Nunca é cedo demais para se preparar para uma etapa merecida na sua vida.

Sabemos que esse momento de transição é muito difícil na vida da maioria das pessoas, em que, para algumas, é uma verdadeira agonia. Continue lendo para saber mais e descobrir como o coaching de aposentadoria pode te ajudar.

Aposentadoria é um estágio que transforma a vida de um indivíduo. Chega o momento de alterar uma rotina vivida por décadas. Para algumas pessoas a aposentadoria é um verdadeiro paraíso, pois é o momento de vai aproveitar a vida sem ter restrições de tempo, de preocupações com projetos e etc. Já para outras pessoas que enxergam seu trabalho como “ideal” funciona como uma perda, e ninguém gosta de perder nada.

Fatores psicológicos comuns que influenciam as decisões de aposentadoria são estresse e ansiedade, então vamos explorar esses fatores por trás de sua escolha de se aposentar (ou não) e o impacto que isso pode ter na sua saúde e bem-estar. As perguntas-chave aqui são: você será psicologicamente e fisicamente mais feliz aposentado ou trabalhando? Você está preparado para se aposentar? Vai viver mais se você se aposentar?

Primeiro, existem muitos mitos culturais sobre a aposentadoria.

Nossos avós cresceram na época após a introdução da seguridade social e quando programas de aposentadoria e pensões estavam se tornando a norma em muitos empregos. Isso estabeleceu a expectativa de que nossos avós estavam “trabalhando para” a aposentadoria. O objetivo era acumular o máximo de dinheiro possível para viver bem durante a aposentadoria. A idade “esperada” de aposentadoria era de 65 anos e as histórias que chamavam a atenção das pessoas foram aquelas que foram capazes de “vencer o sistema” e se aposentar aos 60, 55 e até 50 anos de idade. 

Então, aqui estão algumas perguntas que você deve fazer para avaliar se está pronto psicologicamente para se aposentar:

1. Você gosta do seu trabalho? Isso fornece uma sensação de significado e propósito em sua vida?

Algumas pessoas gostam tanto do que fazem que seria imprudente se aposentar, a menos que você possa substituir esse senso de significado por alguma outra atividade ou paixão.

Um amigo que ingressou no programa de voluntário do Inca após a faculdade, teve uma carreira bem-sucedida como executivo. Quando se aposentou do emprego corporativo, ingressou em uma grande organização sem fins lucrativos como voluntário. Por causa de sua paixão, isso se transformou em uma segunda “carreira” para ele.

2. Seu trabalho é estressante e a aposentadoria é uma saída ou uma mudança de carreira?

A decisão de se aposentar é sobre o que você valoriza. Você é do tipo que só pensa em trabalho ou gosta de ter momentos mais voltados para você? A decisão é pessoal e tem que ser tomada de acordo com o seu ritmo de vida. Não existe uma solução única para todos, mas existem maneiras de levar a relevância da sua vida profissional para a aposentadoria.

A construção de uma estrutura para sua aposentadoria deve começar pelo menos três a cinco anos antes da data planejada. A avaliação e a correção do curso ocorrem cerca de um ano antes. Um ano ou mais após a aposentadoria, o período da lua de mel provavelmente terá diminuído e é hora de rever como as coisas estão indo. Dê a si mesmo mais alguns anos para que a vida de aposentado se torne seu novo normal. Essa é uma jornada de seis a oito anos que exigirá flexibilidade e resiliência.

3. Seu trabalho fornece necessidades sociais críticas em sua vida?

Se boa parte de sua vida social gira em torno do trabalho e das pessoas no trabalho, convém adiar a aposentadoria até cultivar redes sociais de suporte além dos amigos do local de trabalho. Você pode fazer isso ingressando em clubes e organizações, oferecendo-se como voluntário, se tiver tempo, e se conectando novamente a amigos, familiares e conhecidos.

4. Você efetivamente já parou para pensar em como vai ser sua vida como aposentado?

Você tem um plano de aposentadoria? Tem hobbies ou interesses que preencherão seu tempo?

Muitas pessoas têm expectativas irreais sobre suas vidas como aposentadas. Elas imaginam que vão jogar golfe ou tênis, começar hobbies, aprender a tocar violão, viajar, etc. Um bom teste é avaliar essa parte da sua vida atualmente. Você está envolvido em esportes, hobbies ou música e é apaixonado por isso? Caso contrário, pode não ser razoável esperar que você desenvolva essa paixão repentinamente no dia seguinte à sua aposentadoria. Os aposentados mais bem-sucedidos planejam suas vidas pós-trabalho.

A maioria de nós deseja uma vida plena e significativa. Para muitas pessoas o trabalho contribui muito para esse objetivo, no entanto, se for preciso se aposentar, esses objetivos ainda podem ser alcançados de outras formas. Aposentadoria pode ser uma época em que surgem experiências e possibilidades desconhecidas que podem melhorar ainda mais nossas vidas. Vamos olhar com otimismo para nossos muitos estágios da vida e colher o máximo que pudermos de cada um deles.

Coaching para aposentadoria

Refletir e responder cuidadosamente as perguntas que fiz acima, vão ajudá-lo a planejar um cenário futuro de longo prazo, porém extremamente realista.

Com o coaching de aposentadoria, você terá a oportunidade de avaliar se suas ações refletiram positivamente no futuro.

Entre em contato comigo e marque uma consulta para nos conhecermos melhor e descobrimos como poderei lhe ajudar. Ao final, você saberá o que deverá construir para ter uma aposentadoria segura e tranquila, aproveitando cada minuto de sua vida.

Na velhice, alguns sintomas podem não ser expressos de forma clara, sendo, inclusive, confundidos com sinais de outros problemas

Com o avançar da idade, as dificuldades podem se acumular ou se apresentar em intervalos curtos de tempo. Imagine uma pessoa que acabou de se aposentar e tem de lidar com uma queda substancial nos rendimentos e o excesso de tempo ocioso a ser preenchido. Ao mesmo tempo, ela descobre um problema crônico de saúde, em média, um idoso apresenta quatro enfermidades simultâneas e, de repente, recebe a notícia da perda de um amigo de longa data.

Muita coisa acontecendo e a pessoa sem saber o que fazer, mostra-se desinteressada por tudo aquilo que fazia antes. A família encontra explicações para a mudança de atitude no afastamento do trabalho.

No entanto, é preciso observar se estão ocorrendo distúrbios na capacidade de formar novas memórias, ou seja, de memorizar fatos novos, uma vez que o sintoma inicial mais comum da doença de Alzheimer é a dificuldade de memorização: o paciente não retém recado, repete várias vezes a mesma pergunta e não consegue fixar informações.

Casos assim merecem atenção especial e o paciente deve ser levado ao médico quando perde o interesse por tudo, mesmo que a memória não esteja falhando, porque as síndromes depressivas podem se confundir com as síndromes demenciais. O idoso deprimido manifesta fundamentalmente um distúrbio de atenção, de concentração e de memória. Como esses também são sintomas das demências, é bom procurar atendimento para que sejam interpretados adequadamente, pois, como já foi dito, depressão tem tratamento e a pessoa pode voltar à atividade plena.

Falta de memória pode ser uma pista

Problemas de memória, como a dificuldade para se lembrar de nomes e procedimentos simples ou dos lugares onde objetos foram deixados, podem ser sinal de depressão, e não das temíveis demências. Quadros com queixa de esquecimento na terceira idade são desafiadores para os médicos: uma demência pode começar a se manifestar com um estado depressivo, enquanto a depressão também pode provocar dificuldades de memorização.

Em geral, quando se trata de depressão com distúrbios de memória, o paciente é medicado, melhora e, consequentemente, atenuam-se os sintomas relativos ao esquecimento. Mas os episódios depressivos, principalmente se estiverem ocorrendo pela primeira vez na vida, podem indicar uma demência.

Uma pessoa com doença neurodegenerativa apresenta perda das suas capacidades cognitivas, com repercussões inclusive na parte emocional, e uma primeira manifestação pode ser a depressão.

Ainda que demande muitos cuidados, o diagnóstico de depressão é uma notícia “melhor” do que a de uma demência como a de Alzheimer, por exemplo. Com os recursos atuais da medicina, a depressão é potencialmente tratável e tem cura, mas o Alzheimer ainda não.

Benefícios de uma vida mais regrada

A terceira idade é também reflexo dos hábitos mantidos durante décadas, a boa ou a má alimentação, a prática de exercícios ou o sedentarismo, a exposição cuidadosa ou exagerada e desprotegida ao sol. Para os que foram relapsos, um aviso: há como se ter algum benefício mesmo depois de uma vida inteira desregrada. Praticar exercícios físicos é sempre bom, funcionando também como medida preventiva e de combate à depressão, a liberação de endorfina proporciona a sensação de bem-estar e melhora o humor. Integrar-se a grupos sociais é uma ótima iniciativa.

Diante da constatação de problemas de memória, o idoso deve procurar um especialista para que se possa fazer uma investigação do caso.

Dependendo da natureza da atividade, trabalham-se duas habilidades ao mesmo tempo: um grupo de caminhada propicia, além do exercício, a interação, enquanto a turma que se reúne para um jogo de cartas está trabalhando também a cognição, importante no combate às demências. Adotar um animal de estimação é outra boa iniciativa. A família pode ajudar orientando o idoso na integração e na escolha dos passatempos. No caso do paciente diagnosticado com depressão, é imprescindível se submeter a tratamento.

Importância da presença familiar na terceira idade

O apoio familiar torna a fase mais saudável e ativa.

O provérbio mente sã, corpo são traz consigo a mensagem de que quando a mente está saudável, o corpo também estará e isso é válido em todas as fases da vida, mas existe uma em que essa expressão requer apoio especial da família: a terceira idade. Nesta etapa a presença dos familiares torna-se ainda mais importante e necessária, em que é preciso manter o idoso ativo e saudável proporcionando-o bem-estar.

Terceira idade é uma fase em que isolamentos não são aconselháveis e a companhia da família é indispensável. A transição do estado adulto para a velhice é um processo que provoca grandes alterações na autoestima e autoimagem destas pessoas. Os principais problemas no idoso consistem no isolamento social e em sentimentos de solidão.

Quando se sente amado e protegido o idoso se mantém ativo e fortalece o vínculo familiar em que vive, interagindo e participando das atividades do dia a dia. Além disso, quando considerado uma referência de conhecimento e experiências, principalmente no contato com as gerações mais novas, a família demonstra seu respeito e admiração. Ser um avô ou avó participante, no seio da família, representa uma fonte de gratificação para o idoso e um importante laço estruturante na educação dos mais novos.

Quando o idoso se sente amado e protegido, ele se mantém ativo e fortalece o vínculo familiar em que vive.

As atividades que exercitam a mente e o físico do idoso os ajudam a ter uma velhice mais saudável e um convívio mais fortalecido com sua família. É importante que seus familiares o incentive a participar de grupos, cursos e aulas em que possa conviver com outros idosos. Outro fator importante é preservar a sua saúde, atentando para sua qualidade de vida, acompanhando-o em consultas médicas sempre que necessário e ajudando-o com medicamentos.

Em caso de doença, estas necessidades encontram-se acentuadas e a presença da família é determinante para o acompanhamento e qualidade de vida do idoso. A família representa a resposta mais adequada para o cuidado ao idoso, respeitando e dando muito amor.

De que forma o atendimento psicológico pode ajudar?

Ser um familiar que cuida de um idoso não é ruim, nem causa apenas desprazer. Afinal, ver um parente querido e bem tratado em um momento de maior fragilidade em sua vida, é algo muito positivo. A psicoterapia pode ter grande contribuição na manutenção de um estado mental e emocional saudável para aqueles que cuidam de um idoso, principalmente quando são membros da família, ou seja, são emocionalmente ligados aos idosos.

Buscar ajuda psicológica profissional certamente diminuirá o estresse e manterá a empatia de quem precisa cuidar de idosos. E essa troca possibilitará, também, que o ato de cuidar possa ser mais leve e mais consciente. Para cuidar bem do outro, é necessário cuidar de si mesmo!

Escreva sua própria história

Existem várias definições sobre proatividade. Todas elas, no fim das contas, nos dizem basicamente a mesma coisa. Na Wikipedia, por exemplo, temos essa: “é o comportamento de antecipação e responsabilização pelas próprias escolhas e ações frente às situações impostas pelo meio”. Gosto muito dessa definição. Ela nos fala da “antecipação”, elemento-chave da ação proativa. Fala também de “responsabilidade”, ou seja, o comportamento de assumir as rédeas da própria vida, e traz a palavra “escolha”, sem ela não existe decisão e livre-arbítrio. A pessoa proativa, no entanto, é aquela que busca deliberadamente por mudanças e melhorias no seu ambiente, seja na vida pessoal ou no trabalho. Ela antecipa os problemas, escolhe o curso a seguir, ao invés de ser levada pela corrente.

Seja responsável pela própria vida

Aqui está a essência da proatividade pessoal. Ser proativo é tomar as próprias decisões, ter coragem e determinação de expor suas ideias; assumir o risco de tentar o que nunca foi feito. Segundo Stephen Covey – renomado escritor de liderança e motivação pessoal – a proatividade é muito mais do que tomar a iniciativa (posso tomar a iniciativa depois que o problema ocorre, por exemplo). Ser proativo é, na visão de Covey, ter a capacidade de subordinar o contexto que nos envolve às nossas decisões. Em outras palavras: não estamos condenados ao meio em que nos inserimos. Podemos proativamente mudar as coisas!

Não há dúvida que todos somos influenciados pelo ambiente externo. Pense em como você se sente em uma segunda-feira chuvosa e em uma quinta-feira de sol, véspera de um feriadão. Ou, preste atenção no ânimo natural de seus colegas de trabalho em momentos de crise econômica e queda nas vendas, ou quando o mercado está “bombando”. A diferença, no entanto, é que a pessoa proativa responde de forma diferente aos estímulos que a cercam; ela literalmente não se deixa influenciar ou abater. É como diz o conhecido ditado: “O que importa não é o que nos acontece; o que importa é o que fazemos com o que nos acontece”. Esse é o pensamento da pessoa proativa.

Não lamente aquilo que passou 

O ator Paul Newman, certa vez disse que um homem só precisa saber uma coisa na vida: “diferenciar o que merece preocupação do que não merece”. É uma verdade bem oportuna. Existem fatos na vida com os quais não adianta nos preocuparmos; nós simplesmente não temos controle sobre eles. Já outros estão sob nosso círculo de influência e podemos modificá-los. Eles não devem tomar nosso tempo e energia. Já sabemos que nada irá modificar o passado. Mas, muitas vezes, nos pegamos remoendo nossos fracassos. O que aconteceu, aconteceu. Está fora de nosso alcance. A atitude proativa em relação ao erro é aprender com ele… e esquecê-lo!

Outros exemplos de preocupações que moram além da nossa influência é a crise econômica, colegas dos quais não gostamos, clientes exigentes além da conta, concorrentes desleais. Seria perda de tempo ficarmos nos lamentando por causa dessas questões. O que devemos fazer, proativamente, é nos concentramos em como podemos desenvolver melhor o nosso trabalho, apesar desses entraves e obstáculos.

“Pois o destino apenas suscita o incidente; a nós é
que cabe determinar a qualidade de seus efeitos”
Michel de Montaigne

Não é o que os outros fazem, o que nos cerca, o nosso passado, que nos atrapalham: é como reagimos a tudo isso. Não somos determinados pelo que nos aconteceu ou acontece: temos a opção de mudar nossa circunstância.

Já que estamos falando de definições, finalizo com uma que também diz muito sobre a proatividade pessoal: “ser proativo é escrever a própria história”. É traçar objetivos e lutar para alcançá-los, não se deixando levar pelo sabor da maré. 

Que neste ano que se inicia você possa escrever sua própria história e, sem dúvida, será uma das maiores conquistas na sua vida. Feliz 2020!

Ainda sobre o Natal

O Natal é tempo de emoção. E todos nós temos essa capacidade maravilhosa de poder sentir uma quantidade imensa de emoções, sejam elas primárias ou mais elaboradas. Do medo à surpresa, da tristeza à alegria, da raiva à compaixão, do desprezo à generosidade, podemos experienciar e sentir de formas que nenhum outro ser vivo consegue.

Dependendo das circunstâncias, podemos experienciar muitas emoções diferentes num período muito curto de tempo. Elas fluem rapidamente num movimento quase infinito de formas mais ou menos manifestas ou sutis. E assim experimentamos o mundo não só pelo que pensamos, mas especialmente através do que sentimos.

A emoção é um fenômeno cerebral muito diferente do pensamento, com processos neuroquímicos e fisiológicos próprios, originados no sistema límbico. É esta a parte do cérebro responsável pelas respostas emocionais de base e que, simultaneamente, dirige muitos dos processos fisiológicos do corpo, o que justifica a influência que a vivência emocional tem na saúde física, no sistema imunológico e na maior parte dos órgãos do corpo.

De fato, o poder das emoções é incrível!

As emoções podem enriquecer as nossas vidas para além do mensurável, mas podem também, quando temos mais dificuldades em lidar com elas, destruir-nos facilmente.

Assim sendo, aproveitemos esta época de festas de fim de ano para usufruir do poder construtivo das nossas emoções, procurando dar-lhes uma atenção nova e diferente e, nesse movimento, imaginar outras vivências que possam melhorar a qualidade das nossas experiências, da nossa saúde e, em última instância, a possibilidade de construir soluções para os nossos problemas pessoais e sociais.

Desejo-lhes muitos dias de emoções renovadas!

Motivação para seguir em frente

A chegada de 2020 oferece a cada um de nós a possibilidade de sonhar, planejar e realizar aquilo que não foi possível até agora. Quantas vezes você prometeu emagrecer, começar a academia, poupar dinheiro e desistiu da meta no meio do caminho? Cumprir resoluções do ano novo nem sempre é fácil.

Dependendo do lugar, estatísticas mostram que de 30% a 50% da população tem o hábito de fazer resoluções de ano novo. Mas só 8% das pessoas cumprem suas resoluções. Por que isso acontece?

A principal razão é a falta de comprometimento total.

Fazer uma promessa de ano novo é fácil. Agora se comprometer a transformar aquela promessa em realidade é bem mais difícil. É algo que requer tempo, dedicação, energia, prioridade, paciência.

Sem isso, você corre o risco de se tornar mais uma daquelas pessoas reativas, que vive reclamando que não consegue cumprir seus objetivos graças a uma gigantesca lista de desculpas.

Se você não quer esse tipo de pessoa, então precisa começar a trabalhar de maneira inteligente para transformar suas resoluções em realidade. Com um pouco de planejamento e ajuda correta, você vai conseguir alcançar todos os seus objetivos e ter ainda mais felicidade. Vou ajudar você agora, com algumas dicas.

1. Estabeleça metas “SMART”

Tem um conceito que uso muito no coaching e também é bastante comum no mundo corporativo que é a sigla SMART, vinda do inglês, que prevê 5 critérios para estabelecer uma meta. S (specific) = específica, M (Measurable) = mensurável, A (Assignable) = atingível, R (relevant) = relevante e T (time-based) = temporal.

Isso significa que ao estabelecer metas precisamos pensar nesses 5 critérios. Se eu desejo ler mais, ao pensar na meta deveria desejar ler 12 livros no ano ou um livro por mês. Dessa forma, especifiquei e mensurei o número de livros que quero ler, sei que essa meta para mim é razoável, atingível e relevante, pois existe um esforço para essa quantidade e tem um prazo para alcançá-la.  Se eu coloco que quero ler 300 livros no ano, essa meta passa a não ser atingível ou se coloco 1 livro no ano, deixa de ser relevante. Aqui, o importante, é fazer sentido, que seja relevante e real, dentro do que você pode realizar.

2. Seja realista

Não coloque o alvo muito longe e ignore a realidade – considere sua experiência anterior com resoluções. Por que você não conseguiu cumprir tudo o que prometeu no ano anterior? O que te levou ao fracasso? Pode ser que você tenha decidido perder muito peso ou economizar uma quantia irrealista de dinheiro. Lembre-se, sempre haverá mais oportunidades para começar na próxima fase, então estabeleça metas realistas. Defina metas claras de curto prazo. Elas serão importantes para que seu caminho seja de  conquistas.

3. Estabeleça metas menores e mais atingíveis

Se você tem muitos hábitos que deseja mudar, a última coisa que você precisa fazer é remodelar toda a sua vida do dia para a noite. Quer perder peso? Pare com as dietas radicais e os planos de exercícios excessivos. Em vez de seguir um plano super restritivo que proíba qualquer coisa divertida, adicione um hábito positivo por semana. Por exemplo, você pode começar com algo fácil, como beber mais água durante a primeira semana. Na semana seguinte, você pode passar a comer 3 frutas e vegetais todos os dias. E na próxima semana, você pode tentar reduzir a quantidade de carboidrato em cada refeição. Pequenas mudanças são melhores porque elas não são intimidantes.

Propor para si uma mudança radical é a receita certa para decepção e culpa. A melhor abordagem é se concentrar em um ou dois objetivos mais importantes. Quebre os objetivos em pedaços administráveis. Esse talvez seja o ingrediente mais essencial para o sucesso, pois quanto mais planejamento você fizer agora, maior a probabilidade de chegar lá no final. O processo de planejamento é quando você constrói a força de vontade que você, sem dúvida, precisará recorrer ao longo do caminho. Defina metas claras e realistas, como perder 5 quilos, economizar R$ 50,00 por mês ou ir para uma corrida uma vez por semana. Decida exatamente como você fará isso acontecer.

4. Escolha suas resoluções com cuidado

Mas qual escolher? Bem, nada melhor do que se concentrar naquelas que terão o maior impacto em sua felicidade, saúde e realização. Por exemplo, deixar de fumar obviamente vai melhorar sua saúde. Isso também lhe dará uma sensação de orgulho e o fará feliz (mas talvez não imediatamente!).

É interessante reservar um tempo para pensar e planejar suas resoluções. Estabelecer um prazo é vital para a motivação. É o seu termômetro para o sucesso, a maneira como você avalia seu progresso de curto prazo em direção ao objetivo final de longo prazo. Use um calendário, agenda ou planner para registrar suas ações para as próximas semanas ou meses e decidir quando e com que frequência avaliar.

5. Acredite em você

Uma crença limitante pode prejudicar você antes mesmo da linha de partida. Se você tentou (e não conseguiu) definir uma resolução de Ano Novo (ou várias) no passado. Sei que pode ser difícil acreditar em você mesmo. A dúvida é uma voz incômoda em sua cabeça que resistirá ao crescimento pessoal. A única maneira de derrotar a dúvida é acreditar em si mesmo, independente dos outros acreditarem ou não. E não se importar se outros pessoas falarem que você falhou uma u duas vezes? No próximo ano você pode tentar novamente (e melhor desta vez!).

Um dos melhores caminhos que conheço para aumentar a confiança é a psicoterapia. Crenças limitantes e uma autoestima baixa podem estar profundamente enraizadas e ligadas a experiências do passado. É importante compreender alguns comportamentos, emoções e como nossas atitudes são estruturadas. Dessa forma passamos a ter mais confiança no nosso potencial e capacidade de realização.

6. Faça anotações

Anote os detalhes de suas resoluções, lembrando-se de adicionar suas motivações. Você pode guardar um álbum de recortes para esse fim e preenchê-lo com fotos do seu corpo mais magro, de um vestido ou calça desejada, fotos de equipamentos esportivos, de uma local paradisíaco para o qual você deseja viajar e está economizando ou até mesmo um extrato de cartão de crédito chocante para estimular você a agir! Se a sua resolução beneficiar diretamente seu parceiro, filhos, colegas ou amigos, adicione suas fotos também – qualquer coisa para lembrá-lo de sua motivação inicial.

Manter um registro escrito de seu progresso nas atividades físicas ajudará você a manter uma atitude confiante “POSSO FAZER ISSO”. Para cada treino, registre os exercícios que você faz, o número de repetições realizadas e quanto peso você usou, se aplicável. Seu objetivo? Faça melhor da próxima vez. Melhorar seu melhor desempenho regularmente oferece feedback positivo que o encoraja a continuar.

7. Mime-se e celebre as conquistas

Ao fazer seu plano pense também nas recompensas e benefícios que você dará a si mesmo quando atingir marcos importantes. Apenas tenha cuidado para não cair na armadilha de colocar sua resolução de ano novo em perigo. É muito fácil para uma pessoa em dieta pensar “Eu tenho sido tão bom, eu mereço algumas barras de chocolate”. Se você atingiu uma pequena etapa, permita-se um mimo, uma massagem, um banho relaxante, um passeio com amigos, algo que lhe seja gratificante e que permita sempre ter em mente o objetivo final.

8. Receba suporte

Ao planejar mudanças em seu estilo de vida é importante contar com apoio de pessoas próximas. É difícil ficar motivado quando nos sentimos sozinhos. Quer uma boa notícia? Você não está sozinho, longe disso. Que tal postar um status nas redes sociais perguntando a seus amigos se alguém gostaria de ser seu parceiro de academia ou de viagens, por exemplo? Se você conhece um colega de trabalho que compartilha sua meta tente coordenar sua hora de almoço e sair junto com ele, para que você tenha mais chances de tomar decisões positivas. Junte-se a um grupo de pessoas com ideias semelhantes no Facebook, LinkedIn ou em outro lugar na Internet. A força nos números é poderosa, então use-a a seu favor.

9. Não desista!

Tenha em mente que um deslize é quase inevitável em algum momento e você não deve deixar isso se tornar uma desculpa para desistir. Quando isso acontecer, você precisará recorrer às suas reservas de autoconfiança e força, então construa essas qualidades sempre que puder. Se fosse rápido e fácil todo mundo faria isso, então é de seu interesse exercitar a paciência. Realmente se sentir orgulhoso de suas realizações passadas e não se tornar crítico de si mesmo. As pessoas com maior autoestima e confiança estão em uma posição muito melhor para ter sucesso. Portanto, perdoe-se imediatamente e diga “Estou começando de novo agora!”

10. Seja protagonista

Essas conquistas estão sob o seu controle, outras pessoas podem aconselhá-lo e apoiá-lo, mas são suas ações que precisam ser alteradas para ver os resultados desejados. Ter um forte senso de controle sobre sua vida é necessário para manter seus planos. Aqueles que culpam a todos e a tudo separados de si mesmos não terão os recursos necessários para mudar. Sim, é assustador assumir a responsabilidade pelo seu futuro, mas certamente é a melhor alternativa.

Agora que você leu essas dicas, está em ótima posição para considerar as melhores formas de melhorar sua vida neste Ano Novo. Sua felicidade vale o tempo e esforço, então comece já e boa sorte!

Festas de fim de ano: alegria ou depressão?

É dezembro e já chegamos no final do ano, mês de festas, alegria, confraternizações, reuniões familiares, momento de fazer um balanço da vida e pensar em novos projetos. Nesta época, as pessoas ficam mais solidárias, fraternas, sensíveis, trocam presentes e buscam estímulo para um novo recomeço.

Porém, esse período não é a época mais feliz para muitas pessoas e pode aflorar tristeza, depressão, com sentimento de desânimo, angústia, ansiedade e desamparo. Para essas pessoas, essas datas comemorativas trazem lembranças tristes, como perdas de entes queridos, doenças, separações, desemprego, preocupações. Para as pessoas que já estão sofrendo de depressão, essa fase de festas costuma agravar o problema.

Pessoas de todas as idades podem sofrer de depressão: crianças, adolescentes, adultos e idosos. Em torno de 15% da população tem ou já teve algum episódio depressivo. É preciso sempre identificar se os sentimentos de tristeza e depressão são apenas passageiros e comuns nesta época, sendo apenas uma melancolia de final de ano, ou se os mesmos já estavam acontecendo e persistem ao longo do tempo.

Para superar uma fase difícil na época de festas de final de ano é necessário que a pessoa não fique isolada e insista em interagir socialmente, ficando junto com a família ou amigos, mesmo que não esteja com bom humor para festejar. É importante se distrair, sair para caminhadas, fazer atividades físicas, conversar com as pessoas, lembrar de bons acontecimentos, ter alguma atividade de lazer que lhe traga um pouco de satisfação. Assim a pessoa não se torna vítima dos sentimentos depressivos e consegue diminuir o impacto de pensamentos negativos em sua vida.

É muito importante que a família fique atenta a algum familiar mais isolado ou extremamente triste, podendo em casos extremos chegar ao suicídio, com pessoas que sofrem de depressão. A família deve sempre tentar interagir com a pessoa que pode estar deprimida e tentar integrá-la ao grupo familiar. É importante procurar tratamento adequado, quando necessário.

E você? Como se sente nas festas de fim de ano? Caso precise de ajuda psicológica, entre em contato comigo. Podemos reverter as dificuldades juntos.

Mulher carregando muitas bolsas de compra

Já mencionei no aqui blog, em 2017, sobre o transtorno compulsivo por compras, que é uma doença, e apresentei suas principais características. Mas o que fazer quando o Natal está chegando, o 13º na conta e um mega estímulo pelas mídias para as compras? Veja nesse post como evitar esses gastos e como tratar essa compulsão.

Embora não seja oficialmente descrito no Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais (DSM), é um tipo de  distúrbio de controle de impulso, um vício comportamental ou possivelmente até mesmo relacionado a desordem obsessivo-compulsiva (OCD).

Pesquisas mostram que o comportamento de compra compulsiva geralmente é acompanhado por depressão, ansiedade e outras emoções negativas. As pessoas afetadas pelo transtorno compulsivo das compras geralmente relatam uma tensão desconfortável que é aliviada, pelo menos temporariamente, pelas compras.

Apesar desse alívio temporário, muitas pessoas com transtorno compulsivo de compras sentem-se decepcionadas consigo mesmas e deprimidas com a aparente falta de controle sobre seu comportamento.

Os itens comuns comprados incluem roupas, sapatos, jóias e utensílios domésticos, como recipientes, pratos etc., com muitos compradores compulsivos incapazes de resistir a itens à venda, em particular.

A maioria das pessoas afetadas pelo transtorno compulsivo de compras prefere fazer compras sozinha ou online, do que sujeitar-se a um constrangimento potencial ao fazer compras com outras pessoas.

Como restringir o desejo de gastar? 

O primeiro passo mais eficaz no tratamento é identificar por que e como suas compras inicialmente se tornaram um problema. Uma estratégia útil é acompanhar seus gatilhos (emoções negativas como conflitos familiares, ansiedade ou solidão). E é preciso lembrar que bens e serviços materiais adicionais inicialmente proporcionam prazer extra, mas geralmente é temporário. O prazer extra desaparece. Também é útil enfatizar a importância de gerenciar cartões de crédito ou se livrar deles. É um fato conhecido que o uso de dinheiro tende a reduzir gastos excessivos.

Tratamento

Embora os resultados de pesquisas tenham sido variados e não haja comprovação, há algumas evidências de que o distúrbio compulsivo de compras responde ao tratamento com inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs). Enquanto isso, existem tratamentos para este transtorno que podem reconhecidamente obter resultados positivos para os pacientes.

A psicoterapia individual e em grupo através da Psicodinâmica e da Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) são eficazes na redução dos sintomas em muitos compradores compulsivos. Muito importante salientar o apoio familiar para a superação do problema, ao invés de uma postura crítica e discriminativa.

Senhora com Alzheimer olhando pela janela

A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência. O termo demência é usado para definir doenças cerebrais relacionadas à perda de memória e diminuição das habilidades cognitivas. Acomete sobretudo os idosos, é incurável e se agrava com o tempo.

Se você cuida ou conhece alguém afetado pela doença de Alzheimer é importante que esteja atualizado sobre todas as informações importantes. Aqui estão cinco fatos importantes sobre a doença que podem surpreendê-lo.

1. Alzheimer é quase sempre acompanhado por outra condição.

A maioria daqueles que experimentam os efeitos da doença de Alzheimer são diagnosticados com outra condição médica séria. Segundo alguns estudos realizados em vários países, os pacientes com Alzheimer também têm pressão alta, 26% têm doença cardíaca coronária, 23% têm diabetes e 18% apresentam osteoporose.

A presença de Alzheimer também torna essas condições muito mais difíceis de gerenciar. Diabetes, por exemplo, requer exames de insulina e adesão a uma dieta rigorosa. O comprometimento da memória torna essas responsabilidades desafiadoras e muitas vezes resulta na necessidade inicial de um cuidador. 

2. A doença de Alzheimer tem sido associada a uma perda do olfato.

Os Institutos Nacionais de Saúde observaram que um sintoma único da doença de Alzheimer é a capacidade reduzida do olfato. Estudos mostraram que uma súbita perda do olfato é frequentemente um sinal precoce da doença. No entanto, também tem sido associado a outras condições crônicas, além da doença de Alzheimer, de modo que as pessoas não devem assumir que é o início da perda de memória. Por exemplo, embora a perda do olfato tenha se mostrado um sinal de alerta comum de doenças graves como a doença de Parkinson e danos cerebrais, ela também tem sido associada a causas menos graves, como infecções nos seios da face. As pessoas sempre devem consultar seus médicos para determinar a causa do problema, se sentirem dificuldade em sentir odores. 

3. Existem sete estágios da doença de Alzheimer.

Como a doença de Alzheimer é uma progressão constante, seus sintomas foram organizados em sete estágios distintos. A Fundação Centro de Pesquisa Fisher da Alzheimer apontou que os dois primeiros estágios da perda de memória incluem o esquecimento normal. Frequentemente, até o terceiro estágio, comprometimento cognitivo leve, os sintomas se tornam perceptíveis e incluem repetição frequente de perguntas ou declarações e dificuldade para se concentrar. O estágio quatro é quando os pacientes são oficialmente diagnosticados com Alzheimer. A partir daqui, a condição progride para moderada, depois moderadamente severa e, finalmente, severa. As pessoas geralmente começam a precisar de assistência do cuidador a partir do estágio 5, pois é quando as tarefas diárias, como escolher roupas, geralmente se tornam muito desafiadoras para serem assumidas por elas mesmas.

4. Alzheimer altera a estrutura do cérebro.

O Alzheimer faz mais do que inibir as capacidades mentais das pessoas, mas também altera o cérebro fisicamente. Por exemplo, a condição pode fazer com que os ventrículos do cérebro aumentem e o córtex cerebral e o hipocampo encolhem drasticamente. Isso pode levar as pessoas a ter problemas sensoriais com a visão e o olfato. É por isso que não é incomum os pacientes com Alzheimer sofrerem distúrbios do sono e alucinações graves, incluindo incidentes visuais e auditivos. As alucinações podem durar vários minutos e podem ocorrer diariamente. 

A alteração na estrutura do cérebro também freqüentemente resulta em problemas relacionados à visão, como diminuição da sensibilidade a diferenças de contraste, incapacidade de detectar movimento, alterações na reação dos olhos à luz e dificuldade em direcionar ou mover o olhar. Os pacientes com Alzheimer que apresentam esses sintomas visuais e auditivos devem consultar seus médicos, pois existem medicamentos anti-demência que podem ajudar a aliviar esses sintomas. Muitas pessoas também respondem bem a medicamentos antipsicóticos, mas estes podem causar efeitos colaterais que agravam os sintomas da doença de Alzheimer; portanto, é melhor contar com o médico para aconselhamento profissional. 

5. Exercitar o cérebro pode diminuir o risco de Alzheimer.

O aprendizado ativo pode diminuir as chances das pessoas desenvolverem uma condição de perda de memória. Isto é especialmente verdade quando os indivíduos entram em seus últimos anos de vida. Aqueles que frequentam as aulas, desafiam-se a novas atividades, como aprender uma nova habilidade ou idioma, e se envolvem em atividades em grupo, apresentam um risco menor de comprometimento cognitivo. Aprender em ambientes sociais é particularmente benéfico e é por isso que muitos idosos que sofrem de perda de memória se mudam para uma casa de tratamento para Alzheimer, onde estão cercados por amigos e correm menos risco de isolamento.

Doenças que afetam a memória

As doenças da memória podem variar de leve a grave, mas todas resultam de algum tipo de dano neurológico nas estruturas do cérebro, dificultando o armazenamento, a retenção e a lembrança das memórias. Podem ser progressivas, como a doença de Alzheimer, ou imediatas, como as resultantes de um traumatismo craniano. Essa última pode acometer qualquer pessoa em qualquer idade, mas é durante o envelhecimento que os sintomas de esquecimento podem se agravar.

Muitos dos episódios de falta de memória estão associados às questões do dia a dia, como o grande fluxo de informações e a dificuldade para reter todas elas no cérebro, mas o esquecimento também pode ser ocasionado por síndromes e doenças que podem e devem ser diagnosticadas precocemente.

Várias dessas doenças são irreversíveis e tudo o que se pode fazer é atuar para que a evolução não seja tão dramática. Por isso, é muito importante que a pessoa possa ser acompanhada por profissionais capacitados para dar todo o suporte que a doença exige. 

Veja algumas doenças mais comuns que causam falhas na memória:

Déficit de memória associado à idade

Este não é propriamente uma doença, mas pode acometer qualquer pessoa durante o envelhecimento. Pode surgir por volta dos 40 a 50 anos de idade e é marcado por pequeno prejuízo de atenção, perda leve de concentração e vaga dificuldade em armazenar dados recentes.

Este déficit de memória também muito atribuído ao aumento da carga de estresse que o indivíduo pode acumular ao longo do dia, diante de grande acúmulo de informações ou elevado grau de preocupação com o trabalho, por exemplo.

A perda normal de memória relacionada à idade não impede uma vida plena e produtiva. Por exemplo, você pode ocasionalmente esquecer o nome de uma pessoa, mas lembrá-lo mais tarde. Você pode até perder seus óculos algumas vezes. Ou talvez você precise fazer listas com mais frequência do que no passado para lembrar de compromissos ou tarefas.

Essas mudanças na memória são geralmente gerenciáveis e não prejudicam sua capacidade de trabalhar, viver de forma independente ou manter uma vida social.

Síndrome demencial

A palavra “demência” é um termo genérico usado para descrever um conjunto de sintomas, incluindo comprometimento da memória, raciocínio, julgamento, linguagem e outras habilidades de pensamento. A demência geralmente começa gradualmente, piora com o tempo e prejudica as habilidades de uma pessoa no trabalho, nas interações sociais e nos relacionamentos.

É considerada uma doença quando prejudica o paciente de forma que o impede de manter certas funções sociais, pessoais e profissionais. Não está necessariamente ligada ao envelhecimento, mas tende a acometer pessoas com mais de 60 anos, mas podendo nunca ocorrer mesmo em idosos acima dos 90.

A Síndrome demencial é caracterizada por perdas graves da memória recente que ocasionam deslizes no trabalho, esquecimento do nome de familiares próximos, principalmente mais novos, como netos – e lapsos no dia a dia, como deixar de pagar uma conta por não lembrar.

Doença de Alzheimer

A doença de Alzheimer é considerada uma das mais devastadoras da memória. Menos de 5% da população com 50 anos têm a doença, porém ela acomete quase a metade dos idosos com mais de 90 anos. É causada pela redução do número de neurônios no cérebro e pelo acúmulo de uma proteína denominada beta-amiloide. Como é degenerativa, a função intelectual vai sendo perdida gradualmente, começando com leves esquecimentos – números de telefone, recados do dia a dia – a graves perdas de memória, como deixar de comer e de se vestir. O Alzheimer causa graves perdas sociais e um paciente em estágio avançado da doença fica praticamente incapaz de manter certas funções sociais.

Parkinson associado à demência

A doença de Parkinson não causa necessariamente demência, pois sua condição neurológica degenerativa e progressiva compromete a coordenação dos músculos corporais e do movimento, causando tremores, rigidez muscular e lentidão.

Porém, cerca de um terço das pessoas com Parkinson podem desenvolver algum tipo de demência na fase tardia da vida. Ela ocorre porque a doença de Parkinson faz surgir depósitos microscópicos em células nervosas do cérebro denominados corpos de Lewy, associados à demência em algumas pacientes.

A atuação desses depósitos microscópicos pode causar esquecimento, lentidão de pensamento, letargia e incapacidades mentais para raciocínio, tomada de decisão, planejamento e confronto de situações novas.

Doenças de memória reversíveis

Algumas doenças que são classificadas como causadoras de perda de memória podem ter seus sintomas revertidos se o diagnóstico for precoce. Entre elas, perdas causadas por tumores cerebrais, alteração nos níveis de açúcar, sódio e cálcio no sangue, deficiência de vitamina B12, hipotireoidismo, neurolues ou neurossífilis e hidrocefalia de pressão intermitente podem ser tratados.