Natal: hora de agradecer e avaliar sua vida.

O Natal chegou.

Uma época de união, de alegria, gratidão e devoção. Mas também é hora de avaliar todos os acontecimentos do ano que passou. Ele foi bom? Poderia ter sido melhor? Pior?

Como já vimos, o fim de ano pode fazer surgir um certo sentimento de melancolia. O motivo: trata-se de um momento em que todo mundo se sente na obrigação de estar feliz. Mas, se você estiver do lado que se sente deprimido, fique tranquilo: independente do motivo da tristeza, ela pode ser revertida.

Pra começar, lembre-se de problemas passados e veja como eles foram tratados e resolvidos. Nenhum problema é pequeno demais que não deva ser tratado, nem grande demais a ponto de não ser resolvido. Todo mundo tem problemas. O importante é ter consciência deles e tratá-los o quanto antes, da melhor forma possível.

Como podemos?

Bom, já vimos que, segundo um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Berna, na Suíça, e publicado no jornal online PLOS Medicine, desabafar melhora os sintomas de pessoas deprimidas. Sendo assim, a psicoterapia é o tratamento perfeito para quem se sente deprimido.

Nas minhas sessões, são identificados comportamentos, emoções, pensamentos e crenças que possam causar desconforto emocional. Elas podem ser presenciais ou através de videoconferências, o importante é se adequar à sua rotina para que as sessões sejam constantes e cada vez mais eficazes.

E aí, quais as suas expectativas para o fim de ano? Que você tenha um Natal de alegria e comemorações. E, se precisar, estarei aqui para ajudar você a superar qualquer problema emocional.

 

O fim de ano tá aí. Hora de começar a planejar suas metas pro ano que vem, não é mesmo? Mas, cá entre nós: sempre tem aquela promessa que você sabe que dificilmente vai cumprir. Por quê? Muito pelas Distorções Cognitivas. Sabe o que são? As Distorções Cognitivas são interpretações erradas do que acontecem ao nosso redor, gerando múltiplas consequências negativas.

Retornemos até a Grécia de 100 d.C. Segundo o filósofo Epiteto, nós, humanos, “não sofremos pelas coisas, mas sim pelo modo como vemos as coisas”. Ou seja: entre o estímulo e a resposta, há uma variável de reações, dependendo de como cada indivíduo enxerga o estímulo.

Sendo o pensamento o maior influenciador do nosso comportamento, observamos que a forma como reagimos não acontece do nada. Ela vem das experiências anteriores que tivemos, o que chamamos de “crença”. Daí surgem as distorções cognitivas.

Imagine que você é jovem e deseja ser promovido na empresa que trabalha. Você pode encarar isso de duas formas: “eu vou em busca da minha promoção” ou “acho que meu chefe não vai me promover porque sou muito jovem”. Esse é um exemplo de uma distorção cognitiva de leitura mental. Nesse caso, você supôs que seu chefe não lhe promoveria por causa da idade. E onde está escrito que pessoas jovens não são promovidas? Na sua mente, graças às suas crenças.

Outro exemplo: você se separou de seu marido ou esposa recentemente. No entanto, você conheceu uma pessoa e gostou muito dela. Você pode encarar isso de duas formas: “vou investir nesse relacionamento porque eu gosto muito dele(a)” ou “vou me afastar porque não dou certo com relacionamento”. Essa é uma distorção cognitiva de catastrofização. Você considera que tudo vai ser ruim independente das várias possibilidades.

Nas metas de ano novo não é diferente. Você pode ou não cumprir a promessa de parar de fumar, por exemplo. Mas isso vai depender de como você enxerga esse processo. Você vai parar porque é bom pra sua saúde ou vai desistir rápido porque soube de várias pessoas que não conseguiram? Só depende de você.

Você já percebeu algum tipo de distorção cognitiva nas suas atitudes? Entre em contato comigo. Através da psicoterapia, podemos reverter esse problema de uma forma segura e benéfica.

As emoções no final de ano

Final de ano é tempo de alegria e confraternização. Certo? Nem sempre.

Fim do ano é um período intenso, cheio de emoções. Depois de passar por milhares de momentos alegres, tristes, estressantes, chega a hora de refletir sobre a vida. O que fica? O que você prefere evitar? É praticamente impossível não se emocionar nesse período.

Muito se deve ao fato de ser um momento de reflexão. Como em qualquer esfera da vida, quando algo chega ao fim, é natural pensar sobre ele. É assim no fim de um emprego, no fim de um relacionamento ou mesmo no fim de um filme.

Quando trata-se do fim, tendemos a refletir sobre o que foi bom e o que foi ruim. Desta forma, as emoções são revividas em pensamento, trazendo toda a carga emocional de volta.

É por isso que o fim do ano acaba se tornando um momento intenso. Muita gente sente obrigação de ser feliz nesse período. Como se o fim do ano fosse a data limite para ser feliz antes que comece uma “nova história”. Ninguém deseja, realmente, começar o ano triste.

Além disso, existe o “complexo de período perfeito” entre o Natal e o Ano Novo. Um período onde todos são obrigados a ser felizes. Sabendo disso, o que acontece com quem está triste? Sente ainda mais tristeza por estar triste justamente no momento em que todas as pessoas estão felizes. Torna-se um ciclo vicioso. E isso aumenta muito graças a um elemento muito presente em nosso dia a dia: as redes sociais.

Uma pesquisa realizada pela instituição de saúde pública do Reino Unido, a Royal Society for Public Health, em parceria com o Movimento de Saúde Jovem, afirma que as redes sociais podem ser nocivas à saúde mental das pessoas. O motivo: ninguém demonstra ser triste online. Sendo assim, uma pessoa triste se sente ainda mais triste vendo a suposta felicidade alheia.

Outro fator que pode mexer com as emoções no fim do ano é o medo da rejeição. Afinal, trata-se de um período de muitos encontros e reuniões com pessoas queridas. Daí, nasce o medo de não acontecer nada, não ser convidado para festas. Em suma: no fim do ano, as causas mais prováveis dessa turbulência de emoções são a ansiedade pela suposta alegria desse período e o medo de ser “esquecido”.

E você? Como se sente nas festas de fim de ano? Caso precise de ajuda psicológica, entre em contato comigo. Podemos reverter as dificuldades juntos.

O Brasil e cultura de corrupção

Infelizmente, a corrupção é um tema recorrente para nós brasileiros. Numa sucessão de escândalos, temos visto nos noticiários alguns dos principais líderes políticos dos últimos 20 anos irem para cadeia.

A mais recente, foi a notícia da prisão do até então governador Luiz Fernando Pezão, citado em delações premiadas e que chegou a ter o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral em 2017.

Mas a extensão deste tipo de comportamento vai muito além das manchetes nos portais de notícia, pois o fenômeno da corrupção está presente em nosso cotidiano, nas relações sociais mais básicas. Lamentavelmente, a corrupção faz parte da cultura das nações e, portanto, isto não é exclusividade da cultura brasileira. No entanto, as evidências de que vivemos em uma cultura que promove um contexto social altamente suscetível à corrupção são muito fortes.

Há alguns anos foi estruturado um grupo de pesquisa internacional em psicologia social transcultural, o Conexão Brasil, que teve como objetivo estudar o impacto que fatores relevantes da cultura brasileira exercem sobre processos psicológicos.

Em uma tentativa de avaliar como o contexto cultural pode afetar o endosso à corrupção, foi desenvolvido alguns estudos experimentais que foram publicados no Journal of Cross-Cultural Psychology no artigo intitulado “Cultura de Corrupção? Os efeitos do priming de imagens de corrupção em um contexto altamente corrupto”. Neste trabalho, foi examinado como pistas situacionais influenciam as intenções de endosso à corrupção entre brasileiros.

Os resultados do estudo destacaram que símbolos culturais, dentro de um contexto cultural específico, podem ser conectados a diferentes padrões comportamentais. Além disso, eles constituem uma evidência positiva de que existem símbolos culturais, reconhecidos claramente pelos brasileiros, que produzem um aumento da aprovação de comportamentos corruptos. Isto é coerente com a ideia de que o compartilhamento de tais símbolos, permissivos a comportamentos assemelhados à corrupção, cria um contexto social potencializador deste tipo de ato – com implicações negativas profundas.

Esses resultados nos trazem uma compreensão importante de como a psicologia do brasileiro recebe influência de sua cultura de socialização no que se refere à corrupção.

Assim, do ponto de vista prático, quando nos preocupamos em combater a corrupção, na verdade o que devemos atacar vai muito além do controle e punição, por parte dos órgãos estatais competentes, de agentes públicos ou privados envolvidos em crimes e corrupção. Isto é necessário, mas não suficiente.

A ação anticorrupção em nossa cultura deve passar pela alteração da permissividade cultural, produzindo uma cultura forte na coibição a este tipo de comportamento. Enquanto os cidadãos brasileiros não agirem cotidianamente na busca de coibir, diante de pessoas próximas, atos corriqueiros considerados como normais ou de consequência minimizada, tais como o desvio de verba no condomínio residencial ou o estacionamento no local irregular, as bases para a mudança cultural não serão lançadas.

Nossos estudos também indicam que precisamos modificar a norma social que favorece comportamentos corruptos, e uma forma de atingir isto é promover e divulgar a grande maioria de cidadãos que com suas ações diárias rejeitam a corrupção e não aceitam este comportamento negativo em suas vidas.

Como podemos evitar de contaminar ou sermos contaminados pelo comportamento social, de que a corrupção é natural no nosso cotidiano? Estamos no caminho certo no combate ao problema? E como nossos próximos governantes devem agir para diminuir a cultura da corrupção no Rio de Janeiro e no Brasil?

Dê a sua opinião sobre essas questões aqui no Blog!

 

Fonte: sbponline.org.br; journals.sagepub.com

Bullying: qual o limite da brincadeira?

O bullying se tornou uma das maiores causas de suicídio entre jovens. Como combater?

Mallory Grossman, 12 anos, era uma menina como qualquer outra na escola de ensino fundamental de Copeland, Estados Unidos. Em 2016, Mallory começa a receber mensagens de texto nas redes sociais. Algumas a chamavam de “fracassada” e debochavam da sua aparência. Outras diziam que ela não tinha amigos e que era melhor ela tirar sua própria vida. Depois de meses sofrendo essas ofensas, também conhecidas como bullying, Mallory comete suicídio.

Esse é mais um caso do mal que cresce diariamente causando danos irreparáveis: o bullying. Em luto, os pais de Mallory acreditam que a escola também é responsável pela morte. Foi aberta uma ação judicial por eles acusando a escola de não tomar uma atitude mais enérgica para que o bullying não acontecesse. Além disso, eles afirmam que a escola, como medida preventiva, sugeriu que Mallory fizesse seus lanches em uma sala isolada de outros alunos.

Limites

Fica a pergunta: até onde vai a brincadeira? Onde ela passa a ser agressão? De acordo com uma pesquisa da Plan realizada entre alunos de escolas, as causas mais comum para crianças e jovens se agredirem verbalmente são: “porque querem ser populares”, “por brincadeira” e “porque querem dominar o grupo”. Os resultados também revelam que “os maus-tratos entre colegas no ambiente escolar podem ocorrer porque o agressor é mais forte do que a vítima, a vítima não reage, a vítima é diferente, os agressores não são punidos pela escola, sentem-se provocados e acham que as vítimas merecem.”

Esse ano, em São Paulo, o suicídio de dois alunos do tradicional Colégio Bandeirantes, na Zona Sul, comoveu pais, alunos e ex-alunos da escola. Os casos aconteceram no intervalo de dez dias com dois estudantes do ensino médio que, segundo relatos, não se conheciam. Segundo relatos, um dos jovens sofria de depressão e seu ato teria sido premeditado, enquanto o outro teria feito, depois, de maneira impulsiva.

A partir disso, a escola organizou rodas de conversa, mediadas por professores, para que os alunos possam falar sobre suas experiências, ajudando no combate e prevenção de novos suicídios.

O problema se tornou tão grande nos últimos anos que medidas já estão sendo tomadas em diferentes esferas da sociedade. Na tentativa de combater o bullying nas escolas, a Comissão da Câmara de Deputados aprovou em julho de 2016 o Projeto de Lei 6504/13, que obriga as escolas brasileiras a realizarem campanha contra o bullying. As ações devem ser anuais em todas as escolas de ensino fundamental e médio, com duração de uma semana, sempre na primeira quinzena de abril.

Ainda falta um longo caminho no combate ao bullying e suas consequências, como o suicídio. Mas o importante é saber que estado e sociedade estão cada vez mais engajados em medidas preventivas.

E você? Onde você acha que o bullying começa? A escola deve ser responsabilizada? Deixe seu comentário!

Terapia Cognitivo-Comportamental

A palavra “psicologia” vem do grego “psique”, que significa “alma, espírito, mente”, mais a palavra “logos”, ou “estudos” em português. Ou seja: estudo da alma e da mente. Mas o que significa isso no dia a dia?

Em suma: o psicólogo trabalha no diagnóstico, prevenção e tratamentos de doenças mentais ou de personalidades. Para isso, ele busca identificar padrões do comportamento humano através da interação direta com o paciente e a observação dos casos.

Uma das vertentes da psicologia é a Terapia Cognitivo-Comportamental. Você conhece? Ela tem como princípio a seguinte teoria: a forma como cada um percebe e processa a realidade vai influenciar na forma como a pessoa se sente e comporta.

A partir daí, a TCC, como também é conhecida, passa a reestruturar e corrigir pensamentos distorcidos que possam afetar negativamente a vida do indivíduo. No início do tratamento, o foco é o aumento de consciência e percepção do paciente sobre os acontecimentos ao redor da sua vida, gerando, assim, uma mudança de comportamento.

Para isso, paciente e terapeuta trabalham como uma equipe. De que forma?
Avaliando as crenças do paciente e testando-as para confirmar se elas são reais ou apenas frutos de uma percepção distorcida.

Segundo Jürgen Margraf, psicólogo alemão autor de diversas obras sobre a TCC, a Terapia Cognitivo-Comportamental é voltada para a ação, e não apenas para a tomada de consciência, o que leva a uma compreensão mais profunda do problema. Desta forma, ela não se restringe à situação terapêutica, mas se estende ao dia a dia do indivíduo.

Além disso, estudos científicos desenvolvidos por Aaron Beck, psicólogo e um dos fundadores da Terapia Cognitiva, demonstram a eficácia da terapia a longo prazo para problemas como depressão, transtorno de ansiedade generalizada, ansiedade social, síndrome do pânico, transtorno obsessivo compulsivo e transtornos internalizados na infância.

E você? Já conhecia a TCC? Gostaria de saber mais sobre ela? Fala pra gente!