Diante da ameaça do contágio, instabilidade financeira e privação da liberdade, restou uma sensação de perda, que está ligada com o processo de luto.

Com a mesma velocidade que o novo coronavírus se espalhou pelo mundo, o número de infectados e de mortes também acompanha esse crescimento. Infelizmente, o sentimento de vulnerabilidade toma conta de todos nós e mesmo que não seja com uma pessoa próxima, nos perguntamos: como vou encarar a dor pela perda de um ente querido nesse momento de quarentena?

O luto nada mais é do que uma resposta a algum vínculo que se rompe, deixa de existir e gera um estado de desamparo. Independentemente do tipo de perda, cada indivíduo vivencia essa condição dentro de seus próprios recursos e limitações.

A verdade é que podemos nos esforçar para definir o que é luto, mas nenhuma definição será perfeita, porque ele é extremamente particular e individual. Cada um elabora o sofrimento, a desestrutura, a ideia de fim, de modo singular.

A importância do apoio emocional

Sempre insistimos na importância dos rituais de despedida e de estar presente na vida do enlutado. As barreiras que vivemos agora, com o distanciamento físico imposto pela Covid-19, nos fizeram pensar – e agora?

Tudo é absolutamente novo mas, ao mesmo tempo, há coisas que não mudam: os rituais de despedida são essenciais, ainda que tenhamos de criar novos para esse momento de exceção. Estar presente fisicamente na vida do enlutado talvez não seja possível, mas o carinho, a atenção e a presença podem acontecer de outras formas. Mesmo que à distância, manifeste sua presença: ligar, enviar mensagens, mandar e-mails, serviços de entrega de comida (nas duas primeiras semanas é muito importante) e conversar por vídeo podem ser alternativas interessantes.

Na perda de alguém querido os sentimentos recorrentes são: ansiedade, confusão mental, sensação de impotência, altos e baixos de humor e sentir-se perdido. É muito importante nesse processo você acolher os sentimentos, não se culpar por senti-los e dar a atenção que eles precisam, expressar o que sente com pessoas próximas, buscar prazer nas pequenas coisas e procurar focar no presente (praticar meditação, dançar, brincar com as crianças, etc), controlar o que você pode controlar (lavei as mãos? passei álcool? coloquei a máscara?), organizar uma rotina diária que inclua atividades produtivas, de auto-cuidado e de relaxamento e praticar a compaixão.

Ser flexível é importante já que cada um vivencia e lida com esses sentimentos de forma diferente e, com isso, varia o tempo que cada um passa por este processo. Praticar a tolerância com quem compartilha a quarentena com você é essencial. Tenhamos esperança, sabemos que o mundo virou do avesso de repente, mas assim como no luto, acredito que um dia sairemos da tormenta, diferentes do que entramos e inevitavelmente transformados.

Em muitos casos é necessário ajuda profissional para promover a memória saudável – como uma saudade que não encerra o luto, mas o transforma numa compreensão superior – e para acolher a pessoa neste momento difícil. 

Fique bem, fique em casa!

Joana Santiago – psicóloga

Saúde mental e quarentena
O descontrole emocional provoca descargas de hormônios que alteram o funcionamento do corpo e afetam a nossa imunidade.

À medida que a pandemia de coronavírus (COVID-19) varre o mundo, ela causa preocupação, medo e estresse generalizados, reações naturais e normais às mudanças e incertezas em que todos se encontram. A questão é, como cada um de nós enfrenta é como gerenciamos e reagimos à situação estressante que se desenvolve tão rapidamente em nossas vidas e comunidades.

A saúde emocional pede atenção em momentos de crise, principalmente, àqueles que já apresentavam um quadro emocional instável, que podem desencadear ansiedade e depressão. O stress pós-traumático pode acometer com qualquer pessoa, quando submetidos a uma situação como a que vivemos agora, e principalmente os profissionais da saúde que estão diretamente ligados a doença. Quem tem perfil obsessivo-compulsivo pode exacerbar os pensamentos e os rituais característicos. Além disso, agressividade, irritabilidade, insônia, uso abusivo de bebidas alcóolicas, inapetência ou comer compulsivamente são alguns dos quadros que também podem ocorrer.

Infelizmente essas são as respostas de nossa mente para a tão temida pandemia que se desenha no cenário mundial. Como estamos recebendo uma enxurrada de notícias, as pessoas se sentem inseguras e sem ter muita certeza do que pode realmente ser real, a sensação mais comum é a falta de controle, incerteza com os dias futuros e uma instabilidade relativa a tudo e a todos. Pessoas infectadas ou com suspeita podem, pelo desespero, apresentar comportamentos impulsivos e até evidenciar tendências suicidas.

Cuide da sua saúde mental

Divulgar nossos sentimentos nos ajuda a gerenciá-los, pois falar em voz alta diminui seu impacto sobre nós. Essa atitude também nos ajuda a nos conectar a compartilhar com outras pessoas que estão se sentindo da mesma maneira. Isso normaliza nossos sentimentos e nos ajuda a ter mais apoio. Neste momento, precisamos ser autênticos e gerenciar nossas próprias emoções. 

Enquanto pessoas infectadas estão de quarentena, muitos de nós, estamos em distanciamento social e ficaremos sozinhos mais do que estamos acostumados. Esse é um bom momento para conversar com parentes e aquele amigo com quem você não conversa há muito tempo. WhatsApp, ou melhor ainda, ligar e ouvir a voz das pessoas. Isso ajuda a quebrar a sensação de isolamento e de estar sozinho. Outras atividades, como ler um livro, escrever ou aprender um idioma podem ajudar. Além disso, considere a meditação para liberar a tensão. Nosso sistema imunológico agradece.

É certo que, vencemos o medo e a insegurança quando trabalhamos a nossa inteligência emocional a favor da razão. Esta fará com que você ultrapasse os obstáculos. Se estiver consciente dos cuidados e precauções, municiado de informações corretas, com toda certeza, você poderá encarar essa situação da maneira mais tranquila, sem pânico e sem desespero. E, o mais importante: sem contribuir para a disseminação das falsas notícias que só trazem angústia e alimentam os transtornos psíquicos de toda uma população.

Precisando de ajuda, entre em contato.

Empatia e solidariedade em tempos de quarentena
As iniciativas de pessoas que fizeram da ameaça do Coronavírus uma oportunidade de solidariedade e empatia. Exemplos inspiradores.

Os efeitos da empatia e solidariedade na quarentena

O COVID-19 é uma realidade para nós agora e nosso País parece estar deslizando rapidamente para um daqueles roteiros de filmes distópicos com ruas vazias, máscaras faciais, luvas cirúrgicas e auto-isolamento, o novo “normal”. Quarentena passou a fazer parte do nosso vocabulário cotidiano nessa última semana. Como tudo que é novo, experimentar o distanciamento e o isolamento social provocado pela pandemia da COVID-19, o novo coronavírus, nos fez aprender.

Reaprendemos, assim, a viver como sociedade. E compreendemos que, por sermos interdependentes, nossas ações pelo planeta, bem como pelo nosso vizinho, invariavelmente refletem em nós.

Quem entendeu a gravidade do momento logo despertou para a importância ainda maior da empatia e solidariedade. Conforme os índices alarmantes trazidos pela mídia, o poder devastador do vírus faz crescer o medo a cada dia, torna mais urgente a necessidade de ajudar os mais fragilizados: no caso, o chamado grupo de risco. O momento dramático despertou em inúmeras pessoas a vontade e a urgência de minimizar o drama alheio, prestando favores aparentemente corriqueiros, mas cuja diferença talvez só possa ser mensurada por gerações que ainda nem nasceram. Ir à farmácia, à padaria e ao supermercado é um risco muito grande para os idosos. E na onda solidária da pandemia, viralizaram nas redes sociais imagens de bilhetes deixados em elevadores de prédios, por vizinhos dispostos a fazer as compras para os velhinhos, a fim destes evitarem o deslocamento.

Como recriar vínculos, rever valores e despertar para a coletividade

O principal de uma pandemia como o novo coronavírus é que ela não discrimina. Ricos e pobres ficam nivelados diante da iminência da morte. E isso nos humaniza. A dor sentida e reconhecida no outro nos devolve para a nossa realidade: somos, sim, seres humanos vulneráveis e, portanto, somos iguais.
O coronavÍrus está acelerando o processo de resgate dos valores humanos e de um senso marcante de coletividade, onde para que eu sobreviva terei de cuidar de mim e do outro também. Vivemos nos últimos tempos com a defesa psicológica ataque/fuga. O COVID-19 não nos dá esse tempo de disputa. Vamos nos tornar mais empáticos por necessidade.
Cada pessoa reage conforme suas condições psíquicas. Há aquele grupo que estoca alimentos, por exemplo, o que evidencia um comportamento paranoico, provavelmente desenvolvido por uma espécie de histeria coletiva. Não se trata de julgar essas pessoas, mas considerar que a sociedade é heterogênea, o que se reflete nos comportamentos.

Neste momento temos que mirar em exemplos de cooperação e a quebra do individualismo, que infelizmente permeia a sociedade. Hoje a humanidade está se igualando, aprendendo que não importa raça, credo ou classe social. Um dos aprendizados que vamos extrair dessa pandemia é essa reavaliação de valores e a necessidade de doação em prol do outro.

Anos de críticas internas têm um preço alto.

Ultimamente tenho pensado muito sobre nossa autoimagem.

O verão geralmente é a época do ano em que todas as nossas inseguranças começam a borbulhar. E como fica nossa autoestima? Quantas mulheres você conhece que não gostam do que enxergam no reflexo do espelho?

Muitas vezes essa mulher que sofre com sua insegurança nem consegue enxergar quais são suas qualidades, porque as características que ela dá ao seu corpo se sobrepõem ao que ela é na sua essência.

Compatibilizar o corpo desejado e a autoimagem é um processo que requer muita paciência e um trabalho psicológico intenso. Todos nós podemos não gostar de algo que encontramos ao olhar para o espelho, porém é importante valorizar aquilo que gostamos e compreender qual a razão de nos criticarmos, em alguns momentos, bastante.

Essa autoimagem ajustada é fundamental para a boa saúde mental das pessoas e que evitem consequências negativas, como depressão e ansiedade, por exemplo. Muitas pessoas falam em aceitação do próprio corpo, porém é importante ressaltar que a pessoa tem o direito de modificar seu corpo, desde que esta mudança seja única e exclusivamente para seu bem estar e não para atender ao padrões de beleza ou às expectativas de outros.

Valorize o seu corpo…. ele não é igual ao de ninguém!! Você é única!! Aqui estão algumas sugestões:

Comece a comer normalmente

Evite dietas aleatórias e extremamente sacrificantes, muitas vezes sem prescrição profissional. O que é comer normal? É comer quando estiver com fome, ouvir seu corpo e parar quando estiver satisfeita. É criar uma consciência e rotina alimentar compatível com seu estilo de vida. Se a dieta deixa você insatisfeito e frustrado, talvez você esteja somente se punindo.

Concentre-se na pessoa total

Você é mais do que partes individuais do corpo. Em vez de focar em características físicas específicas, lembre-se de que você é uma pessoa única, com uma variedade de dons e talentos especiais. Você tem talento para computadores? Você gosta de cantar? Encontre tempo para as atividades que fazem você se sentir bem consigo mesmo.

Aprecie seu corpo

Trate bem o seu corpo. Em vez de se exercitar para atingir um peso desejado, saboreie a alegria do movimento por si só. Passe alguns minutos caminhando com um amigo todos os dias ou procure pequenas oportunidades para se tornar mais ativo: suba as escadas em vez do elevador ou estacione deliberadamente o mais longe possível da entrada de uma loja. Divirta-se exercitando seu corpo e valorize suas características físicas positivas.

Pratique o pensamento positivo

O pensamento positivo é uma parte essencial da vida saudável, afetando diretamente nosso bem-estar físico e mental. Não pode aceitar um elogio? Pratique elogiando a si mesmo todos os dias. Concentre-se em suas realizações, habilidades e escolhas de estilo de vida. Estabeleça uma rede de apoio de pensadores positivos e evite aqueles que permanecem focados nas aparências físicas. Aceite quem você é e tenha orgulho de quem você é!

Viva para você

Pense positivamente em si mesmo e vai pensar positivamente nos outros. Poste fotos daquilo que você gosta em você e não apenas daquilo que os outros querem ver. Aceitem-se em qualquer tamanho; elogie comportamentos, idéias e caráter, e não só de aparências. Dessa forma você desenvolve mais autoaceitação, autoestima e autorrespeito. 

O importante é que você se (re)conheça e se empodere do seu próprio corpo, respeitando suas possibilidades, seus desejos e limitações, percebendo que a diferença e diversidade é algo positivo. E para isso é necessário que se desenvolva tanto autoestima quanto o autoconhecimento, diria inclusive que a autoestima só é possível a partir do autoconhecimento.

A importância do brincar

Em um mundo com tantos atrativos tecnológicos, pode parecer que as brincadeiras e as atividades perderam espaço e não são mais tão importantes. Não é verdade. Aliás, muito pelo contrário: essa prática é fundamental para o desenvolvimento e a socialização infantil.

A importância do brincar na infância

Atualmente as crianças são bombardeadas com diferentes formas de distrações tecnológicas cada vez mais cedo. Não que a tecnologia interfira de forma negativa no aprendizado das crianças. Inclusive, existem aplicativos e jogos bastante educativos, que podem (e devem) ser inseridos na educação dos pequenos. Porém, devemos tomar cuidado com o tempo gasto nesses jogos para não serem maiores que o tempo que você pode conversar ou brincar com seus filhos.

Com a correria do dia a dia e o estresse causado pela rotina profissional, encontrar tempo para passar com os filhos não é tarefa fácil. Por meio de atividades lúdicas e até pedagógicas, mais do que desfrutar de bons momentos com as crianças, você fará com que esse tempo seja valioso e educativo. No entanto, o foco deste texto são as atividades que podem ser realizadas em qualquer espaço físico, principalmente ao ar livre, promovendo maior interação entre você e seus filhos.

Desenvolvimento físico

Segundo um estudo da Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto (EEFERP) da USP, uma em cada três crianças no Brasil está com sobrepeso. Parte da causa desse problema é que mais e mais crianças ficam dentro de suas casas e não praticam o exercício necessário de que precisam.

Como as crianças ainda estão em fase de desenvolvimento, a prática de atividades ao ar livre permite que eles melhorem suas habilidades motoras, coordenação visual, equilíbrio e desempenho geral. Além disso, atividades físicas promovem um sistema muscular, esquelético, imunológico, respiratório e cardiovascular mais forte.

Desenvolvimento emocional

As crianças que praticam esportes são mais desenvolvidas em termos de inteligência emocional. Brincar uns com os outros dá a oportunidade de saber como lidar adequadamente com as vitórias e as derrotas. Pouco a pouco eles crescem em maturidade emocional enquanto enfrentam situações diferentes que lhes permitem expressar emoções controladas. Brincar fora de casa com outras crianças faz com que aprendam a permanecer positivas quando as coisas não acontecem, se envolvem mais na solução de problemas e tentam empatizar com outras crianças.

Desenvolvimento social

Hoje em dia a maioria dos aplicativos e jogos para smartphones não incentivam o jogo em equipe, mas eles permitem que as crianças se recolham à sua zona de conforto e brinquem dentro dos limites da tela do smartphone ou tablet.

As brincadeiras e esportes são diferentes. Permitem que as crianças conheçam outras crianças e desenvolvam uma amizade duradoura. Não só isso, mas jogar em equipe desenvolve a capacidade das crianças de se relacionar com os outros. O esporte coletivo é um caminho perfeito onde as crianças aprendem a trabalhar o sucesso como um grupo. Eles também aprendem habilidades de trabalho em equipe, liderança e comunicação.

Desenvolvimento mental

Quase todos os esportes exigem que as crianças desenvolvam sua autonomia e pratiquem certas habilidades que lhes permitam tornar-se mais inteligentes.

Entre as habilidades mais importantes desenvolvidas nas brincadeiras está o pensamento crítico. Para desenvolver o pensamento crítico a criança deve estar totalmente envolvida, movimentando seu corpo e pensando em como resolver os problemas de maneira oportuna.

Observe por exemplo o jogo de futebol. As crianças rapidamente avaliam cada situação, calculam cada movimento, sabem onde estão seus companheiros de equipe e determinam o melhor movimento com base nessas informações. Todos esses processos mentais têm que acontecer em apenas alguns segundos.

Além disso, permitir que as crianças saiam e brinquem lhes dá a oportunidade de apreciar a natureza, respirar ar fresco e explorar o ar livre, que também contribui para o desenvolvimento mental das crianças.

Você e seu filho (ou filha) vão brincar juntos nesse final de semana? Vale parquinho, jogos em casa e até pular carnaval! Tirem fotos e compartilhem comigo nas redes sociais!

ANSIEDADE NA VOLTA ÀS AULAS

As crianças passam um longo período dentro do ambiente escolar e quando mudam de um ano para o outro podem sentir medo e preocupação por não saberem quem será o professor, quais amigos estarão ou não em suas salas e uma série de outras questões. Esse momento pode ser comparado à mudança de emprego para um adulto, então é muito importante que os pais deem o suporte necessário para não aumentar esse sentimento de ansiedade.

Organizem o material

Transformar o retorno em algo positivo é o primeiro passo para que o seu pequeno substitua a ansiedade negativa pela vontade de retornar à escola. Isso começa com a organização do material escolar. Deixe a criança participar de algumas escolhas, como o seu personagem favorito ou até a personalização da capa dos cadernos com adesivos e desenhos. Organizar todo o material juntos também pode ser bem legal, principalmente quando é feito como algo natural do dia a dia, e não como um evento muito especial. Isso ajuda a criar uma ansiedade positiva e faz com que ela fique com vontade de usar tudo o que está colocando na mochila e no estojo.

Ter o cantinho de estudos bem organizado e convidativo é outro cuidado que merece atenção, com móveis que estejam em altura confortável para que seu filho realize as tarefas com autonomia. Prefira mesas que tenham as quinas arredondadas para evitar acidentes e deixe o espaço sempre arrumado com tudo o que ele precisa ao alcance das mãos.

Retome a rotina

É comum acabar saindo da rotina de sono e de atividades no período de férias, um movimento natural, mas que deve terminar antes do início das aulas. Vocês precisam voltar a ter hora para dormir e acordar para que os pequenos não fiquem indispostos quando tiverem que ir à escola. Isso ajuda a reduzir bastante a ansiedade e eles precisam de um dia a dia regrado para um bom desenvolvimento. Explique que será necessário acordar mais cedo e, portanto, é preciso voltar a dormir como faziam antes.

Outra dica é aproveitar este momento para fazer atividades que são parte da rotina escolar, como ler e ter contato com os cadernos e materiais. Ler o livrinho da escola, desenhar a sala de aula e fazer atividades lúdicas que remetam a este momento é muito bom para se preparar psicologicamente e antecipar a parte positiva do retorno às aulas.

Quando a ansiedade se transforma em sintomas físicos

Chegou o dia e seu filho chorou e ficou nervoso? Isso pode acontecer mesmo com todo o preparo e o que fazer depende muito da idade. Para as crianças de dois ou três anos que vão começar a escolinha é preciso uma atenção maior, porque elas ainda estão em uma fase em que não entendem quando os pais não estão por perto. Elas ficam com medo e muito ansiosas por acharem que eles não estarão ali ou não voltarão para buscá-las. Ter um objeto de transição pode ajudar bastante, como um brinquedinho ou um desenho que funcione como um elo com a mãe ou o pai para que elas olhem e lembrem-se que logo estarão em casa.

Ter uma conversa e criar vínculo com os cuidadores do seu filho também é muito importante, falar dos gostos e preferências da criança e citar palavras que só tem no vocabulário da casa para o professor compreendê-la melhor. Mostrar para seu filho, que você confia no profissional que ele vai passar algumas horas é de grande importância também.

E acima de tudo, estar presente nos primeiros dias de aula, não dentro da sala de aula, mas observar à distância é uma maneira de ambos ganharem confiança.

Espero ter ajudado e qualquer dúvida entre em contato comigo.

Angústia da separação no 1o dia de aula
Não é fácil levar o seu filho à escola no primeiro dia de aula. Quando chega este momento fica a pergunta: quem sofrerá mais?

A angústia da separação no primeiro dia de aula

Quem não gostaria de ter o filho sempre pequenino no colo? Levá-lo consigo para todo lugar? As mães (e pais também) compreendem que chega uma fase na vida dos pequenos em que eles precisam ser inseridos no ambiente escolar. A maioria que trabalha fora de casa tem a necessidade de introduzir a criança desde recém-nascida nas conhecidas creches.

Mas o coração sempre fica apertado. O fato de não ter certeza se ele ficará bem ou se acontecerá algo com a criança é o que nos deixa com sentimento de culpa. Então, a grande dica é procurar uma escola da confiança de vocês e que possam estabelecer um bom vínculo. Quanto mais certos estiverem sobre a decisão, mais seguros se sentirão e esse sentimento de confiança será transmitido aos filhos, tornando a adaptação mais fácil.

“Procure uma escola de sua confiança e estabeleça um bom vínculo.”

Não é fácil para nenhuma mãe levar o seu filho à escola no primeiro dia de aula. Quando chega este momento fica a pergunta: quem sofrerá mais, o filho ou a mãe? Sabemos que para a criança pode ser um período de insegurança, medo, receio, mas trata-se de algo natural, pois está acostumado a ficar grande parte do tempo com pessoas conhecidas.

Um mundo de descobertas

Juntamente com o medo surge também o interesse por algo desconhecido. Tanto os pais quanto a própria escola estimulam as crianças incitando a curiosidade, para que tenham interesse em descobrir o que há de novidade, embora a maior novidade é ter que lidar com a dor da separação. Um momento difícil e doloroso que tanto a criança como os pais vivenciam, ainda mais para quem é mãe ou pai de primeira viagem.

São lágrimas, choros, birras e uma mistura de sentimentos que envolvem estes dois corações, mas que com o passar dos dias vão diminuindo por conta da adaptação que ambos irão desenvolvendo.

Portanto, é muito importante a explicar que terá que ir, mas que depois se reencontrarão. Outro ponto pertinente é ser firme, mesmo que o seu filho esteja fazendo a maior birra. Não se culpe, assim que ele entrar na escola, encontrar os coleguinhas e começar as atividades, ele esquece. A criança utiliza o seu poder de persuasão junto aos pais, pois existem aqueles que fortalecem esse tipo de comportamento do filho, permitindo que a criança domine a situação.

Não deixe a culpa te dominar

Por se sentirem culpados ao deixarem os filhos na escola desde muito cedo e terem que trabalhar, alguns pais acabam sendo coniventes com as birras e, com isso, permitem que os filhos façam o que quiserem como forma de compensação, quando na realidade a criança precisa de firmeza, amor e atenção.

Algumas vezes, a dor da separação acaba sendo muito mais por parte da mãe, pois não aceita que o filho está crescendo e que daqui a um tempo já estará fazendo as coisas sozinho. Isso causa angústia. Existem algumas mães que não se adequam ao que estou mencionando e, na verdade, não veem a hora de ver o filho crescer e se tornar mais autônomo. Tudo isso tem a ver com a história de vida que cada mãe carrega consigo.

Gostou desse texto? Como estamos no período de volta às aulas, semana que vem, vou dar dicas de como ajudar a controlar a ansiedade do seu filho no novo ano letivo. Até lá 😉

Nunca é cedo demais para se preparar para uma etapa merecida na sua vida.

Sabemos que esse momento de transição é muito difícil na vida da maioria das pessoas, em que, para algumas, é uma verdadeira agonia. Continue lendo para saber mais e descobrir como o coaching de aposentadoria pode te ajudar.

Aposentadoria é um estágio que transforma a vida de um indivíduo. Chega o momento de alterar uma rotina vivida por décadas. Para algumas pessoas a aposentadoria é um verdadeiro paraíso, pois é o momento de vai aproveitar a vida sem ter restrições de tempo, de preocupações com projetos e etc. Já para outras pessoas que enxergam seu trabalho como “ideal” funciona como uma perda, e ninguém gosta de perder nada.

Fatores psicológicos comuns que influenciam as decisões de aposentadoria são estresse e ansiedade, então vamos explorar esses fatores por trás de sua escolha de se aposentar (ou não) e o impacto que isso pode ter na sua saúde e bem-estar. As perguntas-chave aqui são: você será psicologicamente e fisicamente mais feliz aposentado ou trabalhando? Você está preparado para se aposentar? Vai viver mais se você se aposentar?

Primeiro, existem muitos mitos culturais sobre a aposentadoria.

Nossos avós cresceram na época após a introdução da seguridade social e quando programas de aposentadoria e pensões estavam se tornando a norma em muitos empregos. Isso estabeleceu a expectativa de que nossos avós estavam “trabalhando para” a aposentadoria. O objetivo era acumular o máximo de dinheiro possível para viver bem durante a aposentadoria. A idade “esperada” de aposentadoria era de 65 anos e as histórias que chamavam a atenção das pessoas foram aquelas que foram capazes de “vencer o sistema” e se aposentar aos 60, 55 e até 50 anos de idade. 

Então, aqui estão algumas perguntas que você deve fazer para avaliar se está pronto psicologicamente para se aposentar:

1. Você gosta do seu trabalho? Isso fornece uma sensação de significado e propósito em sua vida?

Algumas pessoas gostam tanto do que fazem que seria imprudente se aposentar, a menos que você possa substituir esse senso de significado por alguma outra atividade ou paixão.

Um amigo que ingressou no programa de voluntário do Inca após a faculdade, teve uma carreira bem-sucedida como executivo. Quando se aposentou do emprego corporativo, ingressou em uma grande organização sem fins lucrativos como voluntário. Por causa de sua paixão, isso se transformou em uma segunda “carreira” para ele.

2. Seu trabalho é estressante e a aposentadoria é uma saída ou uma mudança de carreira?

A decisão de se aposentar é sobre o que você valoriza. Você é do tipo que só pensa em trabalho ou gosta de ter momentos mais voltados para você? A decisão é pessoal e tem que ser tomada de acordo com o seu ritmo de vida. Não existe uma solução única para todos, mas existem maneiras de levar a relevância da sua vida profissional para a aposentadoria.

A construção de uma estrutura para sua aposentadoria deve começar pelo menos três a cinco anos antes da data planejada. A avaliação e a correção do curso ocorrem cerca de um ano antes. Um ano ou mais após a aposentadoria, o período da lua de mel provavelmente terá diminuído e é hora de rever como as coisas estão indo. Dê a si mesmo mais alguns anos para que a vida de aposentado se torne seu novo normal. Essa é uma jornada de seis a oito anos que exigirá flexibilidade e resiliência.

3. Seu trabalho fornece necessidades sociais críticas em sua vida?

Se boa parte de sua vida social gira em torno do trabalho e das pessoas no trabalho, convém adiar a aposentadoria até cultivar redes sociais de suporte além dos amigos do local de trabalho. Você pode fazer isso ingressando em clubes e organizações, oferecendo-se como voluntário, se tiver tempo, e se conectando novamente a amigos, familiares e conhecidos.

4. Você efetivamente já parou para pensar em como vai ser sua vida como aposentado?

Você tem um plano de aposentadoria? Tem hobbies ou interesses que preencherão seu tempo?

Muitas pessoas têm expectativas irreais sobre suas vidas como aposentadas. Elas imaginam que vão jogar golfe ou tênis, começar hobbies, aprender a tocar violão, viajar, etc. Um bom teste é avaliar essa parte da sua vida atualmente. Você está envolvido em esportes, hobbies ou música e é apaixonado por isso? Caso contrário, pode não ser razoável esperar que você desenvolva essa paixão repentinamente no dia seguinte à sua aposentadoria. Os aposentados mais bem-sucedidos planejam suas vidas pós-trabalho.

A maioria de nós deseja uma vida plena e significativa. Para muitas pessoas o trabalho contribui muito para esse objetivo, no entanto, se for preciso se aposentar, esses objetivos ainda podem ser alcançados de outras formas. Aposentadoria pode ser uma época em que surgem experiências e possibilidades desconhecidas que podem melhorar ainda mais nossas vidas. Vamos olhar com otimismo para nossos muitos estágios da vida e colher o máximo que pudermos de cada um deles.

Coaching para aposentadoria

Refletir e responder cuidadosamente as perguntas que fiz acima, vão ajudá-lo a planejar um cenário futuro de longo prazo, porém extremamente realista.

Com o coaching de aposentadoria, você terá a oportunidade de avaliar se suas ações refletiram positivamente no futuro.

Entre em contato comigo e marque uma consulta para nos conhecermos melhor e descobrimos como poderei lhe ajudar. Ao final, você saberá o que deverá construir para ter uma aposentadoria segura e tranquila, aproveitando cada minuto de sua vida.

Na velhice, alguns sintomas podem não ser expressos de forma clara, sendo, inclusive, confundidos com sinais de outros problemas

Com o avançar da idade, as dificuldades podem se acumular ou se apresentar em intervalos curtos de tempo. Imagine uma pessoa que acabou de se aposentar e tem de lidar com uma queda substancial nos rendimentos e o excesso de tempo ocioso a ser preenchido. Ao mesmo tempo, ela descobre um problema crônico de saúde, em média, um idoso apresenta quatro enfermidades simultâneas e, de repente, recebe a notícia da perda de um amigo de longa data.

Muita coisa acontecendo e a pessoa sem saber o que fazer, mostra-se desinteressada por tudo aquilo que fazia antes. A família encontra explicações para a mudança de atitude no afastamento do trabalho.

No entanto, é preciso observar se estão ocorrendo distúrbios na capacidade de formar novas memórias, ou seja, de memorizar fatos novos, uma vez que o sintoma inicial mais comum da doença de Alzheimer é a dificuldade de memorização: o paciente não retém recado, repete várias vezes a mesma pergunta e não consegue fixar informações.

Casos assim merecem atenção especial e o paciente deve ser levado ao médico quando perde o interesse por tudo, mesmo que a memória não esteja falhando, porque as síndromes depressivas podem se confundir com as síndromes demenciais. O idoso deprimido manifesta fundamentalmente um distúrbio de atenção, de concentração e de memória. Como esses também são sintomas das demências, é bom procurar atendimento para que sejam interpretados adequadamente, pois, como já foi dito, depressão tem tratamento e a pessoa pode voltar à atividade plena.

Falta de memória pode ser uma pista

Problemas de memória, como a dificuldade para se lembrar de nomes e procedimentos simples ou dos lugares onde objetos foram deixados, podem ser sinal de depressão, e não das temíveis demências. Quadros com queixa de esquecimento na terceira idade são desafiadores para os médicos: uma demência pode começar a se manifestar com um estado depressivo, enquanto a depressão também pode provocar dificuldades de memorização.

Em geral, quando se trata de depressão com distúrbios de memória, o paciente é medicado, melhora e, consequentemente, atenuam-se os sintomas relativos ao esquecimento. Mas os episódios depressivos, principalmente se estiverem ocorrendo pela primeira vez na vida, podem indicar uma demência.

Uma pessoa com doença neurodegenerativa apresenta perda das suas capacidades cognitivas, com repercussões inclusive na parte emocional, e uma primeira manifestação pode ser a depressão.

Ainda que demande muitos cuidados, o diagnóstico de depressão é uma notícia “melhor” do que a de uma demência como a de Alzheimer, por exemplo. Com os recursos atuais da medicina, a depressão é potencialmente tratável e tem cura, mas o Alzheimer ainda não.

Benefícios de uma vida mais regrada

A terceira idade é também reflexo dos hábitos mantidos durante décadas, a boa ou a má alimentação, a prática de exercícios ou o sedentarismo, a exposição cuidadosa ou exagerada e desprotegida ao sol. Para os que foram relapsos, um aviso: há como se ter algum benefício mesmo depois de uma vida inteira desregrada. Praticar exercícios físicos é sempre bom, funcionando também como medida preventiva e de combate à depressão, a liberação de endorfina proporciona a sensação de bem-estar e melhora o humor. Integrar-se a grupos sociais é uma ótima iniciativa.

Diante da constatação de problemas de memória, o idoso deve procurar um especialista para que se possa fazer uma investigação do caso.

Dependendo da natureza da atividade, trabalham-se duas habilidades ao mesmo tempo: um grupo de caminhada propicia, além do exercício, a interação, enquanto a turma que se reúne para um jogo de cartas está trabalhando também a cognição, importante no combate às demências. Adotar um animal de estimação é outra boa iniciativa. A família pode ajudar orientando o idoso na integração e na escolha dos passatempos. No caso do paciente diagnosticado com depressão, é imprescindível se submeter a tratamento.