Problemas da vida

Problemas da vida

Os problemas da vida cobrem uma ampla gama de tópicos, porque a vida não vem com um manual de instruções. (bem que poderia, não é?) Eu não vou desenvolver um manual de instruções para a sua vida, porque isso significaria que sei o que é melhor para você – o que não é verdade. Só você sabe o que vai funcionar para si mesmo.

Escrevo muito sobre esses problemas e outros desafios da vida, seja uma questão sobre autoestima, autoconfiança, relacionamentos, estresse no trabalho, lidar com a rejeição, lidar com a solidão, assédio sexual ou entender melhor como funciona a psicoterapia. Espero que os artigos abaixo sejam úteis para você aprender mais sobre esses assuntos.

Compilei uma biblioteca de artigos e informações relacionadas aos problemas com a nossa vida abaixo.

Lidar com a vida

Esses são alguns dos problemas mais comuns que as pessoas enfrentam em sua vida, mas muitas vezes não atingem o nível de um transtorno mental completo. Em vez disso, os psicólogos tendem a se referir a essas questões como “problemas da vida” ou um problema de saúde mental.

Esses recursos também podem ajudá-lo a aprender mais sobre sua vida.

Recursos adicionais

Esses recursos também podem ajudá-lo a aprender mais sobre sua vida ou precisar de orientação sobre algo que lhe diz respeito.

Precisa de ajuda com um dos problemas acima em sua vida? A psicoterapia é geralmente a melhor opção.

Entre em contato para marcar uma sessão de avaliação. Estou aqui para ajudá-lo a resolver as preocupações que você tem, em um ambiente seguro, de apoio e sem julgamentos.

Seja otimista realista

O pensamento positivo é basicamente enxergar o lado bom das coisas do seu passado e presente e, ao mesmo tempo, ter confiança e otimismo no futuro.

Seja otimista sim

Pessoas otimistas tendem a ser mais felizes, mais saudáveis e sabem lidar melhor com momentos difíceis. Então há muitas vantagens em olhar o mundo sob um ângulo positivo e focar em coisas que são boas. Entretanto, é possível se tornar um otimista IRREALISTA, o que não é bom. Certamente não ajuda ficar tornando tudo positivo ou fingir que as coisas estão bem quando claramente não estão.

Seja realista também

Se alguém é naturalmente otimista ou pessimista, em ambos os casos é impossível saber o que o futuro nos reserva. Então talvez o melhor dos dois mundos seja o OTIMISTA REALISTA, alguém que se mantém positivo, mas dentro dos limites daquilo que conhece sobre o mundo.

Tendências otimistas ou negativas fazem parte da personalidade, e podem ser difíceis de mudar — mas é possível. Neste momento a psicoterapia pode ser útil, propiciando nos tornar mais CONSCIENTES dos nossos padrões de pensamentos e ensinando técnicas que nos ajudem a ser mais flexíveis sobre nossa visão de mundo.

Caso precise de ajuda, estou à disposição para acompanhá-lo nessa trajetória. Nem sempre conseguiremos estar felizes com o que vivemos, mas podemos buscar formas de alterar essa realidade, mesmo dentro de nossas limitações, afinal, é para frente que se segue!

Reflexão sobre o Filme “Entre Abelhas”

 

Quantas vezes você já escutou alguém falando “cinema nacional não presta”? Eu sempre escuto, e na maioria das vezes quem fala não conhece um terço dos filmes que são bons.

Tendo em vista isso e aproveitando o Dia do Cinema Brasileiro que é comemorado hoje, 19 de junho, indico a vocês um filme muito interessante que nem todo mundo conhece e aborda a depressão. Quem reclama que o cinema nacional acaba sempre caindo na mesmice com seus excessos de comédias, vai se surpreender.

Estou falando do filme nacional Entre Abelhas (2015), estrelado por Fábio Porchat e dirigido por Ian SBF (ambos criadores do Porta dos Fundos). O filme é poderoso e fala sobre depressão sem falar sobre depressão.

Depressão não é só se sentir triste. É uma doença perigosa e que precisa ser tratada. Pessoas com depressão fazem mal a si e aos próximos. Depressão não é frescura. Nos tempos de hoje, com todo mundo conectado, é muito mais fácil se sentir sozinho.

Sem entrar em pormenores, considero o filme uma interessante metáfora da depressão, transtorno no qual o sofrimento por vezes torna-se tão intenso que é como se o mundo e as pessoas não mais existissem. Imerso em seu próprio sofrimento, o depressivo não consegue olhar além de si. Este é exatamente o caso de Bruno (interpretado por Fábio Porchat). Recém-separado de sua esposa, com quem viveu alguns anos, o personagem encontra-se num doloroso processo de luto. E é justamente no meio deste turbilhão que tem início a sua cegueira. A situação de Bruno também pode ser interpretada como uma metáfora da solidão nas cidades (grandes ou pequenas), nas quais as pessoas são, de certa maneira, invisíveis umas para as outras.

Muitas vezes, querendo ajudar, as pessoas dizem: “Um dia passa”, “o tempo vai curar”, “deixa isso para lá”, porém, são palavras que não acrescentam em nada e, dependendo da situação, podem até ser prejudiciais. Incentivar a procura por um profissional é o melhor que se pode fazer. Lembre-se: qualquer pessoa pode ter depressão.

 

O papo de hoje é sobre relacionamentos tóxicos e como evitá-los

Como evitar relacionamentos tóxicos

Hoje é Dia dos Namorados! Goste ou odeie, todos os anos somos bombardeados com mensagens sobre romance, flores, doces, jantares à luz de velas e cartões de amor para sua metade. O Dia dos Namorados pode ser esmagador e, admitimos, um pouco bobo, mas gostamos de pensar nele como mais um dia para reafirmar a importância de relacionamentos saudáveis ​​e respeitosos – com você ou com os outros!

Porém, algumas das mensagens que ouvimos em torno do Dia dos Namorados e sobre o amor, em geral, são um pouco preocupantes. “Você é meu”, “Você é o Único”, etc, tudo começa a soar um pouco… assustador, certo? As noções da sociedade sobre o amor podem ser nenhum pouco saudáveis. A maneira como falamos e, portanto, percebemos o amor são muitas vezes sobre “propriedade” ou “posse” de outra pessoa. Quantas vezes você já ouviu falar: “Você é tudo que eu preciso”, “Você é tudo para mim”, ou mesmo, “Se eu não posso ter você, ninguém pode.”

Mas o amor saudável não tem a ver com posse ou propriedade. Longe disso. Em um relacionamento saudável, os parceiros são reconhecidos como indivíduos com diferentes limites e necessidades.

Claro, você e seu parceiro podem compartilhar alguns dos mesmos limites e necessidades, e talvez seja por isso que deu um grande Match! Mas segurança e respeito um pelo outro vêm em primeiro lugar.

Estar em um relacionamento é uma escolha que você faz todos os dias desse relacionamento, dure ele alguns dias, meses ou uma vida inteira.

O mesmo vale para o seu parceiro. Vocês não possuem um ao outro, vocês não são um objeto. Vocês são seres humanos com desejos e sentimentos complexos. Quando uma pessoa no relacionamento sente que é dona da outra pessoa, ou quando ela tenta controlar o parceiro porque “ama” a pessoa – bem, isso não é amor! Esses são definitivamente sinais de uma relação abusiva e tóxica.

Portanto, neste Dia dos Namorados, pergunte a si mesmo o que o amor saudável significa para você? Como você quer ser tratado em um relacionamento? Como você quer tratar seu parceiro? Conhecer as respostas para essas perguntas pode ajudá-lo a construir relacionamentos saudáveis ​​por toda a sua vida.

Se você ou alguém que você conhece tiver alguma dúvida sobre um relacionamento, saudável ou tóxico, entre em contato comigo. A terapia pode ajudá-lo a lidar, restaurar seu senso de autovalor e tratar das preocupações de segurança.

Seja feliz sempre!

Se você é uma pessoa preocupada com o futuro do meio ambiente, seja exemplo no seu comportamento.

Nunca se falou tanto em sustentabilidade, preservação ambiental e outros assuntos relacionados ao meio ambiente, como nos últimos anos. Ser sustentável já deixou de ser moda e está se tornando um elemento obrigatório.

No entanto, o desrespeito ao meio ambiente, ainda presente, se dá mais pela falta de mudança de comportamento, ou melhor, pela resistência a isso.

Em um tempo em que basta dar uma volta e o que mais vemos é o acúmulo de lixo nas ruas, rios e praças, fica difícil acreditar em um Brasil “limpo”, onde é possível caminhar sem tropeçar em dejetos, pedaços de madeira e sofás velhos.

Um problema bem grave que vem ocorrendo com bastante frequência é a contaminação provocada pelo homem nos recursos naturais como as reservas de água, além da devastação das florestas, a poluição do ar e a caça predatória ameaçando algumas espécies de animais de extinção.

Essas formas de agressão ao meio ambiente deixa bastante claro que é necessário que haja urgentemente uma mudança de consciência e principalmente uma mudança de comportamento por parte de todos os seres humanos que habitam o Planeta Terra. Para que isso possa acontecer, é necessária uma educação ambiental, que seja focada em princípios éticos de respeito e preservação do meio ambiente.

Se você é uma pessoa preocupada com o futuro do meio ambiente, seja exemplo no seu comportamento.

Recicle ou reutilize materiais; descarte o lixo de forma correta, busque formas alternativas de energia, como a solar e eólica; se possível use biocombustíveis e automóveis elétricos; substitua soluções biológicas no lugar de substâncias químicas e economize água!

Ensine seus filhos, influencie seus amigos, e não deixe de compartilhar esta mensagem!

Como saber se tenho necessidade de ajuda psicológica?

Quando a pessoa percebe que, apesar das tentativas, não está conseguindo se comportar de maneira adequada e aceitável no ambiente em que vive ou começa a notar que seus filhos estão com dificuldades para conviver bem na escola, ou com os amigos do prédio, por exemplo, essa é a hora de buscar ajuda profissional.

A área de psicoterapia comportamental vem realizando pesquisas para o desenvolvimento de práticas direcionadas ao aperfeiçoamento das habilidades sociais em todas as etapas da vida: infância, adolescência, juventude, fase adulta e idosa. Nas terapias em consultórios de psicologia, muitas vezes, conclui-se que o “grande problema” é um problema de comunicação e aí as habilidades sociais passam a ser trabalhadas de forma individual.

O psicólogo ajuda o paciente a vivenciar situações de sua rotina em casa, no trabalho, na escola, entre familiares e amigos. A grande meta é contribuir para que as relações deste paciente com as várias pessoas com que convive sejam saudáveis, independentemente do ambiente. Isso pode diminuir os conflitos, as preocupações, o mal-estar, a angústia e os episódios de ansiedade.

Os retornos individuais serão grandes para a vida das pessoas. Afinal, quem não quer ser feliz?

Você já ouviu falar em habilidades sociais? As relações pessoais seriam impossíveis se não fossem elas, que são fundamentais para criar e manter amizade, as relações de companheirismo, família, laços de vizinhança, entre outros.

As habilidades sociais são treinadas. Na verdade, nos sentimos paralisados quando ficamos isolados e desconectados dos outros durante um tempo. E como treinamos? Através de uma forma simples: compartilhar momentos de encontro, ou seja, desfrutar da companhia do próximo.

Cinco requisitos das habilidades sociais:

  1. A empatia. Já falei aqui algumas vezes sobre esta habilidade. Ela é uma virtude essencial para conectar com o ponto de vista de outra pessoa que pode ser diferente do seu. Significa entender que essa pessoa tem sua própria história.
  2. A alteridade. Quando estamos num estado de monólogo ficamos presos à nossa própria verdade interior. No entanto, para praticar essas habilidades sociais, devemos estar abertos a mudanças e fazer parte do mundo da outra pessoa. É reconhecer o outro como alguém diferente de si e assim dar mais sentido à sua própria identidade.
  3. A comunicação. Uma comunicação pode ir além das palavras, pois, às vezes a mensagem pode ser expressa através da linguagem corporal. Por exemplo, quando uma pessoa morre é comum que as pessoas próximas se mostrem condolentes com seu pesar através de uma presença silenciosa e de abraços. A comunicação facilita a compreensão mútua em qualquer circunstância.
  4. A amabilidade. Ser amável com alguém significa fazer com que sua vida seja mais agradável graças a sua companhia.
  5. A escuta ativa. Há uma grande diferença entre ouvir e escutar, no entanto, para colocar em prática as habilidades sociais são muito importante que seja um bom ouvinte porque não há nada melhor que ser valorizado pelo outro ouvindo sobre suas histórias.

A liderança é a grande habilidade social!

Cada pessoa tem uma força específica, algo que se destaca. No entanto, há uma habilidade especialmente valorizada atualmente: a liderança. O líder é um exemplo de inteligência social, pois, graças ao seu carisma interage com o grupo e atua como um mediador entre todos.

Porém, todas as habilidades sociais são importantes, pois, possibilitam a convivência de forma harmoniosa com os demais.

Deseja obter resultados concretos e duradouros para a sua vida pessoal e, principalmente, profissional? Marque uma consulta e descubra como pode se beneficiar treinando suas habilidades sociais com uma Psicóloga especializada e certificada!

Você finalmente decide marcar uma consulta com um terapeuta. Pela recomendação de amigos e parentes, escolhe um profissional com um excelente currículo e chega à consulta. Durante os 50 minutos do encontro, você pode se sentir desconfortável, constrangido em compartilhar detalhes de sua vida, e sair da sessão pensando que foi tudo um grande erro.

Situações como essa são frequentes, e fazem com que muitas pessoas abandonem o tratamento antes mesmo de começar. É preciso ter em mente que o resultado de uma terapia depende muito da metodologia e da relação que se estabelece entre o cliente e o terapeuta. E nem sempre se acerta de primeira.

A recomendação é, antes de começar qualquer tratamento, marque uma consulta de avaliação. Uma ou duas sessões geralmente já são suficientes para identificar os problemas e a melhor forma de abordá-los. Muitas vezes é indicado misturar intervenções das diferentes técnicas terapêuticas para tratar os mais diversos aspectos do cliente.

Ainda que com diferentes metodologias, grande parte das psicoterapias são baseadas em autoconhecimento, ou seja, em entender melhor a maneira de se relacionar consigo e com o mundo e, a partir disso, poder aliviar angústias e modificar comportamentos que estejam causando sofrimento.

Seja qual for a terapia ideal para você, o importante é que na consulta você se sinta à vontade para falar o que quiser, e saber que não será julgado por atos ou pensamentos. 🙂

Psicologia, Páscoa e recomeço

Páscoa simboliza um recomeço, uma nova vida e sentido de sacrifício, em razão da tradição cristã. Páscoa vem do hebreu Pessach, que significa “passagem”, festa que os judeus celebram há milhares de anos para lembrar a libertação e êxodo do Egito, após 300 anos de sofrimento como escravos. Por um lado, a Páscoa celebra a dor, o sofrimento, mas por outro comemora a passagem para uma vida nova, um recomeço.

É um fato que a grande maioria das pessoas procuram um psicólogo quando existem dificuldades, conflitos, situações de perda ou, em geral, quando existe sofrimento. É também verdade, porém, que o sofrimento intensifica a transformação. Quando é que nos sentimos mais impelidos a mudar? Quando temos uma “ferida” que nos obriga a tomar a decisão de mudança e de renovação. Mas é claro que não é necessário essa “ferida” para pensarmos na mudança.

Por isso, nesta Páscoa, quero convidá-lo a pensar sobre o que realmente é importante para você. Devemos analisar o que fizemos até agora e o que gostaríamos de ter feito, que foi adiado.

Nesta Páscoa procure sempre pensamentos positivos, mesmo nos momentos difíceis. Este estado de espírito melhora a sua autoestima e, em geral, lhe ajudar a ter prazer nas pequenas coisas da vida. Procure algo que te motive e não desista de querer ser feliz.

Desejo uma Páscoa muito feliz!

Joana Santiago — psicóloga e psicoterapeuta

O que a psicologia diz sobre o comportamento dos trolls

 

Os valentões sempre estiveram entre nós. Costumávamos ser capazes de detectar esse tipo a quarteirões de distância. A arrogância, zoação, insultos, olhares de desprezo e agressões eram assistidos por todos e, muitas vezes, o agressor podia ser evitado tomando um caminho diferente para casa ou saindo por outra porta da escola. O prazer que tinham em envergonhar e intimidar os outros deixava evidente sua falta de empatia. O olho roxo da vítima ou o nariz quebrado davam evidências da agressão. Medo e gritos podiam ser vistos e ouvidos, e só assim o bullying parava.

Mas os tempos mudaram e os agressores também. Na era digital, um palco imenso e invisível para o bullying permitiu que o cyberbullying crescesse como uma epidemia. Hoje, quase metade de todos os usuários da internet relatam ter sido alvo de algum tipo de maus tratos on-line. A internet facilitou muito para os agressores atacarem e se esconderem num teatro anônimo que garante ao troll nenhuma preocupação com a punição.

Porque os trolls da Internet desumanizam os outros?

Quando ataques são feitos online, a capacidade de ver as consequências da agressão não é ativada no cérebro de quem o faz. Estudos mostram que os trolls tendem a não enxergar suas vítimas como pessoas reais. Eles desumanizam os outros, o que significa que a pessoa do outro lado do ataque é considerada mais como um objeto e menos como um indivíduo com sentimentos. Mesmo que seu assédio possa arruinar vidas e até mesmo levar seus alvos ao suicídio, os agressores da internet parecem não se importar. O bullying tende a conceder uma sensação imediata de poder aos impotentes.

Mas quem são esses trolls?

Por estudos, sabemos que a grande maioria dos trolls da internet são homens e muitos têm menos de 30 anos. Eles tendem a ser antissociais por natureza e muitas vezes não possuem habilidades sociais e emocionais para resolver conflitos interpessoais, tanto online quanto offline.

Pesquisadores canadenses fizeram a referência cruzada de testes de personalidade online e descobriram uma relação no comportamento troll com a chamada “tétrade obscura”. Um agrupamento de quatro transtornos de personalidade: psicopatia (falta de remorso e empatia), sadismo (sentir prazer com o sofrimento dos outros), narcisismo (egoísmo e auto-obsessão) e maquiavelismo (tendência a manipular os outros).

O estudo, publicado no final do ano passado, define trollagem on-line como “a prática de se comportar de forma enganosa, desordenada ou destrutiva num local social da internet por um único motivo: prazer próprio”.

Sabemos que as vítimas de assédio online muitas vezes se sentem deprimidas, ansiosas e derrotadas pela experiência abusiva. Os trolls, porém, também parecem pagar um preço psicológico. Se pensarmos nesses sentimentos como um espelho do que esse indivíduo sofre internamente, podemos ter o vislumbre de uma pessoa que se sente impotente, ansiosa e deprimida e que não conhece outra saída a não ser provocar tais sentimentos nos outros. Mas, em vez de buscar uma saída para a frustração reprimida, o troll parece aumentar a depressão, a solidão e o isolamento.

E o que pode ser feito?

É necessária mais interação humana “cara-a-cara” para construir habilidades interpessoais, antes de perdermos (todos nós) o contato humano. Os trolls que estão causando dor, também podem precisar de um ser humano carinhoso ou psicoterapeuta para compreender seus próprios sentimentos de isolamento e rejeição. Porém, devemos ter cuidado para não categorizá-los e generalizá-los como psicopatas.

Se você é vítima de trolls na internet, a primeira e mais importante opção é não ficar calado e denunciar. Caso tenha dúvidas sobre como proceder, também vale contar com a equipe do projeto SaferNet. Com o apoio de organismos importantes, este site ajuda a orientar ações para quem foi vítima de um crime digital, explicando como fazer cartas solicitando a remoção de uma injúria ou difamação, por exemplo. Outra dica nesses casos é ignorar. Quando as vítimas do cyberbullying conseguem ignorar a violência sofrida, podem provocar frustração nos trolls e isso pode motivá-lo a desistir e ir embora.

Precisamos ficar atentos para que a experiência humana real e viva não seja substituída. Para completar o círculo de empatia e entender a psicologia dos trolls da internet, é importante reconhecer que eles também são seres humanos que precisam de ajuda. Nossa sociedade não pode se dar ao luxo de julgar sem buscar soluções para os efeitos colaterais da era digital.

Se você já foi alvo de algum tipo de abuso online, denuncie. Se, por outro lado, você conhece alguém que passou por problema semelhante, ofereça apoio, use as dicas que mostrei aqui. Se for necessário apoio psicológico, saiba que estou sempre a disposição para ajudar.