Desejo a você um ano novo onde você tenha sabedoria, discernimento e força de vontade para enfrentar o que for preciso.

Estão preparados para mudanças e renovações? Após vivenciar as festividades natalinas, como falei no texto O Natal e nossas emoções, a última semana do ano é invadida por retrospectivas, sejam elas iniciadas pelos canais de televisão ou pela internet, que nos inundam de diversos sentimentos intensos e difíceis de serem nomeados.

Quanto mais nos aproximamos do dia 31, mais reflexões dominam o nosso mundo consciente e inconsciente. É comum relembrar e quantificar os pontos positivos e negativos do ano que está acabando. É tempo de muitos conflitos internos, de maior apropriação das conquistas e das frustrações dos desejos que não foram realizados.

Tudo o que vivenciamos é resultado de uma intencionalidade, se nada aconteceu da forma que esperávamos em 2022, não foi por simples acaso, e sim porque precisávamos enfrentar o não programado.

Livrar-se de um “ano velho” é paralelamente conviver com o luto e com o nascimento do novo, situações que nem sempre estamos psiquicamente fortalecidos para enfrentar. Tal fato nos faz pensar que é preciso respeitar a pontinha de tristeza que vivenciamos nas vésperas da finalização deste ciclo, sendo assim, simbolicamente vivenciamos a morte de uma parte da nossa história de vida que não voltará.

Precisamos aprender a conviver com as nossas tristezas, para então, dar espaço as surpresas boas que a vida pode nos oferecer. Finalizar um ciclo é doloroso, mas quando temos consciência de que é necessário para dar lugar ao novo, os últimos dias do ano se tornam menos tempestuosos psiquicamente.

Que a renovação do ano nos impulsione para a renovação da própria vida, ressignificando, perdoando e respeitando o que somos no aqui agora. Que a maior expectativa para 2023 não seja o ano novo, mas um posicionamento novo sobre o melhor que possamos ser para com o outro e principalmente para conosco!

Obrigada leitores do blog e seguidores das minhas redes sociais e a todos os pacientes que depositaram e depositam total confiança em meu trabalho. Vocês dão real sentido a minha vida profissional e me fortalecem para um novo ciclo em 2023!

Sou Joana Santiago – Psicóloga

O Natal é uma época para nos entendermos e buscarmos uma forma de nos cuidarmos da melhor maneira possível.

Conforme o mês de dezembro vai se aproximando podemos ver como as ruas vão sendo decoradas e como vai se formando um ambiente festivo. Recebemos mensagens de amigos e pessoas queridas, começamos a planejar os detalhes dos encontros que teremos com eles e buscamos formas de expressar o nosso carinho. É uma época de reencontros e, mais do que dar e receber, é um momento para compartilhar.

Apesar de muitos considerarem que esta é uma época feliz, familiar e divertida, há pessoas que a vivem de uma forma diferente, com nostalgia, tristeza, frustração, estresse e até dor.

Muito além de como as percebemos, pode ser porque as datas sejam o momento do ano em que mais experimentamos diferentes emoções, e estas estão diretamente relacionadas com as experiências que vivemos.

De acordo com a psicologia é importante que nesses momentos do ano, possamos nos dedicar a identificar o que sentimos e refletir sobre o que está nos fazendo sentir dessa forma. Sentimos alegria? Ou nos sentimos tristes, melancólicos e irritados?

É importante e necessário compreendermos as nossas emoções, permitir-nos senti-las e fazer o que estiver em nossas mãos para gerenciá-las e vivê-las de uma maneira saudável e de acordo com o que acontece ao nosso redor.

Não devemos nos pressionar com a ideia de que todo mundo deve estar feliz durante o Natal, e que se não estivermos, precisamos nos esforçar para nos sentirmos assim. Na realidade, devemos aceitar o nosso humor, ao mesmo tempo em que procuramos nos adaptar à situação da melhor maneira possível.

É importante cuidarmos e utilizarmos os nossos pensamentos de uma maneira positiva, sem nos deixarmos levar pelas ideias que nos fazem mal. Para fazer isso, devemos tentar relativizar o Natal, transformá-lo em algo mais neutro, que torne as coisas mais fáceis na hora de vivê-lo. 

Podemos apreciar a companhia da família e dos amigos assim como fazemos em qualquer outra data. Sem pressão, sem a obrigação de ser feliz, e sem fazer mal a nós mesmos com pensamentos negativos.

Desejo um Natal repleto de emoções positivas para todos nós!

Sou Joana Santiago – Psicóloga

Palavra de origem inglesa que designa atos de agressão e intimidação repetitivos contra um indivíduo que não é aceito por um grupo, geralmente na escola.

Muito mais do que brincadeiras, piadinhas e apelidos considerados normais nas relações entre crianças e adolescentes na fase escolar, o bullying consiste em uma forma de violência física e psicológica que acontece intencional e repetitivamente, e que pode desencadear graves transtornos na vítima.

O termo tem sua origem na palavra inglesa “bully”, que significa “valentão” ou “brigão”. No Brasil, é utilizado para designar ações violentas contínuas e conscientes contra uma pessoa tida como mais fraca e indefesa.

De acordo com a Lei Antibullying (Lei 13.185/15), essa intimidação sistemática pode se dar por meio de agressões físicas, expressões depreciativas, ameaças, perseguição, chantagem, isolamento social etc. Em geral, tais práticas aparecem quando existem diferenças tratadas de maneira discriminatória, bem como disputa de poder entre os estudantes.

Como acontece o bullying

O bullying acontece de diversas maneiras: pode ser expresso por apelidos vexatórios e sistematicamente utilizados, pela perseguição à vítima, pela humilhação diante de um público, pela exposição por suas características físicas ou psicológicas, chegando, em muitos casos, a agressões físicas que podem provocar lesões corporais.

Uma matéria publicada na revista Super Interessante, fala que, até a década de 1970, a sociedade não via o bullying como um problema, mas como uma fase normal do desenvolvimento infantil. Infelizmente, algumas pessoas ainda mantêm a mentalidade retrógrada de encarar o bullying como uma brincadeira ou um comportamento social normal, em que uns são dominados por serem mais fracos e outros são dominantes por serem mais fortes. Esse comportamento negligente de algumas famílias e, às vezes, até de profissionais da educação pode provocar na vítima a sensação de impotência e a crença de que o erro está nela, que não consegue defender-se sozinha.

As crianças e adolescentes que praticam o bullying procuram alvos fáceis, normalmente crianças menores e sem comportamento agressivo. Não podemos simplesmente julgar e condenar esse tipo de comportamento quando se trata de menores de idade, pois geralmente ele se revela em pessoas que passam por problemas emocionais e psicológicos que, muitas vezes, originam-se no ambiente familiar.

Quais são os principais tipos de bullying?

Como dito, o problema pode se manifestar de inúmeras formas. Vale ressaltar que, na maioria das vezes, há uma associação ou uma simultaneidade entre os atos que caracterizam os diferentes tipos de bullying. Abaixo, listei os principais para você conhecer.

Físico

Esse tipo de abuso é revelado por meio de ataques físicos, como chutes, tapas, socos, empurrões, bloqueios de passagem e outras atitudes cujo toque confunde-se com força bruta. Importante dizer que, muitas vezes, tais atitudes são encaradas como “brincadeiras entre colegas”, o que não é verdade, uma vez que violência nada tem a ver com descontração.

Social

A prática de bullying social consiste em excluir, ignorar ou isolar de maneira sistemática determinado estudante. O isolamento social faz com que a vítima se torne gradualmente mais retraída e não queira mais frequentar a escola, visto que acredita que não tem valor e não é desejada em nenhum ambiente. Não podemos confundir este comportamento com a cultura do cancelamento, que será o próximo tema abordado.

Psicológico

O bullying psicológico é caracterizado por manipulações, perseguições, chantagens, ameaças e discriminações que as vítimas sofrem em virtude de sua cor de pele, aparência, religião, gênero, orientação sexual, situação socioeconômica ou outras razões. Ele é tão sério que pode desencadear quadros graves de fobia social, ansiedade e depressão em quem sofre essas agressões.

Verbal

O verbal aparece nos xingamentos, nas piadas ou nos rótulos. Em casos assim, determinado estudante, por ser considerado “fora do padrão” e não “pertencente” ao grupo, é perseguido pelos seus colegas por meio de apelidos vexatórios. As consequências são igualmente danosas: as vítimas podem se tornar adultos extremamente inseguros, dependentes, com dificuldades de estabelecer relações e com a saúde mental comprometida.

Material

Esconder, rasgar, danificar, sujar ou destruir objetos da vítima são formas de intimidação classificadas como bullying material. O agressor acredita que, dessa maneira, ele se mostra superior, corajoso e perigoso não só para o colega agredido, como para todos os demais.

Cyberbullying

Escondidos atrás de uma tela e protegidos pelo anonimato, os agressores atacam outros estudantes com fofocas, “memes”, imagens ou vídeos humilhantes exibidos em sites e redes sociais. Esse tipo de bullying configura uma invasão de privacidade e causa sofrimento, temor e constrangimento. O cyberbullying surge paralelamente ao desenvolvimento da internet, ou seja, é mais recente. Lamentavelmente, os casos vêm crescendo de modo exponencial.

Consequências do bullying

O bullying pode trazer diversas consequências em suas vítimas. Normalmente, as agressões e a exclusão do grupo levam o indivíduo que sofre a um quadro de isolamento social. Devido aos maus tratos e ao sentimento de não pertencimento ao grupo, a vítima vê-se como alguém estranho, diferente e que não pertence àquele local. Ao não conseguir escapar das situações e não encontrar apoio entre os amigos (muitas vezes as vítimas não conseguem desenvolver laços afetivos no seu ambiente social por conta das agressões) e os familiares (normalmente elas não comentam o que se passa com a família por medo), o quadro de isolamento começa a causar danos psicológicos que podem levar à depressão, ao transtorno de ansiedade, à síndrome do pânico e a outros distúrbios psiquiátricos, além de gerar traumas que acompanharão a vítima por toda a sua vida se não tratados adequadamente.

Algumas vítimas do bullying que desenvolvem distúrbios psiquiátricos ou que se encontram momentaneamente abaladas psicologicamente podem procurar válvulas de escape, como as drogas e o álcool, na fase em que as agressões estão ocorrendo ou na fase adulta para lidar com os traumas deixados. Também pode acontecer de o indivíduo desenvolver um comportamento violento e repetir as agressões que sofreu com outras pessoas. Nos casos extremos, a vítima encontra no suicídio a única saída para lidar com o seu sofrimento.

Como identificar o alvo do bullying

As vítimas mais comuns do bullying são pessoas que não se enquadram no padrão aceito como normal para a sociedade, que é repetido e intensificado dentro do universo adolescente. 

É necessário que as famílias e os profissionais da educação estejam atentos ao comportamento das crianças e dos adolescentes para que identifiquem as possíveis vítimas de bullying. Se a criança ou adolescente começar a apresentar um quadro de isolamento, introspecção e agressividade, os familiares devem investigar para saber a causa. Se os profissionais da educação perceberem as agressões, devem agir de maneira a encerrar a prática do bullying sem expor a vítima e oferecer a ela apoio emocional.

Como solucionar esse problema social

Os melhores meios de combate ao bullying são a conscientização e o diálogo. Conversas dos pais com seus filhos, campanhas de conscientização nas escolas e diálogo dos profissionais da educação com os estudantes são as melhores formas para acabar com essa prática.

Quando identificado o bullying é necessário que se converse com as vítimas para oferecê-las apoio emocional e também com os agressores, a fim de descobrir o motivo das agressões e conscientizá-los dos danos que eles podem causar ao outro.

A família dos agressores também deve agir para que o quadro de agressão não se repita e, em hipótese alguma, deve-se utilizar da violência para coibir a prática do bullying, pois o efeito pode ser oposto ao desejado. Os pais devem estar atentos aos jovens e sempre manter o diálogo e a comunicação com eles para evitar que ocorra qualquer tipo de situação de agressão sistemática.

Tanto o agressor quanto a vítima precisam de apoio e acompanhamento de um psicólogo – o primeiro, para que seja possível compreender a origem de seus comportamentos e para que ele possa reconhecer a gravidade de seus atos; o segundo, para que resgate e fortaleça sua autoestima.

É fundamental destacar a educação socioemocional como uma importante aliada no combate ao bullying e na diminuição dos conflitos no ambiente escolar. Se você quiser ter acesso a mais informações sobre esse tema, deixe seu comentário aqui no blog ou entre em contato comigo.

Sou Joana Santiago – Psicóloga

A reflexão sobre a vivência da sexualidade na adolescência estabelece uma relação entre explorar a sexualidade com saúde,
com o próprio corpo e sua autoestima.

A sexualidade está relacionada à vida, sensações, sentimentos e emoções relacionados ao prazer. Como envolve diversas dimensões humanas, é um tema muitas vezes difícil de ser tratado e, por isso, permeado de dúvidas, preconceitos, estereótipos e tabus.

Agora misture tudo isso na adolescência, fase de muitas transformações no corpo e na mente, uma etapa de muitas descobertas, muitos hormônios, muitas dúvidas e inseguranças para os adolescentes e pré-adolescentes que não sabem como lidar com este novo corpo, com os novos desejos, e com os outros que os cercam, que também estão mudando.     

Para somar às dificuldades, hoje temos grande acesso à internet, o que por um lado os coloca em contato com a informação e com os relacionamentos, mas por outro pode gerar mais confusões devido ao excesso de informações que eles não sabem administrar, podendo confundi-los ou até gerar conceitos errados (sabemos que nem tudo que está na internet é confiável).

O perigo do excesso de informação na internet sem uma boa comunicação e orientação da escola e dos pais, pode impactar na formação sexual que ainda está sendo construída. Tendo em vista que ainda existe preconceito com opções sexuais diferentes da heterossexual, muitas vezes os pais podem não saber como lidar com a situação em que o adolescente se identifica com outras opções e se assustar ou se preocupar. Por isso, é importante que os pais estejam próximos para orientar seus filhos e aprendam como orientá-los.

Outro problema é o excesso de exposição devido ao fácil acesso às redes sociais em que muitas vezes fotos, vídeos, textos etc, são postados por eles gerando grande pressão e até constrangimento para eles mesmos ou para os colegas. 

Como lidar com tudo isso?

Os pais precisam primeiramente se aproximar dos filhos, gerar uma relação em que eles se sintam à vontade para falar sobre o tema da sexualidade, procurar ouvir e entender o que os filhos estão vivendo, acolher as dificuldades e medos, e dar as orientações básicas sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e gravidez. Além disso, os pais têm o direito e o dever de controlar seus filhos quando estes estão se colocando em situações de risco físico ou emocional, ou colocando outros em risco. E, finalmente, os pais têm também que aprender a respeitar os limites dos filhos, quando necessário, já que os filhos precisam cada vez mais de privacidade conforme forem crescendo.

Vale ressaltar que a sexualidade é inerente ao ser humano e influenciada por fatores externos como relações sociais e elementos culturais. 

Educação sexual e o sexo seguro

Sabemos que a educação sexual deve começar em casa e que quanto mais cedo se inicia o processo de troca de informações, melhor para os adolescentes.

Famílias abertas ao diálogo, dispostas a ouvir sobre as dúvidas e medos, são facilitadoras do processo da educação sexual de seus jovens. É só através da educação sexual que a prática do sexo seguro pode se tornar uma ação natural para os jovens. 

É fundamental lembrar que o Brasil tem os piores índices de educação sexual da América Latina.

Falar sobre sexo não incita uma iniciação precoce da vida sexual, pelo contrário. A educação sexual de qualidade, possibilita conhecimento e entendimento sobre o assunto, garantindo a prática do sexo seguro e consciente, evitando ainda casos de violência sexual. 

Pais que conversam, dão liberdade, mesmo que impondo limites, estabelecem uma relação de cumplicidade e confiança com seus filhos e isso se reflete tanto na saúde mental dos adolescentes como na saúde geral. Evitando assim problemas com DSTs e gravidez precoce indesejada. 

Não julgue, só escute

E se um amigo(a) trouxer informações sobre suas vivências sexuais, evite dizer coisas como: “Sua mãe sabe que você está fazendo essas coisas?”, “Você não tem vergonha de dizer isso, não?”. Busque escutar e propor reflexões sobre o que foi trazido. Se você não souber a resposta para alguma pergunta, diga que não sabe e sugira que pesquisem coletivamente sobre o tema. 

Não precisa expor sua intimidade

Tenha muito cuidado com o que você expõe nas suas redes sociais ou até por whatsApp. Muitas vezes o que parece ficar só entre duas pessoas, alcança muito mais pessoas e nem todas estão bem intencionadas. Com certeza você já ouviu falar, e muito, sobre isso!

Acompanhar o que estão publicando diariamente na internet e conversar sobre os riscos da exposição exagerada (ou descuidada) é uma das grandes tarefas atuais de pais e mães.

É ingenuidade acreditar que existe segurança apenas porque o perfil no Facebook só pode ser visualizado por amigos e amigos dos amigos. A partir do momento em que uma informação ou foto cai na rede, perde-se totalmente o controle sobre ela. A internet é um mundo. Tudo o que você fala ou mostra se espalha rapidamente. Então, não caia em armadilhas como jogos ou comparativos com seus amigos e pense um pouco na sua privacidade.

Por isso, é preciso redobrar os cuidados. É preciso de muito diálogo para fazer os adolescentes entenderem que precisam ser responsáveis pelos próprios passos na vida, e que esse cuidado se estende também a tudo o que fazem (e mostram) no mundo virtual.

Sou Joana Santiago – psicóloga

A forma como você faz pequenas escolhas diárias pode fazer toda a diferença.

Você já se pegou em dúvida, pensando dali, pensando daqui, com dificuldade em fazer escolhas, perguntando a opinião de várias pessoas e só resolve mesmo no último minuto? E até culpa seu signo por isso? Se você se identificou, comece a ler o texto, ele é para você!

O medo de errar, de não conseguir arcar com as consequências da escolha e se sentir culpado por isso, podem nos paralisar, nos deixar ansiosos e com uma sensação de incapacidade, não é mesmo? No entanto, vale lembrar que a não decisão também é uma decisão e não isenta ninguém de sua responsabilidade, pelo contrário. Há males imensos que decorrem da falta de decisão.

Mas não é só de decisões importantes que a vida é feita. Muitas são rotineiras como a roupa que vamos vestir, a comida que faremos no jantar, ler um livro ou ver uma série na televisão, sair ou ficar em casa no fim de semana. Embora a maioria de nós tire de letra essas pequenas escolhas do dia a dia, há quem se sinta dividido entre elas. Existem alguns motivos para isso: insegurança, excesso de perfeccionismo e hábito de procrastinar.

Nem sempre existe certo e errado na hora de tomar uma decisão. Muitas vezes são apenas possibilidades que podem nos levar para diferentes caminhos. Ainda assim, errar é o maior temor de muitas pessoas e por esse motivo elas relutam em arriscar. Mas não deveriam porque essa é uma das melhores formas de vencer a indefinição. Arriscar pode ser um modo de enfrentar o medo da escolha. Não é fácil porque significa ganhar ou perder, acertar ou errar. Mas é importante aprender lidar com os erros. Nessas horas vale fazer psicoterapia, ouvir a opinião de especialistas e pedir conselhos para pessoas próximas, mesmo sabendo que a decisão final será sua. 

Nem todas as decisões requerem uma divagação aprofundada. Na verdade, a maioria das escolhas é simples e pontual, necessárias somente para nos ajudar a progredir de uma situação para outra.

Para ajudá-lo a determinar quão indeciso você é, confira mais alguns comportamentos de pessoas que não conseguem se decidir:

  • Pedir a opinião de pessoas queridas ou de conhecidos antes de tomar uma decisão;
  • Refletir longamente sobre os prós e contras de uma situação, mesmo que não apresentem grandes consequências;
  • Passar o dia remoendo a dúvida sobre ter tomado a decisão correta ou não;
  • Ficar ansioso a cada nova decisão ou enquanto espera as consequências das mesmas;
  • Não conseguir se decidir quando recebe muitas opções;
  • Ter medo de desagradar os outros com suas escolhas;
  • Sentir-se incomodado quando é obrigado a fazer uma escolha, permitindo que outra pessoa faça;
  • Falar “pra mim tanto faz” ou “pra mim pode ser” com muita frequência;
  • Imaginar o cenário que se desenrolaria se você tivesse tomado outra decisão; e
  • Sentir-se desanimado e frustrado consigo mesmo após demorar para se decidir.

Algumas técnicas para te ajudar a decidir com mais facilidade

Decida com um propósito

Quais são as metas de longo prazo que eu estou almejando? Muitas vezes tendemos a ignorar nossas metas de longo prazo, nossos valores e tomamos decisões que evitarão um desconforto em curto prazo.

Não existem decisões perfeitas

Às vezes nos sentimos paralisados pelo desejo de decidir certo. Queremos tomar decisões perfeitas que tenham resultados perfeitos, sem incertezas e que não representem uma possibilidade de arrependimento.

Rejeite a certeza como um objetivo

Às vezes não precisamos da certeza perfeita ou de resultados perfeitos, precisamos dar tempo ao tempo. Ter dúvidas, não ter perfeição, conviver com a incerteza – todos esses são ingredientes da vida.

Quanta informação é suficiente?

É importante que você saiba quantas informações suficientes são satisfatórias, pois por muitas vezes colhemos tantas informações que só ficamos mais indecisos e negativos.

Encare as decisões como experimentos

Às vezes encaramos nossas decisões como exame final em que poderíamos passar ou ser reprovados. Ao começar a encarar o processo de tomada de decisão como um experimento, estamos colhendo informações e aprendendo com os resultados.

Através da psicoterapia, é possível conquistar segurança para decidir por sua vontade própria e benefício individual. A escolha de uma faculdade, decisões sobre relacionamentos, mudanças de cidade ou início de projetos são temas que podem ser levados à psicoterapia e discutidos em conjunto com o psicólogo, por exemplo.

Ele te ajudará a perceber todas as questões que envolvem sua escolha, as consequências, seus desejos e também a compatibilidade da ideia com os seus planos de vida e personalidade. Vale a pena!

Sou Joana Santiago – Psicóloga

O TAG é um dos motivos mais comuns de consultas médicas e a sua principal característica é a preocupação excessiva.

Nunca se falou tanto em ansiedade. Com a pandemia e o ritmo cada vez mais frenético das nossas vidas, a saúde emocional vai ficando de lado e as dificuldades aumentam. Assim, os casos de transtorno de ansiedade generalizada têm se tornado mais frequentes.

Sentir ansiedade, seja diante de momentos nunca vividos anteriormente, em um compromisso importante ou em uma espera por um sonho tão desejado é bem comum, mas, quando essa preocupação toma um tamanho exagerado é sinal de que algo está fora do controle. Ansiedade persistente e irreprimível merece atenção especial, pois ela pode ser Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG).

Mas o que é ansiedade generalizada?

O TAG é caracterizado pela ansiedade excessiva e preocupação exagerada com os eventos da vida cotidiana sem motivos óbvios. Pessoas com sintomas de transtorno de ansiedade generalizada tendem sempre a esperar um desastre e estão sempre extremamente preocupadas com saúde, dinheiro, família, trabalho ou escola.

Em pessoas com ansiedade generalizada, a preocupação geralmente é irreal ou desproporcional para a situação. A vida diária torna-se um constante estado de preocupação, medo e pânico. Eventualmente, a ansiedade domina o pensamento da pessoa, interferindo no funcionamento diário, incluindo o trabalho, a escola, as atividades sociais e os relacionamentos.

Principais sintomas:

O transtorno de ansiedade generalizada ocorre quando uma pessoa encontra dificuldade para controlar o medo, durante vários dias, por um período superior a seis meses. Além disso é preciso apresentar três ou mais sintomas da lista abaixo:

  • Preocupações e medos excessivos
  • Visão irreal de problemas
  • Inquietação ou sensação de estar sempre “nervoso”
  • Irritabilidade
  • Tensão muscular
  • Dores de cabeça
  • Sudorese
  • Dificuldade em manter a concentração
  • Náuseas ou queimação no estômago
  • Necessidade de ir ao banheiro com freqüência
  • Fadiga e sensação de cansaço constante
  • Dificuldade para dormir ou manter-se acordado
  • Surgimento de tremores e espasmos
  • Ficar facilmente assustado

Quais são as causas da ansiedade generalizada?

Não existe uma causa específica para a TAG, mas, sim, um conjunto de fatores que colabora para o seu aparecimento. Esses podem ser de origem genética, química (desequilíbrio hormonal no cérebro) ou dos estímulos do ambiente externo. A hereditariedade é um aspecto importante. Caso não haja possibilidade de hereditariedade, a ansiedade pode ter sido ocasionada por experiências que despertaram grande medo ou tristeza, como a morte de um parente, envolvimento em um acidente ou bullying na escola.

Como é feito o diagnóstico?

É importante não confundir o transtorno de ansiedade generalizada com os sentimentos comuns de medo e ansiedade. Para considerar um diagnóstico, os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada devem estar presentes por, pelo menos, seis meses e causar desconforto ou prejudicar a rotina da pessoa e/ou seu relacionamento social, familiar e de trabalho.

O diagnóstico não deve ser feito com pressa, pois há risco de identificar errado os sintomas, o chamado “falso positivo”. A hipótese do TAG estar relacionado com outras doenças psiquiátricas – como depressão, transtorno obsessivo e transtorno de pânico – deve ser avaliada também.

Tem tratamento?

O transtorno de ansiedade generalizada tem tratamento e a escolha deve ser baseada na eficácia da terapia, segurança, efeitos colaterais e custo. Geralmente, o tratamento é feito combinando: Psicoterapia, a mais comum para o transtorno de ansiedade generalizada é a terapia cognitivo-comportamental, que se baseia em como a pessoa interpreta suas experiências. A terapia familiar também pode ser indicada quando houver necessidade de envolver pessoas do convívio próximo no tratamento.

Medicamentos, os mais utilizados são os ansiolíticos e antidepressivos da classe dos inibidores da recaptação de serotonina (IRS) e dos inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN). Apenas médicos podem receitar esses medicamentos.

É importante procurar ajuda de um profissional o quanto antes para que não chegue, por exemplo, aos graus mais elevados. Se você já passou por situações parecidas, então é recomendada a procura com mais urgência, para que o tratamento seja iniciado o quanto antes.

Sou Joana Santiago – Psicóloga

São nossos afetos que dão o colorido especial à conduta de cada um e às nossas vidas.

Segundo o dicionário, afeto é um “sentimento terno de afeição por algo ou alguém”. Apesar de não ser uma palavra tão comum quanto amor e carinho, por exemplo, você já deve ter ouvido falar sobre afeto por aí, não é mesmo? Apesar de ter esse significado mais genérico, você sabia que afeto é um conceito muito importante para o estudo da psicologia humana? 

Afeto na Psicologia

O afeto é um agente modificador do comportamento. Influencia diretamente na forma como pensamos sobre algo.

Também chamado de dimensão afetiva no estudo da psicologia, o afeto é um conjunto de percepções subjetivas que envolvem, principalmente, sentimentos e emoções e que nos ajudam a entender o mundo, dar significado a ele e à vida e a estabelecer vínculos com outras pessoas. Usando uma metáfora bastante poética, a vida afetiva é o que dá brilho, calor e cor à convivência humana, que seria fria, sem brilho e sem sabor caso não houvesse afeto.

Qualquer coisa com a qual uma pessoa se depara há um afeto envolvido, seja negativo ou positivo. No caso da neutralidade, de algo desconhecido, o afeto passa a ser construído desde o primeiro contato e altera a forma como a pessoa interage com aquilo.

O afeto tem relação com situações passadas, com experiências vividas em relação a pessoas, objetos ou ambientes no passado. Vivências positivas criam afeto, que é demonstrado no presente pelas emoções.

O ódio também é um afeto, tanto quanto amor, e é estabelecido a partir de experiências negativas, explicitado por meio de emoções relacionadas à raiva. Por exemplo, uma viagem agradável por uma cidade nunca vista antes cria uma boa experiência, e passa-se a ter afeto por aquela cidade.

Por isso, valorizar e se aproximar daqueles que lhe fazem bem, independente de como o vínculo foi criado, faz com que uma rede seja formada para te fortalecer nos momentos difíceis. Afinal, a vida é sobre criar afetos, seja com quem for, quando for, buscando relações saudáveis para que você, como ser humano, esteja fortalecido, psicologicamente falando.

Sou Joana Santiago – Psicóloga

A teoria de esquemas foi desenvolvida pelo psicólogo Jeffrey Young, Ph.D. É considerada uma abordagem integrativa; ou seja,
ele une várias teorias psicológicas.

A teoria do esquema foi desenvolvida pelo psicólogo Jeffrey Young. É considerada uma abordagem integrativa; ou seja, ele une várias teorias psicológicas. Deriva principalmente da teoria cognitivo-comportamental, mas também inclui elementos da teoria do apego e da teoria das relações objetais. Ao contrário da teoria cognitivo-comportamental convencional, a teoria do esquema leva em consideração as origens do pensamento distorcido na infância. A terapia associada a essa teoria emprega não apenas técnicas cognitivas tradicionais, mas dá grande ênfase às técnicas experiencial-emocionais para corrigir estruturas danificadas da personalidade. A terapia do esquema emergiu recentemente como um tratamento eficaz para o Transtorno da Personalidade Borderline.

Young, na busca de um tratamento efetivo para superação desse problema, entendeu que a terapia cognitiva tradicional era limitada para tratar alguns transtornos. Assim, sistematizou a terapia focada em esquemas, um modelo integrativo de terapia clínica que atende melhor a complexidade humana. 

Os objetos de estudo e intervenção da terapia de Young são os esquemas desadaptativos que surgem na infância e marcam emoções e comportamentos disfuncionais ou autodestrutivos na vida adulta. Os esquemas são padrões de sentimentos, percepções e ações da pessoa em relação às situações da vida.

Nesse sentido, o esquema é encontrado em um nível mais profundo da cognição, estando ligado a questões instintivas e inconscientes. Na prática, ele pode ser identificado quando uma pessoa reage impulsivamente a determinada vivência, sem ter controle sobre o que faz ou mesmo sem compreender o próprio comportamento.

Isso acontece porque situações do presente guardam ligações inconscientes com eventos do passado. No caso de um paciente com esquemas disfuncionais, as emoções e reações negativas se perpetuam sem que a pessoa perceba ou saiba de onde surgiram. Essa é a realidade de quem sofre com transtornos de personalidade, por exemplo.

Como é a terapia de Young?

A terapia focada em esquemas tem foco na construção do senso de identidade, da capacidade de autocontrole, da comunicação, da autonomia e do senso de competência do paciente. Os esquemas de Young se baseiam em dois pilares: identificar os esquemas comportamentais e o estilo de enfrentamento.

O esquema é um padrão que determina comportamentos e pensamentos que podem ser desconfortáveis e causar sofrimento. Para Young, é muito importante entender as primeiras experiências de vida e a personalidade da pessoa para detectar os esquemas originais.

Eles são causados por experiências traumáticas que impossibilitaram a pessoa de ter suas necessidades emocionais atendidas. Tais necessidades seriam: segurança, proteção, autonomia, liberdade para se expressar, limites e autocontrole. Ainda que não tenham havido traumas, esses esquemas de padrão de comportamento são sofridos e prejudiciais.

A partir do entendimento dos próprios esquemas, é possível buscar outro modo de enfrentar os desafios diários. Young descreveu 4 estilos de problemas de enfrentamento:

  1. Evitação: fugir das responsabilidades.
  2. Abandono: sentimento de incapacidade e impotência diante dos desafios da vida.
  3. Contra-ataque: reage com violência às circunstâncias.
  4. Defeituosidade: sentimento de ser defeituoso, inadequado.

Esses comportamentos desadaptativos se formam para responder aos esquemas, mas não fazem parte deles. Um esquema desadaptativo é causado por padrões emocionais e cognitivos, levando a essas respostas desadaptativas. Na terapia de Young, ao identificar os esquemas, eles poderão ser trabalhados com intervenções específicas para reduzir os sintomas.

Para quem é a terapia focada em esquemas?

Agora você deve estar se perguntando quem pode se beneficiar com os esquemas de Young. A terapia focada em esquemas é eficaz para pessoas com transtornos de ansiedade, do humor e transtornos dissociativos. Além disso, o próprio Young defende que a terapia pode beneficiar outras pessoas, que não têm transtornos, mas dificuldade em expor seus sentimentos e emoções. Essas pessoas têm bloqueios e negações que as impedem de se manifestar livremente. 


Gostou de saber sobre a terapia de Young? Para saber mais, entre em contato.

Sou Joana Santiago – Psicóloga

Para ter uma vida mais leve e produtiva é preciso estar atento a si mesmo, saber respeitar seu corpo, mente,
emoções e o próprio tempo.

Você conhece alguém que é intransigente direto? Alguém que não tem medo de falar o que pensa e ir embora quando foi contrariado de alguma forma? Alguém que é MUITO bom em expressar suas necessidades e limites? Você é essa pessoa? Se sim, aproveite sua assertividade! Se não, não se preocupe. A verdade é que estabelecer limites é uma habilidade que muitos de nós NÃO temos. Francamente, é bastante difícil e não é natural para a maioria das pessoas. No entanto, aprender a estabelecer e manter limites saudáveis é algo que você pode aprender. O que é bom, porque os limites são essenciais para relacionamentos saudáveis ​​e uma vida saudável. O primeiro passo para estabelecer limites saudáveis ​​é conhecer e compreender os seus limites. É preciso uma certa dose de confiança para definir e cumprir os limites e, honestamente, às vezes você tem que “fingir” até conseguir!

Aqui estão cinco maneiras de construir e manter limites saudáveis:

  • Nomeie seus limites
    Você não pode definir um limite se não souber onde está. Considere o que você pode tolerar e aceitar seus níveis de conforto. Reconheça e dê voz a esses limites. Nem certo nem errado, eles são seus.
  • Honre seus sentimentos
    Você pode temer a resposta de outra pessoa. Dê a si mesmo permissão para sentir o que você sente. Se algo está incomodando você, mas sua irmã, amiga ou mãe acha que você está “sendo ridículo”, é vital que você fique firme e ouça o que seu corpo e sua intuição estão lhe dizendo. Os limites têm tudo a ver com aprimorar seus sentimentos e respeitá-los.
  • Reconheça quando seus limites foram ultrapassados
    Esteja ciente dos sinais vermelhos alertando-o de que você abandonou seus limites estabelecidos. Você está desconfortável? Você está ressentido? Você sente que não está rendendo? Esses são frequentemente sinais de que você foi levado além de seus limites.
  • Seja direto
    Aprenda a dizer o que você precisa e quais são seus limites. Isso nem sempre é fácil. Alguns se preocupam com a possibilidade de parecerem rudes ou egocêntricos se estabelecerem enfaticamente um limite. Você pode se preocupar por não estar sendo um bom amigo, parceiro ou irmão. Aprender a expressar suas necessidades com confiança, cuidado e respeito pode ser aprendido.
  • Faça do cuidado de si uma prioridade
    O medo, a culpa e a dúvida são grandes armadilhas em potencial. Podemos temer a resposta da outra pessoa se definirmos e impormos nossos limites. Podemos nos sentir culpados por falar ou dizer não a um membro da família. É importante dar a si mesmo permissão para se colocar em primeiro lugar às vezes.

Os limites não são apenas um sinal de um relacionamento saudável; eles são um sinal de respeito próprio. Portanto, dê a si mesmo permissão para estabelecer limites e trabalhar para preservá-los.


Entenda que os limites foram estabelecidos para nos lembrar até onde é saudável ir e de que ponto devemos regressar. Há quem os perceba como algo negativo, mas existe um valor especial neles. Olhe para sua história e compreenda o quanto eles foram importantes para você ter chegado até aqui.
Aprenda a se respeitar, isso fará uma incrível diferença em sua passagem por essa vida.

Se você quer aprender mais sobre como estabelecer e manter limites e relacionamentos produtivos e saudáveis ​​com as pessoas em sua vida, entre em contato.

Sou Joana Santiago – Psicóloga

O transtorno neuropsiquiátrico é caracterizado por tiques motores e vocais que se iniciam na infância.

Piscar repetidamente, fazer caretas, balançar a cabeça, gritar ou falar palavras inadequadas e ofensivas, esses são todos sintomas da Síndrome de Tourette, que acontecem involuntariamente. Trata-se de um distúrbio neuropsiquiátrico, caracterizado por tiques múltiplos, motores e vocais.

Presente em 0,6% da população mundial, a Síndrome de Tourette se inicia antes dos 18 anos de idade (normalmente entre os quatro e os seis anos) e os tiques devem permanecer por mais de um ano para o diagnóstico. E essa é a situação da cantora Billie Eilish e do youtuber Dilera.

Os sintomas são divididos entre motores e vocais e entre simples e complexos, sendo os simples mais frequentes.
Outras manifestações do transtorno:

Tiques motores

  • Piscar os olhos;
  • Inclinar a cabeça;
  • Encolher os ombros;
  • Tocar no nariz;
  • Fazer caretas;
  • Movimentar os dedos das mãos;
  • Fazer gestos obscenos;
  • Chutes;
  • Sacudir o pescoço;
  • Bater no peito.

Tiques vocais

  • Xingamentos;
  • Soluçar;
  • Gritar;
  • Cuspir;
  • Cacarejar;
  • Gemer;
  • Uivar;
  • Limpar a garganta;
  • Repetir palavras ou frases;
  • Usar diferentes tons de voz.

Os tiques aumentam sua gravidade ao redor dos 10 a 12 anos de idade e pioram com o estresse. Por causa do constrangimento causado em meios sociais é recorrente que o portador da Síndrome de Tourette tenha sentimentos de fobia social, ansiedade e irritabilidade.

Entretanto, as causas da Síndrome de Tourette ainda são desconhecidas pela ciência, embora estejam relacionadas à hereditariedade comum em outros transtornos: déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), transtornos de aprendizagem e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

Apesar de não ter cura, a Síndrome de Tourette pode ser controlada com o acompanhamento de um neuropediatra ou psiquiatra especializado. São esses profissionais que podem diagnosticar o transtorno e orientar para a medicação adequada.

Os tiques também têm tendência a desaparecer quando a pessoa está dormindo, com o consumo de bebidas alcoólicas ou numa atividade que exige grande concentração e pioram diante de situações de estresse, cansaço, ansiedade e excitação.

Para chegar ao diagnóstico desta síndrome o médico pode ter que observar o padrão dos movimentos, que geralmente acontecem várias vezes ao dia e praticamente todos os dias por, pelo menos, um ano.

Sou Joana Santiago – psicóloga