A importância de uma boa autoconfiança nas relações de trabalho

A autoconfiança no trabalho é, sem dúvida, uma das competências mais necessárias para o sucesso de qualquer profissional. Confiar em si mesmo, em suas ações, em suas ideias e projetos é um grande passo para a conquista de bons resultados dentro do meio organizacional.

Em uma pesquisa feita pela International Stress Management Association — ISMA-BR — com 760 profissionais que trabalhavam em multinacionais, foi constatado que cerca de 59% deles sofriam de baixa autoestima. Nessa pesquisa, foram visados quatro pontos: autoestima, autoconfiança, otimismo e o burnout, que é o maior nível de estresse que uma pessoa pode chegar.

Autoconfiança x Autoestima

No post anterior abordei este assunto, mostrando que a autoestima é diferente de autoconfiança. Autoestima trata-se de como a pessoal enxerga a si mesma, a percepção de sua autoimagem. Enquanto a autoconfiança é a percepção do seu desempenho para executar tarefas e a sua capacitação. Uma trata da imagem enquanto a outra da competência dela.

No ambiente corporativo, uma pessoa com baixa autoconfiança é prejudicada na sua capacidade de avaliar com clareza as situações, e assim, dificultando a resolução de problemas. Com isso, há o enfraquecimento da habilidade de expressão e de exposição de ideias.

Para o trabalho em equipe a situação também se torna problemática, pois, há limitação do reconhecimento do valor do outro. Além disso, há falta de respeito por si mesmo. “Se você não tem respeito por si mesmo, como pode pedir aos outros?”

Motivação e incentivo

As empresas devem incentivar uma mudança de comportamento desses profissionais através da valorização. Se um profissional não se sente valorizado no trabalho, a sua produtividade despencará. Ao mesmo tempo, se o profissional não confia em sua capacidade, pode ocorrer um esgotamento, já que tudo o que executa pode não ser suficiente, logo, precisa sempre se dedicar mais e mais. Estes dois cenários são negativos para o profissional.

Muitas vezes não assumimos para os outros que nossa autoconfiança está em baixa. Neste caso, considere procurar a ajuda de um psicólogo. Somente um bom acompanhamento e atividades que incentivem e motivem irão ajudá-lo. Conte comigo! 😉

Autoconfiança e autoestima: por que você precisa dessas habilidades?

Construir autoconfiança e autoestima é um processo que demanda esforço, coragem e muita paciência. A autoconfiança se baseia na autoestima, dignidade e na percepção da própria capacidade.

Muitas vezes estamos mais preocupados com o que os outros pensam de nós do que com o que pensamos de nós mesmos. William Becker, um padre e escritor de meados do século XX, alertou seus leitores:

“Nunca preste atenção ao que as pessoas pensam de você. Afinal, elas podem superestimar ou subestimar você! Até que eles determinem seu verdadeiro valor, seu sucesso depende principalmente do que você pensa sobre si mesmo e se você acredita em si mesmo. Você pode ter sucesso mesmo quando ninguém acredita nisso, mas você nunca terá sucesso se não acreditar em si mesmo.”

Autoconfiança significa que uma pessoa é capaz de lidar com várias tarefas e problemas que a confrontam. A pessoa se mantém segura e confiante em meio a outras pessoas e está consciente sobre isto. Tendo confiança em si mesma, ela atinge seus objetivos, confia em suas habilidades e age energicamente.

Já para uma pessoa insegura, é difícil alcançar o que realmente quer. Quando constantemente se tem dúvidas do tipo: “eu posso fazer isso?” ou “É uma tarefa grande demais para mim mesma?”, é difícil se decidir e começar agir. Muitas vezes, essa pessoa nem sabe o que realmente precisa. De fato, o sucesso depende de quão autoconfiante a pessoa é, e secundariamente, da disponibilidade de habilidades e talentos.

É por isso que vale a pena o esforço e o tempo para desenvolver as habilidades que são importantes para a vida.

Sim, sim, você leu certo, para desenvolvê-las. Afinal, a autoconfiança é uma habilidade. E, como qualquer outra habilidade, pode e deve ser desenvolvida! Cada pessoa pode ter confiança em si mesma e em suas habilidades. Requer apenas um pouco de trabalho e mudança de hábitos — pare de se preocupar e de se culpar. E comece a respeitar suas necessidades e desejos.

Como você pode ver, desenvolver a autoconfiança é um trabalho complexo e de longo prazo. Para fazer este tipo de trabalho, é necessário um motivo interno muito forte – um desejo quase irresistível de alcançar a mudança.

Não sem razão, a maioria das pessoas chega à psicoterapia apenas em um estado de crise aguda — quando a vida já se torna insuportável.
Mas, com a atitude certa, esse trabalho nos transforma de uma maneira fascinante, que compensa todo o esforço. Afinal, em essência, o desenvolvimento da autoconfiança é a busca e compreensão dos próprios sonhos e objetivos.

Então, se você luta para desenvolver um senso forte e saudável de si mesmo, você não está sozinho, e não há nada para se envergonhar. De fato, você poderia muito bem se beneficiar da psicoterapia e se tornar mais uma história de sucesso. Você pode entrar em contato para consultas presenciais ou online a qualquer momento e mudar sua vida hoje!

Como saber se tenho necessidade de ajuda psicológica?

Quando a pessoa percebe que, apesar das tentativas, não está conseguindo se comportar de maneira adequada e aceitável no ambiente em que vive ou começa a notar que seus filhos estão com dificuldades para conviver bem na escola, ou com os amigos do prédio, por exemplo, essa é a hora de buscar ajuda profissional.

A área de psicoterapia comportamental vem realizando pesquisas para o desenvolvimento de práticas direcionadas ao aperfeiçoamento das habilidades sociais em todas as etapas da vida: infância, adolescência, juventude, fase adulta e idosa. Nas terapias em consultórios de psicologia, muitas vezes, conclui-se que o “grande problema” é um problema de comunicação e aí as habilidades sociais passam a ser trabalhadas de forma individual.

O psicólogo ajuda o paciente a vivenciar situações de sua rotina em casa, no trabalho, na escola, entre familiares e amigos. A grande meta é contribuir para que as relações deste paciente com as várias pessoas com que convive sejam saudáveis, independentemente do ambiente. Isso pode diminuir os conflitos, as preocupações, o mal-estar, a angústia e os episódios de ansiedade.

Os retornos individuais serão grandes para a vida das pessoas. Afinal, quem não quer ser feliz?

Você já ouviu falar em habilidades sociais? As relações pessoais seriam impossíveis se não fossem elas, que são fundamentais para criar e manter amizade, as relações de companheirismo, família, laços de vizinhança, entre outros.

As habilidades sociais são treinadas. Na verdade, nos sentimos paralisados quando ficamos isolados e desconectados dos outros durante um tempo. E como treinamos? Através de uma forma simples: compartilhar momentos de encontro, ou seja, desfrutar da companhia do próximo.

Cinco requisitos das habilidades sociais:

  1. A empatia. Já falei aqui algumas vezes sobre esta habilidade. Ela é uma virtude essencial para conectar com o ponto de vista de outra pessoa que pode ser diferente do seu. Significa entender que essa pessoa tem sua própria história.
  2. A alteridade. Quando estamos num estado de monólogo ficamos presos à nossa própria verdade interior. No entanto, para praticar essas habilidades sociais, devemos estar abertos a mudanças e fazer parte do mundo da outra pessoa. É reconhecer o outro como alguém diferente de si e assim dar mais sentido à sua própria identidade.
  3. A comunicação. Uma comunicação pode ir além das palavras, pois, às vezes a mensagem pode ser expressa através da linguagem corporal. Por exemplo, quando uma pessoa morre é comum que as pessoas próximas se mostrem condolentes com seu pesar através de uma presença silenciosa e de abraços. A comunicação facilita a compreensão mútua em qualquer circunstância.
  4. A amabilidade. Ser amável com alguém significa fazer com que sua vida seja mais agradável graças a sua companhia.
  5. A escuta ativa. Há uma grande diferença entre ouvir e escutar, no entanto, para colocar em prática as habilidades sociais são muito importante que seja um bom ouvinte porque não há nada melhor que ser valorizado pelo outro ouvindo sobre suas histórias.

A liderança é a grande habilidade social!

Cada pessoa tem uma força específica, algo que se destaca. No entanto, há uma habilidade especialmente valorizada atualmente: a liderança. O líder é um exemplo de inteligência social, pois, graças ao seu carisma interage com o grupo e atua como um mediador entre todos.

Porém, todas as habilidades sociais são importantes, pois, possibilitam a convivência de forma harmoniosa com os demais.

Deseja obter resultados concretos e duradouros para a sua vida pessoal e, principalmente, profissional? Marque uma consulta e descubra como pode se beneficiar treinando suas habilidades sociais com uma Psicóloga especializada e certificada!

Você finalmente decide marcar uma consulta com um terapeuta. Pela recomendação de amigos e parentes, escolhe um profissional com um excelente currículo e chega à consulta. Durante os 50 minutos do encontro, você pode se sentir desconfortável, constrangido em compartilhar detalhes de sua vida, e sair da sessão pensando que foi tudo um grande erro.

Situações como essa são frequentes, e fazem com que muitas pessoas abandonem o tratamento antes mesmo de começar. É preciso ter em mente que o resultado de uma terapia depende muito da metodologia e da relação que se estabelece entre o cliente e o terapeuta. E nem sempre se acerta de primeira.

A recomendação é, antes de começar qualquer tratamento, marque uma consulta de avaliação. Uma ou duas sessões geralmente já são suficientes para identificar os problemas e a melhor forma de abordá-los. Muitas vezes é indicado misturar intervenções das diferentes técnicas terapêuticas para tratar os mais diversos aspectos do cliente.

Ainda que com diferentes metodologias, grande parte das psicoterapias são baseadas em autoconhecimento, ou seja, em entender melhor a maneira de se relacionar consigo e com o mundo e, a partir disso, poder aliviar angústias e modificar comportamentos que estejam causando sofrimento.

Seja qual for a terapia ideal para você, o importante é que na consulta você se sinta à vontade para falar o que quiser, e saber que não será julgado por atos ou pensamentos. 🙂

Psicologia, Páscoa e recomeço

Páscoa simboliza um recomeço, uma nova vida e sentido de sacrifício, em razão da tradição cristã. Páscoa vem do hebreu Pessach, que significa “passagem”, festa que os judeus celebram há milhares de anos para lembrar a libertação e êxodo do Egito, após 300 anos de sofrimento como escravos. Por um lado, a Páscoa celebra a dor, o sofrimento, mas por outro comemora a passagem para uma vida nova, um recomeço.

É um fato que a grande maioria das pessoas procuram um psicólogo quando existem dificuldades, conflitos, situações de perda ou, em geral, quando existe sofrimento. É também verdade, porém, que o sofrimento intensifica a transformação. Quando é que nos sentimos mais impelidos a mudar? Quando temos uma “ferida” que nos obriga a tomar a decisão de mudança e de renovação. Mas é claro que não é necessário essa “ferida” para pensarmos na mudança.

Por isso, nesta Páscoa, quero convidá-lo a pensar sobre o que realmente é importante para você. Devemos analisar o que fizemos até agora e o que gostaríamos de ter feito, que foi adiado.

Nesta Páscoa procure sempre pensamentos positivos, mesmo nos momentos difíceis. Este estado de espírito melhora a sua autoestima e, em geral, lhe ajudar a ter prazer nas pequenas coisas da vida. Procure algo que te motive e não desista de querer ser feliz.

Desejo uma Páscoa muito feliz!

Joana Santiago — psicóloga e psicoterapeuta

O que a psicologia diz sobre o comportamento dos trolls

 

Os valentões sempre estiveram entre nós. Costumávamos ser capazes de detectar esse tipo a quarteirões de distância. A arrogância, zoação, insultos, olhares de desprezo e agressões eram assistidos por todos e, muitas vezes, o agressor podia ser evitado tomando um caminho diferente para casa ou saindo por outra porta da escola. O prazer que tinham em envergonhar e intimidar os outros deixava evidente sua falta de empatia. O olho roxo da vítima ou o nariz quebrado davam evidências da agressão. Medo e gritos podiam ser vistos e ouvidos, e só assim o bullying parava.

Mas os tempos mudaram e os agressores também. Na era digital, um palco imenso e invisível para o bullying permitiu que o cyberbullying crescesse como uma epidemia. Hoje, quase metade de todos os usuários da internet relatam ter sido alvo de algum tipo de maus tratos on-line. A internet facilitou muito para os agressores atacarem e se esconderem num teatro anônimo que garante ao troll nenhuma preocupação com a punição.

Porque os trolls da Internet desumanizam os outros?

Quando ataques são feitos online, a capacidade de ver as consequências da agressão não é ativada no cérebro de quem o faz. Estudos mostram que os trolls tendem a não enxergar suas vítimas como pessoas reais. Eles desumanizam os outros, o que significa que a pessoa do outro lado do ataque é considerada mais como um objeto e menos como um indivíduo com sentimentos. Mesmo que seu assédio possa arruinar vidas e até mesmo levar seus alvos ao suicídio, os agressores da internet parecem não se importar. O bullying tende a conceder uma sensação imediata de poder aos impotentes.

Mas quem são esses trolls?

Por estudos, sabemos que a grande maioria dos trolls da internet são homens e muitos têm menos de 30 anos. Eles tendem a ser antissociais por natureza e muitas vezes não possuem habilidades sociais e emocionais para resolver conflitos interpessoais, tanto online quanto offline.

Pesquisadores canadenses fizeram a referência cruzada de testes de personalidade online e descobriram uma relação no comportamento troll com a chamada “tétrade obscura”. Um agrupamento de quatro transtornos de personalidade: psicopatia (falta de remorso e empatia), sadismo (sentir prazer com o sofrimento dos outros), narcisismo (egoísmo e auto-obsessão) e maquiavelismo (tendência a manipular os outros).

O estudo, publicado no final do ano passado, define trollagem on-line como “a prática de se comportar de forma enganosa, desordenada ou destrutiva num local social da internet por um único motivo: prazer próprio”.

Sabemos que as vítimas de assédio online muitas vezes se sentem deprimidas, ansiosas e derrotadas pela experiência abusiva. Os trolls, porém, também parecem pagar um preço psicológico. Se pensarmos nesses sentimentos como um espelho do que esse indivíduo sofre internamente, podemos ter o vislumbre de uma pessoa que se sente impotente, ansiosa e deprimida e que não conhece outra saída a não ser provocar tais sentimentos nos outros. Mas, em vez de buscar uma saída para a frustração reprimida, o troll parece aumentar a depressão, a solidão e o isolamento.

E o que pode ser feito?

É necessária mais interação humana “cara-a-cara” para construir habilidades interpessoais, antes de perdermos (todos nós) o contato humano. Os trolls que estão causando dor, também podem precisar de um ser humano carinhoso ou psicoterapeuta para compreender seus próprios sentimentos de isolamento e rejeição. Porém, devemos ter cuidado para não categorizá-los e generalizá-los como psicopatas.

Se você é vítima de trolls na internet, a primeira e mais importante opção é não ficar calado e denunciar. Caso tenha dúvidas sobre como proceder, também vale contar com a equipe do projeto SaferNet. Com o apoio de organismos importantes, este site ajuda a orientar ações para quem foi vítima de um crime digital, explicando como fazer cartas solicitando a remoção de uma injúria ou difamação, por exemplo. Outra dica nesses casos é ignorar. Quando as vítimas do cyberbullying conseguem ignorar a violência sofrida, podem provocar frustração nos trolls e isso pode motivá-lo a desistir e ir embora.

Precisamos ficar atentos para que a experiência humana real e viva não seja substituída. Para completar o círculo de empatia e entender a psicologia dos trolls da internet, é importante reconhecer que eles também são seres humanos que precisam de ajuda. Nossa sociedade não pode se dar ao luxo de julgar sem buscar soluções para os efeitos colaterais da era digital.

Se você já foi alvo de algum tipo de abuso online, denuncie. Se, por outro lado, você conhece alguém que passou por problema semelhante, ofereça apoio, use as dicas que mostrei aqui. Se for necessário apoio psicológico, saiba que estou sempre a disposição para ajudar.

As 7 emoções básicas e seu efeito no comportamento humano

 

Às vezes nos sentimos tristes, melancólicos, e apesar de não sabermos o motivo, acabamos deixando o nosso dia cinzento. Outras vezes, acordamos estressados e tudo parece dar errado. Por outro lado, quando estamos apaixonados, cheios de energia e felizes, tudo parece fluir na maior harmonia.

Não é fácil, né? As emoções parecem dominar nossas vidas diárias! E para não ser controlado por elas, é preciso conhecer e entender como cada emoção se manifesta no seu corpo e na sua mente.

Emoções Básicas:

Durante a década de 1970, o psicólogo Paul Eckman constatou em suas pesquisas que seis emoções básicas eram as mesmas a toda espécie humana, independente da cultura: alegria, tristeza, medo, nojo, surpresa e raiva. Apenas nos anos 80 Ekman adicionou a emoção desprezo à lista das emoções básicas e universais.

Vamos dar uma olhada nos sete tipos básicos de emoções e explorar o impacto que eles têm no comportamento humano:

1. Alegria

A alegria é, de todas as emoções básicas, talvez a mais positiva: está associada de forma direta com o prazer e a felicidade. Ela aparece, por exemplo, em resposta à conquista de alguma meta pessoal ou frente à atenuação de um estado de mal-estar.

Enquanto alegria é considerada uma das emoções humanas básicas, as coisas que acreditamos trazer felicidade tendem a ser fortemente influenciadas pela cultura. Por exemplo, as influências da cultura pop tendem a enfatizar que a obtenção de certas coisas, como comprar uma casa ou ter um emprego bem remunerado, resultará em felicidade. Na realidade, os fatores que contribuem para a felicidade são muito mais complexos e altamente individuais.

2. Tristeza

Essa emoção caracteriza-se por uma queda de ânimo e uma redução significativa no nível de atividade cognitiva e de conduta. Apesar da má fama que essa emoção tem, ela cumpre funções iguais ou mais importantes que as demais emoções básicas. Em alguns casos, as pessoas podem experimentar períodos prolongados e graves de tristeza que podem se transformar em depressão.

A função da tristeza é atuar em situações onde o indivíduo se encontra impotente ou não pode dar continuidade a nenhuma ação direta para solucionar o que lhe traz sofrimento, como o falecimento de uma pessoa querida. Além disso, e o mais importante, instiga a busca do apoio social que facilite a fuga de uma situação depressora.

3. Medo

É a emoção mais estudada nos animais e no ser humano. O medo é um estado emocional negativo ou aversivo com uma ativação muito elevada que incita o ato de evitar e de escapar de situações perigosas. A vivência dessa emoção provoca uma sensação de grande tensão em paralelo a uma preocupação pela própria segurança e saúde.

O medo é a resposta emocional a uma ameaça imediata e, é claro que nem todos experimentam o medo da mesma maneira. Algumas pessoas podem ser mais sensíveis ao medo e certas situações ou objetos podem ser mais propensos a desencadear essa emoção, como no caso de pessoas que sentem medo de altura e outras que gostam de praticar esportes radicais.

4. Nojo

O nojo é uma das emoções básicas conhecidas desde os trabalhos de Darwin sobre a emoção animal. A função adaptadora que o nojo cumpre é rejeitar todos os estímulos que podem provocar uma intoxicação. As náuseas e o mal-estar contribuem para evitar qualquer ingestão danosa para o corpo. Além disso, com o tempo, essa emoção tem ganhado um caráter social de rejeitar os estímulos sociais tóxicos para nós.

Essa sensação de repulsa pode se originar de várias coisas, incluindo um sabor desagradável, visão ou cheiro. Pesquisadores acreditam que essa emoção evoluiu como uma reação a alimentos que podem ser prejudiciais ou fatais. As pessoas também podem experimentar nojo moral, quando observam os outros envolvidos em comportamentos que eles consideram desagradáveis, imorais ou ruins.

5. Surpresa

A surpresa pode ser definida como uma reação causada por algo imprevisto, inédito ou estranho. Ou seja, quando aparece um estímulo que o sujeito não contemplava em suas previsões ou esquemas. A vivência subjetiva que a acompanha é uma sensação de incerteza junto a sensação de ter a mente em branco.

Esse tipo de emoção pode ser positivo, negativo ou neutro. Uma surpresa desagradável, por exemplo, pode ser alguém pulando de trás de uma árvore e assustando você enquanto caminha numa rua escura. Um exemplo de surpresa agradável seria chegar em casa e descobrir que seus amigos mais queridos organizaram uma festa surpresa no seu aniversário.

6. Raiva

Enquanto a raiva é frequentemente vista como uma emoção negativa, às vezes pode ser uma coisa boa. Pode ser construtivo e te ajudar a esclarecer suas necessidades em um relacionamento, e também pode motivá-lo a agir e encontrar soluções para as coisas que estão incomodando.

A raiva pode se tornar um problema, no entanto, quando ela é excessiva ou expressa de maneiras que não sejam saudáveis, perigosas ou prejudiciais para si e os outros. A raiva descontrolada pode se transformar rapidamente em agressão, abuso ou violência e também dificultar a tomada de decisões racionais, podendo até impactar a saúde física e mental.

7. Desprezo

O desprezo é a emoção mais recente considerada pela comunidade científica como a sétima emoção básica humana, passando a pertencer ao grupo de sentimentos que descrevi anteriormente.

A função do desprezo é afirmar status, prioridade e autoridade, por isso, é comum que pessoas inseguras experimentem sentimentos decorrentes dessa emoção. Devido à essas características é considerada uma emoção negativa. Quem sente desprezo pelo outro, desconsidera todas as capacidades e sentimentos desta outra pessoa, e na maioria das vezes, nem sequer se esforça em voltar-se contra ela. No entanto, algo ainda mais intenso pode ocorrer quando sentimos desprezo ou nojo de uma pessoa: a desumanização.

Como a psicoterapia pode ajudar?

As emoções básicas têm como função a defesa de nossa sobrevivência física e emocional. Ou seja, são absolutamente necessárias. O que pode acontecer e fazer tudo dar errado é o acúmulo energético que a emoção (algo que dura apenas alguns minutos) produz em nosso corpo físico e emocional, criando os bloqueios que se transformam em problemas do nosso dia a dia, inclusive, doenças crônicas.

A ciência e a psicologia têm criado métodos e terapias muito eficazes como as terapias para liberar emoções negativas, traumas, compulsões e medos. E essas técnicas também podem atuar, positivamente, melhorando o desempenho nos esportes, concentração, autoconfiança, prosperidade. E também na busca do autoconhecimento e desenvolvimento emocional!

Você consegue lembrar de alguma situação com você ou com alguém que tem dificuldades em lidar com as emoções? Que tal compartilhar esse artigo com essa pessoa? Técnicas de psicoterapia podem ajudá-la!

apoio social

O apoio social é frequentemente identificado como um elemento-chave de relacionamentos saudáveis e boa saúde mental, mas o que significa isso exatamente? Essencialmente, o apoio social significa uma rede relacional de pessoas que você pode contar em momentos de necessidade. Se você está enfrentando uma crise pessoal e precisa de assistência imediata ou apenas quer gastar um tempo com pessoas que se importam com você, esses relacionamentos desempenham um papel fundamental em como você funciona no seu dia-a-dia.

Em períodos de estresse, é o apoio social que levanta as pessoas e, muitas vezes, é o que dá forças para continuar e até mesmo prosperar. Mas o apoio social é um dispositivo de ajuda mútua. Além de confiar nos outros, você também serve como uma forma de apoio para muitas outras pessoas em sua vida.

A importância de ter uma forte rede de apoio social

Nós psicólogos e outros profissionais de saúde falamos frequentemente sobre a importância de ter uma forte rede de apoio social. Recomendo frequentemente aos meus clientes a se apoiarem em amigos, familiares (ou um grupo que eles se sintam parte ao tentar alcançar seus objetivos) ou quando passam por uma crise. Muitas pesquisas atuais mostram a ligação entre as boas relações sociais e diversos aspectos positivos de saúde e bem-estar.

Um apoio social fraco tem sido associado à depressão, enquanto a solidão tem demonstrado aumentar o risco de depressão, suicídio, uso do álcool, doenças cardíacas e disfunção cerebral. Este fato foi constatado numa análise de diversos estudos, onde se concluiu que queles com maior apoio social e emocional tiveram menor probabilidade de morrer, do que aqueles que não tinham tais relacionamentos.

Então, quais aspectos de nossos ambientes sociais são tão vitais para a nossa saúde? E como exatamente nossos ambientes sociais afetam nosso bem-estar geral? O pesquisador Sheldon Cohen, da Universidade Carnegie Mellon, sugere que há dois aspectos essenciais de nossos mundos sociais que contribuem para a saúde: o apoio social e a integração social.

Apoio social

O apoio social refere-se aos recursos psicológicos e materiais fornecidos por pessoas ou grupos que ajudam os outros a lidar com o estresse. Esse apoio social pode vir de diferentes formas. Às vezes é ajudando uma pessoa nas tarefas diárias quando estão doentes ou oferecendo assistência financeira quando estão em necessidade. Em outras situações, é dar conselhos a um amigo quando ele estiver enfrentando uma situação difícil. Ou simplesmente envolve o cuidado, a empatia e a preocupação com os entes queridos que precisam.

Integração social

A integração social é a participação efetiva em várias relações sociais, desde parcerias românticas a amizades. Essa integração envolve emoções, intimidade e um sentimento de pertencer a diferentes grupos sociais, como fazer parte de uma família, uma parceria, uma atividade social ou uma comunidade religiosa. Estar integrado em relações assim nos protege contra comportamentos desajustados e consequências prejudiciais à nossa saúde.

Um olhar mais atento aos tipos de apoio social

As redes sociais de apoio podem ter diversas formas e desempenhar diferentes papéis em sua vida.

Às vezes as pessoas oferecem apoio emocional. Elas te apoiam quando você precisa e estão lá com um ombro amigo para chorar quando as coisas não saem do seu jeito. Esse tipo de apoio pode ser particularmente importante em momentos de estresse ou quando as pessoas se sentem sozinhas.

Em outros casos, as pessoas em sua rede social podem fornecer apoio instrumental. Eles cuidam de suas necessidades físicas e oferecem ajuda quando você precisa. Isso pode considerar preparar uma refeição quando você está doente ou lhe dando uma carona quando seu carro está na oficina. Esse apoio é importante quando as pessoas têm necessidades imediatas que precisam ser atendidas.

As pessoas também podem dar o que é conhecido como apoio informativo. Isso significa a disponibilidade de dar orientação, informação, aconselhamento e coaching. Esse apoio pode ser importante quando alguém precisa tomar decisões ou passa por grandes mudanças na vida. Ao ter essa forma de apoio, as pessoas podem se sentir menos ansiosas e estressadas com os problemas que estão tentando resolver, graças ao conselho de um colega, mentor ou amigo de confiança.

Como você pode imaginar, as pessoas em suas redes sociais podem assumir papéis diferentes. Um professor pode fornecer apoio informativo, enquanto um pai pode dar todos os três tipos. Se você tiver uma forte rede de apoio social, é provável que você receba o tipo de ajuda que precisa, no momento que realmente precisa.

Como o apoio social beneficia a nossa saúde?

Agora que entendemos que nossos sistemas de apoio social envolvem vários tipos de apoio e integração em diferentes grupos sociais, é hora de examinar mais de perto como essas relações sociais influenciam tanto a saúde física quanto a mental.

Já adianto que os benefícios são muitos, mas vou destacar apenas três que acho mais importantes:

  1. Grupos sociais podem incentivar escolhas e comportamentos saudáveis. A participação em grupos sociais têm uma influência normativa nos comportamentos, muitas vezes influenciando as pessoas em uma dieta saudável, na prática de exercícios físicos, fumar, beber ou usar drogas. Claramente, os grupos sociais podem às vezes ter uma influência negativa a esse respeito quando a pressão e a influência dos colegas levam a escolhas de saúde ruins ou mesmo perigosas. No entanto, a pressão e o apoio do grupo também podem levar as pessoas a terem comportamentos saudáveis.
    Se você já tentou abandonar um mau hábito, como fumar, provavelmente percebeu como é importante o apoio das pessoas à sua volta. Se no seu círculo social, as pessoas não te ajudam a alcançar seu objetivo, isso pode dificultar muito as coisas. Se, no entanto, se você recebe apoio e encorajamento, poderá descobrir que alcançar sua meta de abandonar o hábito e melhorar sua saúde é muito mais fácil.
  2. O apoio social ajuda as pessoas a lidar melhor com o estresse. Tenho dito frequentemente que o estresse tem sérias consequências para a saúde, desde imunidade baixa à riscos de doenças cardíacas. Estar cercado por pessoas que são carinhosas e solidárias ajuda as pessoas a se verem mais capazes de lidar com o estresse que a vida traz. Ter um forte apoio social em tempos de crise pode ajudar a reduzir as consequências de distúrbios induzidos por trauma, incluindo o Transtorno de Estresse Pós-Traumático, o TEPT.
  3. O apoio social pode melhorar a motivação. As relações sociais também podem ajudar as pessoas a se manterem motivadas quando tentam alcançar seus objetivos. Pessoas que estão tentando perder peso ou parar de fumar, geralmente descobrem esta ajuda ao se identificarem com outras que estão empenhadas em atingir as mesmas metas. Conversar com pessoas que estão passando pela mesma experiência muitas vezes pode ser uma fonte de apoio, empatia e motivação.

Claramente, nossas relações sociais desempenham um papel fundamental em nossa saúde e bem-estar gerais, mas o que você pode fazer para melhorar sua própria rede social? Não deixe de pôr em prática essas ótimas dicas sobre como conhecer pessoas novas e fazer novas amizades, sobre os principais benefícios das amizades, bem como diferentes maneiras de lidar com a solidão .

E, se precisar, estarei aqui para ajudar você a superar qualquer problema emocional. A relação terapêutica também é uma relação de ajuda, de compreensão e apoio.

Empatia - Colocando-se no lugar do outro

A empatia é, em termos simples, a habilidade de colocar-se no lugar do outro. Por exemplo, se você escuta uma história sobre uma criança que perdeu os pais em uma comunidade que foi devastada pelo desmoronamento de uma barragem e se comove, é possível ter dois tipos de reação: sentir dó, que representa a simpatia; ou se colocar no lugar daquela criança, imaginar o que ela passou e tentar entender o que ela sentia, enxergar o panorama a partir dos olhos dela. É ser sensível a ponto de compreender emoções e sentimentos de outras pessoas.

Ser empático não se restringe às pessoas que conhecemos, mas principalmente com os desconhecidos ou mesmo com pessoas com características opostas às nossas. Este é um grande esforço que demanda sensibilidade, inteligência emocional e vontade de experimentar uma nova perspectiva. Esta é uma habilidade que pode ser aprendida, mas que precisa ser cultivada diariamente.

“A capacidade de se colocar no lugar do outro é uma das funções mais importantes da inteligência. Demonstra o grau de maturidade do Ser Humano.” (Augusto Cury)

No entanto, apesar de toda a ênfase e valor que nossa cultura atribui à empatia – especialmente como um antídoto contra o bullying e outros comportamentos antissociais – há uma grande confusão sobre o que é, e o que não é. Aqui está o que a ciência sabe sobre a empatia:

1. Empatia e simpatia não são sinônimos.

Algumas pessoas costumam substituir uma pela outra, mas na verdade, são processos diferentes. Quando você sente simpatia por alguém, você se identifica com a situação que a pessoa vivencia. Isso pode ser um sentimento puro e verdadeiro; você pode sentir simpatia por pessoas que você nunca conheceu ou por um problema que você pessoalmente nunca experimentou, assim como por pessoas que conhece e cenários que são familiares à você.

Mas sentir simpatia não conecta você necessariamente com a pessoa ou com o que ela está sentindo. Você pode ser solidário com a situação de alguém, e ao mesmo tempo ignorar completamente seus sentimentos e pensamentos.

O processo emocional chamado empatia é outra coisa; envolve realmente ouvir e compreender o ponto de vista e/ou a situação do outro, podendo, ou não, se identificar e sentir os mesmos sentimentos. A simpatia é o sentimento por alguém; empatia envolve o sentimento com alguém.

2. A empatia é um comportamento aprendido.

A pesquisadora e best-seller Brené Brown ficou famosa ao escrever sobre vulnerabilidade, vergonha, estranhamento e outras emoções que sentimos ao crescer.

Para ela, as crianças têm oportunidades de aprender empatia com seus pais, professores e colegas. Ler boa literatura pode ser uma maneira poderosa de desenvolver empatia, assim como estudar uma história ou estar presente com um amigo no parquinho que está passando por momentos difíceis.

No Brasil, um estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul analisou 100 crianças carentes, com idades entre 6 e 9 anos, a fim de entender qual o impacto da empatia na vida delas. O resultado trouxe uma revelação importante: crianças mais empáticas tendem a ser mais competentes socialmente do que as outras.

3. Você não é responsável pelas emoções dos outros.

Um obstáculo para expressar empatia autêntica é a tendência de acreditar que somos responsáveis por fazer com que outras pessoas se sintam melhor, especialmente aquelas que amamos. Imagine se as emoções de todos a nossa volta fossem nossa responsabilidade, ficaríamos sobrecarregados!

A empatia não nos pede para assumir a responsabilidade pelos sentimentos de outra pessoa. Trata-se da capacidade de estar verdadeiramente presente e de manter um espaço seguro para os outros sentirem suas próprias emoções completamente. Assim, elas são capazes de entender sua experiência.

Desenvolver a empatia nos permite um maior bem-estar emocional e mais qualidade nos relacionamentos. Além disso, ela pode ajudar a manter a nossa saúde mental, já que promove o autoconhecimento.

É preciso dominar esta sabedoria que, em muitas situações, não nos ensinaram nem na profissão, nem nos livros. A boa notícia é que psicoterapia pode ser muito útil neste processo. Quando precisar, estarei aqui sempre disponível para te ajudar!