A qualidade da nossa vida é resultado direto da qualidade dos hábitos que adquirimos ao longo de nossas experiências.

Muita gente sofre por anos para desenvolver certos hábitos, como praticar exercícios regularmente ou para se desfazer de outros como comer muito. Eles são adquiridos por meio da repetição: quanto mais você repete um determinado comportamento, mais automático esse comportamento se torna e mais reforçado fica o caminho que ele utiliza para comunicar a você que deve se manifestar.
Porém, a formação dos hábitos não tem filtros, ou seja, se você quiser começar a correr 5km todas as manhãs ou se você quiser comer muita massa toda noite, ainda que um hábito seja benéfico e o outro nocivo, com a repetição, ambos se tornarão hábitos.

Você tem o seu cérebro racional, consciente, que é capaz de te avisar que comer muito carboidrato toda noite, por muito tempo, é arriscado e prejudicial a saúde. Isto não o impede de repetir o comportamento, que se tornará um hábito. A amígdala, responsável por armazenar os hábitos, registra essa informação independente de ser boa ou não.
Em outras palavras, um hábito é algo que você faz repetidamente e regularmente, sem sequer pensar em fazê-lo.

Formação de Hábitos

O processo de transformar um hábito mudando de comportamento é possível e também acontece pela repetição. A formação de um hábito ocorre em um processo de três etapas.

1 – O primeiro passo é o gatilho ou sugestão que diz ao seu cérebro para entrar no modo automático. Esta é a parte da tomada de decisão do seu cérebro.

2 – O segundo passo é a rotina ou o próprio comportamento. Neste momento ocorre uma interação em seu cérebro entre a tomada de decisão e suas as emoções com este comportamento.

3 – O terceiro passo é a recompensa ou celebração!  É o que reforça seu cérebro a se lembrar desse comportamento no futuro.

A antecipação criada pelo gatilho, a persistência da rotina e o desejo pela recompensa formam, então, o hábito.

Cuidado com os hábitos negativos

Precisamos ser fortes às tentações para não deixar os hábitos negativos invadirem nossas vidas. Mas se os adquirirmos, mudá-los pode ser muito demorado e difícil e, diferente do que muitos pensam, isso não tem necessariamente a ver com o desejo duradouro da pessoa continuar realizando a ação antiga e prejudicial com falta de força de vontade.

O problema, muitas vezes, é que o hábito indesejado continua sendo ativado automaticamente por pistas contextuais, levando a pessoa repetir espontaneamente o hábito, o que é conhecido como autossabotagem. As pistas contextuais podem ser: locais, outras pessoas ou ações prévias da própria pessoa.

Uma forma de enfrentar isso é tomando o controle da sua exposição às pistas contextuais. Por exemplo, nessa quarentena, você pode organizar sua cozinha de modo que os alimentos saudáveis fiquem mais visíveis e acessíveis do que outras comidas. Reorganizar seus ambientes cotidianos, pode ser a hora certa de se livrar de pistas contextuais problemáticas.
Tão importante quanto achar formas de enfraquecer hábitos indesejados é estimular novos hábitos. A fórmula básica para isso é a que envolve a repetição de uma ação em um contexto estável seguida de recompensas.
A repetição com recompensa é essencial. Ir à academia tendeu a ser tornar algo automático para as pessoas dentro de seis semanas desde que elas consigam frequentá-la ao menos quatro vezes por semana e sintam a recompensa do esforço.

Lembretes eletrônicos e aplicativos podem te ajudar na formação de novos hábitos, mas eles podem te prejudicar desestimulando a formação espontânea já que, o lembrete externo, dispensa a necessidade de automatizar o hábito na sua cabeça.
Usar o nosso foco de forma consciente, criando hábitos positivos e sabendo dos seus benefícios para as nossas escolhas, é um caminho para afastar as consequências desastrosas que um hábito negativo pode gerar na nossa vida.
As pessoas tendem a subestimar a influência dos contextos nos seus hábitos, os que as tornam mais vulneráveis ainda a essa influência. Observar melhor os contextos dos quais você vai estar, pode te ajudar muito a controlar seus próprios comportamentos indesejados.

Se gostou do tema de hoje, comente aqui, posso escrever outros textos falando mais sobre hábitos.
Caso você esteja enfrentando muitas dificuldades para lidar com algum hábito indesejado, entre em contato comigo.

Joana Santiago – psicóloga

Homem oriental usando máscara de proteção na rua com outras pessoas andando por trás dele
A sociedade pós-coronavírus pode ser a oportunidade para criar padrões melhores de comportamento, só depende de nós.

O coronavírus é a ameaça global mais séria no mundo atual e que envolve um alto grau de incertezas nas pessoas, principalmente quando pensarmos em: como será nosso dia a dia depois da quarentena?

É certo que teremos que retornar nossas vidas aos poucos e se você é do tipo que está muito ansioso pelo fim da quarentena achando que poderá começar do ponto que ela parou, sugiro calibrar as expectativas, pois mesmo que esse período acabe o mais rápido possível não voltaremos ao mesmo ponto. Nesse exato momento, estamos vivendo uma mistura do que não é mais com o que não existe ainda. Uma fase marcada por transição e incertezas e para algumas pessoas, algo maior, o estresse pós-traumático

O distanciamento social imposto pelo governo aos cidadãos desperta uma série de reflexões. Se antes boa parte do nosso tempo era gasto indo e voltando, hoje estamos dentro de casa, com um tempo extra que simplesmente muitos desconheciam. Se a semana era dividida entre cinco dias de trabalho e dois de lazer, hoje trabalhamos em home office com reuniões importantes acontecendo até nos feriados através de aplicativos de videoconferência. Ou seja, os padrões industriais que nos foram ensinados começam a perder sentido.

Estamos sendo obrigados a conviver mais com a família do que com os colegas de trabalho ou faculdade. Somos obrigados a cozinhar em casa, em vez de irmos a restaurantes. Somos estimulados a buscar alternativas de entretenimento e atividade física sem sair das nossas salas. Somos obrigados a assistir aulas online sem sair do quarto. E, dessa forma, muitas coisas que mudaram durante a quarentena vão deixar de ser passageiras para se tornarem fixas nesse novo formato de convívio social. Maneiras de se comunicar, trabalhar, oferecer serviços e muito mais.

Em 1999, quando o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, falecido em 2017, lançou o livro Modernidade Líquida, não se podia imaginar um vírus capaz de paralisar o mundo. Ainda assim, naquela época, ele já havia notado que o século XXI não seria mais como o século XX. Segundo ele, antes, os valores se transformavam em ritmo lento e previsível. Tínhamos algumas certezas e a sensação de controle sobre o mundo – sobre a natureza, a tecnologia, a economia. Mas, acontecimentos da segunda metade do século XX, como a instabilidade econômica mundial, o surgimento de novas tecnologias e a globalização, criaram um mundo líquido, no qual as coisas são tão rápidas e efêmeras que não há tempo suficiente para se solidificar.

Nessa passagem do mundo sólido para o líquido, Bauman chama atenção para a liquefação das formas sociais: o trabalho, a família, o engajamento político, o amor, a amizade e, por fim, a própria identidade. Essa situação produz angústia, ansiedade constante e o medo líquido: temor do desemprego, da violência, de ficar para trás, e principalmente de não se encaixar mais nesse novo mundo que muda num ritmo cada vez mais veloz. A pandemia do novo coronavírus só intensificou e deve continuar intensificando esse processo. 

Dependendo de quais experiências passadas no confinamento, positivas ou negativas, podemos seguir a vida normalmente depois de um tempo ou começar a apresentar sintomas de ansiedade, ter crises de pânico, depressão. 

Por mais que, nesse momento, a maioria sinta que assim que a quarentena for suspensa voltaremos para as ruas a fim de tirar o atraso, pode ser que não seja bem assim, pois ainda teremos que usar medidas de proteção contra o vírus. E, mesmo que isso aconteça, mas por um curto período de tempo. A maioria irá analisar sobre a real necessidade de determinadas atitudes nossas e das instituições.

Para mim está bem claro que a crise causada pela pandemia vai provocar uma profunda reestruturação econômica, social, organizacional e de fato, uma nova sociedade irá nascer a partir de 2020.

Torço para que seja muito melhor.

Joana Santiago – psicóloga


Diante da ameaça do contágio, instabilidade financeira e privação da liberdade, restou uma sensação de perda, que está ligada com o processo de luto.

Com a mesma velocidade que o novo coronavírus se espalhou pelo mundo, o número de infectados e de mortes também acompanha esse crescimento. Infelizmente, o sentimento de vulnerabilidade toma conta de todos nós e mesmo que não seja com uma pessoa próxima, nos perguntamos: como vou encarar a dor pela perda de um ente querido nesse momento de quarentena?

O luto nada mais é do que uma resposta a algum vínculo que se rompe, deixa de existir e gera um estado de desamparo. Independentemente do tipo de perda, cada indivíduo vivencia essa condição dentro de seus próprios recursos e limitações.

A verdade é que podemos nos esforçar para definir o que é luto, mas nenhuma definição será perfeita, porque ele é extremamente particular e individual. Cada um elabora o sofrimento, a desestrutura, a ideia de fim, de modo singular.

A importância do apoio emocional

Sempre insistimos na importância dos rituais de despedida e de estar presente na vida do enlutado. As barreiras que vivemos agora, com o distanciamento físico imposto pela Covid-19, nos fizeram pensar – e agora?

Tudo é absolutamente novo mas, ao mesmo tempo, há coisas que não mudam: os rituais de despedida são essenciais, ainda que tenhamos de criar novos para esse momento de exceção. Estar presente fisicamente na vida do enlutado talvez não seja possível, mas o carinho, a atenção e a presença podem acontecer de outras formas. Mesmo que à distância, manifeste sua presença: ligar, enviar mensagens, mandar e-mails, serviços de entrega de comida (nas duas primeiras semanas é muito importante) e conversar por vídeo podem ser alternativas interessantes.

Na perda de alguém querido os sentimentos recorrentes são: ansiedade, confusão mental, sensação de impotência, altos e baixos de humor e sentir-se perdido. É muito importante nesse processo você acolher os sentimentos, não se culpar por senti-los e dar a atenção que eles precisam, expressar o que sente com pessoas próximas, buscar prazer nas pequenas coisas e procurar focar no presente (praticar meditação, dançar, brincar com as crianças, etc), controlar o que você pode controlar (lavei as mãos? passei álcool? coloquei a máscara?), organizar uma rotina diária que inclua atividades produtivas, de auto-cuidado e de relaxamento e praticar a compaixão.

Ser flexível é importante já que cada um vivencia e lida com esses sentimentos de forma diferente e, com isso, varia o tempo que cada um passa por este processo. Praticar a tolerância com quem compartilha a quarentena com você é essencial. Tenhamos esperança, sabemos que o mundo virou do avesso de repente, mas assim como no luto, acredito que um dia sairemos da tormenta, diferentes do que entramos e inevitavelmente transformados.

Em muitos casos é necessário ajuda profissional para promover a memória saudável – como uma saudade que não encerra o luto, mas o transforma numa compreensão superior – e para acolher a pessoa neste momento difícil. 

Fique bem, fique em casa!

Joana Santiago – psicóloga

Saúde mental e quarentena
O descontrole emocional provoca descargas de hormônios que alteram o funcionamento do corpo e afetam a nossa imunidade.

À medida que a pandemia de coronavírus (COVID-19) varre o mundo, ela causa preocupação, medo e estresse generalizados, reações naturais e normais às mudanças e incertezas em que todos se encontram. A questão é, como cada um de nós enfrenta é como gerenciamos e reagimos à situação estressante que se desenvolve tão rapidamente em nossas vidas e comunidades.

A saúde emocional pede atenção em momentos de crise, principalmente, àqueles que já apresentavam um quadro emocional instável, que podem desencadear ansiedade e depressão. O stress pós-traumático pode acometer com qualquer pessoa, quando submetidos a uma situação como a que vivemos agora, e principalmente os profissionais da saúde que estão diretamente ligados a doença. Quem tem perfil obsessivo-compulsivo pode exacerbar os pensamentos e os rituais característicos. Além disso, agressividade, irritabilidade, insônia, uso abusivo de bebidas alcóolicas, inapetência ou comer compulsivamente são alguns dos quadros que também podem ocorrer.

Infelizmente essas são as respostas de nossa mente para a tão temida pandemia que se desenha no cenário mundial. Como estamos recebendo uma enxurrada de notícias, as pessoas se sentem inseguras e sem ter muita certeza do que pode realmente ser real, a sensação mais comum é a falta de controle, incerteza com os dias futuros e uma instabilidade relativa a tudo e a todos. Pessoas infectadas ou com suspeita podem, pelo desespero, apresentar comportamentos impulsivos e até evidenciar tendências suicidas.

Cuide da sua saúde mental

Divulgar nossos sentimentos nos ajuda a gerenciá-los, pois falar em voz alta diminui seu impacto sobre nós. Essa atitude também nos ajuda a nos conectar a compartilhar com outras pessoas que estão se sentindo da mesma maneira. Isso normaliza nossos sentimentos e nos ajuda a ter mais apoio. Neste momento, precisamos ser autênticos e gerenciar nossas próprias emoções. 

Enquanto pessoas infectadas estão de quarentena, muitos de nós, estamos em distanciamento social e ficaremos sozinhos mais do que estamos acostumados. Esse é um bom momento para conversar com parentes e aquele amigo com quem você não conversa há muito tempo. WhatsApp, ou melhor ainda, ligar e ouvir a voz das pessoas. Isso ajuda a quebrar a sensação de isolamento e de estar sozinho. Outras atividades, como ler um livro, escrever ou aprender um idioma podem ajudar. Além disso, considere a meditação para liberar a tensão. Nosso sistema imunológico agradece.

É certo que, vencemos o medo e a insegurança quando trabalhamos a nossa inteligência emocional a favor da razão. Esta fará com que você ultrapasse os obstáculos. Se estiver consciente dos cuidados e precauções, municiado de informações corretas, com toda certeza, você poderá encarar essa situação da maneira mais tranquila, sem pânico e sem desespero. E, o mais importante: sem contribuir para a disseminação das falsas notícias que só trazem angústia e alimentam os transtornos psíquicos de toda uma população.

Precisando de ajuda, entre em contato.

Empatia e solidariedade em tempos de quarentena
As iniciativas de pessoas que fizeram da ameaça do Coronavírus uma oportunidade de solidariedade e empatia. Exemplos inspiradores.

Os efeitos da empatia e solidariedade na quarentena

O COVID-19 é uma realidade para nós agora e nosso País parece estar deslizando rapidamente para um daqueles roteiros de filmes distópicos com ruas vazias, máscaras faciais, luvas cirúrgicas e auto-isolamento, o novo “normal”. Quarentena passou a fazer parte do nosso vocabulário cotidiano nessa última semana. Como tudo que é novo, experimentar o distanciamento e o isolamento social provocado pela pandemia da COVID-19, o novo coronavírus, nos fez aprender.

Reaprendemos, assim, a viver como sociedade. E compreendemos que, por sermos interdependentes, nossas ações pelo planeta, bem como pelo nosso vizinho, invariavelmente refletem em nós.

Quem entendeu a gravidade do momento logo despertou para a importância ainda maior da empatia e solidariedade. Conforme os índices alarmantes trazidos pela mídia, o poder devastador do vírus faz crescer o medo a cada dia, torna mais urgente a necessidade de ajudar os mais fragilizados: no caso, o chamado grupo de risco. O momento dramático despertou em inúmeras pessoas a vontade e a urgência de minimizar o drama alheio, prestando favores aparentemente corriqueiros, mas cuja diferença talvez só possa ser mensurada por gerações que ainda nem nasceram. Ir à farmácia, à padaria e ao supermercado é um risco muito grande para os idosos. E na onda solidária da pandemia, viralizaram nas redes sociais imagens de bilhetes deixados em elevadores de prédios, por vizinhos dispostos a fazer as compras para os velhinhos, a fim destes evitarem o deslocamento.

Como recriar vínculos, rever valores e despertar para a coletividade

O principal de uma pandemia como o novo coronavírus é que ela não discrimina. Ricos e pobres ficam nivelados diante da iminência da morte. E isso nos humaniza. A dor sentida e reconhecida no outro nos devolve para a nossa realidade: somos, sim, seres humanos vulneráveis e, portanto, somos iguais.
O coronavÍrus está acelerando o processo de resgate dos valores humanos e de um senso marcante de coletividade, onde para que eu sobreviva terei de cuidar de mim e do outro também. Vivemos nos últimos tempos com a defesa psicológica ataque/fuga. O COVID-19 não nos dá esse tempo de disputa. Vamos nos tornar mais empáticos por necessidade.
Cada pessoa reage conforme suas condições psíquicas. Há aquele grupo que estoca alimentos, por exemplo, o que evidencia um comportamento paranoico, provavelmente desenvolvido por uma espécie de histeria coletiva. Não se trata de julgar essas pessoas, mas considerar que a sociedade é heterogênea, o que se reflete nos comportamentos.

Neste momento temos que mirar em exemplos de cooperação e a quebra do individualismo, que infelizmente permeia a sociedade. Hoje a humanidade está se igualando, aprendendo que não importa raça, credo ou classe social. Um dos aprendizados que vamos extrair dessa pandemia é essa reavaliação de valores e a necessidade de doação em prol do outro.

Anos de críticas internas têm um preço alto.

Ultimamente tenho pensado muito sobre nossa autoimagem.

O verão geralmente é a época do ano em que todas as nossas inseguranças começam a borbulhar. E como fica nossa autoestima? Quantas mulheres você conhece que não gostam do que enxergam no reflexo do espelho?

Muitas vezes essa mulher que sofre com sua insegurança nem consegue enxergar quais são suas qualidades, porque as características que ela dá ao seu corpo se sobrepõem ao que ela é na sua essência.

Compatibilizar o corpo desejado e a autoimagem é um processo que requer muita paciência e um trabalho psicológico intenso. Todos nós podemos não gostar de algo que encontramos ao olhar para o espelho, porém é importante valorizar aquilo que gostamos e compreender qual a razão de nos criticarmos, em alguns momentos, bastante.

Essa autoimagem ajustada é fundamental para a boa saúde mental das pessoas e que evitem consequências negativas, como depressão e ansiedade, por exemplo. Muitas pessoas falam em aceitação do próprio corpo, porém é importante ressaltar que a pessoa tem o direito de modificar seu corpo, desde que esta mudança seja única e exclusivamente para seu bem estar e não para atender ao padrões de beleza ou às expectativas de outros.

Valorize o seu corpo…. ele não é igual ao de ninguém!! Você é única!! Aqui estão algumas sugestões:

Comece a comer normalmente

Evite dietas aleatórias e extremamente sacrificantes, muitas vezes sem prescrição profissional. O que é comer normal? É comer quando estiver com fome, ouvir seu corpo e parar quando estiver satisfeita. É criar uma consciência e rotina alimentar compatível com seu estilo de vida. Se a dieta deixa você insatisfeito e frustrado, talvez você esteja somente se punindo.

Concentre-se na pessoa total

Você é mais do que partes individuais do corpo. Em vez de focar em características físicas específicas, lembre-se de que você é uma pessoa única, com uma variedade de dons e talentos especiais. Você tem talento para computadores? Você gosta de cantar? Encontre tempo para as atividades que fazem você se sentir bem consigo mesmo.

Aprecie seu corpo

Trate bem o seu corpo. Em vez de se exercitar para atingir um peso desejado, saboreie a alegria do movimento por si só. Passe alguns minutos caminhando com um amigo todos os dias ou procure pequenas oportunidades para se tornar mais ativo: suba as escadas em vez do elevador ou estacione deliberadamente o mais longe possível da entrada de uma loja. Divirta-se exercitando seu corpo e valorize suas características físicas positivas.

Pratique o pensamento positivo

O pensamento positivo é uma parte essencial da vida saudável, afetando diretamente nosso bem-estar físico e mental. Não pode aceitar um elogio? Pratique elogiando a si mesmo todos os dias. Concentre-se em suas realizações, habilidades e escolhas de estilo de vida. Estabeleça uma rede de apoio de pensadores positivos e evite aqueles que permanecem focados nas aparências físicas. Aceite quem você é e tenha orgulho de quem você é!

Viva para você

Pense positivamente em si mesmo e vai pensar positivamente nos outros. Poste fotos daquilo que você gosta em você e não apenas daquilo que os outros querem ver. Aceitem-se em qualquer tamanho; elogie comportamentos, idéias e caráter, e não só de aparências. Dessa forma você desenvolve mais autoaceitação, autoestima e autorrespeito. 

O importante é que você se (re)conheça e se empodere do seu próprio corpo, respeitando suas possibilidades, seus desejos e limitações, percebendo que a diferença e diversidade é algo positivo. E para isso é necessário que se desenvolva tanto autoestima quanto o autoconhecimento, diria inclusive que a autoestima só é possível a partir do autoconhecimento.

A importância do brincar

Em um mundo com tantos atrativos tecnológicos, pode parecer que as brincadeiras e as atividades perderam espaço e não são mais tão importantes. Não é verdade. Aliás, muito pelo contrário: essa prática é fundamental para o desenvolvimento e a socialização infantil.

A importância do brincar na infância

Atualmente as crianças são bombardeadas com diferentes formas de distrações tecnológicas cada vez mais cedo. Não que a tecnologia interfira de forma negativa no aprendizado das crianças. Inclusive, existem aplicativos e jogos bastante educativos, que podem (e devem) ser inseridos na educação dos pequenos. Porém, devemos tomar cuidado com o tempo gasto nesses jogos para não serem maiores que o tempo que você pode conversar ou brincar com seus filhos.

Com a correria do dia a dia e o estresse causado pela rotina profissional, encontrar tempo para passar com os filhos não é tarefa fácil. Por meio de atividades lúdicas e até pedagógicas, mais do que desfrutar de bons momentos com as crianças, você fará com que esse tempo seja valioso e educativo. No entanto, o foco deste texto são as atividades que podem ser realizadas em qualquer espaço físico, principalmente ao ar livre, promovendo maior interação entre você e seus filhos.

Desenvolvimento físico

Segundo um estudo da Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto (EEFERP) da USP, uma em cada três crianças no Brasil está com sobrepeso. Parte da causa desse problema é que mais e mais crianças ficam dentro de suas casas e não praticam o exercício necessário de que precisam.

Como as crianças ainda estão em fase de desenvolvimento, a prática de atividades ao ar livre permite que eles melhorem suas habilidades motoras, coordenação visual, equilíbrio e desempenho geral. Além disso, atividades físicas promovem um sistema muscular, esquelético, imunológico, respiratório e cardiovascular mais forte.

Desenvolvimento emocional

As crianças que praticam esportes são mais desenvolvidas em termos de inteligência emocional. Brincar uns com os outros dá a oportunidade de saber como lidar adequadamente com as vitórias e as derrotas. Pouco a pouco eles crescem em maturidade emocional enquanto enfrentam situações diferentes que lhes permitem expressar emoções controladas. Brincar fora de casa com outras crianças faz com que aprendam a permanecer positivas quando as coisas não acontecem, se envolvem mais na solução de problemas e tentam empatizar com outras crianças.

Desenvolvimento social

Hoje em dia a maioria dos aplicativos e jogos para smartphones não incentivam o jogo em equipe, mas eles permitem que as crianças se recolham à sua zona de conforto e brinquem dentro dos limites da tela do smartphone ou tablet.

As brincadeiras e esportes são diferentes. Permitem que as crianças conheçam outras crianças e desenvolvam uma amizade duradoura. Não só isso, mas jogar em equipe desenvolve a capacidade das crianças de se relacionar com os outros. O esporte coletivo é um caminho perfeito onde as crianças aprendem a trabalhar o sucesso como um grupo. Eles também aprendem habilidades de trabalho em equipe, liderança e comunicação.

Desenvolvimento mental

Quase todos os esportes exigem que as crianças desenvolvam sua autonomia e pratiquem certas habilidades que lhes permitam tornar-se mais inteligentes.

Entre as habilidades mais importantes desenvolvidas nas brincadeiras está o pensamento crítico. Para desenvolver o pensamento crítico a criança deve estar totalmente envolvida, movimentando seu corpo e pensando em como resolver os problemas de maneira oportuna.

Observe por exemplo o jogo de futebol. As crianças rapidamente avaliam cada situação, calculam cada movimento, sabem onde estão seus companheiros de equipe e determinam o melhor movimento com base nessas informações. Todos esses processos mentais têm que acontecer em apenas alguns segundos.

Além disso, permitir que as crianças saiam e brinquem lhes dá a oportunidade de apreciar a natureza, respirar ar fresco e explorar o ar livre, que também contribui para o desenvolvimento mental das crianças.

Você e seu filho (ou filha) vão brincar juntos nesse final de semana? Vale parquinho, jogos em casa e até pular carnaval! Tirem fotos e compartilhem comigo nas redes sociais!

ANSIEDADE NA VOLTA ÀS AULAS

As crianças passam um longo período dentro do ambiente escolar e quando mudam de um ano para o outro podem sentir medo e preocupação por não saberem quem será o professor, quais amigos estarão ou não em suas salas e uma série de outras questões. Esse momento pode ser comparado à mudança de emprego para um adulto, então é muito importante que os pais deem o suporte necessário para não aumentar esse sentimento de ansiedade.

Organizem o material

Transformar o retorno em algo positivo é o primeiro passo para que o seu pequeno substitua a ansiedade negativa pela vontade de retornar à escola. Isso começa com a organização do material escolar. Deixe a criança participar de algumas escolhas, como o seu personagem favorito ou até a personalização da capa dos cadernos com adesivos e desenhos. Organizar todo o material juntos também pode ser bem legal, principalmente quando é feito como algo natural do dia a dia, e não como um evento muito especial. Isso ajuda a criar uma ansiedade positiva e faz com que ela fique com vontade de usar tudo o que está colocando na mochila e no estojo.

Ter o cantinho de estudos bem organizado e convidativo é outro cuidado que merece atenção, com móveis que estejam em altura confortável para que seu filho realize as tarefas com autonomia. Prefira mesas que tenham as quinas arredondadas para evitar acidentes e deixe o espaço sempre arrumado com tudo o que ele precisa ao alcance das mãos.

Retome a rotina

É comum acabar saindo da rotina de sono e de atividades no período de férias, um movimento natural, mas que deve terminar antes do início das aulas. Vocês precisam voltar a ter hora para dormir e acordar para que os pequenos não fiquem indispostos quando tiverem que ir à escola. Isso ajuda a reduzir bastante a ansiedade e eles precisam de um dia a dia regrado para um bom desenvolvimento. Explique que será necessário acordar mais cedo e, portanto, é preciso voltar a dormir como faziam antes.

Outra dica é aproveitar este momento para fazer atividades que são parte da rotina escolar, como ler e ter contato com os cadernos e materiais. Ler o livrinho da escola, desenhar a sala de aula e fazer atividades lúdicas que remetam a este momento é muito bom para se preparar psicologicamente e antecipar a parte positiva do retorno às aulas.

Quando a ansiedade se transforma em sintomas físicos

Chegou o dia e seu filho chorou e ficou nervoso? Isso pode acontecer mesmo com todo o preparo e o que fazer depende muito da idade. Para as crianças de dois ou três anos que vão começar a escolinha é preciso uma atenção maior, porque elas ainda estão em uma fase em que não entendem quando os pais não estão por perto. Elas ficam com medo e muito ansiosas por acharem que eles não estarão ali ou não voltarão para buscá-las. Ter um objeto de transição pode ajudar bastante, como um brinquedinho ou um desenho que funcione como um elo com a mãe ou o pai para que elas olhem e lembrem-se que logo estarão em casa.

Ter uma conversa e criar vínculo com os cuidadores do seu filho também é muito importante, falar dos gostos e preferências da criança e citar palavras que só tem no vocabulário da casa para o professor compreendê-la melhor. Mostrar para seu filho, que você confia no profissional que ele vai passar algumas horas é de grande importância também.

E acima de tudo, estar presente nos primeiros dias de aula, não dentro da sala de aula, mas observar à distância é uma maneira de ambos ganharem confiança.

Espero ter ajudado e qualquer dúvida entre em contato comigo.

Angústia da separação no 1o dia de aula
Não é fácil levar o seu filho à escola no primeiro dia de aula. Quando chega este momento fica a pergunta: quem sofrerá mais?

A angústia da separação no primeiro dia de aula

Quem não gostaria de ter o filho sempre pequenino no colo? Levá-lo consigo para todo lugar? As mães (e pais também) compreendem que chega uma fase na vida dos pequenos em que eles precisam ser inseridos no ambiente escolar. A maioria que trabalha fora de casa tem a necessidade de introduzir a criança desde recém-nascida nas conhecidas creches.

Mas o coração sempre fica apertado. O fato de não ter certeza se ele ficará bem ou se acontecerá algo com a criança é o que nos deixa com sentimento de culpa. Então, a grande dica é procurar uma escola da confiança de vocês e que possam estabelecer um bom vínculo. Quanto mais certos estiverem sobre a decisão, mais seguros se sentirão e esse sentimento de confiança será transmitido aos filhos, tornando a adaptação mais fácil.

“Procure uma escola de sua confiança e estabeleça um bom vínculo.”

Não é fácil para nenhuma mãe levar o seu filho à escola no primeiro dia de aula. Quando chega este momento fica a pergunta: quem sofrerá mais, o filho ou a mãe? Sabemos que para a criança pode ser um período de insegurança, medo, receio, mas trata-se de algo natural, pois está acostumado a ficar grande parte do tempo com pessoas conhecidas.

Um mundo de descobertas

Juntamente com o medo surge também o interesse por algo desconhecido. Tanto os pais quanto a própria escola estimulam as crianças incitando a curiosidade, para que tenham interesse em descobrir o que há de novidade, embora a maior novidade é ter que lidar com a dor da separação. Um momento difícil e doloroso que tanto a criança como os pais vivenciam, ainda mais para quem é mãe ou pai de primeira viagem.

São lágrimas, choros, birras e uma mistura de sentimentos que envolvem estes dois corações, mas que com o passar dos dias vão diminuindo por conta da adaptação que ambos irão desenvolvendo.

Portanto, é muito importante a explicar que terá que ir, mas que depois se reencontrarão. Outro ponto pertinente é ser firme, mesmo que o seu filho esteja fazendo a maior birra. Não se culpe, assim que ele entrar na escola, encontrar os coleguinhas e começar as atividades, ele esquece. A criança utiliza o seu poder de persuasão junto aos pais, pois existem aqueles que fortalecem esse tipo de comportamento do filho, permitindo que a criança domine a situação.

Não deixe a culpa te dominar

Por se sentirem culpados ao deixarem os filhos na escola desde muito cedo e terem que trabalhar, alguns pais acabam sendo coniventes com as birras e, com isso, permitem que os filhos façam o que quiserem como forma de compensação, quando na realidade a criança precisa de firmeza, amor e atenção.

Algumas vezes, a dor da separação acaba sendo muito mais por parte da mãe, pois não aceita que o filho está crescendo e que daqui a um tempo já estará fazendo as coisas sozinho. Isso causa angústia. Existem algumas mães que não se adequam ao que estou mencionando e, na verdade, não veem a hora de ver o filho crescer e se tornar mais autônomo. Tudo isso tem a ver com a história de vida que cada mãe carrega consigo.

Gostou desse texto? Como estamos no período de volta às aulas, semana que vem, vou dar dicas de como ajudar a controlar a ansiedade do seu filho no novo ano letivo. Até lá 😉