A importância do brincar

Em um mundo com tantos atrativos tecnológicos, pode parecer que as brincadeiras e as atividades perderam espaço e não são mais tão importantes. Não é verdade. Aliás, muito pelo contrário: essa prática é fundamental para o desenvolvimento e a socialização infantil.

A importância do brincar na infância

Atualmente as crianças são bombardeadas com diferentes formas de distrações tecnológicas cada vez mais cedo. Não que a tecnologia interfira de forma negativa no aprendizado das crianças. Inclusive, existem aplicativos e jogos bastante educativos, que podem (e devem) ser inseridos na educação dos pequenos. Porém, devemos tomar cuidado com o tempo gasto nesses jogos para não serem maiores que o tempo que você pode conversar ou brincar com seus filhos.

Com a correria do dia a dia e o estresse causado pela rotina profissional, encontrar tempo para passar com os filhos não é tarefa fácil. Por meio de atividades lúdicas e até pedagógicas, mais do que desfrutar de bons momentos com as crianças, você fará com que esse tempo seja valioso e educativo. No entanto, o foco deste texto são as atividades que podem ser realizadas em qualquer espaço físico, principalmente ao ar livre, promovendo maior interação entre você e seus filhos.

Desenvolvimento físico

Segundo um estudo da Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto (EEFERP) da USP, uma em cada três crianças no Brasil está com sobrepeso. Parte da causa desse problema é que mais e mais crianças ficam dentro de suas casas e não praticam o exercício necessário de que precisam.

Como as crianças ainda estão em fase de desenvolvimento, a prática de atividades ao ar livre permite que eles melhorem suas habilidades motoras, coordenação visual, equilíbrio e desempenho geral. Além disso, atividades físicas promovem um sistema muscular, esquelético, imunológico, respiratório e cardiovascular mais forte.

Desenvolvimento emocional

As crianças que praticam esportes são mais desenvolvidas em termos de inteligência emocional. Brincar uns com os outros dá a oportunidade de saber como lidar adequadamente com as vitórias e as derrotas. Pouco a pouco eles crescem em maturidade emocional enquanto enfrentam situações diferentes que lhes permitem expressar emoções controladas. Brincar fora de casa com outras crianças faz com que aprendam a permanecer positivas quando as coisas não acontecem, se envolvem mais na solução de problemas e tentam empatizar com outras crianças.

Desenvolvimento social

Hoje em dia a maioria dos aplicativos e jogos para smartphones não incentivam o jogo em equipe, mas eles permitem que as crianças se recolham à sua zona de conforto e brinquem dentro dos limites da tela do smartphone ou tablet.

As brincadeiras e esportes são diferentes. Permitem que as crianças conheçam outras crianças e desenvolvam uma amizade duradoura. Não só isso, mas jogar em equipe desenvolve a capacidade das crianças de se relacionar com os outros. O esporte coletivo é um caminho perfeito onde as crianças aprendem a trabalhar o sucesso como um grupo. Eles também aprendem habilidades de trabalho em equipe, liderança e comunicação.

Desenvolvimento mental

Quase todos os esportes exigem que as crianças desenvolvam sua autonomia e pratiquem certas habilidades que lhes permitam tornar-se mais inteligentes.

Entre as habilidades mais importantes desenvolvidas nas brincadeiras está o pensamento crítico. Para desenvolver o pensamento crítico a criança deve estar totalmente envolvida, movimentando seu corpo e pensando em como resolver os problemas de maneira oportuna.

Observe por exemplo o jogo de futebol. As crianças rapidamente avaliam cada situação, calculam cada movimento, sabem onde estão seus companheiros de equipe e determinam o melhor movimento com base nessas informações. Todos esses processos mentais têm que acontecer em apenas alguns segundos.

Além disso, permitir que as crianças saiam e brinquem lhes dá a oportunidade de apreciar a natureza, respirar ar fresco e explorar o ar livre, que também contribui para o desenvolvimento mental das crianças.

Você e seu filho (ou filha) vão brincar juntos nesse final de semana? Vale parquinho, jogos em casa e até pular carnaval! Tirem fotos e compartilhem comigo nas redes sociais!

ANSIEDADE NA VOLTA ÀS AULAS

As crianças passam um longo período dentro do ambiente escolar e quando mudam de um ano para o outro podem sentir medo e preocupação por não saberem quem será o professor, quais amigos estarão ou não em suas salas e uma série de outras questões. Esse momento pode ser comparado à mudança de emprego para um adulto, então é muito importante que os pais deem o suporte necessário para não aumentar esse sentimento de ansiedade.

Organizem o material

Transformar o retorno em algo positivo é o primeiro passo para que o seu pequeno substitua a ansiedade negativa pela vontade de retornar à escola. Isso começa com a organização do material escolar. Deixe a criança participar de algumas escolhas, como o seu personagem favorito ou até a personalização da capa dos cadernos com adesivos e desenhos. Organizar todo o material juntos também pode ser bem legal, principalmente quando é feito como algo natural do dia a dia, e não como um evento muito especial. Isso ajuda a criar uma ansiedade positiva e faz com que ela fique com vontade de usar tudo o que está colocando na mochila e no estojo.

Ter o cantinho de estudos bem organizado e convidativo é outro cuidado que merece atenção, com móveis que estejam em altura confortável para que seu filho realize as tarefas com autonomia. Prefira mesas que tenham as quinas arredondadas para evitar acidentes e deixe o espaço sempre arrumado com tudo o que ele precisa ao alcance das mãos.

Retome a rotina

É comum acabar saindo da rotina de sono e de atividades no período de férias, um movimento natural, mas que deve terminar antes do início das aulas. Vocês precisam voltar a ter hora para dormir e acordar para que os pequenos não fiquem indispostos quando tiverem que ir à escola. Isso ajuda a reduzir bastante a ansiedade e eles precisam de um dia a dia regrado para um bom desenvolvimento. Explique que será necessário acordar mais cedo e, portanto, é preciso voltar a dormir como faziam antes.

Outra dica é aproveitar este momento para fazer atividades que são parte da rotina escolar, como ler e ter contato com os cadernos e materiais. Ler o livrinho da escola, desenhar a sala de aula e fazer atividades lúdicas que remetam a este momento é muito bom para se preparar psicologicamente e antecipar a parte positiva do retorno às aulas.

Quando a ansiedade se transforma em sintomas físicos

Chegou o dia e seu filho chorou e ficou nervoso? Isso pode acontecer mesmo com todo o preparo e o que fazer depende muito da idade. Para as crianças de dois ou três anos que vão começar a escolinha é preciso uma atenção maior, porque elas ainda estão em uma fase em que não entendem quando os pais não estão por perto. Elas ficam com medo e muito ansiosas por acharem que eles não estarão ali ou não voltarão para buscá-las. Ter um objeto de transição pode ajudar bastante, como um brinquedinho ou um desenho que funcione como um elo com a mãe ou o pai para que elas olhem e lembrem-se que logo estarão em casa.

Ter uma conversa e criar vínculo com os cuidadores do seu filho também é muito importante, falar dos gostos e preferências da criança e citar palavras que só tem no vocabulário da casa para o professor compreendê-la melhor. Mostrar para seu filho, que você confia no profissional que ele vai passar algumas horas é de grande importância também.

E acima de tudo, estar presente nos primeiros dias de aula, não dentro da sala de aula, mas observar à distância é uma maneira de ambos ganharem confiança.

Espero ter ajudado e qualquer dúvida entre em contato comigo.

Angústia da separação no 1o dia de aula
Não é fácil levar o seu filho à escola no primeiro dia de aula. Quando chega este momento fica a pergunta: quem sofrerá mais?

A angústia da separação no primeiro dia de aula

Quem não gostaria de ter o filho sempre pequenino no colo? Levá-lo consigo para todo lugar? As mães (e pais também) compreendem que chega uma fase na vida dos pequenos em que eles precisam ser inseridos no ambiente escolar. A maioria que trabalha fora de casa tem a necessidade de introduzir a criança desde recém-nascida nas conhecidas creches.

Mas o coração sempre fica apertado. O fato de não ter certeza se ele ficará bem ou se acontecerá algo com a criança é o que nos deixa com sentimento de culpa. Então, a grande dica é procurar uma escola da confiança de vocês e que possam estabelecer um bom vínculo. Quanto mais certos estiverem sobre a decisão, mais seguros se sentirão e esse sentimento de confiança será transmitido aos filhos, tornando a adaptação mais fácil.

“Procure uma escola de sua confiança e estabeleça um bom vínculo.”

Não é fácil para nenhuma mãe levar o seu filho à escola no primeiro dia de aula. Quando chega este momento fica a pergunta: quem sofrerá mais, o filho ou a mãe? Sabemos que para a criança pode ser um período de insegurança, medo, receio, mas trata-se de algo natural, pois está acostumado a ficar grande parte do tempo com pessoas conhecidas.

Um mundo de descobertas

Juntamente com o medo surge também o interesse por algo desconhecido. Tanto os pais quanto a própria escola estimulam as crianças incitando a curiosidade, para que tenham interesse em descobrir o que há de novidade, embora a maior novidade é ter que lidar com a dor da separação. Um momento difícil e doloroso que tanto a criança como os pais vivenciam, ainda mais para quem é mãe ou pai de primeira viagem.

São lágrimas, choros, birras e uma mistura de sentimentos que envolvem estes dois corações, mas que com o passar dos dias vão diminuindo por conta da adaptação que ambos irão desenvolvendo.

Portanto, é muito importante a explicar que terá que ir, mas que depois se reencontrarão. Outro ponto pertinente é ser firme, mesmo que o seu filho esteja fazendo a maior birra. Não se culpe, assim que ele entrar na escola, encontrar os coleguinhas e começar as atividades, ele esquece. A criança utiliza o seu poder de persuasão junto aos pais, pois existem aqueles que fortalecem esse tipo de comportamento do filho, permitindo que a criança domine a situação.

Não deixe a culpa te dominar

Por se sentirem culpados ao deixarem os filhos na escola desde muito cedo e terem que trabalhar, alguns pais acabam sendo coniventes com as birras e, com isso, permitem que os filhos façam o que quiserem como forma de compensação, quando na realidade a criança precisa de firmeza, amor e atenção.

Algumas vezes, a dor da separação acaba sendo muito mais por parte da mãe, pois não aceita que o filho está crescendo e que daqui a um tempo já estará fazendo as coisas sozinho. Isso causa angústia. Existem algumas mães que não se adequam ao que estou mencionando e, na verdade, não veem a hora de ver o filho crescer e se tornar mais autônomo. Tudo isso tem a ver com a história de vida que cada mãe carrega consigo.

Gostou desse texto? Como estamos no período de volta às aulas, semana que vem, vou dar dicas de como ajudar a controlar a ansiedade do seu filho no novo ano letivo. Até lá 😉

Nunca é cedo demais para se preparar para uma etapa merecida na sua vida.

Sabemos que esse momento de transição é muito difícil na vida da maioria das pessoas, em que, para algumas, é uma verdadeira agonia. Continue lendo para saber mais e descobrir como o coaching de aposentadoria pode te ajudar.

Aposentadoria é um estágio que transforma a vida de um indivíduo. Chega o momento de alterar uma rotina vivida por décadas. Para algumas pessoas a aposentadoria é um verdadeiro paraíso, pois é o momento de vai aproveitar a vida sem ter restrições de tempo, de preocupações com projetos e etc. Já para outras pessoas que enxergam seu trabalho como “ideal” funciona como uma perda, e ninguém gosta de perder nada.

Fatores psicológicos comuns que influenciam as decisões de aposentadoria são estresse e ansiedade, então vamos explorar esses fatores por trás de sua escolha de se aposentar (ou não) e o impacto que isso pode ter na sua saúde e bem-estar. As perguntas-chave aqui são: você será psicologicamente e fisicamente mais feliz aposentado ou trabalhando? Você está preparado para se aposentar? Vai viver mais se você se aposentar?

Primeiro, existem muitos mitos culturais sobre a aposentadoria.

Nossos avós cresceram na época após a introdução da seguridade social e quando programas de aposentadoria e pensões estavam se tornando a norma em muitos empregos. Isso estabeleceu a expectativa de que nossos avós estavam “trabalhando para” a aposentadoria. O objetivo era acumular o máximo de dinheiro possível para viver bem durante a aposentadoria. A idade “esperada” de aposentadoria era de 65 anos e as histórias que chamavam a atenção das pessoas foram aquelas que foram capazes de “vencer o sistema” e se aposentar aos 60, 55 e até 50 anos de idade. 

Então, aqui estão algumas perguntas que você deve fazer para avaliar se está pronto psicologicamente para se aposentar:

1. Você gosta do seu trabalho? Isso fornece uma sensação de significado e propósito em sua vida?

Algumas pessoas gostam tanto do que fazem que seria imprudente se aposentar, a menos que você possa substituir esse senso de significado por alguma outra atividade ou paixão.

Um amigo que ingressou no programa de voluntário do Inca após a faculdade, teve uma carreira bem-sucedida como executivo. Quando se aposentou do emprego corporativo, ingressou em uma grande organização sem fins lucrativos como voluntário. Por causa de sua paixão, isso se transformou em uma segunda “carreira” para ele.

2. Seu trabalho é estressante e a aposentadoria é uma saída ou uma mudança de carreira?

A decisão de se aposentar é sobre o que você valoriza. Você é do tipo que só pensa em trabalho ou gosta de ter momentos mais voltados para você? A decisão é pessoal e tem que ser tomada de acordo com o seu ritmo de vida. Não existe uma solução única para todos, mas existem maneiras de levar a relevância da sua vida profissional para a aposentadoria.

A construção de uma estrutura para sua aposentadoria deve começar pelo menos três a cinco anos antes da data planejada. A avaliação e a correção do curso ocorrem cerca de um ano antes. Um ano ou mais após a aposentadoria, o período da lua de mel provavelmente terá diminuído e é hora de rever como as coisas estão indo. Dê a si mesmo mais alguns anos para que a vida de aposentado se torne seu novo normal. Essa é uma jornada de seis a oito anos que exigirá flexibilidade e resiliência.

3. Seu trabalho fornece necessidades sociais críticas em sua vida?

Se boa parte de sua vida social gira em torno do trabalho e das pessoas no trabalho, convém adiar a aposentadoria até cultivar redes sociais de suporte além dos amigos do local de trabalho. Você pode fazer isso ingressando em clubes e organizações, oferecendo-se como voluntário, se tiver tempo, e se conectando novamente a amigos, familiares e conhecidos.

4. Você efetivamente já parou para pensar em como vai ser sua vida como aposentado?

Você tem um plano de aposentadoria? Tem hobbies ou interesses que preencherão seu tempo?

Muitas pessoas têm expectativas irreais sobre suas vidas como aposentadas. Elas imaginam que vão jogar golfe ou tênis, começar hobbies, aprender a tocar violão, viajar, etc. Um bom teste é avaliar essa parte da sua vida atualmente. Você está envolvido em esportes, hobbies ou música e é apaixonado por isso? Caso contrário, pode não ser razoável esperar que você desenvolva essa paixão repentinamente no dia seguinte à sua aposentadoria. Os aposentados mais bem-sucedidos planejam suas vidas pós-trabalho.

A maioria de nós deseja uma vida plena e significativa. Para muitas pessoas o trabalho contribui muito para esse objetivo, no entanto, se for preciso se aposentar, esses objetivos ainda podem ser alcançados de outras formas. Aposentadoria pode ser uma época em que surgem experiências e possibilidades desconhecidas que podem melhorar ainda mais nossas vidas. Vamos olhar com otimismo para nossos muitos estágios da vida e colher o máximo que pudermos de cada um deles.

Coaching para aposentadoria

Refletir e responder cuidadosamente as perguntas que fiz acima, vão ajudá-lo a planejar um cenário futuro de longo prazo, porém extremamente realista.

Com o coaching de aposentadoria, você terá a oportunidade de avaliar se suas ações refletiram positivamente no futuro.

Entre em contato comigo e marque uma consulta para nos conhecermos melhor e descobrimos como poderei lhe ajudar. Ao final, você saberá o que deverá construir para ter uma aposentadoria segura e tranquila, aproveitando cada minuto de sua vida.

Na velhice, alguns sintomas podem não ser expressos de forma clara, sendo, inclusive, confundidos com sinais de outros problemas

Com o avançar da idade, as dificuldades podem se acumular ou se apresentar em intervalos curtos de tempo. Imagine uma pessoa que acabou de se aposentar e tem de lidar com uma queda substancial nos rendimentos e o excesso de tempo ocioso a ser preenchido. Ao mesmo tempo, ela descobre um problema crônico de saúde, em média, um idoso apresenta quatro enfermidades simultâneas e, de repente, recebe a notícia da perda de um amigo de longa data.

Muita coisa acontecendo e a pessoa sem saber o que fazer, mostra-se desinteressada por tudo aquilo que fazia antes. A família encontra explicações para a mudança de atitude no afastamento do trabalho.

No entanto, é preciso observar se estão ocorrendo distúrbios na capacidade de formar novas memórias, ou seja, de memorizar fatos novos, uma vez que o sintoma inicial mais comum da doença de Alzheimer é a dificuldade de memorização: o paciente não retém recado, repete várias vezes a mesma pergunta e não consegue fixar informações.

Casos assim merecem atenção especial e o paciente deve ser levado ao médico quando perde o interesse por tudo, mesmo que a memória não esteja falhando, porque as síndromes depressivas podem se confundir com as síndromes demenciais. O idoso deprimido manifesta fundamentalmente um distúrbio de atenção, de concentração e de memória. Como esses também são sintomas das demências, é bom procurar atendimento para que sejam interpretados adequadamente, pois, como já foi dito, depressão tem tratamento e a pessoa pode voltar à atividade plena.

Falta de memória pode ser uma pista

Problemas de memória, como a dificuldade para se lembrar de nomes e procedimentos simples ou dos lugares onde objetos foram deixados, podem ser sinal de depressão, e não das temíveis demências. Quadros com queixa de esquecimento na terceira idade são desafiadores para os médicos: uma demência pode começar a se manifestar com um estado depressivo, enquanto a depressão também pode provocar dificuldades de memorização.

Em geral, quando se trata de depressão com distúrbios de memória, o paciente é medicado, melhora e, consequentemente, atenuam-se os sintomas relativos ao esquecimento. Mas os episódios depressivos, principalmente se estiverem ocorrendo pela primeira vez na vida, podem indicar uma demência.

Uma pessoa com doença neurodegenerativa apresenta perda das suas capacidades cognitivas, com repercussões inclusive na parte emocional, e uma primeira manifestação pode ser a depressão.

Ainda que demande muitos cuidados, o diagnóstico de depressão é uma notícia “melhor” do que a de uma demência como a de Alzheimer, por exemplo. Com os recursos atuais da medicina, a depressão é potencialmente tratável e tem cura, mas o Alzheimer ainda não.

Benefícios de uma vida mais regrada

A terceira idade é também reflexo dos hábitos mantidos durante décadas, a boa ou a má alimentação, a prática de exercícios ou o sedentarismo, a exposição cuidadosa ou exagerada e desprotegida ao sol. Para os que foram relapsos, um aviso: há como se ter algum benefício mesmo depois de uma vida inteira desregrada. Praticar exercícios físicos é sempre bom, funcionando também como medida preventiva e de combate à depressão, a liberação de endorfina proporciona a sensação de bem-estar e melhora o humor. Integrar-se a grupos sociais é uma ótima iniciativa.

Diante da constatação de problemas de memória, o idoso deve procurar um especialista para que se possa fazer uma investigação do caso.

Dependendo da natureza da atividade, trabalham-se duas habilidades ao mesmo tempo: um grupo de caminhada propicia, além do exercício, a interação, enquanto a turma que se reúne para um jogo de cartas está trabalhando também a cognição, importante no combate às demências. Adotar um animal de estimação é outra boa iniciativa. A família pode ajudar orientando o idoso na integração e na escolha dos passatempos. No caso do paciente diagnosticado com depressão, é imprescindível se submeter a tratamento.

Importância da presença familiar na terceira idade

O apoio familiar torna a fase mais saudável e ativa.

O provérbio mente sã, corpo são traz consigo a mensagem de que quando a mente está saudável, o corpo também estará e isso é válido em todas as fases da vida, mas existe uma em que essa expressão requer apoio especial da família: a terceira idade. Nesta etapa a presença dos familiares torna-se ainda mais importante e necessária, em que é preciso manter o idoso ativo e saudável proporcionando-o bem-estar.

Terceira idade é uma fase em que isolamentos não são aconselháveis e a companhia da família é indispensável. A transição do estado adulto para a velhice é um processo que provoca grandes alterações na autoestima e autoimagem destas pessoas. Os principais problemas no idoso consistem no isolamento social e em sentimentos de solidão.

Quando se sente amado e protegido o idoso se mantém ativo e fortalece o vínculo familiar em que vive, interagindo e participando das atividades do dia a dia. Além disso, quando considerado uma referência de conhecimento e experiências, principalmente no contato com as gerações mais novas, a família demonstra seu respeito e admiração. Ser um avô ou avó participante, no seio da família, representa uma fonte de gratificação para o idoso e um importante laço estruturante na educação dos mais novos.

Quando o idoso se sente amado e protegido, ele se mantém ativo e fortalece o vínculo familiar em que vive.

As atividades que exercitam a mente e o físico do idoso os ajudam a ter uma velhice mais saudável e um convívio mais fortalecido com sua família. É importante que seus familiares o incentive a participar de grupos, cursos e aulas em que possa conviver com outros idosos. Outro fator importante é preservar a sua saúde, atentando para sua qualidade de vida, acompanhando-o em consultas médicas sempre que necessário e ajudando-o com medicamentos.

Em caso de doença, estas necessidades encontram-se acentuadas e a presença da família é determinante para o acompanhamento e qualidade de vida do idoso. A família representa a resposta mais adequada para o cuidado ao idoso, respeitando e dando muito amor.

De que forma o atendimento psicológico pode ajudar?

Ser um familiar que cuida de um idoso não é ruim, nem causa apenas desprazer. Afinal, ver um parente querido e bem tratado em um momento de maior fragilidade em sua vida, é algo muito positivo. A psicoterapia pode ter grande contribuição na manutenção de um estado mental e emocional saudável para aqueles que cuidam de um idoso, principalmente quando são membros da família, ou seja, são emocionalmente ligados aos idosos.

Buscar ajuda psicológica profissional certamente diminuirá o estresse e manterá a empatia de quem precisa cuidar de idosos. E essa troca possibilitará, também, que o ato de cuidar possa ser mais leve e mais consciente. Para cuidar bem do outro, é necessário cuidar de si mesmo!

Escreva sua própria história

Existem várias definições sobre proatividade. Todas elas, no fim das contas, nos dizem basicamente a mesma coisa. Na Wikipedia, por exemplo, temos essa: “é o comportamento de antecipação e responsabilização pelas próprias escolhas e ações frente às situações impostas pelo meio”. Gosto muito dessa definição. Ela nos fala da “antecipação”, elemento-chave da ação proativa. Fala também de “responsabilidade”, ou seja, o comportamento de assumir as rédeas da própria vida, e traz a palavra “escolha”, sem ela não existe decisão e livre-arbítrio. A pessoa proativa, no entanto, é aquela que busca deliberadamente por mudanças e melhorias no seu ambiente, seja na vida pessoal ou no trabalho. Ela antecipa os problemas, escolhe o curso a seguir, ao invés de ser levada pela corrente.

Seja responsável pela própria vida

Aqui está a essência da proatividade pessoal. Ser proativo é tomar as próprias decisões, ter coragem e determinação de expor suas ideias; assumir o risco de tentar o que nunca foi feito. Segundo Stephen Covey – renomado escritor de liderança e motivação pessoal – a proatividade é muito mais do que tomar a iniciativa (posso tomar a iniciativa depois que o problema ocorre, por exemplo). Ser proativo é, na visão de Covey, ter a capacidade de subordinar o contexto que nos envolve às nossas decisões. Em outras palavras: não estamos condenados ao meio em que nos inserimos. Podemos proativamente mudar as coisas!

Não há dúvida que todos somos influenciados pelo ambiente externo. Pense em como você se sente em uma segunda-feira chuvosa e em uma quinta-feira de sol, véspera de um feriadão. Ou, preste atenção no ânimo natural de seus colegas de trabalho em momentos de crise econômica e queda nas vendas, ou quando o mercado está “bombando”. A diferença, no entanto, é que a pessoa proativa responde de forma diferente aos estímulos que a cercam; ela literalmente não se deixa influenciar ou abater. É como diz o conhecido ditado: “O que importa não é o que nos acontece; o que importa é o que fazemos com o que nos acontece”. Esse é o pensamento da pessoa proativa.

Não lamente aquilo que passou 

O ator Paul Newman, certa vez disse que um homem só precisa saber uma coisa na vida: “diferenciar o que merece preocupação do que não merece”. É uma verdade bem oportuna. Existem fatos na vida com os quais não adianta nos preocuparmos; nós simplesmente não temos controle sobre eles. Já outros estão sob nosso círculo de influência e podemos modificá-los. Eles não devem tomar nosso tempo e energia. Já sabemos que nada irá modificar o passado. Mas, muitas vezes, nos pegamos remoendo nossos fracassos. O que aconteceu, aconteceu. Está fora de nosso alcance. A atitude proativa em relação ao erro é aprender com ele… e esquecê-lo!

Outros exemplos de preocupações que moram além da nossa influência é a crise econômica, colegas dos quais não gostamos, clientes exigentes além da conta, concorrentes desleais. Seria perda de tempo ficarmos nos lamentando por causa dessas questões. O que devemos fazer, proativamente, é nos concentramos em como podemos desenvolver melhor o nosso trabalho, apesar desses entraves e obstáculos.

“Pois o destino apenas suscita o incidente; a nós é
que cabe determinar a qualidade de seus efeitos”
Michel de Montaigne

Não é o que os outros fazem, o que nos cerca, o nosso passado, que nos atrapalham: é como reagimos a tudo isso. Não somos determinados pelo que nos aconteceu ou acontece: temos a opção de mudar nossa circunstância.

Já que estamos falando de definições, finalizo com uma que também diz muito sobre a proatividade pessoal: “ser proativo é escrever a própria história”. É traçar objetivos e lutar para alcançá-los, não se deixando levar pelo sabor da maré. 

Que neste ano que se inicia você possa escrever sua própria história e, sem dúvida, será uma das maiores conquistas na sua vida. Feliz 2020!

Ainda sobre o Natal

O Natal é tempo de emoção. E todos nós temos essa capacidade maravilhosa de poder sentir uma quantidade imensa de emoções, sejam elas primárias ou mais elaboradas. Do medo à surpresa, da tristeza à alegria, da raiva à compaixão, do desprezo à generosidade, podemos experienciar e sentir de formas que nenhum outro ser vivo consegue.

Dependendo das circunstâncias, podemos experienciar muitas emoções diferentes num período muito curto de tempo. Elas fluem rapidamente num movimento quase infinito de formas mais ou menos manifestas ou sutis. E assim experimentamos o mundo não só pelo que pensamos, mas especialmente através do que sentimos.

A emoção é um fenômeno cerebral muito diferente do pensamento, com processos neuroquímicos e fisiológicos próprios, originados no sistema límbico. É esta a parte do cérebro responsável pelas respostas emocionais de base e que, simultaneamente, dirige muitos dos processos fisiológicos do corpo, o que justifica a influência que a vivência emocional tem na saúde física, no sistema imunológico e na maior parte dos órgãos do corpo.

De fato, o poder das emoções é incrível!

As emoções podem enriquecer as nossas vidas para além do mensurável, mas podem também, quando temos mais dificuldades em lidar com elas, destruir-nos facilmente.

Assim sendo, aproveitemos esta época de festas de fim de ano para usufruir do poder construtivo das nossas emoções, procurando dar-lhes uma atenção nova e diferente e, nesse movimento, imaginar outras vivências que possam melhorar a qualidade das nossas experiências, da nossa saúde e, em última instância, a possibilidade de construir soluções para os nossos problemas pessoais e sociais.

Desejo-lhes muitos dias de emoções renovadas!

Motivação para seguir em frente

A chegada de 2020 oferece a cada um de nós a possibilidade de sonhar, planejar e realizar aquilo que não foi possível até agora. Quantas vezes você prometeu emagrecer, começar a academia, poupar dinheiro e desistiu da meta no meio do caminho? Cumprir resoluções do ano novo nem sempre é fácil.

Dependendo do lugar, estatísticas mostram que de 30% a 50% da população tem o hábito de fazer resoluções de ano novo. Mas só 8% das pessoas cumprem suas resoluções. Por que isso acontece?

A principal razão é a falta de comprometimento total.

Fazer uma promessa de ano novo é fácil. Agora se comprometer a transformar aquela promessa em realidade é bem mais difícil. É algo que requer tempo, dedicação, energia, prioridade, paciência.

Sem isso, você corre o risco de se tornar mais uma daquelas pessoas reativas, que vive reclamando que não consegue cumprir seus objetivos graças a uma gigantesca lista de desculpas.

Se você não quer esse tipo de pessoa, então precisa começar a trabalhar de maneira inteligente para transformar suas resoluções em realidade. Com um pouco de planejamento e ajuda correta, você vai conseguir alcançar todos os seus objetivos e ter ainda mais felicidade. Vou ajudar você agora, com algumas dicas.

1. Estabeleça metas “SMART”

Tem um conceito que uso muito no coaching e também é bastante comum no mundo corporativo que é a sigla SMART, vinda do inglês, que prevê 5 critérios para estabelecer uma meta. S (specific) = específica, M (Measurable) = mensurável, A (Assignable) = atingível, R (relevant) = relevante e T (time-based) = temporal.

Isso significa que ao estabelecer metas precisamos pensar nesses 5 critérios. Se eu desejo ler mais, ao pensar na meta deveria desejar ler 12 livros no ano ou um livro por mês. Dessa forma, especifiquei e mensurei o número de livros que quero ler, sei que essa meta para mim é razoável, atingível e relevante, pois existe um esforço para essa quantidade e tem um prazo para alcançá-la.  Se eu coloco que quero ler 300 livros no ano, essa meta passa a não ser atingível ou se coloco 1 livro no ano, deixa de ser relevante. Aqui, o importante, é fazer sentido, que seja relevante e real, dentro do que você pode realizar.

2. Seja realista

Não coloque o alvo muito longe e ignore a realidade – considere sua experiência anterior com resoluções. Por que você não conseguiu cumprir tudo o que prometeu no ano anterior? O que te levou ao fracasso? Pode ser que você tenha decidido perder muito peso ou economizar uma quantia irrealista de dinheiro. Lembre-se, sempre haverá mais oportunidades para começar na próxima fase, então estabeleça metas realistas. Defina metas claras de curto prazo. Elas serão importantes para que seu caminho seja de  conquistas.

3. Estabeleça metas menores e mais atingíveis

Se você tem muitos hábitos que deseja mudar, a última coisa que você precisa fazer é remodelar toda a sua vida do dia para a noite. Quer perder peso? Pare com as dietas radicais e os planos de exercícios excessivos. Em vez de seguir um plano super restritivo que proíba qualquer coisa divertida, adicione um hábito positivo por semana. Por exemplo, você pode começar com algo fácil, como beber mais água durante a primeira semana. Na semana seguinte, você pode passar a comer 3 frutas e vegetais todos os dias. E na próxima semana, você pode tentar reduzir a quantidade de carboidrato em cada refeição. Pequenas mudanças são melhores porque elas não são intimidantes.

Propor para si uma mudança radical é a receita certa para decepção e culpa. A melhor abordagem é se concentrar em um ou dois objetivos mais importantes. Quebre os objetivos em pedaços administráveis. Esse talvez seja o ingrediente mais essencial para o sucesso, pois quanto mais planejamento você fizer agora, maior a probabilidade de chegar lá no final. O processo de planejamento é quando você constrói a força de vontade que você, sem dúvida, precisará recorrer ao longo do caminho. Defina metas claras e realistas, como perder 5 quilos, economizar R$ 50,00 por mês ou ir para uma corrida uma vez por semana. Decida exatamente como você fará isso acontecer.

4. Escolha suas resoluções com cuidado

Mas qual escolher? Bem, nada melhor do que se concentrar naquelas que terão o maior impacto em sua felicidade, saúde e realização. Por exemplo, deixar de fumar obviamente vai melhorar sua saúde. Isso também lhe dará uma sensação de orgulho e o fará feliz (mas talvez não imediatamente!).

É interessante reservar um tempo para pensar e planejar suas resoluções. Estabelecer um prazo é vital para a motivação. É o seu termômetro para o sucesso, a maneira como você avalia seu progresso de curto prazo em direção ao objetivo final de longo prazo. Use um calendário, agenda ou planner para registrar suas ações para as próximas semanas ou meses e decidir quando e com que frequência avaliar.

5. Acredite em você

Uma crença limitante pode prejudicar você antes mesmo da linha de partida. Se você tentou (e não conseguiu) definir uma resolução de Ano Novo (ou várias) no passado. Sei que pode ser difícil acreditar em você mesmo. A dúvida é uma voz incômoda em sua cabeça que resistirá ao crescimento pessoal. A única maneira de derrotar a dúvida é acreditar em si mesmo, independente dos outros acreditarem ou não. E não se importar se outros pessoas falarem que você falhou uma u duas vezes? No próximo ano você pode tentar novamente (e melhor desta vez!).

Um dos melhores caminhos que conheço para aumentar a confiança é a psicoterapia. Crenças limitantes e uma autoestima baixa podem estar profundamente enraizadas e ligadas a experiências do passado. É importante compreender alguns comportamentos, emoções e como nossas atitudes são estruturadas. Dessa forma passamos a ter mais confiança no nosso potencial e capacidade de realização.

6. Faça anotações

Anote os detalhes de suas resoluções, lembrando-se de adicionar suas motivações. Você pode guardar um álbum de recortes para esse fim e preenchê-lo com fotos do seu corpo mais magro, de um vestido ou calça desejada, fotos de equipamentos esportivos, de uma local paradisíaco para o qual você deseja viajar e está economizando ou até mesmo um extrato de cartão de crédito chocante para estimular você a agir! Se a sua resolução beneficiar diretamente seu parceiro, filhos, colegas ou amigos, adicione suas fotos também – qualquer coisa para lembrá-lo de sua motivação inicial.

Manter um registro escrito de seu progresso nas atividades físicas ajudará você a manter uma atitude confiante “POSSO FAZER ISSO”. Para cada treino, registre os exercícios que você faz, o número de repetições realizadas e quanto peso você usou, se aplicável. Seu objetivo? Faça melhor da próxima vez. Melhorar seu melhor desempenho regularmente oferece feedback positivo que o encoraja a continuar.

7. Mime-se e celebre as conquistas

Ao fazer seu plano pense também nas recompensas e benefícios que você dará a si mesmo quando atingir marcos importantes. Apenas tenha cuidado para não cair na armadilha de colocar sua resolução de ano novo em perigo. É muito fácil para uma pessoa em dieta pensar “Eu tenho sido tão bom, eu mereço algumas barras de chocolate”. Se você atingiu uma pequena etapa, permita-se um mimo, uma massagem, um banho relaxante, um passeio com amigos, algo que lhe seja gratificante e que permita sempre ter em mente o objetivo final.

8. Receba suporte

Ao planejar mudanças em seu estilo de vida é importante contar com apoio de pessoas próximas. É difícil ficar motivado quando nos sentimos sozinhos. Quer uma boa notícia? Você não está sozinho, longe disso. Que tal postar um status nas redes sociais perguntando a seus amigos se alguém gostaria de ser seu parceiro de academia ou de viagens, por exemplo? Se você conhece um colega de trabalho que compartilha sua meta tente coordenar sua hora de almoço e sair junto com ele, para que você tenha mais chances de tomar decisões positivas. Junte-se a um grupo de pessoas com ideias semelhantes no Facebook, LinkedIn ou em outro lugar na Internet. A força nos números é poderosa, então use-a a seu favor.

9. Não desista!

Tenha em mente que um deslize é quase inevitável em algum momento e você não deve deixar isso se tornar uma desculpa para desistir. Quando isso acontecer, você precisará recorrer às suas reservas de autoconfiança e força, então construa essas qualidades sempre que puder. Se fosse rápido e fácil todo mundo faria isso, então é de seu interesse exercitar a paciência. Realmente se sentir orgulhoso de suas realizações passadas e não se tornar crítico de si mesmo. As pessoas com maior autoestima e confiança estão em uma posição muito melhor para ter sucesso. Portanto, perdoe-se imediatamente e diga “Estou começando de novo agora!”

10. Seja protagonista

Essas conquistas estão sob o seu controle, outras pessoas podem aconselhá-lo e apoiá-lo, mas são suas ações que precisam ser alteradas para ver os resultados desejados. Ter um forte senso de controle sobre sua vida é necessário para manter seus planos. Aqueles que culpam a todos e a tudo separados de si mesmos não terão os recursos necessários para mudar. Sim, é assustador assumir a responsabilidade pelo seu futuro, mas certamente é a melhor alternativa.

Agora que você leu essas dicas, está em ótima posição para considerar as melhores formas de melhorar sua vida neste Ano Novo. Sua felicidade vale o tempo e esforço, então comece já e boa sorte!

Festas de fim de ano: alegria ou depressão?

É dezembro e já chegamos no final do ano, mês de festas, alegria, confraternizações, reuniões familiares, momento de fazer um balanço da vida e pensar em novos projetos. Nesta época, as pessoas ficam mais solidárias, fraternas, sensíveis, trocam presentes e buscam estímulo para um novo recomeço.

Porém, esse período não é a época mais feliz para muitas pessoas e pode aflorar tristeza, depressão, com sentimento de desânimo, angústia, ansiedade e desamparo. Para essas pessoas, essas datas comemorativas trazem lembranças tristes, como perdas de entes queridos, doenças, separações, desemprego, preocupações. Para as pessoas que já estão sofrendo de depressão, essa fase de festas costuma agravar o problema.

Pessoas de todas as idades podem sofrer de depressão: crianças, adolescentes, adultos e idosos. Em torno de 15% da população tem ou já teve algum episódio depressivo. É preciso sempre identificar se os sentimentos de tristeza e depressão são apenas passageiros e comuns nesta época, sendo apenas uma melancolia de final de ano, ou se os mesmos já estavam acontecendo e persistem ao longo do tempo.

Para superar uma fase difícil na época de festas de final de ano é necessário que a pessoa não fique isolada e insista em interagir socialmente, ficando junto com a família ou amigos, mesmo que não esteja com bom humor para festejar. É importante se distrair, sair para caminhadas, fazer atividades físicas, conversar com as pessoas, lembrar de bons acontecimentos, ter alguma atividade de lazer que lhe traga um pouco de satisfação. Assim a pessoa não se torna vítima dos sentimentos depressivos e consegue diminuir o impacto de pensamentos negativos em sua vida.

É muito importante que a família fique atenta a algum familiar mais isolado ou extremamente triste, podendo em casos extremos chegar ao suicídio, com pessoas que sofrem de depressão. A família deve sempre tentar interagir com a pessoa que pode estar deprimida e tentar integrá-la ao grupo familiar. É importante procurar tratamento adequado, quando necessário.

E você? Como se sente nas festas de fim de ano? Caso precise de ajuda psicológica, entre em contato comigo. Podemos reverter as dificuldades juntos.