Você já ouviu falar em habilidades sociais? As relações pessoais seriam impossíveis se não fossem elas, que são fundamentais para criar e manter amizade, as relações de companheirismo, família, laços de vizinhança, entre outros.

As habilidades sociais são treinadas. Na verdade, nos sentimos paralisados quando ficamos isolados e desconectados dos outros durante um tempo. E como treinamos? Através de uma forma simples: compartilhar momentos de encontro, ou seja, desfrutar da companhia do próximo.

Cinco requisitos das habilidades sociais:

  1. A empatia. Já falei aqui algumas vezes sobre esta habilidade. Ela é uma virtude essencial para conectar com o ponto de vista de outra pessoa que pode ser diferente do seu. Significa entender que essa pessoa tem sua própria história.
  2. A alteridade. Quando estamos num estado de monólogo ficamos presos à nossa própria verdade interior. No entanto, para praticar essas habilidades sociais, devemos estar abertos a mudanças e fazer parte do mundo da outra pessoa. É reconhecer o outro como alguém diferente de si e assim dar mais sentido à sua própria identidade.
  3. A comunicação. Uma comunicação pode ir além das palavras, pois, às vezes a mensagem pode ser expressa através da linguagem corporal. Por exemplo, quando uma pessoa morre é comum que as pessoas próximas se mostrem condolentes com seu pesar através de uma presença silenciosa e de abraços. A comunicação facilita a compreensão mútua em qualquer circunstância.
  4. A amabilidade. Ser amável com alguém significa fazer com que sua vida seja mais agradável graças a sua companhia.
  5. A escuta ativa. Há uma grande diferença entre ouvir e escutar, no entanto, para colocar em prática as habilidades sociais são muito importante que seja um bom ouvinte porque não há nada melhor que ser valorizado pelo outro ouvindo sobre suas histórias.

A liderança é a grande habilidade social!

Cada pessoa tem uma força específica, algo que se destaca. No entanto, há uma habilidade especialmente valorizada atualmente: a liderança. O líder é um exemplo de inteligência social, pois, graças ao seu carisma interage com o grupo e atua como um mediador entre todos.

Porém, todas as habilidades sociais são importantes, pois, possibilitam a convivência de forma harmoniosa com os demais.

Deseja obter resultados concretos e duradouros para a sua vida pessoal e, principalmente, profissional? Marque uma consulta e descubra como pode se beneficiar treinando suas habilidades sociais com uma Psicóloga especializada e certificada!

Você finalmente decide marcar uma consulta com um terapeuta. Pela recomendação de amigos e parentes, escolhe um profissional com um excelente currículo e chega à consulta. Durante os 50 minutos do encontro, você pode se sentir desconfortável, constrangido em compartilhar detalhes de sua vida, e sair da sessão pensando que foi tudo um grande erro.

Situações como essa são frequentes, e fazem com que muitas pessoas abandonem o tratamento antes mesmo de começar. É preciso ter em mente que o resultado de uma terapia depende muito da metodologia e da relação que se estabelece entre o cliente e o terapeuta. E nem sempre se acerta de primeira.

A recomendação é, antes de começar qualquer tratamento, marque uma consulta de avaliação. Uma ou duas sessões geralmente já são suficientes para identificar os problemas e a melhor forma de abordá-los. Muitas vezes é indicado misturar intervenções das diferentes técnicas terapêuticas para tratar os mais diversos aspectos do cliente.

Ainda que com diferentes metodologias, grande parte das psicoterapias são baseadas em autoconhecimento, ou seja, em entender melhor a maneira de se relacionar consigo e com o mundo e, a partir disso, poder aliviar angústias e modificar comportamentos que estejam causando sofrimento.

Seja qual for a terapia ideal para você, o importante é que na consulta você se sinta à vontade para falar o que quiser, e saber que não será julgado por atos ou pensamentos. 🙂

Psicologia, Páscoa e recomeço

Páscoa simboliza um recomeço, uma nova vida e sentido de sacrifício, em razão da tradição cristã. Páscoa vem do hebreu Pessach, que significa “passagem”, festa que os judeus celebram há milhares de anos para lembrar a libertação e êxodo do Egito, após 300 anos de sofrimento como escravos. Por um lado, a Páscoa celebra a dor, o sofrimento, mas por outro comemora a passagem para uma vida nova, um recomeço.

É um fato que a grande maioria das pessoas procuram um psicólogo quando existem dificuldades, conflitos, situações de perda ou, em geral, quando existe sofrimento. É também verdade, porém, que o sofrimento intensifica a transformação. Quando é que nos sentimos mais impelidos a mudar? Quando temos uma “ferida” que nos obriga a tomar a decisão de mudança e de renovação. Mas é claro que não é necessário essa “ferida” para pensarmos na mudança.

Por isso, nesta Páscoa, quero convidá-lo a pensar sobre o que realmente é importante para você. Devemos analisar o que fizemos até agora e o que gostaríamos de ter feito, que foi adiado.

Nesta Páscoa procure sempre pensamentos positivos, mesmo nos momentos difíceis. Este estado de espírito melhora a sua autoestima e, em geral, lhe ajudar a ter prazer nas pequenas coisas da vida. Procure algo que te motive e não desista de querer ser feliz.

Desejo uma Páscoa muito feliz!

Joana Santiago — psicóloga e psicoterapeuta

O que a psicologia diz sobre o comportamento dos trolls

 

Os valentões sempre estiveram entre nós. Costumávamos ser capazes de detectar esse tipo a quarteirões de distância. A arrogância, zoação, insultos, olhares de desprezo e agressões eram assistidos por todos e, muitas vezes, o agressor podia ser evitado tomando um caminho diferente para casa ou saindo por outra porta da escola. O prazer que tinham em envergonhar e intimidar os outros deixava evidente sua falta de empatia. O olho roxo da vítima ou o nariz quebrado davam evidências da agressão. Medo e gritos podiam ser vistos e ouvidos, e só assim o bullying parava.

Mas os tempos mudaram e os agressores também. Na era digital, um palco imenso e invisível para o bullying permitiu que o cyberbullying crescesse como uma epidemia. Hoje, quase metade de todos os usuários da internet relatam ter sido alvo de algum tipo de maus tratos on-line. A internet facilitou muito para os agressores atacarem e se esconderem num teatro anônimo que garante ao troll nenhuma preocupação com a punição.

Porque os trolls da Internet desumanizam os outros?

Quando ataques são feitos online, a capacidade de ver as consequências da agressão não é ativada no cérebro de quem o faz. Estudos mostram que os trolls tendem a não enxergar suas vítimas como pessoas reais. Eles desumanizam os outros, o que significa que a pessoa do outro lado do ataque é considerada mais como um objeto e menos como um indivíduo com sentimentos. Mesmo que seu assédio possa arruinar vidas e até mesmo levar seus alvos ao suicídio, os agressores da internet parecem não se importar. O bullying tende a conceder uma sensação imediata de poder aos impotentes.

Mas quem são esses trolls?

Por estudos, sabemos que a grande maioria dos trolls da internet são homens e muitos têm menos de 30 anos. Eles tendem a ser antissociais por natureza e muitas vezes não possuem habilidades sociais e emocionais para resolver conflitos interpessoais, tanto online quanto offline.

Pesquisadores canadenses fizeram a referência cruzada de testes de personalidade online e descobriram uma relação no comportamento troll com a chamada “tétrade obscura”. Um agrupamento de quatro transtornos de personalidade: psicopatia (falta de remorso e empatia), sadismo (sentir prazer com o sofrimento dos outros), narcisismo (egoísmo e auto-obsessão) e maquiavelismo (tendência a manipular os outros).

O estudo, publicado no final do ano passado, define trollagem on-line como “a prática de se comportar de forma enganosa, desordenada ou destrutiva num local social da internet por um único motivo: prazer próprio”.

Sabemos que as vítimas de assédio online muitas vezes se sentem deprimidas, ansiosas e derrotadas pela experiência abusiva. Os trolls, porém, também parecem pagar um preço psicológico. Se pensarmos nesses sentimentos como um espelho do que esse indivíduo sofre internamente, podemos ter o vislumbre de uma pessoa que se sente impotente, ansiosa e deprimida e que não conhece outra saída a não ser provocar tais sentimentos nos outros. Mas, em vez de buscar uma saída para a frustração reprimida, o troll parece aumentar a depressão, a solidão e o isolamento.

E o que pode ser feito?

É necessária mais interação humana “cara-a-cara” para construir habilidades interpessoais, antes de perdermos (todos nós) o contato humano. Os trolls que estão causando dor, também podem precisar de um ser humano carinhoso ou psicoterapeuta para compreender seus próprios sentimentos de isolamento e rejeição. Porém, devemos ter cuidado para não categorizá-los e generalizá-los como psicopatas.

Se você é vítima de trolls na internet, a primeira e mais importante opção é não ficar calado e denunciar. Caso tenha dúvidas sobre como proceder, também vale contar com a equipe do projeto SaferNet. Com o apoio de organismos importantes, este site ajuda a orientar ações para quem foi vítima de um crime digital, explicando como fazer cartas solicitando a remoção de uma injúria ou difamação, por exemplo. Outra dica nesses casos é ignorar. Quando as vítimas do cyberbullying conseguem ignorar a violência sofrida, podem provocar frustração nos trolls e isso pode motivá-lo a desistir e ir embora.

Precisamos ficar atentos para que a experiência humana real e viva não seja substituída. Para completar o círculo de empatia e entender a psicologia dos trolls da internet, é importante reconhecer que eles também são seres humanos que precisam de ajuda. Nossa sociedade não pode se dar ao luxo de julgar sem buscar soluções para os efeitos colaterais da era digital.

Se você já foi alvo de algum tipo de abuso online, denuncie. Se, por outro lado, você conhece alguém que passou por problema semelhante, ofereça apoio, use as dicas que mostrei aqui. Se for necessário apoio psicológico, saiba que estou sempre a disposição para ajudar.

As 7 emoções básicas e seu efeito no comportamento humano

 

Às vezes nos sentimos tristes, melancólicos, e apesar de não sabermos o motivo, acabamos deixando o nosso dia cinzento. Outras vezes, acordamos estressados e tudo parece dar errado. Por outro lado, quando estamos apaixonados, cheios de energia e felizes, tudo parece fluir na maior harmonia.

Não é fácil, né? As emoções parecem dominar nossas vidas diárias! E para não ser controlado por elas, é preciso conhecer e entender como cada emoção se manifesta no seu corpo e na sua mente.

Emoções Básicas:

Durante a década de 1970, o psicólogo Paul Eckman constatou em suas pesquisas que seis emoções básicas eram as mesmas a toda espécie humana, independente da cultura: alegria, tristeza, medo, nojo, surpresa e raiva. Apenas nos anos 80 Ekman adicionou a emoção desprezo à lista das emoções básicas e universais.

Vamos dar uma olhada nos sete tipos básicos de emoções e explorar o impacto que eles têm no comportamento humano:

1. Alegria

A alegria é, de todas as emoções básicas, talvez a mais positiva: está associada de forma direta com o prazer e a felicidade. Ela aparece, por exemplo, em resposta à conquista de alguma meta pessoal ou frente à atenuação de um estado de mal-estar.

Enquanto alegria é considerada uma das emoções humanas básicas, as coisas que acreditamos trazer felicidade tendem a ser fortemente influenciadas pela cultura. Por exemplo, as influências da cultura pop tendem a enfatizar que a obtenção de certas coisas, como comprar uma casa ou ter um emprego bem remunerado, resultará em felicidade. Na realidade, os fatores que contribuem para a felicidade são muito mais complexos e altamente individuais.

2. Tristeza

Essa emoção caracteriza-se por uma queda de ânimo e uma redução significativa no nível de atividade cognitiva e de conduta. Apesar da má fama que essa emoção tem, ela cumpre funções iguais ou mais importantes que as demais emoções básicas. Em alguns casos, as pessoas podem experimentar períodos prolongados e graves de tristeza que podem se transformar em depressão.

A função da tristeza é atuar em situações onde o indivíduo se encontra impotente ou não pode dar continuidade a nenhuma ação direta para solucionar o que lhe traz sofrimento, como o falecimento de uma pessoa querida. Além disso, e o mais importante, instiga a busca do apoio social que facilite a fuga de uma situação depressora.

3. Medo

É a emoção mais estudada nos animais e no ser humano. O medo é um estado emocional negativo ou aversivo com uma ativação muito elevada que incita o ato de evitar e de escapar de situações perigosas. A vivência dessa emoção provoca uma sensação de grande tensão em paralelo a uma preocupação pela própria segurança e saúde.

O medo é a resposta emocional a uma ameaça imediata e, é claro que nem todos experimentam o medo da mesma maneira. Algumas pessoas podem ser mais sensíveis ao medo e certas situações ou objetos podem ser mais propensos a desencadear essa emoção, como no caso de pessoas que sentem medo de altura e outras que gostam de praticar esportes radicais.

4. Nojo

O nojo é uma das emoções básicas conhecidas desde os trabalhos de Darwin sobre a emoção animal. A função adaptadora que o nojo cumpre é rejeitar todos os estímulos que podem provocar uma intoxicação. As náuseas e o mal-estar contribuem para evitar qualquer ingestão danosa para o corpo. Além disso, com o tempo, essa emoção tem ganhado um caráter social de rejeitar os estímulos sociais tóxicos para nós.

Essa sensação de repulsa pode se originar de várias coisas, incluindo um sabor desagradável, visão ou cheiro. Pesquisadores acreditam que essa emoção evoluiu como uma reação a alimentos que podem ser prejudiciais ou fatais. As pessoas também podem experimentar nojo moral, quando observam os outros envolvidos em comportamentos que eles consideram desagradáveis, imorais ou ruins.

5. Surpresa

A surpresa pode ser definida como uma reação causada por algo imprevisto, inédito ou estranho. Ou seja, quando aparece um estímulo que o sujeito não contemplava em suas previsões ou esquemas. A vivência subjetiva que a acompanha é uma sensação de incerteza junto a sensação de ter a mente em branco.

Esse tipo de emoção pode ser positivo, negativo ou neutro. Uma surpresa desagradável, por exemplo, pode ser alguém pulando de trás de uma árvore e assustando você enquanto caminha numa rua escura. Um exemplo de surpresa agradável seria chegar em casa e descobrir que seus amigos mais queridos organizaram uma festa surpresa no seu aniversário.

6. Raiva

Enquanto a raiva é frequentemente vista como uma emoção negativa, às vezes pode ser uma coisa boa. Pode ser construtivo e te ajudar a esclarecer suas necessidades em um relacionamento, e também pode motivá-lo a agir e encontrar soluções para as coisas que estão incomodando.

A raiva pode se tornar um problema, no entanto, quando ela é excessiva ou expressa de maneiras que não sejam saudáveis, perigosas ou prejudiciais para si e os outros. A raiva descontrolada pode se transformar rapidamente em agressão, abuso ou violência e também dificultar a tomada de decisões racionais, podendo até impactar a saúde física e mental.

7. Desprezo

O desprezo é a emoção mais recente considerada pela comunidade científica como a sétima emoção básica humana, passando a pertencer ao grupo de sentimentos que descrevi anteriormente.

A função do desprezo é afirmar status, prioridade e autoridade, por isso, é comum que pessoas inseguras experimentem sentimentos decorrentes dessa emoção. Devido à essas características é considerada uma emoção negativa. Quem sente desprezo pelo outro, desconsidera todas as capacidades e sentimentos desta outra pessoa, e na maioria das vezes, nem sequer se esforça em voltar-se contra ela. No entanto, algo ainda mais intenso pode ocorrer quando sentimos desprezo ou nojo de uma pessoa: a desumanização.

Como a psicoterapia pode ajudar?

As emoções básicas têm como função a defesa de nossa sobrevivência física e emocional. Ou seja, são absolutamente necessárias. O que pode acontecer e fazer tudo dar errado é o acúmulo energético que a emoção (algo que dura apenas alguns minutos) produz em nosso corpo físico e emocional, criando os bloqueios que se transformam em problemas do nosso dia a dia, inclusive, doenças crônicas.

A ciência e a psicologia têm criado métodos e terapias muito eficazes como as terapias para liberar emoções negativas, traumas, compulsões e medos. E essas técnicas também podem atuar, positivamente, melhorando o desempenho nos esportes, concentração, autoconfiança, prosperidade. E também na busca do autoconhecimento e desenvolvimento emocional!

Você consegue lembrar de alguma situação com você ou com alguém que tem dificuldades em lidar com as emoções? Que tal compartilhar esse artigo com essa pessoa? Técnicas de psicoterapia podem ajudá-la!

apoio social

O apoio social é frequentemente identificado como um elemento-chave de relacionamentos saudáveis e boa saúde mental, mas o que significa isso exatamente? Essencialmente, o apoio social significa uma rede relacional de pessoas que você pode contar em momentos de necessidade. Se você está enfrentando uma crise pessoal e precisa de assistência imediata ou apenas quer gastar um tempo com pessoas que se importam com você, esses relacionamentos desempenham um papel fundamental em como você funciona no seu dia-a-dia.

Em períodos de estresse, é o apoio social que levanta as pessoas e, muitas vezes, é o que dá forças para continuar e até mesmo prosperar. Mas o apoio social é um dispositivo de ajuda mútua. Além de confiar nos outros, você também serve como uma forma de apoio para muitas outras pessoas em sua vida.

A importância de ter uma forte rede de apoio social

Nós psicólogos e outros profissionais de saúde falamos frequentemente sobre a importância de ter uma forte rede de apoio social. Recomendo frequentemente aos meus clientes a se apoiarem em amigos, familiares (ou um grupo que eles se sintam parte ao tentar alcançar seus objetivos) ou quando passam por uma crise. Muitas pesquisas atuais mostram a ligação entre as boas relações sociais e diversos aspectos positivos de saúde e bem-estar.

Um apoio social fraco tem sido associado à depressão, enquanto a solidão tem demonstrado aumentar o risco de depressão, suicídio, uso do álcool, doenças cardíacas e disfunção cerebral. Este fato foi constatado numa análise de diversos estudos, onde se concluiu que queles com maior apoio social e emocional tiveram menor probabilidade de morrer, do que aqueles que não tinham tais relacionamentos.

Então, quais aspectos de nossos ambientes sociais são tão vitais para a nossa saúde? E como exatamente nossos ambientes sociais afetam nosso bem-estar geral? O pesquisador Sheldon Cohen, da Universidade Carnegie Mellon, sugere que há dois aspectos essenciais de nossos mundos sociais que contribuem para a saúde: o apoio social e a integração social.

Apoio social

O apoio social refere-se aos recursos psicológicos e materiais fornecidos por pessoas ou grupos que ajudam os outros a lidar com o estresse. Esse apoio social pode vir de diferentes formas. Às vezes é ajudando uma pessoa nas tarefas diárias quando estão doentes ou oferecendo assistência financeira quando estão em necessidade. Em outras situações, é dar conselhos a um amigo quando ele estiver enfrentando uma situação difícil. Ou simplesmente envolve o cuidado, a empatia e a preocupação com os entes queridos que precisam.

Integração social

A integração social é a participação efetiva em várias relações sociais, desde parcerias românticas a amizades. Essa integração envolve emoções, intimidade e um sentimento de pertencer a diferentes grupos sociais, como fazer parte de uma família, uma parceria, uma atividade social ou uma comunidade religiosa. Estar integrado em relações assim nos protege contra comportamentos desajustados e consequências prejudiciais à nossa saúde.

Um olhar mais atento aos tipos de apoio social

As redes sociais de apoio podem ter diversas formas e desempenhar diferentes papéis em sua vida.

Às vezes as pessoas oferecem apoio emocional. Elas te apoiam quando você precisa e estão lá com um ombro amigo para chorar quando as coisas não saem do seu jeito. Esse tipo de apoio pode ser particularmente importante em momentos de estresse ou quando as pessoas se sentem sozinhas.

Em outros casos, as pessoas em sua rede social podem fornecer apoio instrumental. Eles cuidam de suas necessidades físicas e oferecem ajuda quando você precisa. Isso pode considerar preparar uma refeição quando você está doente ou lhe dando uma carona quando seu carro está na oficina. Esse apoio é importante quando as pessoas têm necessidades imediatas que precisam ser atendidas.

As pessoas também podem dar o que é conhecido como apoio informativo. Isso significa a disponibilidade de dar orientação, informação, aconselhamento e coaching. Esse apoio pode ser importante quando alguém precisa tomar decisões ou passa por grandes mudanças na vida. Ao ter essa forma de apoio, as pessoas podem se sentir menos ansiosas e estressadas com os problemas que estão tentando resolver, graças ao conselho de um colega, mentor ou amigo de confiança.

Como você pode imaginar, as pessoas em suas redes sociais podem assumir papéis diferentes. Um professor pode fornecer apoio informativo, enquanto um pai pode dar todos os três tipos. Se você tiver uma forte rede de apoio social, é provável que você receba o tipo de ajuda que precisa, no momento que realmente precisa.

Como o apoio social beneficia a nossa saúde?

Agora que entendemos que nossos sistemas de apoio social envolvem vários tipos de apoio e integração em diferentes grupos sociais, é hora de examinar mais de perto como essas relações sociais influenciam tanto a saúde física quanto a mental.

Já adianto que os benefícios são muitos, mas vou destacar apenas três que acho mais importantes:

  1. Grupos sociais podem incentivar escolhas e comportamentos saudáveis. A participação em grupos sociais têm uma influência normativa nos comportamentos, muitas vezes influenciando as pessoas em uma dieta saudável, na prática de exercícios físicos, fumar, beber ou usar drogas. Claramente, os grupos sociais podem às vezes ter uma influência negativa a esse respeito quando a pressão e a influência dos colegas levam a escolhas de saúde ruins ou mesmo perigosas. No entanto, a pressão e o apoio do grupo também podem levar as pessoas a terem comportamentos saudáveis.
    Se você já tentou abandonar um mau hábito, como fumar, provavelmente percebeu como é importante o apoio das pessoas à sua volta. Se no seu círculo social, as pessoas não te ajudam a alcançar seu objetivo, isso pode dificultar muito as coisas. Se, no entanto, se você recebe apoio e encorajamento, poderá descobrir que alcançar sua meta de abandonar o hábito e melhorar sua saúde é muito mais fácil.
  2. O apoio social ajuda as pessoas a lidar melhor com o estresse. Tenho dito frequentemente que o estresse tem sérias consequências para a saúde, desde imunidade baixa à riscos de doenças cardíacas. Estar cercado por pessoas que são carinhosas e solidárias ajuda as pessoas a se verem mais capazes de lidar com o estresse que a vida traz. Ter um forte apoio social em tempos de crise pode ajudar a reduzir as consequências de distúrbios induzidos por trauma, incluindo o Transtorno de Estresse Pós-Traumático, o TEPT.
  3. O apoio social pode melhorar a motivação. As relações sociais também podem ajudar as pessoas a se manterem motivadas quando tentam alcançar seus objetivos. Pessoas que estão tentando perder peso ou parar de fumar, geralmente descobrem esta ajuda ao se identificarem com outras que estão empenhadas em atingir as mesmas metas. Conversar com pessoas que estão passando pela mesma experiência muitas vezes pode ser uma fonte de apoio, empatia e motivação.

Claramente, nossas relações sociais desempenham um papel fundamental em nossa saúde e bem-estar gerais, mas o que você pode fazer para melhorar sua própria rede social? Não deixe de pôr em prática essas ótimas dicas sobre como conhecer pessoas novas e fazer novas amizades, sobre os principais benefícios das amizades, bem como diferentes maneiras de lidar com a solidão .

E, se precisar, estarei aqui para ajudar você a superar qualquer problema emocional. A relação terapêutica também é uma relação de ajuda, de compreensão e apoio.

Empatia - Colocando-se no lugar do outro

A empatia é, em termos simples, a habilidade de colocar-se no lugar do outro. Por exemplo, se você escuta uma história sobre uma criança que perdeu os pais em uma comunidade que foi devastada pelo desmoronamento de uma barragem e se comove, é possível ter dois tipos de reação: sentir dó, que representa a simpatia; ou se colocar no lugar daquela criança, imaginar o que ela passou e tentar entender o que ela sentia, enxergar o panorama a partir dos olhos dela. É ser sensível a ponto de compreender emoções e sentimentos de outras pessoas.

Ser empático não se restringe às pessoas que conhecemos, mas principalmente com os desconhecidos ou mesmo com pessoas com características opostas às nossas. Este é um grande esforço que demanda sensibilidade, inteligência emocional e vontade de experimentar uma nova perspectiva. Esta é uma habilidade que pode ser aprendida, mas que precisa ser cultivada diariamente.

“A capacidade de se colocar no lugar do outro é uma das funções mais importantes da inteligência. Demonstra o grau de maturidade do Ser Humano.” (Augusto Cury)

No entanto, apesar de toda a ênfase e valor que nossa cultura atribui à empatia – especialmente como um antídoto contra o bullying e outros comportamentos antissociais – há uma grande confusão sobre o que é, e o que não é. Aqui está o que a ciência sabe sobre a empatia:

1. Empatia e simpatia não são sinônimos.

Algumas pessoas costumam substituir uma pela outra, mas na verdade, são processos diferentes. Quando você sente simpatia por alguém, você se identifica com a situação que a pessoa vivencia. Isso pode ser um sentimento puro e verdadeiro; você pode sentir simpatia por pessoas que você nunca conheceu ou por um problema que você pessoalmente nunca experimentou, assim como por pessoas que conhece e cenários que são familiares à você.

Mas sentir simpatia não conecta você necessariamente com a pessoa ou com o que ela está sentindo. Você pode ser solidário com a situação de alguém, e ao mesmo tempo ignorar completamente seus sentimentos e pensamentos.

O processo emocional chamado empatia é outra coisa; envolve realmente ouvir e compreender o ponto de vista e/ou a situação do outro, podendo, ou não, se identificar e sentir os mesmos sentimentos. A simpatia é o sentimento por alguém; empatia envolve o sentimento com alguém.

2. A empatia é um comportamento aprendido.

A pesquisadora e best-seller Brené Brown ficou famosa ao escrever sobre vulnerabilidade, vergonha, estranhamento e outras emoções que sentimos ao crescer.

Para ela, as crianças têm oportunidades de aprender empatia com seus pais, professores e colegas. Ler boa literatura pode ser uma maneira poderosa de desenvolver empatia, assim como estudar uma história ou estar presente com um amigo no parquinho que está passando por momentos difíceis.

No Brasil, um estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul analisou 100 crianças carentes, com idades entre 6 e 9 anos, a fim de entender qual o impacto da empatia na vida delas. O resultado trouxe uma revelação importante: crianças mais empáticas tendem a ser mais competentes socialmente do que as outras.

3. Você não é responsável pelas emoções dos outros.

Um obstáculo para expressar empatia autêntica é a tendência de acreditar que somos responsáveis por fazer com que outras pessoas se sintam melhor, especialmente aquelas que amamos. Imagine se as emoções de todos a nossa volta fossem nossa responsabilidade, ficaríamos sobrecarregados!

A empatia não nos pede para assumir a responsabilidade pelos sentimentos de outra pessoa. Trata-se da capacidade de estar verdadeiramente presente e de manter um espaço seguro para os outros sentirem suas próprias emoções completamente. Assim, elas são capazes de entender sua experiência.

Desenvolver a empatia nos permite um maior bem-estar emocional e mais qualidade nos relacionamentos. Além disso, ela pode ajudar a manter a nossa saúde mental, já que promove o autoconhecimento.

É preciso dominar esta sabedoria que, em muitas situações, não nos ensinaram nem na profissão, nem nos livros. A boa notícia é que psicoterapia pode ser muito útil neste processo. Quando precisar, estarei aqui sempre disponível para te ajudar!

A diferença entre estar sozinho e se sentir sozinho

Recentemente assisti o filme Bohemian Rhapsody e um ponto me chamou a atenção: a solidão. Vários momentos da vida do cantor me fizeram refletir sobre ser solitário e estar sozinho, mesmo rodeado de tanta gente.

Com o filme e matérias que surgiram na época ficou fácil lembrar do Freddie Mercury e como ele era em seus últimos anos: visionário e contido, raramente visto em público, reclinado ao luxo com seus gatos e suas jóias. Mesmo antes do peso da doença, ele dava a impressão de um homem que estava satisfeito. Nas raras entrevistas que ele deu, não havia introspecção no estilo Radiohead, mas sim parecia estar afetado por uma tristeza.

Em uma entrevista ao jornalista e escritor David Wigg em 1984, ele disse:

“Podemos ser amados por milhares de pessoas e ainda assim sermos a pessoa mais solitária. E a frustração disso me faz sentir ainda pior, porque é difícil entenderem que podemos estar sozinhos…  A maior parte das pessoas pergunta como pode o Freddie Mercury estar sozinho? Ele tem dinheiro, tem carros e motoristas, ele tem tudo. Pode parecer que temos tudo e no entanto não termos nada. Me sinto a pessoa mais solitária do mundo.”

Para alguns teóricos, especialmente da linha existencialista o ser só é uma condição original de todo ser humano, mas o sentir-se só é uma condição temporal. Assim quando uma pessoa entende que estar sozinha não é uma opção, mas uma imposição da vida, ela entra em um estado emocional de sofrimento, porque quando ela olha para dentro de si ela não se encontra, pelo contrário ela se depara com um vazio existencial.

E quando isso acontece, mesmo que essa pessoa esteja rodeada de pessoas ela, ainda assim, se sentirá sozinha, pois esse “preenchimento” que se vê ausente não se encontra nos outros encontra-se em si mesmo.

A diferença entre sentir-se sozinho e estar sozinho está na maturidade de reconhecer-se como um ser de relação, não em uma relação de dependência, mas de liberdade, isto é, entender que o outro não é o único responsável pela sua felicidade. É a disponibilidade de vivenciar cada momento de uma forma singular. É sentir-se em paz consigo mesmo não com a paz que o outro te “oferece”.

E como se alcança essa maturidade?

Simplesmente se conhecendo, permitindo e “experienciando” a vida. Não existe segredo, o que deve existir é disposição para se conhecer e descobrir tudo aquilo que você pode vir a ser!

Portanto, é necessário saber enfrentar, gerir e aceitar a solidão. Eu separei aqui algumas orientações que podem te ajudar a enfrentar a solidão não desejada de maneira inteligente, de uma forma que favoreça o seu crescimento pessoal:

Entre num grupo – Pode ser um grupo ligado às artes ou ao esporte, ou um grupo comunitário. Entrar num grupo imediatamente leva a uma integração num conjunto de pessoas que dividem interesses comuns. É uma iniciativa que poderá lhe trazer o sentimento de pertencimento. A integração num grupo e o convívio com outras pessoas estimula a criatividade, poderá ser algo que faça você desejar o dia seguinte, ajudando a combater a solidão.

Faça voluntariado – Tornar-se voluntário numa causa em que acredita poderá trazer vários benefícios. Conhecer outras pessoas, fazer parte de um grupo, criar novas experiências. Praticar e sentir o altruísmo poderá trazer outro sentido à sua vida, o que contribuirá para aumentar a sua felicidade e o seu bem-estar, diminuindo a solidão. Trabalhar com os outros mais desfavorecidos pode fazer você olhar para a sua vida e para as possibilidades que tem com outros olhos.

Invista nas suas relações sociais – Certamente tem pessoas na sua vida que talvez não conheça bem, que ainda sejam apenas conhecidos, mas que sempre teve curiosidade de conhecer melhor. Você também poderá investir nas suas relações familiares e torná-las mais profundas e íntimas. Ligue mais aos seus amigos! Invista nas suas relações! Convide os seus amigos para sair! Organize jantares de amigos que tragam mais dois amigos, dinamizando os encontros sociais e tornando-os fontes de novidade constante.

Adote um animal de estimação – Os cães e os gatos, em especial podem trazer vários benefícios e um deles é a prevenção da solidão. Cuidar de um animal reúne princípios de altruísmo e de companheirismo. Passear um cão leva a comportamentos espontâneos de pessoas que passeiam e que afagam o animal e podem iniciar uma conversa com você, sejam eles pessoas com ou sem animal de estimação. Os animais permitem dar amor incondicional, que poderá ser um extraordinário trunfo para vencer a solidão.

Faça psicoterapia – Com inúmeras vantagens, a  psicoterapia permite criar uma relação de confiança e de exposição da sua intimidade com alguém que o ouve com atenção plena e com verdadeira empatia. Estes elementos são muito reconfortantes para uma pessoa que sofre de solidão. Além de promover este conforto, a psicoterapia fornece a você uma série de estratégias para sair da solidão e reencontrar o seu bem-estar. E, caso precise de ajuda profissional, estou à disposição para acompanhá-lo nessa trajetória.

Como vê, existem muitas formas de combater a solidão.
Espero que este artigo possa ter lhe ajudado!

9 dicas para aumentar sua inteligência emocional e ter relacionamentos mais fortes

Você já se sentiu tão sobrecarregado pelas suas emoções, depois de dizer ou fazer algo que em seguida se arrependeu? (Alguém poderia honestamente negar essa pergunta?)

A verdade é que a maioria de nós provavelmente poderia se beneficiar aprendendo a lidar com nossas emoções de forma mais construtiva. Com boas razões, a inteligência emocional é um conceito que se tornou cada vez mais popular na psicologia contemporânea. Além de estar ligado a uma maior satisfação nos relacionamentos, a inteligência emocional está associada a um melhor desempenho no trabalho e a uma maior capacidade de gerenciar o estresse.

Então, se você quiser desenvolver conexões mais profundas com amigos, colegas ou pessoas importantes, cultivar sua inteligência emocional deve ser uma das suas principais prioridades.

Mas o que exatamente é inteligência emocional e como você desenvolve isso?

Em poucas palavras, inteligência emocional é a capacidade de reconhecer e regular suas próprias emoções, ao mesmo tempo que tem empatia pelos outros e mantém uma consciência de suas reações. Por sua vez, a inteligência emocional permite que você gerencie seus relacionamentos com mais eficiência, mesmo quando surge um conflito.

A boa notícia é que a inteligência emocional pode ser desenvolvida com a prática. Preparei nove dicas que vão ajudar você a aumentar sua inteligência emocional e fortalecer seus relacionamentos no processo!

1. Conheça a si mesmo

A base da inteligência emocional é a autoconsciência, pois ter uma compreensão profunda de si mesmo lhe dá percepções mais precisas de como você se depara com os outros. Para aumentar sua autoconsciência, faça um esforço para refletir sobre seus pontos fortes, oportunidades de desenvolvimento, fatores desencadeantes, valores e afins, para que você esteja intimamente familiarizado com o que te motiva. Faça isso regularmente!

2. Esteja aberto a comentários e críticas

Pessoas emocionalmente inteligentes são receptivas a ouvir e considerar o feedback de outras pessoas. Você pode concordar ou não com o ponto de vista delas, mas pesar o feedback pode ajudar a se proteger contra pontos cegos e a reconhecer se seus comportamentos estão tendo os efeitos que você esperava.

E se não saírem como o esperado, você pode ajustar suas ações ou pedir desculpas (ou, conscientemente, optar por não fazer isso). Mas de qualquer forma, você está se protegendo contra a negação e está aumentando sua inteligência emocional.

3. Identifique seus sentimentos em vários momentos durante o dia

Faça isso particularmente quando sentir fortes emoções. Se um colega de trabalho fizer um comentário que o provocou profundamente, faça uma anotação mental do que exatamente você está sentindo. Isso não apenas vai ajudar você a desenvolver seu vocabulário emocional, mas também a recuar um passo nas suas reações e a envolver as partes de seu cérebro associadas à solução de problemas. Dessa forma, você pode entender melhor suas emoções e usá-las a seu favor quando fizer escolhas sobre como interagir socialmente.

4. Tente praticar a “Atenção Plena” em todas as áreas da sua vida

Jon Kabat-Zinn , um pioneiro no campo de mindfulness, define o termo de maneira muito simples: a atenção plena é “prestar atenção intencionalmente… e sem julgamento, em casa passo do desdobramento da experiência”.
Ao aprender a observar seus pensamentos e sentimentos sem julgamento, você aumenta sua consciência deles e com mais clareza, evitando que fiquem confusos pela sua bagagem de suposições. Em outras palavras, a atenção diminui as chances de você ser inconscientemente influenciado por emoções negativas.

5. Respire fundo

Nós experimentamos fisicamente as emoções. Então, quando estamos estressados emocionalmente, nosso corpo reage em um nível evolutivo como se estivéssemos respondendo a uma ameaça na natureza. Isto é químico: nossos vasos sanguíneos se contraem, nossa respiração se torna mais superficial e nosso ritmo cardíaco acelera.

Mas se podemos acalmar a reação do nosso corpo diante desse estresse, o componente emocional é suavizado. Portanto, elimine o estresse do seu corpo pela raiz e consequentemente o estresse emocional diminuirá. Quando você se sentir tenso, respire lenta e profundamente, concentre-se em deixar o ar entrar e sair do seu diafragma. Depois de alguns minutos, você provavelmente se sentirá como se houvesse mais espaço em sua mente e coração, um estado inegavelmente melhor de se ter interações construtivas com outras pessoas.

6. Questione suas histórias, mesmo que você acredite nelas

Reconheça que existem várias maneiras de olhar para qualquer situação. Então, em vez de ceder a uma reação negativa automática quando você se incomoda com as ações de outra pessoa, vá com calma e considere se existem outras maneiras de explicar a situação. É claro que a raiva é uma emoção restritiva, por isso muitas vezes nos sentimos teimosamente ligados às nossas histórias particulares em torno de uma determinada situação. Mas se você puder, pelo menos, tente este exercício. Mesmo se você não mudar sua opinião sobre o que aconteceu, o tempo que você gastou pensando nisso pode acalmá-lo o suficiente para optar por uma resposta mais construtiva.

7. Pratique emoções positivas (e observe com o resultado será melhor)

As pessoas que experimentam emoções positivas desfrutam de relacionamentos melhores, e são mais resistentes em resposta a eventos negativos. Portanto, faça intencionalmente coisas que te trazem alegria. Embora existam inúmeras atividades que fazem isso por você, busque comportamentos que tentem incluir a gratidão, boas ações, que exercitem e relembrem experiências positivas.

8. Pratique a empatia

Pessoas emocionalmente inteligentes são muito boas em se colocar no lugar dos outros. Portanto, considere situações da perspectiva de outras pessoas para entender melhor quem está ao seu redor. Essa percepção aprimorada vai lhe permitir uma conexão com elas de maneira mais eficaz, e pode até ensinar algo sobre você no processo.

9. Enfrente o estresse e a ansiedade

Você está mais propenso a “enfrentar de cabeça erguida” quando ocorrem desentendimentos? Ou, prefere “enfiar a cabeça na areia”? Lide com conflitos de maneira mais eficaz, abordando as questões de frente de forma assertiva, porém respeitosa – sem estar na defensiva.
Ouvindo empaticamente a outra pessoa, você também cria espaço para levar seus próprios pensamentos e sentimentos em consideração. Ouvir pode ser um gesto assertivo, pois fazendo intencionalmente ajuda a drenar situações tensas de qualquer toxicidade desnecessária.

Embora essas estratégias sejam apenas a ponta do iceberg para aumentar sua inteligência emocional, colocá-las em prática fará com que você esteja no caminho certo para lidar com suas emoções e relacionamentos como um profissional!

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Sentimentos e Emoções

Por incrível que pareça, não, sentimentos e emoções não são a mesma coisa. Geralmente, as pessoas acreditam que sejam uma espécie de sinônimo. No dicionário, as duas palavras até encontram significados muito próximos. Mas, na realidade, são as emoções que dão origem aos sentimentos. Enquanto as primeiras se referem a uma reação instintiva, uma resposta neural para os estímulos externos, tal como o choro ou o riso, os sentimentos, em geral, refletem como a gente se sente frente a uma emoção. São duradouros e muitas vezes fáceis de esconder. Se um está ligado ao corpo, ao exterior, o outro faz parte do universo da mente, do interior.

Segundo o neurocientista português António Damásio, professor de neurociência na Universidade da Califórnia e autor de vários livros sobre o assunto, define como:

“Os sentimentos são experiências mentais dos estados do corpo, que surgem quando o cérebro interpreta emoções, estados físicos que surgem das respostas do corpo aos estímulos externos. (A ordem de tais eventos é: eu sou ameaçado, sinto medo e sinto horror.)”

A emoção é um programa de ações, um conjunto das respostas motoras que o cérebro faz aparecer no corpo como resposta a algum evento. “É uma espécie de concerto de ações. Não tem nada a ver com o que se passa na mente”, explicou Damásio, em entrevista à Revista Galileu. De acordo com os estudos dele, existe uma cadeia complexa de acontecimentos no organismo que começa na emoção e termina no sentimento. Uma parte do processo se torna pública (emoção) e outra sempre se mantém privada (sentimento).

A Dra. Sarah Mckay, neurocientista e autor do blog Your Brain Health, explica isso da seguinte forma:

“As emoções ocorrem no teatro do corpo. Os sentimentos ocorrem no teatro da mente.”

A relação muitas vezes envolve centésimos de segundos. É fácil perceber a emoção quando o coração acelera, os músculos se contraem ou o ar parece faltar dos pulmões, por exemplo. “Você pode me ver tendo uma emoção, não vê tudo, mas vê uma parte. Pode ver o que se passa na minha cara, a pele pode mudar, os movimentos que eu faço. Mas o sentimento você não pode ver”, explica ela.

Os sentimentos são aquelas sensações que vão lá no fundo e que, se você não quiser, ninguém jamais vai saber. Quem passa por uma profunda tristeza, por exemplo, pode perfeitamente comportar-se como se estivesse alegre, pode até tentar enganar a si mesmo. Não é das questões mais fáceis e requer uma dose absurda de energia, mas é possível. A dor e o prazer são ingredientes essenciais dos sentimentos. E para controlar diferentes sentimentos, há sistemas cerebrais diferentes.

Quando um bebê sorri, grita ou chora, ele está expressando uma comunicação, uma emoção, em busca de uma resposta adequada à necessidade daquele momento. Medo, raiva, tristeza ou alegria, por exemplo. Falar dos sentimentos é sempre um dos caminhos para se autoconhecer. Eles fazem parte de processos duradouros, menos tempestivos.

Distinguindo conscientemente estes dois fenômenos e compreendendo as raízes e fatores que os influenciam, podemos criar um controle maior sobre nossa própria vida. Obviamente, esse processo é muito difícil e somente com muito tempo, reflexões, questionamentos e tentativas, muitas vezes frustradas, conseguimos mudar nossas avaliações, pensamentos e reações.

No espaço entre emoção, sentimento e ação, todos nós temos o poder de mudar e direcionar nossas vidas para melhor. Ao compreender as emoções e gerenciar os sentimentos com o pensamento consciente, temos uma ferramenta poderosa para viver de forma mais livre.

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