando recebemos likes? Não! Se sentir bem representa que as nossas necessidades estão sendo atendidas. E até aí corresponde a uma forma saudável de interagir com o mundo. 

Muitos casos de dependência começam pela ânsia de aceitação...

Os likes então podem ser saudáveis? Sim! Saia um pouco do mundo virtual e venha para a realidade. Não é mesmo muito bom nos sentirmos compreendidos quando estamos expressando uma ideia? E que tal recebermos elogios? Apesar de algumas pessoas ficarem constrangidas, a verdade é que receber uma afirmação positiva a nosso respeito faz um bem danado! É por isso que nós, psicólogos, estimulamos relacionamentos de troca e afeição – são importantes e saudáveis. 

Um contraponto é a “necessidade de likes” e de feedback positivo, esses poderão ter uma influência direta no seu humor, tornando-se aos poucos um viciado das redes sociais, mesmo que o negue ou então que não passe muitas horas nas redes sociais. Muitos casos de dependência começam por esta ânsia de aceitação. Conforme as pessoas se refugiam nas redes, elas perdem a habilidade de se relacionar com os outros. Você vê jovens que não se relacionam ao vivo, mas estão nos smartphones. Isso gera a incapacidade de ler a emoção dos outros e faz a pessoa se refugiar dentro da vida online, porque lá temos mais controle.

Se você é afetado por likes olhe para isso como uma forma de se conhecer. Olhe mais profundamente agora…Parece haver uma dependência disso aí no seu mundo interno? Ou seja, se você não receber tantos likes você fica mal? Ou, para se sentir bem, você parece precisar dos likes? Talvez caiba aí uma reflexão aberta e honesta de você com você mesmo: tem aí uma necessidade emocional não satisfeita em você. De onde vem isso? Você já se sentiu assim outras vezes? Quais as formas que você pode se atender além dos likes?

Antes de se julgar, entenda essa relação com os likes como a ponta de um iceberg… tem coisa aí embaixo que precisa ser vista. E, quando detectada, fica bem mais fácil de saber os caminhos necessários para você reparar. Talvez, você esteja achando que é só através dos likes que você será satisfeito. E eu quero te dizer que não! Os likes podem trazer satisfação a curto prazo, mas por ser um movimento superficial e virtual, não preenche direito aquilo que precisamos. Os movimentos de internet são rápidos e passageiros. Amanhã já tem um milhão de novos conteúdos e parece que você já ficou esquecido no meio de tanta coisa.

Talvez você esteja mesmo precisando ligar para aquele amigo, companheiro e olhar no olho. Ou uma conversa franca com seus pais…ou então, quem sabe você pode ser a sua companhia e aprovação? Existe também um acolhimento seguro num consultório terapêutico. Os estudos cada vez mais demonstram que uma reparação emocional ocorre com o olho no olho, toque, conexão. Não tem nada de errado com a internet, mas há outros meios de você buscar sua satisfação emocional. Meu conselho pra você hoje: Vai lá, experimenta e depois me conta aqui?!

Sou Joana Santiago – Psicóloga

A necessidade de conversar com os jovens sobre as dores que eles sentem é urgente. É importante saber lidar com frustrações e conflitos sem se machucar e sem machucar o outro.

A automutilação é o termo utilizado para designar a pessoa que pratica o ato de se cortar em alguma parte do corpo, para obter, de uma forma desesperada, um alívio de uma dor psíquica intensa. 

O comportamento é conhecido como “cutting”, que significa “corte” em inglês. Após o ato, surge o sentimento de vergonha, sendo preciso esconder os cortes para evitar um outro sentimento: a culpa por estar agindo assim. 

É um tema muito delicado nas conversas entre pais e filhos, principalmente pela falta de informação e preparo para explorar sentimentos relacionados a essa situação.

A adolescência e os primeiros anos da vida adulta são um período de grandes mudanças na vida. Trocar de escola, começar a faculdade, sair de casa e buscar emprego pode ser muito emocionante para alguns, mas outros são tomados pelo sentimento de apreensão e acabam ficando estressados.

O sinais da automutilação 

É um terrível engano acreditar que somente indivíduos adoecidos mentalmente podem provocar em si a automutilação ou autolesão.

Autolesão ou lesão autoprovocada intencionalmente é qualquer lesão intencional e direta dos tecidos do corpo provocada pela própria pessoa, mas sem que haja intenção de cometer suicídio. A forma mais comum de autolesão é a utilização de um objeto afiado para cortar a pele. No entanto, o termo descreve uma ampla diversidade de comportamentos, incluindo queimaduras, arranhões, bater em ou com partes do corpo, agravar lesões existentes, arrancar cabelos ou ingerir objetos ou substâncias tóxicas.

Pessoas que sofrem deste distúrbio, comumente se fecham no quarto, ficam trancados no banheiro em banhos de longo período, recusam-se a participar de atividades em conjunto com os familiares e colegas que sejam necessárias a utilização de roupas curtas. Frequentemente usam blusas de manga comprida e calças, mesmo se o clima estiver quente, com o intuito de esconder os cortes. 

É uma prática que acomete principalmente adolescentes dos 12 aos 17 anos de idade. Existem relatos de crianças com idades de 8 a 10 anos, e de adultos com este tipo de comportamento, no entanto, são em menor proporção.

As possíveis causas deste comportamento

Os educadores pedem socorro. Os pais não sabem como lidar com essa situação.  Mas afinal, o que leva os jovens a esse comportamento? Ou seria outra a pergunta: o que esse comportamento leva aos jovens?

No momento intenso da dor a solidão toma conta, o coração acelera, dores estomacais surgem, as pernas tremem e um turbilhão de pensamentos negativos perturbam a mente cansada, a ponto de realizarem o ato novamente, novamente e novamente… 

As emoções negativas perturbam, enlouquecem, e o que se vê é a única possibilidade de resolver os conflitos internos com os cortes. O triste é que parece uma droga viciante e de difícil controle, pois não há outra alternativa quando o organismo, como defesa, foca numa única dor, ou seja, a dor provocada pelos cortes, a dor psicológica consequentemente diminui, o que causa o alívio da dor emocional. 

A demora para buscar ajuda pode desencadear um Transtorno Depressivo maior, o Transtorno Obsessivo Compulsivo, mais conhecido como TOC, o Transtorno de Ansiedade Generalizada e, em alguns casos, o suicídio. 

Relação entre automutilação e depressão

De forma breve, a depressão é uma doença psicológica que incapacita a pessoa, reduzindo drasticamente seus parâmetros de sofrimento. Desse jeito, ela sofre em excesso por coisas que antes não provocavam tanta dor nela.

Então, a relação da depressão com a automutilação vem da redução do prazer e do excesso de pensamentos torturantes e autodepreciativos. Esses, em vários casos, levam a pessoa a querer transferir a sua dor emocional para o corpo, para sentir dor física, como meio de aliviar, de alguma forma, todos aqueles sentimentos e pensamentos ruins.

Onde buscar ajuda?

Para você que é pai, mãe ou professor de jovens, garanta que você esteja presente e situado na vida de seu filho/aluno o máximo possível. É nos detalhes do convívio que conseguimos identificar o que está acontecendo com a pessoa.

Entretanto, é importante saber os limites da privacidade e garantir que a sua relação seja respeitosa. Quando o adulto se mantém presente, mostrando ser um ponto de apoio confiável e seguro para o adolescente, os riscos de uma automutilação acabam diminuindo.

Além disso, monitore se esse adolescente passou por algum luto recente ou alguma situação que esteja demandando muito o lado emocional. Visto que o jovem ainda está em processo de construção da sua estrutura emocional, algo que para você pode parecer banal, para ele, pode estar gerando uma grande dor sentimental – com a qual ele não consegue lidar.

Com o tratamento adequado e a ajuda psicoterapêutica e/ou multidisciplinar, seu filho pode melhorar. O papel do psicólogo nesse caso é ajudar a compreender o que está acontecendo e encontrar outras possibilidades para o alívio da tensão emocional. 

Além do mais, auxiliar a lidar com situações difíceis positivamente, ajudar o indivíduo a ser autêntico, responsabilizar-se por seus atos e escolhas. Melhorar a autoestima, a tomada de decisões, e como consequência, os relacionamentos familiares, amorosos e sociais. 

E você, está passando por uma situação dessas em sua casa? Então, não deixe de procurar ajuda! 
Entre em contato.

Sou Joana Santiago – Psicóloga

Para evitar constrangimentos, recomendo pensar antes de falar, respirar e prestar atenção aos sinais não verbais do ouvinte.

Todos nós conhecemos uma pessoa que fala demais. Uma pessoa que fala tanto e que não dá espaço para outras pessoas falarem e participarem do assunto. Essas pessoas tagarelas geralmente têm dificuldade de ouvir o outro, sempre têm um caso para contar e com frequência repetem suas histórias. Elas misturam todos os assuntos, muitas vezes abordam temas que constrangem e dificultam a conversa ao impedir que outros falem. Estar em um mesmo ambiente com indivíduos assim pode ser enfadonho, por isso é preciso aprender a lidar com pessoas que falam demais.

E quando o ambiente é o trabalho, a convivência pode complicar ainda mais. Pessoas tagarelas podem afetar diretamente a concentração de colaboradores próximos e isso pode impactar na produtividade. Além disso, é preciso muita paciência para evitar conflitos, já que o humor nem sempre resiste a uma atitude desagradável.

É preciso avaliar também que o ato de falar demais é um escudo poderoso para pessoas com certa fobia social. Com medo da interação com o colega, o indivíduo fala sem parar evitando a empatia, emendando um assunto no outro, o que, com o passar do tempo acaba virando um escudo social. Então, são pessoas que provavelmente estão passando ou que desenvolveram uma desestrutura emocional, que tem provocado reações em seu comportamento.

Veja algumas das características de pessoas que falam demais

  • Sujeito repetitivo:  a pessoa tagarela se torna repetitiva e até utiliza o mesmo argumento em várias situações diferentes;
  • Mania de interromper: esta é uma característica presente na pessoa que fala muito, que acaba não permitindo a conclusão do raciocínio da outra parte;
  • Falta de empatia: pessoas assim não se preocupam com a voz e o argumento de terceiros, fazendo com que a interação e a empatia sejam inviáveis, afetando o relacionamento;
  • Isolamento: quem fala demais tem a tendência a desgastar os relacionamentos ao seu redor, pois são indivíduos que acabam se tornando inconvenientes e afastam as pessoas do seu círculo de convivência.

5 passos para conviver com quem fala demais

Para não tornar o ambiente ainda mais constrangedor, é possível adotar algumas técnicas para lidar com colegas de trabalho que falam demais:

  1. Corte o assunto: pessoas que falam demais geralmente estão em busca de atenção. Portanto, não tenha peso na consciência e corte o assunto sinalizando para o tagarela, de maneira gentil e educada, que você precisa fazer outra coisa;
  2. Faça questão de falar: se você esperar que o tagarela lhe dê espaço para falar, muito provavelmente você não vai conseguir. Então a dica é peça para falar e se for interrompido insista para concluir o assunto.
  3. Seja monossilábico: caso também não deseje estender o papo, faça mão das expressões da nossa língua portuguesa para diminuir o assunto. Responda apenas o básico para não ser mal educado. Não prolongue a discussão e aos poucos o tema vai se esvaindo.
  4. Mude o seu foco: não é porque a pessoa é inconveniente ao falar que ela só tem defeitos. Então tente enxergar as qualidades do amigo tagarela e desvie o foco para essas características.
  5. Afaste-se para ajudar: quando nos afastamos de alguém e esta pessoa percebe o afastamento ela se mostra mais aberta a entender os motivos e então é possível colocar nossa percepção de forma clara e educada levando a pessoa a uma reflexão.

Quando o tagarela é você

De repente, ao ler esta matéria, você acaba se deparando com o fato de que você talvez seja o colega inconveniente que fala demais. E como é possível reverter isso?

Além de receber com humildade o feedback dos colegas mais próximos, o mais importante é buscar o autoconhecimento. O que está te levando a ter um comportamento excessivo? O que pode estar por trás dessa necessidade de falar o tempo todo? Uma das maneiras de descobrir é através de treinamentos de competências emocionais.

Estar atento às reações de desconforto ou desinteresse das outras pessoas quando fala demais também pode ajudar, bem como pedir a alguém próximo para lhe dar algum sinal quando já se está a exceder na conversa.

Sou Joana Santiago – Psicóloga

O TAG é um dos motivos mais comuns de consultas médicas e a sua principal característica é a preocupação excessiva.

Nunca se falou tanto em ansiedade. Com a pandemia e o ritmo cada vez mais frenético das nossas vidas, a saúde emocional vai ficando de lado e as dificuldades aumentam. Assim, os casos de transtorno de ansiedade generalizada têm se tornado mais frequentes.

Sentir ansiedade, seja diante de momentos nunca vividos anteriormente, em um compromisso importante ou em uma espera por um sonho tão desejado é bem comum, mas, quando essa preocupação toma um tamanho exagerado é sinal de que algo está fora do controle. Ansiedade persistente e irreprimível merece atenção especial, pois ela pode ser Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG).

Mas o que é ansiedade generalizada?

O TAG é caracterizado pela ansiedade excessiva e preocupação exagerada com os eventos da vida cotidiana sem motivos óbvios. Pessoas com sintomas de transtorno de ansiedade generalizada tendem sempre a esperar um desastre e estão sempre extremamente preocupadas com saúde, dinheiro, família, trabalho ou escola.

Em pessoas com ansiedade generalizada, a preocupação geralmente é irreal ou desproporcional para a situação. A vida diária torna-se um constante estado de preocupação, medo e pânico. Eventualmente, a ansiedade domina o pensamento da pessoa, interferindo no funcionamento diário, incluindo o trabalho, a escola, as atividades sociais e os relacionamentos.

Principais sintomas:

O transtorno de ansiedade generalizada ocorre quando uma pessoa encontra dificuldade para controlar o medo, durante vários dias, por um período superior a seis meses. Além disso é preciso apresentar três ou mais sintomas da lista abaixo:

  • Preocupações e medos excessivos
  • Visão irreal de problemas
  • Inquietação ou sensação de estar sempre “nervoso”
  • Irritabilidade
  • Tensão muscular
  • Dores de cabeça
  • Sudorese
  • Dificuldade em manter a concentração
  • Náuseas ou queimação no estômago
  • Necessidade de ir ao banheiro com freqüência
  • Fadiga e sensação de cansaço constante
  • Dificuldade para dormir ou manter-se acordado
  • Surgimento de tremores e espasmos
  • Ficar facilmente assustado

Quais são as causas da ansiedade generalizada?

Não existe uma causa específica para a TAG, mas, sim, um conjunto de fatores que colabora para o seu aparecimento. Esses podem ser de origem genética, química (desequilíbrio hormonal no cérebro) ou dos estímulos do ambiente externo. A hereditariedade é um aspecto importante. Caso não haja possibilidade de hereditariedade, a ansiedade pode ter sido ocasionada por experiências que despertaram grande medo ou tristeza, como a morte de um parente, envolvimento em um acidente ou bullying na escola.

Como é feito o diagnóstico?

É importante não confundir o transtorno de ansiedade generalizada com os sentimentos comuns de medo e ansiedade. Para considerar um diagnóstico, os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada devem estar presentes por, pelo menos, seis meses e causar desconforto ou prejudicar a rotina da pessoa e/ou seu relacionamento social, familiar e de trabalho.

O diagnóstico não deve ser feito com pressa, pois há risco de identificar errado os sintomas, o chamado “falso positivo”. A hipótese do TAG estar relacionado com outras doenças psiquiátricas – como depressão, transtorno obsessivo e transtorno de pânico – deve ser avaliada também.

Tem tratamento?

O transtorno de ansiedade generalizada tem tratamento e a escolha deve ser baseada na eficácia da terapia, segurança, efeitos colaterais e custo. Geralmente, o tratamento é feito combinando: Psicoterapia, a mais comum para o transtorno de ansiedade generalizada é a terapia cognitivo-comportamental, que se baseia em como a pessoa interpreta suas experiências. A terapia familiar também pode ser indicada quando houver necessidade de envolver pessoas do convívio próximo no tratamento.

Medicamentos, os mais utilizados são os ansiolíticos e antidepressivos da classe dos inibidores da recaptação de serotonina (IRS) e dos inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN). Apenas médicos podem receitar esses medicamentos.

É importante procurar ajuda de um profissional o quanto antes para que não chegue, por exemplo, aos graus mais elevados. Se você já passou por situações parecidas, então é recomendada a procura com mais urgência, para que o tratamento seja iniciado o quanto antes.

Sou Joana Santiago – Psicóloga

São nossos afetos que dão o colorido especial à conduta de cada um e às nossas vidas.

Segundo o dicionário, afeto é um “sentimento terno de afeição por algo ou alguém”. Apesar de não ser uma palavra tão comum quanto amor e carinho, por exemplo, você já deve ter ouvido falar sobre afeto por aí, não é mesmo? Apesar de ter esse significado mais genérico, você sabia que afeto é um conceito muito importante para o estudo da psicologia humana? 

Afeto na Psicologia

O afeto é um agente modificador do comportamento. Influencia diretamente na forma como pensamos sobre algo.

Também chamado de dimensão afetiva no estudo da psicologia, o afeto é um conjunto de percepções subjetivas que envolvem, principalmente, sentimentos e emoções e que nos ajudam a entender o mundo, dar significado a ele e à vida e a estabelecer vínculos com outras pessoas. Usando uma metáfora bastante poética, a vida afetiva é o que dá brilho, calor e cor à convivência humana, que seria fria, sem brilho e sem sabor caso não houvesse afeto.

Qualquer coisa com a qual uma pessoa se depara há um afeto envolvido, seja negativo ou positivo. No caso da neutralidade, de algo desconhecido, o afeto passa a ser construído desde o primeiro contato e altera a forma como a pessoa interage com aquilo.

O afeto tem relação com situações passadas, com experiências vividas em relação a pessoas, objetos ou ambientes no passado. Vivências positivas criam afeto, que é demonstrado no presente pelas emoções.

O ódio também é um afeto, tanto quanto amor, e é estabelecido a partir de experiências negativas, explicitado por meio de emoções relacionadas à raiva. Por exemplo, uma viagem agradável por uma cidade nunca vista antes cria uma boa experiência, e passa-se a ter afeto por aquela cidade.

Por isso, valorizar e se aproximar daqueles que lhe fazem bem, independente de como o vínculo foi criado, faz com que uma rede seja formada para te fortalecer nos momentos difíceis. Afinal, a vida é sobre criar afetos, seja com quem for, quando for, buscando relações saudáveis para que você, como ser humano, esteja fortalecido, psicologicamente falando.

Sou Joana Santiago – Psicóloga

Ser mãe ou ser pai é uma construção diária, independentemente de a criança nascer da barriga da mãe ou ser adotada.

Para os pais este domingo é uma data para se festejar muito com o filho. E para alguns em especial, os adotivos, o Dia dos Pais é ainda mais importante, já que o dia é também para comemorar a realização de um sonho que pode ter levado anos para ser concretizado.

Ser mãe ou ser pai é uma construção, independentemente de a criança nascer da barriga da mãe ou ser adotada. E como toda construção, criar o vínculo afetivo é um processo, um ato de amor, de doação constante, de aprendizagem de ambos os lados.

A decisão da adoção de uma criança ou adolescente pode ter diferentes motivações pessoais, como dificuldades em gerar o próprio filho, ou porque se sente a necessidade emocional de fazer esse ato de amor ao próximo, ou ainda, podemos celebrar as famílias, compostas por pessoas do mesmo sexo que, por questões biológicas, ou de preferência, não podem gerar os seus, mas possuem amor de sobra para adotar e criar.

Enfim, não dá para resumir e simplificar essas razões que no final levam ao mesmo resultado: um ato de amor. Mas, mesmo sabendo que o sentimento tão aguardado nessa situação é o amor, há diferentes anseios, medos e dúvidas que podem questionar o nosso emocional.

E se não der certo? E se a criança não se adaptar a minha rotina, família ou costumes? Não podemos deixar de lado esses impactos, precisamos falar sobre o assunto para você, que está pensando e se enchendo de vontade de ser um pai ou uma mãe adotivos.

Uma decisão firme

O vínculo entre pais e filhos, no caso das crianças adotadas, é constituído de forma parecida com o processo caracterizado como “natural”, como é no caso dos filhos biológicos. Por isso, os valores norteadores de qualquer criação de laços devem ser os de proteção e cuidado. Assim como qualquer relação afetiva íntima, o amor entre pais e filhos é uma consequência da confiança que as crianças sentem a partir de ações diárias dos pais.

A ideia de que o vínculo pais-filhos nasce instantaneamente com o nascimento do bebê não é verdadeira, a diferença é que o tempo da gestação, a semelhança  física com os pais e o fato de conhecer a criança desde o início de sua vida pode facilitar esse processo. Mas, ainda sim, é necessário elaborar o luto da criança idealizada e da criança que realmente se tem, com todas as alegrias e dificuldades que ela traz. Sendo assim, todo início de relação entre pais e filhos passa por um período de estranhamento e descoberta de si mesmo e do outro.

Equilíbrio emocional

Independente da condição biológica, ter um filho envolve situações desafiadoras para o nosso emocional. Não que exista o momento ideal para tomar essa decisão, mas você deve refletir sobre o seu equilíbrio emocional para se sentir mais motivado em tomar essa decisão.

Controlando a ansiedade

São muitos trâmites que envolvem esse processo de adoção. O processo é intenso, lento e burocrático, então, respire fundo, trabalhe o seu autocontrole e tenha paciência de esperar que tudo dê certo.

Confiança

Entenda que para gerar um laço de confiança, por mais que pareça difícil, é importante que a criança tenha o conhecimento de que ela foi sim adotada. Você pode até não saber necessariamente os motivos que as fez chegar a essa condição, mas não leve essas dúvidas para além desse problema. Seja honesto e receba de volta afeto, gratidão e confiança.

Apoio emocional

Biologicamente, muito do que a mãe vive durante a gestação é sentido e vivido por aquele feto, então é natural que parte do desenvolvimento dessa criança que você deseja adotar tenha ficado longe das suas mãos.

De qualquer forma, não é algo a se desesperar, somos capazes de escrever a partir de folhas em branco, mas somos capazes também de desenvolver nossas emoções e habilidades sociais.

Esse é o processo de criação, normal para qualquer família, afinal, quem nunca foi um adolescente rebelde, mesmo criado por uma família biológica, que atire a primeira pedra!

Se você encontrar dificuldades para desenvolver certas ferramentas emocionais e de personalidade, tanto em você como pai e mãe biológico, como em seu filho adotado, encontre em um especialista em bem-estar emocional, como psicólogos, esse apoio para superar e desenhar essa nova versão de si e da sua família.

Desejo a todos os pais, um Feliz Dia dos Pais!

Sou Joana Santiago – Psicóloga.

A teoria de esquemas foi desenvolvida pelo psicólogo Jeffrey Young, Ph.D. É considerada uma abordagem integrativa; ou seja,
ele une várias teorias psicológicas.

A teoria do esquema foi desenvolvida pelo psicólogo Jeffrey Young. É considerada uma abordagem integrativa; ou seja, ele une várias teorias psicológicas. Deriva principalmente da teoria cognitivo-comportamental, mas também inclui elementos da teoria do apego e da teoria das relações objetais. Ao contrário da teoria cognitivo-comportamental convencional, a teoria do esquema leva em consideração as origens do pensamento distorcido na infância. A terapia associada a essa teoria emprega não apenas técnicas cognitivas tradicionais, mas dá grande ênfase às técnicas experiencial-emocionais para corrigir estruturas danificadas da personalidade. A terapia do esquema emergiu recentemente como um tratamento eficaz para o Transtorno da Personalidade Borderline.

Young, na busca de um tratamento efetivo para superação desse problema, entendeu que a terapia cognitiva tradicional era limitada para tratar alguns transtornos. Assim, sistematizou a terapia focada em esquemas, um modelo integrativo de terapia clínica que atende melhor a complexidade humana. 

Os objetos de estudo e intervenção da terapia de Young são os esquemas desadaptativos que surgem na infância e marcam emoções e comportamentos disfuncionais ou autodestrutivos na vida adulta. Os esquemas são padrões de sentimentos, percepções e ações da pessoa em relação às situações da vida.

Nesse sentido, o esquema é encontrado em um nível mais profundo da cognição, estando ligado a questões instintivas e inconscientes. Na prática, ele pode ser identificado quando uma pessoa reage impulsivamente a determinada vivência, sem ter controle sobre o que faz ou mesmo sem compreender o próprio comportamento.

Isso acontece porque situações do presente guardam ligações inconscientes com eventos do passado. No caso de um paciente com esquemas disfuncionais, as emoções e reações negativas se perpetuam sem que a pessoa perceba ou saiba de onde surgiram. Essa é a realidade de quem sofre com transtornos de personalidade, por exemplo.

Como é a terapia de Young?

A terapia focada em esquemas tem foco na construção do senso de identidade, da capacidade de autocontrole, da comunicação, da autonomia e do senso de competência do paciente. Os esquemas de Young se baseiam em dois pilares: identificar os esquemas comportamentais e o estilo de enfrentamento.

O esquema é um padrão que determina comportamentos e pensamentos que podem ser desconfortáveis e causar sofrimento. Para Young, é muito importante entender as primeiras experiências de vida e a personalidade da pessoa para detectar os esquemas originais.

Eles são causados por experiências traumáticas que impossibilitaram a pessoa de ter suas necessidades emocionais atendidas. Tais necessidades seriam: segurança, proteção, autonomia, liberdade para se expressar, limites e autocontrole. Ainda que não tenham havido traumas, esses esquemas de padrão de comportamento são sofridos e prejudiciais.

A partir do entendimento dos próprios esquemas, é possível buscar outro modo de enfrentar os desafios diários. Young descreveu 4 estilos de problemas de enfrentamento:

  1. Evitação: fugir das responsabilidades.
  2. Abandono: sentimento de incapacidade e impotência diante dos desafios da vida.
  3. Contra-ataque: reage com violência às circunstâncias.
  4. Defeituosidade: sentimento de ser defeituoso, inadequado.

Esses comportamentos desadaptativos se formam para responder aos esquemas, mas não fazem parte deles. Um esquema desadaptativo é causado por padrões emocionais e cognitivos, levando a essas respostas desadaptativas. Na terapia de Young, ao identificar os esquemas, eles poderão ser trabalhados com intervenções específicas para reduzir os sintomas.

Para quem é a terapia focada em esquemas?

Agora você deve estar se perguntando quem pode se beneficiar com os esquemas de Young. A terapia focada em esquemas é eficaz para pessoas com transtornos de ansiedade, do humor e transtornos dissociativos. Além disso, o próprio Young defende que a terapia pode beneficiar outras pessoas, que não têm transtornos, mas dificuldade em expor seus sentimentos e emoções. Essas pessoas têm bloqueios e negações que as impedem de se manifestar livremente. 


Gostou de saber sobre a terapia de Young? Para saber mais, entre em contato.

Sou Joana Santiago – Psicóloga

Para ter uma vida mais leve e produtiva é preciso estar atento a si mesmo, saber respeitar seu corpo, mente,
emoções e o próprio tempo.

Você conhece alguém que é intransigente direto? Alguém que não tem medo de falar o que pensa e ir embora quando foi contrariado de alguma forma? Alguém que é MUITO bom em expressar suas necessidades e limites? Você é essa pessoa? Se sim, aproveite sua assertividade! Se não, não se preocupe. A verdade é que estabelecer limites é uma habilidade que muitos de nós NÃO temos. Francamente, é bastante difícil e não é natural para a maioria das pessoas. No entanto, aprender a estabelecer e manter limites saudáveis é algo que você pode aprender. O que é bom, porque os limites são essenciais para relacionamentos saudáveis ​​e uma vida saudável. O primeiro passo para estabelecer limites saudáveis ​​é conhecer e compreender os seus limites. É preciso uma certa dose de confiança para definir e cumprir os limites e, honestamente, às vezes você tem que “fingir” até conseguir!

Aqui estão cinco maneiras de construir e manter limites saudáveis:

  • Nomeie seus limites
    Você não pode definir um limite se não souber onde está. Considere o que você pode tolerar e aceitar seus níveis de conforto. Reconheça e dê voz a esses limites. Nem certo nem errado, eles são seus.
  • Honre seus sentimentos
    Você pode temer a resposta de outra pessoa. Dê a si mesmo permissão para sentir o que você sente. Se algo está incomodando você, mas sua irmã, amiga ou mãe acha que você está “sendo ridículo”, é vital que você fique firme e ouça o que seu corpo e sua intuição estão lhe dizendo. Os limites têm tudo a ver com aprimorar seus sentimentos e respeitá-los.
  • Reconheça quando seus limites foram ultrapassados
    Esteja ciente dos sinais vermelhos alertando-o de que você abandonou seus limites estabelecidos. Você está desconfortável? Você está ressentido? Você sente que não está rendendo? Esses são frequentemente sinais de que você foi levado além de seus limites.
  • Seja direto
    Aprenda a dizer o que você precisa e quais são seus limites. Isso nem sempre é fácil. Alguns se preocupam com a possibilidade de parecerem rudes ou egocêntricos se estabelecerem enfaticamente um limite. Você pode se preocupar por não estar sendo um bom amigo, parceiro ou irmão. Aprender a expressar suas necessidades com confiança, cuidado e respeito pode ser aprendido.
  • Faça do cuidado de si uma prioridade
    O medo, a culpa e a dúvida são grandes armadilhas em potencial. Podemos temer a resposta da outra pessoa se definirmos e impormos nossos limites. Podemos nos sentir culpados por falar ou dizer não a um membro da família. É importante dar a si mesmo permissão para se colocar em primeiro lugar às vezes.

Os limites não são apenas um sinal de um relacionamento saudável; eles são um sinal de respeito próprio. Portanto, dê a si mesmo permissão para estabelecer limites e trabalhar para preservá-los.


Entenda que os limites foram estabelecidos para nos lembrar até onde é saudável ir e de que ponto devemos regressar. Há quem os perceba como algo negativo, mas existe um valor especial neles. Olhe para sua história e compreenda o quanto eles foram importantes para você ter chegado até aqui.
Aprenda a se respeitar, isso fará uma incrível diferença em sua passagem por essa vida.

Se você quer aprender mais sobre como estabelecer e manter limites e relacionamentos produtivos e saudáveis ​​com as pessoas em sua vida, entre em contato.

Sou Joana Santiago – Psicóloga

O transtorno neuropsiquiátrico é caracterizado por tiques motores e vocais que se iniciam na infância.

Piscar repetidamente, fazer caretas, balançar a cabeça, gritar ou falar palavras inadequadas e ofensivas, esses são todos sintomas da Síndrome de Tourette, que acontecem involuntariamente. Trata-se de um distúrbio neuropsiquiátrico, caracterizado por tiques múltiplos, motores e vocais.

Presente em 0,6% da população mundial, a Síndrome de Tourette se inicia antes dos 18 anos de idade (normalmente entre os quatro e os seis anos) e os tiques devem permanecer por mais de um ano para o diagnóstico. E essa é a situação da cantora Billie Eilish e do youtuber Dilera.

Os sintomas são divididos entre motores e vocais e entre simples e complexos, sendo os simples mais frequentes.
Outras manifestações do transtorno:

Tiques motores

  • Piscar os olhos;
  • Inclinar a cabeça;
  • Encolher os ombros;
  • Tocar no nariz;
  • Fazer caretas;
  • Movimentar os dedos das mãos;
  • Fazer gestos obscenos;
  • Chutes;
  • Sacudir o pescoço;
  • Bater no peito.

Tiques vocais

  • Xingamentos;
  • Soluçar;
  • Gritar;
  • Cuspir;
  • Cacarejar;
  • Gemer;
  • Uivar;
  • Limpar a garganta;
  • Repetir palavras ou frases;
  • Usar diferentes tons de voz.

Os tiques aumentam sua gravidade ao redor dos 10 a 12 anos de idade e pioram com o estresse. Por causa do constrangimento causado em meios sociais é recorrente que o portador da Síndrome de Tourette tenha sentimentos de fobia social, ansiedade e irritabilidade.

Entretanto, as causas da Síndrome de Tourette ainda são desconhecidas pela ciência, embora estejam relacionadas à hereditariedade comum em outros transtornos: déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), transtornos de aprendizagem e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

Apesar de não ter cura, a Síndrome de Tourette pode ser controlada com o acompanhamento de um neuropediatra ou psiquiatra especializado. São esses profissionais que podem diagnosticar o transtorno e orientar para a medicação adequada.

Os tiques também têm tendência a desaparecer quando a pessoa está dormindo, com o consumo de bebidas alcoólicas ou numa atividade que exige grande concentração e pioram diante de situações de estresse, cansaço, ansiedade e excitação.

Para chegar ao diagnóstico desta síndrome o médico pode ter que observar o padrão dos movimentos, que geralmente acontecem várias vezes ao dia e praticamente todos os dias por, pelo menos, um ano.

Sou Joana Santiago – psicóloga